Faceless escrita por Carol M


Capítulo 3
Capítulo 3




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– Não, você não ganhou! – Thalia exclamou, boquiaberta. Suas mãos tremiam pelo que Annabeth pôde constatar. – Me dê isso aqui!

Percy não teve tempo nem de tirar o convite de dentro da mochila, sendo atacado por uma Thalia extremamente nervosa e animada. Annie não sabia ao certo como duas emoções iguais aquelas poderiam manter-se juntas em um só corpo, porém tentou não se render a psicologia da amiga, achando mais certo ficar calada e esperar pela reação escandalosa da morena quando visse o tal pedaço de papel cheio de significados. O que veio a seguir foi um dos gritos mais agudos que Annabeth já imaginara em ouvir, forçando-a a tapar os ouvidos. Tentou ficar calma, não obtendo muito sucesso.

– Thalia, pelo amor de Deus, garota! Tente não estourar meus tímpanos logo pela manhã...

– Ah, desculpe-me, Annie. É só que... – parou um pouco de falar e pôs-se a rir poucos segundos depois - Estou surpresa que Percy esteja se envolvendo com o Mercado Negro. Ele sempre foi um menino tão certinho em tudo, sabe?

– Creio que não entendemos muito bem o que quis dizer – comentou Annabeth, quebrando o silêncio que se instalara enquanto ela e Percy tentavam decifrar o significado da fala da amiga.

– Bom... Refiro-me ao fato de Percy estar copiando os convites de Rachel. E isso, minha amiga, se chama “Mercado Negro”. – explicou Thalia, sorrindo de orelha a orelha, satisfeita com sua rápida explicação.

– Certo... Não sei o que você tomou antes de vir para a escola, mas não estou me envolvendo com nada, Thalia. Só fui convidado pela Rachel. Tem algum problema nisso? – perguntou o garoto, mostrando um lado bastante irritado que Annie nunca havia visto.

– Sim, é claro que tem. Rachel nunca convida ninguém além dos jogadores e as patricinhas que andam com ela... E, bom, de acordo com a última vez que chequei, você não faz parte de nenhum desses grupos. – respondeu a melhor amiga de Annabeth, dando de ombros.

– É... Pra mim, também foi difícil acreditar nisso. – intrometeu-se na conversa Annabeth, sabendo que, se não o fizesse, seus dois amigos ainda acabariam em alguma briga muito feia.

– Difícil?! Isso é o tipo de coisa que até Deus duvidaria, Annabeth! Além disso...

– E aí, gente? – cumprimentou Grover, parando logo atrás da loira. – O que está acontecendo? A banda favorita da Thalia acabou de novo?

– Não. Na verdade, Thalia e Percy decidiram entrar em uma discussão sem sentido por que ele recebeu um convite para a festa da Rach...

– O quê? Eu também recebi! – exclamou Grover, fazendo com que todos ali arregalassem os olhos. Quero dizer, Annabeth até poderia entender o convite feito a Percy, afinal Rachel estava apaixonada por ele ou algo assim, mas... Grover? Sério?

– Ah, não! Vamos sair daqui, Annie, antes que vacas comecem a cair do céu.

–--*-*---

Annie realmente tentava não se importar. Porém, até Thalia recebera um convite naquele dia. No intervalo entre sua aula de Biologia e a de Geografia, Rachel Elizabeth Dare caminhou calmamente até ela e lhe entregou certo envelope verde-claro. E ainda disse que desejaria muito que a melhor amiga de Annabeth fosse e se divertisse. Obviamente, tudo falsidade. Ou será que... Não! Rachel nunca seria amigável com nenhum deles se não fosse por interesse. Disso Annabeth não tinha a mínima dúvida. Sabia que era só mais um truque para conquistar Percy. Afinal, se ela se tornasse amiga ou fosse amigável com os parceiros de Percy, suas chances aumentaria de 5% a 95%. Ela sabia disso como ninguém.

A garota pensava nisso enquanto arrumava seus pertences de maneira rápida para voltar logo para casa. Queria esquecer toda aquela situação que se impregnava em sua cabeça como uma mancha em uma camiseta. Todos sabiam o quão dispersa Annabeth ficava em momentos como aqueles, tanto é que não foi surpresa alguma quando não ouviu uma certa pessoa lhe chamar. Annie apenas se virou quando sentiu cutucões em seu ombro. Fortes e irritantes. Mas logo sua expressão irritada deu lugar à surpresa quando percebeu que a pessoa responsável por seu ódio momentâneo também fora um dos principais motivos da sua perda de sono na noite anterior.

– Olá, Annie. – cumprimentou Rachel, dando um pequeno sorriso. – Como tem passado?

– Bem. – Annabeth agradeceu por ter sido rápida para responder – Você?

– Igualmente. – Annie assentiu de leve, esperando pelo real motivo de sua conversa. – Escute, provavelmente você sabe da minha festa de amanhã...

– Sei, sim.

– Certo. Queria saber se gostaria de ir? – perguntou a garota, estendendo o tão desejado convite. Annabeth o pegou das mãos de Rachel e o encarou por um momento antes de dar um grande sorriso e responder:

– Claro, obrigada pelo convite. Com certeza eu irei.

E então ela observou Rachel sair para o corredor como se houvesse ganhado o dia.

–--*-*---

– Perfeito! Agora, todos podemos ir juntos! – exclamou Thalia, sorrindo largamente – Sério, façamos o seguinte: Você pode ir pra minha casa e nos arrumamos lá! Então, minha mãe pode nos levar.

Thalia começou a devanear sobre as roupas que poderia usar e sobre outras coisas fúteis que realmente entraram por um ouvido de Annabeth e saíram pelo outro. Naquele momento, ela só conseguia pensar na grande oportunidade que Rachel teria com Percy naquela festa. Afinal, dezenas de pessoas estariam lá, dançando e se divertindo. E Annabeth apostava que havia muito esconderijos para que ambos ficassem sozinhos. Aquela idéia simplesmente a corroia por dentro!

– Annie? Está ouvindo alguma coisa do que e...

– Hey, meninas! – cumprimentou Percy, dando um largo sorriso. – Vamos, Annie?

– Claro. Te vejo amanhã, Thalia.

– Não se esqueça, 8 horas! – gritou ela, chamando a atenção de todos ao seu redor. Mas como Annie suspeitava, nada demonstrava que Thalia estava morrendo de vergonha. Porém, não era preciso, afinal Annabeth estava sentindo pelas duas.

–--*-*---

Annabeth sorriu durante o todo caminho até sua casa, porém, quando Percy parou o carro e começou a se despedir, a respiração da garota começou a acelerar. Não queria entrar naquele Inferno Particular. Pelo menos, não naquele dia. Ouvira sua mãe falar ao telefone com um de seus “amigos” no dia anterior e sabia que Atena estaria com ele naquele mesmo quartinho, fazendo o que bem entendesse. Engolindo a angústia, Annie começou a gaguejar:

– Nossa, acabei me esquecendo! – exclamou, batendo na própria cabeça. Percy franziu o cenho diante de tal gesto. – Eu deveria ter ido com a Thalia! Não posso ficar em casa hoje, então... Ah, droga, esqueci de avisá-la!

Annabeth realmente nascera para fazer aquilo. Fingir. Até o tom de voz era extremamente convincente, ainda mais quando parou de gaguejar. Percy parecia acreditar piamente em tudo que ela falava.

– Se quiser, te dou uma carona. – ofereceu o garoto, dando um sorriso ligeiro.

– Sério? – ele assentiu – Obrigada, Percy, te devo uma.

O sorriso de Annabeth era radiante e realmente demonstrava o que ela sentia naquele momento: Alívio. Alívio por não ter que entrar naquela casa e ouvir os gemidos constantes de sua mãe; alívio por não ter que encarar Aaron nos olhos e não demonstrar a pena e a raiva; alívio por ficar longe da amargura por apenas um dia.

Quando chegaram à casa de Thalia, Annabeth pegou seu celular e ligou para a amiga, perguntando se poderia estudar durante a tarde em sua casa. A morena prontamente aceitou e começou a gargalhar quando abriu a porta da residência e observou o estrondoso tombo da amiga que corria para dentro da casa como se estivesse fugindo de uma manada de elefantes. Se Thalia soubesse do real motivo da velocidade de Annabeth, não riria, provavelmente. Ela apenas queria ter certeza de que estava sã e salva e de que nada poderia atingi-la ali. E só poderia ter essa segurança se estivesse dentro da propriedade, fazendo o que quer que fosse. É, todos temos nossa própria psicologia.

–--*-*---

Sábado. Annabeth abriu os olhos e franziu o cenho logo em seguida. Não, aquele não era seu quarto. Coçando a cabeça, sentou no colchão e deu um longo bocejo. Tudo bem, aquele era o quarto de Thalia, com certeza. Poderia constatar isso pela amiga se remexendo ao seu lado. Piscou os olhos com força e caminhou até o banheiro, cambaleando e quase caindo várias vezes.

– Nossa, menina, ande direito! Parece uma drogada! – reclamou Thalia, começando a rir logo em seguida. Annie franziu o cenho. Quem era a drogada mesmo?

– Certo. Claro que a drogada tinha que ser eu, certo? – perguntou, rindo baixinho. Lavou o rosto algumas vezes e foi interrompida por batidas na porta.

– Meninas? – chamou a mãe de Thalia, abrindo o pedaço de madeira de supetão – Bom dia! Dormiram bem?

– Mais ou menos, Sra. Grace. Thalia me chuta muito durante a noite. – comentou Annabeth, começando a rir das reclamações da amiga que se seguiram.

– Fiz um café-da-manhã completo para vocês poderem se divertir bastante nessa festa. Portanto, desçam logo antes que esfrie, tudo bem?

– Claro, já estamos indo, Sra. Grace. – respondeu Annabeth, dando um largo sorriso. Quando a mãe de Thalia desapareceu no corredor, Annie começou a puxar a amiga da cama pelo braço e ambas acabaram se espatifando no chão, rindo escandalosamente. E então, por, pelo menos, um momento, Annabeth se esqueceu do estava para acontecer, poucas horas depois. E isso foi bom. Muito bom.

–--*-*---

Duas horas antes de a festa começar, Percy ligou para Annabeth e perguntou se as duas queriam carona até lá, já que não conheciam o lugar direito. Bom, e muito menos a mãe de Thalia. Dando de ombros, Annie aceitou a proposta e marcaram de Percy buscá-las na casa da morena uma hora depois. No horário marcado, Percy começou a buzinar e a Sra. Grace o convidou para entrar enquanto Thalia terminava de se maquiar, coisa que Annabeth já fizera meia hora atrás.

– Vamos, Thalia! Percy vai dar um ataque de nervos dentro do carro! – exclamou Annabeth, exasperada.

– Claro que não! Você não viu o quão animado ele está pra ir nessa festa? Tudo por causa da Rachel “peitos” Dare, se é entende o meu comentário infame. – disse Thalia, revirando os olhos. E então a Preocupação voltou e deu um “tchauzinho” bem demorado ao Alívio que parecia ter odiado sua estadia no corpo de Annie. Piscando os olhos com força, a garota tentou se controlar para não tirar a roupa e sair correndo até sua casa. Para chorar, é claro.

– Garotas? O coleguinha de vocês disse para vocês se apressarem, porque vão perder a festa e a carona. – avisou a mãe de Thalia, dando um pequeno sorriso. Essa foi a deixa para que Annabeth puxasse Thalia pelo braço até o andar de baixo, fazendo o máximo para não dar alguns berros em resposta às reclamações da amiga. Quando chegaram ao fim da escada, Annabeth piscou rapidamente, não acreditando no que via. Percy estava mais bonito do que normalmente, se é que isso era possível. Seus olhos brilhavam tanto que pareciam até estrelas.

Após os cumprimentos e despedidas, os três amigos saíram da residência correndo e rindo juntos como três fugitivos da prisão sentindo pela primeira vez o gostinho da Liberdade.

–--*-*---

Annabeth conseguia ouvir a música há dois quarteirões do local da festa e sua cabeça já começara a doer. Porém, decidiu que, pela primeira vez na vida, não seria a “estraga-prazeres” e simplesmente se divertiria e faria o que bem entendesse. Já que os outros podiam, por que ela não? Percy estacionou o carro e começou a andar apressadamente até o seu destino, quase correndo, na verdade.

– Ei, apressadinho! – gritou Thalia, reclamando do sapato de salto alto que usava – Que tal ir mais devagar? A pessoa que você está esperando encontrar não vai sair tão cedo de lá, pode acreditar em mim.

Annabeth riu; mais de nervoso do que de qualquer outra coisa. Odiava as brincadeiras sem graça de Thalia sobre Rachel, mesmo que não houvesse qualquer maneira da amiga saber da causa do ódio de Annie. Thalia era muito desligada durante a maioria do tempo. Pelo menos, Percy desacelerou e resolveu esperar as duas chegarem ao seu ritmo.

Se Annie antes reclamara da música alta, imagine o quão ensurdecedora era aquela festa. Adolescentes se acotovelavam, tentando achar espaço para dançar e se divertir. Ah, e também para derrubar bebida alcoólica. Annabeth já cheirava a cerveja com apenas dois minutos lá dentro, sendo que três pessoas derrubaram em sua roupa e em seu cabelo. Mas não reclamou em momento algum. Apenas deixou, fingindo que não se importava. E funcionou.

– Meninas, eu já volto. – disse Percy, caminhando para a direita. Annabeth olhou naquela direção e avistou Rachel Elizabeth Dare conversando com alguns amigos, rindo, parecendo se divertir.

– Olha, Annie! É a Sidney! – Thalia gritou no ouvido da garota, tentando fazê-la ouvir no meio da música alta. Bem, funcionou. Até demais. – Ei, Sid!

Annie cumprimentou Sidney rapidamente e olhou ao redor, procurando por Percy. Quando avistou a cabeleira ruiva de Rachel, arregalou os olhos. Ela estava escorada na parede, olhando diretamente para o melhor amigo de Annabeth enquanto ele a prensava contra a barreira. Aquilo era demais.

– Thalia? Vou buscar um refrigerante. – avisou Annabeth, sem esperar por uma resposta da amiga. A loira não sabia realmente onde estavam as bebidas e acabou se perdendo no meio da multidão, sendo pisoteada por muitas pessoas que se balançavam no ritmo da música. Esbarrou em muitas também, na verdade. Então, finalmente, avistou a bendita mesa cheia de refrigerantes e ponches e se perguntou como não havia enxergado aquela poluição visual tão escandalosa. Caminhou até lá e pegou um pouco de um refrigerante qualquer, maluca para refrescar o corpo e a mente.

– Primeira vez aqui? – a voz grossa fez com que Annabeth tremesse da cabeça aos pés. Virou-se e se deparou com um garoto que provavelmente tinha a mesma idade que ela. Seus olhos azuis a encaravam avidamente, esperando pela resposta que ela logo deu.

– Sim. Na verdade, é. – disse Annie, sorrindo amigavelmente. O garoto abriu um lindo sorriso em resposta. – Como sabe?

– Está tomando refrigerante. – respondeu ele, apontando para o copo. – Só os principiantes tomam refrigerante. É um tipo de ritual ou padrão dessa festa, se é que me entende.

– Completamente. Então, o que está tomando?

– Não sei. – comentou, dando de ombros. – Uma mistura, talvez. Depois do terceiro copo, tudo parece a mesma coisa.

– Certo. – assentiu Annabeth, olhando ao redor.

– Qual é o seu nome?

– Me desculpe, não ouvi.

– Seu nome. – repetiu o garoto próximo ao pescoço de Annie, fazendo-a tremer novamente.

– Annabeth. O seu?

– Dean. – respondeu ele, esticando a mão para Annabeth apertar. E assim ela o fez, sorrindo. – Prazer em te conhecer.

– Igualmente. Então, Dean, de onde conhece a Rachel? – não sabia por que ainda estava conversando com aquele estranho, porém, de repente, não via nenhum mal em tal ato.

– Quem? – Dean franziu o cenho.

– Rachel. A dona da festa. – explicou Annie, levantando as sobrancelhas, tentando fazê-lo se lembrar da fisionomia da garota logo em seguida – Sabe? Ruiva, alta...?

– Ah, sim, a ruivinha. Na verdade, eu vim com o meu amigo, então eu não a conheço. Você é amiga dela?

Era. Annabeth se segurou para não soltar tal resposta e apenas balançou a cabeça antes de responder, sorrindo:

– Ela me convidou para conseguir namorar o meu melhor amigo. Esperta ela, não?

– Com certeza. Ei, quer um pouco? – disse Dean, oferecendo seu copo à garota. – Não se preocupe, não tem nenhuma droga aí dentro. Coloquei só no outro copo.

Annabeth cogitou recusar a proposta. Porém, olhou em volta e viu o quão felizes todos pareciam e, segundo Dean, todos estavam bebendo o que quer que fosse aquilo no copo dele. Portanto, respirando fundo, Annie tirou o copo de sua mão e deu um gole, fechando os olhos logo em seguida, deixando aquela bebida passar correndo por sua garganta. Sentiu algumas lágrimas se formarem.

– O que achou? Boa?

– Na verdade, sim. Onde conseguiu isso? – perguntou, fazendo Dean sorrir abertamente.

–--*-*---

Uma música pesada tocava quando Annabeth terminou seu terceiro copo cheio daquela bebida estranha verde. Ela já começava a ver tudo embaçado, sendo que mal conseguia distinguir Dean das outras pessoas. Inconscientemente, seu corpo começou a balançar no ritmo da música e, quando percebeu, estava no meio da pista de dança, entre tantas outras pessoas. Sentiu braços em volta de sua cintura e olhou para trás, reconhecendo finalmente um Dean que se mantinha pouco alterado. Começaram a dançar juntos, sob o efeito da bebida e das drogas, no caso do garoto.

Naquele momento, Annie não poderia dizer quem era, seu nome ou sua idade. Não saberia dizer onde morava, com quem ou por quê. Não conseguiria soletrar a palavra “casa”. Apenas conseguia sentir o corpo de Dean contra o seu, sua respiração quente em seu pescoço e em como queria apenas continuar ali para sempre. Porém, infelizmente, a música acabou juntamente com a fantasia da garota que sentiu um braço quente em sua cintura, a apertando. Dean a levava para o gramado, aonde Annie poderia descansar e respirar um pouco. Aos poucos, o mundo parecia mais e mais silencioso, até que ela não ouvia nada. Não via nada. E não sentia nada. Até que ela se rendeu a outro mundo. O dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? o/