Trilhas Cruzadas escrita por Babi


Capítulo 2
Paris


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Provas e trabalhos me matam!



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Capítulo02 – Paris

 

     - Por que a gente tem que ir pro Brasil? – perguntava Bèatrice

     - Já disse, filha. Eu fui transferida para lá porque eles precisam de gente fluente em francês para trabalhar em São Paulo.

     - E por que não contratam um brasileiro?

     - Mas eu sou brasileira Bèa! E você também!

     - Eu sei. Eu falo de alguém que more lá.

     - Ninguém está apto a chefiar. Acalme-se mon amour, você vai se acostumar de novo com São Paulo.

     - Só que eu não quero me acostumar com aquele lugar!

     Bèatrice Bourbon é uma garota muito bonita, bem branquinha e pequena. Usava seus cabelos castanhos de lado e na altura do pescoço. É filha de Charlotte Bourbon, uma brasileira filha de franceses que sempre amou os dois países. Mãe e filha se mudaram para Paris há seis meses e a garota se apaixonou pelo lugar, mas agora teria de voltar à sua terra natal.

     Bèa não se conformava em voltar para o Brasil depois de ter visitado toda a Europa, morado numa das cidades mais cobiçadas do mundo e estudado um semestre no melhor colégio de Paris. Não via futuro nenhum em “um lugarzinho do terceiro mundo“, como costumava dizer.

     A garota já havia tentado tudo o que estava ao seu alcance para impedir a viagem: chorou, gritou, tentou sabotar, conversou com o chefe da mãe e rasgou passagens de avião. De nada adiantou, tudo o que conseguiu fora uma bela brinca e castigos atrás de castigos. O que lhe restou a fazer foi exatamente o que fez: depois de chorar até desidratar, pegou sua câmera e saiu filmando e fotografando todos os pontos de Paris. Ainda tinha um dia e meio na cidade e queria aproveitar.

     “Vou bater tantas fotos e contar tantas histórias que as meninas de lá vão morrer de inveja!” pensava Bèatrice.

     Saiu de casa e rodou toda a cidade. Visitou o Louvre, a Catedral de Notre Dame, o Museu Rodin, o Arco do Triunfo, o Palácio de Versalhes, a maravilhosa torre Eiffel, entre outros pontos. Fotografou os franceses e seu antigo colégio. Ao chegar em casa, descarregou tudo em seu notebook e foi terminar de arrumar suas coisas.

     Depois de tudo pronto foi para a casa de uma amiga, onde haveria para ela uma reunião de despedida:

     - Bonne nuit. – Marie, melhor amiga de Bèa, atendia a porta sem prestar atenção.    

     - É assim que se recebe uma convidada, ma chérie?

     - Bèatrice! Você chegou!

     Todos os amigos da garota vieram abraçá-la, sempre desejando a ela toda a felicidade no Brasil e dizendo que ficariam com saudades. Mas alguém em especial lhe interessava:

     - Très belle, mon amour! Está lindíssima hoje! – Jean-Paul, o garoto maisl lindo de Paris, fala para ela.

     - Merci, Jean. É bondade sua. – Sentia seu coração disparar cada vez que ele chegava perto. Ainda mais agora que não sabia quendo voltaria a vê-lo.

     - Bon voyage! Vou sentir sua falta!

     - Oui, também sentirei muita falta de vocês!

     A festa não terminou muito tarde e quando Bèatrice chegou em casa sua mãe a esperava sentada no sofá.

     - Bèa?

     - Oui?

     - Tudo pronto para amanhã? O vôo sai à tarde, você sabe.

     - Tudo pronto, maman.

     - Ótimo, então vá dormir, porque amanhã será um longo dia.

     - Certo. Au revoir, maman.

     - Au revoir.

     Bèatrice mal dormiu aquela noite. Ficara imaginando como seria rever todos os seus amigos do colégio, toda a sua família no Brasil, talvez até rever seu pai.

     Seria um novo condomínio, mas a mesma escola. Os mesmos professores e pessoas. Não queria ir, de maneira alguma! Não pensava que aqui pudesse oferecer nenhum tipo de benefício, nada que pudesse ajudá-la em sua vida acadêmica ou profissional. Nada que ela gostasse mais no Brasil do que na França.

     Ainda assim teve de partir. Acordou, ou melhor, apenas levantou de manhã, colocou todas as suas malas no porta-malas do taxi e foi para o aeroporto com Charlotte. Chorou muito na decolagem, observando atentamente cada detalhe da cidade que se distanciava cada vez mais.

     A família Bourbon partiu para São Paulo às 14h do dia 06 de dezembro de 2008, destinada a uma vida diferente e inesperada.

 

 

Notas da autora:

 

Salut, mes amis!

Tudo certo gentee??

Passei só pra avisar que eu não falo francês :P

E também que "Bèa" se pronuncia "Bia", senão fica engraçado xD

 

E aí, ficou bomm??

 

Bjãão!

 


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