Por Debaixo escrita por TatianaTeixeira


Capítulo 17
Encontros


Notas iniciais do capítulo

+ uma da série: Partes!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/288525/chapter/17

  P.V.O Harry Prims

 Á um bom tempo Harry estava procurando Noahl, não tendo grandes resultados. Com todo seu apartamento lotado ele já não reconhecia mais quem era quem em meio a tanta gente.  Onde seu amigo se meterá? Mesmo tendo dito de uma forma esquisita, Noahl tinha confirmado a presença. Então ele deveria estar lá dentro, Harry apenas não sabia onde.

 Passando por uma mesa lotada por copos cheios de um liquido vermelho, Harry descobriu ter finalmente encontrado alguém que reconhecia. Mel! A menina poderia distrai-lo até avistar Noahl pela festa. Feliz com a ideia, caminhou até a amiga.

-Hey Mel! É você? – Uma Mel aparentemente assustada virou-se rapidamente em direção à ele. Foi nesse meio tempo que Harry percebeu, ela estava sozinha ali. Melany sozinha, isso não faz o menor sentido. Onde estão as amigas dela? As amigas que mais parecem escudeiras, sem nunca ficar uma sem a outra. Cadê a Kelly e Laury?

Um líquido vermelho atrapalha todo o seu devaneio sobre Mel. Sem processar o que acontece, Harry apenas vê que ela o encarava fixamente, totalmente sem jeito. Em sua mão se encontra o copo onde antes estava o suco que agora mancha a camiseta de Harry, deixando-o encharcado. ‘’ Ah meu pai, mais essa? ’’ Foi o que o menino pensou antes de sorrir para a amiga, indicando que estava tudo bem. Mas aparentemente para a menina aquele sorriso não fora suficiente, ela ainda se encontrava estática em meio à sala lotada de gente. Parecia não saber o que fazer, por isso Harry se pronunciou.

- Hm... Mel! Ok agora eu estou todo sujo, mas ainda assim vivo! Então, devemos comemorar por isso, não? – Começou, em tom brincalhão.

- Ah meu Deus Harry! Você está falando sério, piada em um momento desses? Eu juro que deixo você me matar agora se quiser, nem serei contra. De verdade. – Enfim ela havia se pronunciado, aquilo já era um alívio para o menino. Não queria ser o culpado de uma morte juvenil por enfarte fulminante ou algo assim, e ele podia ver plenamente bem que Mel esta a beira disso. Tudo era culpa dele? Não, não poderia ser! Deveria haver algum outro motivo, se não outros.
  Sim, havia mais. Os olhos da menina comprovam esta teoria.

- Mel é claro que tô falando sério, foi só suco poxa! Você realmente quer que eu te mate por isso? Bem, até que eu poderia aproveitar essa oportunidade... – Falou, fingindo ponderar a hipótese. - Mas aí depois de cometer esse assassinato ficaria me perguntando o que eu poderia ter feito se algum dia que você aprontasse algo pior. Se bem que não lembro se existe algo pior que derramar suco em alguém... – Respondeu Harry rindo.

- Para de ser bobo Harry! E não é suco, ok? É suco com vodka. Então aposto que agora você ta bem gostosinho.

- Mel, isso foi uma cantada? Por que, se...

- Claro que não foi uma cantada, seu babaca! Foi uma tirada, você não entendeu? Se não, também problema seu! Vai ser burro assim lá na esquina. Agora, se quer conversar comigo vamos mudar de assunto. – E sem esperar uma resposta da parte dele, ela continuou. -Então, me diz...

- Pode parando. Vim falar com você por que pensei que tava perdida, sozinha. Parecia inofensiva! Mas não, ta como sempre. – Harry a repreendeu em tom de brincadeira. - Sua sem noção! E não, não vou mudar se assunto. Eu tô molhado e não tô mais querendo respirar esse ar de fumaça, eu vou é sair um pouco daqui! – Terminou ele, dando um beijo melecado na testa da menina e indo em direção a porta de saída.


  P.V.O Noahl Capelli

  Dentre todas as ligações que Noahl vinha recebendo ultimamente a que aconteceu uns momentos antes o surpreendeu, não esperava por aquilo. Ele já havia se conformado de certa forma com o que vinha tendo de fazer, obviamente não queria ter de cumprir e estava constantemente tentando persuadir seus pais a lhe darem um novo carro pra assim vende-lo e com o dinheiro se livrar do destino de seu último ano. Mas Noahl sabe que não vai conseguir as coisas assim e que deveria ter previsto tudo isso antes, bem antes. Acontece que mesmo tendo que se envolver plenamente com seu futuro ele ainda sentia falta do passado mais que tudo e isso não à como mudar.

  Sentia falta de todas as meninas que passavam por suas mãos e de todas as noites que se divertia quebrando corações. Sempre soube que aquilo não era certo, e no fim sempre sentia remorso por deixar alguém triste. Acontece que isso nunca o impediu, ele amava ver nos olhos de todas elas o brilho da admiração e da felicidade por estar ali, com ele. Aquele brilho que a maioria tinha depois de ter se entregado pra ele. Isso nunca teve algo que pagasse.  
 Acontece que dentre todas as meninas que ele tivera uma delas chamara mais a sua atenção, ela capturou um pedaço do seu coração e nunca mais devolveu. Kelly.
 
Como ele sentia a falta dela, sentia todos os dias ao ver aquele cabelo liso, aquele corpo esculpido...
 Aquilo tudo que não tem mais como ser seu. Isso doí, como algo ridiculamente romântico que é. Noahl odeia aquilo tudo isso. Odeia se sentir assim, odeia querer aquela menina mais que tudo. Mas o que mais odeia dentre todos os seus ódios é Brant, pelo simples fato dele o obrigar a fazer algo bem improvável. Então, nesse caso, não há ódio maior no mundo.  

 E mesmo com toda a confusão que sua vida se tornou. Noahl não consegue deixar de se sentir feliz apenas lembrando-se do como foi ler no visor do celular o nome de quem ligava.
‘’Kelly’’. Ele sabia que não devia, mas tinha que atender.

                 (A ligação..).
‘’ Kelly, Kelly, Kelly. – Era isso que piscava ali, na telinha do seu celular. Não conseguia acreditar. Sem querer que parasse de tocar, deixou de encarar o nome que aparecia no visor para passar a escutar a respiração pesada da sua dona.

- Alô? – Noahl se pronunciou.

- Noahl? É a Kelly!

- Eu sei que é você. Ainda te tenho em meus contatos!

- Oh, é mesmo? – Ela exclamou extasiada. – Ah, quero dizer... Bem, que bom! – Tentou esclarecer.

- É Kelly, realmente muito bom... – Ele pronunciou a frase de sentido duplo. Mas deduziu que ela não entenderia, então não havia problemas. E apenas para reforçar isso bufou no fim, precisava deixar explicito a impaciência que deveria ter com aquela ligação. Ele estava feliz por ouvi-la, por ver que ela ainda queria falar com ele, mesmo depois de tudo. Mas não podia demostrar.

- Então... – Ela tentou começar, sem conseguir prosseguir.

- Então... – Ele eu ênfase na palavra igual.

- Eu preciso falar com você Noahl. Sei que não é um bom momento, mais quero esclarecer algumas coisas. Sendo assim não aceito um ‘não’. Agora estou ponta para ir na festa no apê dos meninos, me encontra antes disso no jardim atrás do prédio deles e não demora.

Tu, tu, tu... Incrível como ultimamente todos pegaram a mania de desligar sem esperar uma resposta dele. Bufou, antes de fechar o celular‘’

 
Depois da ligação conflituosa ele terminara de vestir uma blusa e se encaminhara para onde a menina instruiu. E era lá que ele estava naquele momento.

Simplesmente esperando...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, esse capitulo eu dobrei a quantidade para tentar compensar um pouco! Espero de verdade que nada esteja ficando confuso e por favor, se estiver me avisem! Tomara que vocês tenham curtido esses ''encontros'', me contem! Obrigada desde já. Mil Beijos, Tati.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Debaixo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.