O Feiticeiro Parte I - O Livro de Magia escrita por André Tornado


Capítulo 59
X.4 A primeira vitória do feiticeiro.




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O kucri agarrou no cabo preto, atravessou bamboleante a câmara, ligou a extremidade numa caixa branca situada junto ao rodapé e afastou-se no mesmo andar tosco.

Um zumbido incómodo e constante encheu o ar da sala. O cofre, no centro do compartimento, iluminou-se com uma luz suave, de uma cor azulada. Keilo debruçou-se sobre o cofre, observou-o lá dentro. Abanou a cabeça, sem perceber o que esperava conseguir o feiticeiro com aquilo. Afinal, não tinham vencido?

Os três últimos kucris que estavam na sala debandaram assim que Zephir entrou.

- O que é isto? – Perguntou o saiya-jin sem rodeios.

- Estás interessado em saber?

Keilo voltou-se.

- Para que é que o queres?

- Caso não tenhas percebido, ele não estava morto. A ferida era grave, podia ter perdido a vida se eu não tivesse atuado a tempo. Estou a curá-lo…

- Não respondeste à minha pergunta, Zephir.

O feiticeiro preferiria um pouco mais de submissão. Afinal, o “M” tatuado na testa significava que lhe pertencia. Só que Keilo não era totalmente controlável, o que poderia ser complicado nos tempos vindouros.

 - Para que é que o queres? – Insistiu.

- Poderá ser-nos útil, no futuro.

O saiya-jin soltou uma risada forte e breve.

- Eu não sou suficiente para os teus planos, é isso? Precisas de outro saiya-jin?

- Talvez.

- Ele nem sequer é um saiya-jin. É só meio saiya-jin. É como o outro…

- Pelo que sei, podem ser mais fortes do que os saiya-jin puros.

Keilo franziu a fronte, mal-humorado.

- Não existe um saiya-jin mais forte do que eu em todo o Universo. Já te esqueceste que sou o lendário super saiya-jin?

- Não, não me esqueci.

Zephir olhou para o rosto do rapaz, enterrado no gelo. Deitava-se num cofre comprido, semelhante a um caixão, feito de chumbo escuro com uma tampa de vidro. Estar ligado à corrente elétrica fazia-o zunir e dava-lhe aquele brilho azul. Por entre o gelo, havia um líquido viscoso esverdeado que tinha poderes curativos e regenerativos.

- Eu também quero este – prosseguiu. – Daqui a sete ou oito dias estará curado e vou fazê-lo meu, com a ajuda da magia do Makai. Mais um guerreiro nas minhas fileiras não será demais. Será até muito bem-vindo.

- Hum! – Keilo cruzou os braços.

- Vai ser divertido! – Zephir sorriu, passou uma mão pelo vidro do cofre. – Vai ser divertido vê-lo lutar contra o próprio pai.

Keilo estranhou:

- Kakaroto?! Ele vai regressar à Dimensão Z?

- Claro que vai! Tens dúvidas disso?

- Mas se ele regressar…

- Ele sabe os perigos que corre, Keilo. Sabe qual é o jogo que está sobre a mesa. Mesmo assim, vai jogá-lo, irá fazer tudo para regressar. Terá de regressar para me destruir. Afinal, prometeu-mo antes de partir.

- Estás muito confiante! – Rosnou o saiya-jin.

- A vitória será sempre minha. Também eu quero que Son Goku regresse à Dimensão Z. Preciso de alguém da Dimensão Real, porque só dessa maneira conseguirei a imortalidade. Reinar até ao fim dos tempos como senhor absoluto do Universo!…

A ideia era fantástica e Zephir estremeceu de emoção. Olhou Keilo de esguelha.

- Se Son Goku não regressar, o jogo perde a piada. Ele e os seus companheiros ficarão presos para sempre na Dimensão Real e terei vencido sem vencer. Não quero isso.

Subiu os degraus de pedra, atravessou a porta e sumiu-se nos corredores escuros dos subterrâneos. Foi para o seu santuário, estudar o seu precioso e agora muito amado livro de magia.

Keilo fixou o cofre, encolheu os ombros. E que lhe importavam as maquinações do feiticeiro? A ele só lhe interessavam os combates e a fúria das batalhas. Pensando bem, até era bom se Kakaroto regressasse. Gostaria de voltar a enfrentá-lo.

Depois, também saiu da câmara e deixou o cofre de Son Goten para trás.


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Notas finais do capítulo

Próximo e ÚLTIMO capítulo:
Reunião.



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