Let It Rock! escrita por Moon


Capítulo 4
Capítulo 4 - Clube, memórias e MATRYOSHKA!!!


Notas iniciais do capítulo

AAAH DESCULPEM A DEMORA @-@
É que toda vez que eu ia postar acontecia alguma zebra e dava erro ou eu perdia a história --''
Enfim, espero que gostem.
Aqui, o passado de Miku-chan vem à tona.



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Acordo sentindo algo em meu rosto. Abro os olhos e vejo que Len alisava meu rosto enquanto eu dormia. Eu coro.
– Mas o que é isso?
– Fiquei com pena de te sacudir para você acordar. Então comecei a pegar em seu rosto.
– Ah...
Fico sem jeito, mesmo assim, levanto e começo a me arrumar. Tomo um banho, expulso Len de meu quarto para que eu possa me trocar, então visto o uniforme da escola e, depois de penteá-los, prendo meus cabelos em um rabo de cavalo com um laço.
Destranco a porta do quarto e vejo que Len estava esperando que eu o fizesse. Ele havia acabado de tomar banho, então estava só de toalha. Coro novamente.
– LEN! - berro
– Me desculpe, eu estava te esperando!
– Entre logo!
Ele entra em meu quarto e se tranca, enquanto eu vou à cozinha preparar o café da manhã e os nossos lanches.
Para os lanches eu faço obentos e para o café eu faço o essencial: leite, ovos e panquecas.
– Len! - eu o chamo - O café está pronto!
Alguns segundos depois, ele aparece. Já está vestido e com a mochila de ombro.
– Já está pronta? - ele pergunta enquanto se serve.
– Logicamente sim. - aponto para mim mesma.
– Até que você não cozinha tão mal...
– Ah! - fico indignada - Como pode dizer isso? Sou a melhor do mundo, tá legal!!?
– A melhor do mundo em não cozinhar tão mal? - ele ri.
– Juro que se continuar eu enfio uma colher no seu nariz!
Ele ri e continuamos a comer, até que olho no relógio da parede.
– Vamos. - digo me levantando da cadeira - Se não formos agora, chegaremos atrasados.
– Tudo bem.
Ele levanta e eu vou pegar meu material no quarto. Depois, saímos de minha casa e nos dirigimos para o colégio a pé. Já que a escola é perto, mesmo.
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Ao chegar no colégio, eu e Len nos separamos, pois somos de turmas diferentes do mesmo ano. Entro em minha sala, Rin está sorrindo maliciosamente para mim e eu coro. O que ela acha que aconteceu?
– Bom dia! - digo para a loira de laço branco na cabeça.
– Bom dia... - ela continua com aquela cara - Como foi a noite?
– Rin, sua pervertida! Não aconteceu nada, ta bom!?
– Só perguntei como foi a noite, mas já que você deu esse chilique todo, o que aconteceu?
– J... Já disse! Nada!
– Está gaguejando! - ela ri.
– Porque isso é embaraçoso!
– Sei... - ela gargalha e todos da sala a olham, mas ela não se importa. Já eu, fico corada.
A primeira aula foi de inglês, mas não consegui prestar atenção, pois além de ficar olhando para Kaito pelo canto do olho, fico muito ansiosa para ir ao clube de música no intervalo. Provavelmente Gumi também irá. Eu e ela somos verdadeiras loucas que não deixam de pensar em música. Sem contar com Len e Luka.
Mas ao pensar novamente no clube, acabo ficando triste. Hoje teremos que arranjar três novos membros, ou provavelmente quatro, senão ele é fechado. E tem que ser hoje, pois eles iriam fechar neste dia.
Depois das duas primeiras aulas acabarem, finalmente somos liberados para o intervalo. Pego meu lanche junto com Rin pelo braço e corro para a sala de música.
Ao chegar, entro e ponho meu lanche em cima da mesa que ocupa um de seus cantos. Rin faz o mesmo e se senta, já eu, fico andando pelo local, de um lado para o outro. Tentando pensar em algo que possa fazer para não o fecharem, até que a porta é aberta e Gumi entra.
– Yahooooooooooooo! - ela grita radiante.
– Yoo... - eu e Rin respondemos desanimadas.
– Credo! Mas o que está acontecendo aqui? Opa, lanche! Posso comer? De quem é? Hein? Hein? - ela corre para meu lanche.
– É meu, Gumi-chan e sim, pode comer.
– Obrigada Miku-chi. Mas você não respondeu a primeira pergunta. - ela diz enquanto devora meu obentou.
– É que, se você não se lembra, irão fechar o clube hoje. Você sabe porque.
– Eu sei, - ela diz com a boca cheia - mas isso é molinho de resolver.
– Então... Como?
– É só chamarmos os outros de nos que estão aqui no colégio.
Fico gélida. Só há um jeito de encontrar outros de nós. E faz um bom tempo que não o uso, pois queria esquecer daquilo. Eu carrego meu dom como uma vitória, mas o que eu passei para tê-lo e ser livre foi demais para mim.
– Você não está pensando em... - não precisei terminar a frase, ela assente e eu engulo em seco.
– Sim, eu estou.
– Mas Gumi... E... Eu não sei s... S... Se eu consigo fazer aquilo de novo!
– Miku-chi... - ela fica séria - Eu sei que o que passamos foi horrível, mas eu não quero que esse clube afunde. Esse lugar significa muito para mim! É o único lugar onde posso ser eu mesma! E tenho certeza que você pensa o mesmo...
Fico calada.
– É para um bem maior... - ela recita o que sempre digo - Não é... Miku-chi?
Eu a fito. Sem certeza se aceito a proposta. Mas sei que não temos muitas opções. O que devo fazer? Sou a presidente desse clube e não sei o que fazer. Que merda!
– Gumi-chan... - eu a olho fraca - Eu não sei...
– Miku-chi, você sabe que é o melhor a se fazer para salvar esse lugar.
– Eu sei... - repito e respiro fundo antes de tomar a tal decisão. - Está bem...
– Yaay! - ela comemora de boca cheia.
– Vocês estão esquecendo um detalhe - Rin finalmente se manifesta.
– Qual?
– Como irão pegar o "localizador"?
– Hm... Não havia pensado nisso.. - Gumi termina de comer meu lanche e só então me arrependo, pois percebo minha fome gritante.
– É verdade... - paro de andar em ziguezague pois acabo ficando tonta. - Hm...
– Não há outro jeito de localizar os outros? - Rin fica mexendo em seu celular.
– Não tenho certeza - acabo por me sentar.
– Esperem.
Rin encosta o aparelho no ouvido esquerdo e estende a mão aberta para que façamos silencio.
– Nii-chan? - ela fala quando a pessoa atende. - Pode vir aqui no clube um minuto...? Tudo bem... Okay...
Ela desliga e sorri. Esperamos alguns minutos por Len, até que ele chega.
– E então? O que está havendo?
– O clube vai ser fechado lembra? - digo
– Ah, claro...
Explico o que havíamos discutido e ele assente.
– Eu acho que tenho um meio de localizá-los. Só preciso de um computador.
– Só isso?
– Eu já tenho um dos materiais necessários.
– Tem?
Antes de ele responder, a campa, que indica que o intervalo terminou, toca. Então, todos nós nos dirigimos para nossas salas. Mas Len me segura pelo braço, me impedindo de sair da sala.
– Len?
– Miku... Eu pensei no que você me pediu ontem à noite.. - sua expressão era extremamente séria.
– Ah... - coro - E então?
– Eu já disse, vou lhe ajudar. Mas eu preciso que você também me ajude.
– Como assim?
– Me ajude a te ajudar.
– Continuo sem entender.
– Se destaque.
Ele sai sem dar tempo nem de eu ver seu rosto. Ele só me parou por isso? E por que tanta seriedade? Argh, ainda por cima estou atrasada para entrar na classe! Len seu filho da mãe!
Resmungo e saio do clube, correndo em direção à minha sala.
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As aulas seguintes foram uma droga. Não prestei atenção e fiquei impaciente. O que faria para me destacar? Será que desisto? Ou não? E será que Len vai conseguir localizar os outros? Esse tipo de perguntas ficam martelando minha cabeça.
Tento me concentrar em apenas uma coisa: "O que fazer para me destacar?"
Poderia me tornar uma super nerd, mas acho que Kaito não gosta desse tipo de garota. Poderia me tornar uma rebelde, mas não quero ficar igual à Lily. Poderia me tornar amiga de todos, mas sou muito anti-social. Poderia... Poderia... De repente, uma idéia vem à minha cabeça como um estalo.
Agora, resta o outro assunto que me deixa nervosa. Será que Len vai conseguir localizar os outros? Essa pergunta me faz lembrar do meu passado.
Há quinze anos atrás, eu nasci. Não sei quem foram meus pais, ou se eu tive pais. Eu fui criada em uma empresa de tecnologia obscura. Aos cinco anos eu já tinha uma certa noção do que acontecia ao meu redor. Éramos forçados a treinar com o auxílio da tecnologia.
Éramos maltratados e apanhávamos se não quiséssemos treinar e nos apresentar. Mas, o que eu tinha mas medo, era o fato de o dono da empresa pegar jovens como eu, na idade que tenho hoje, e estuprá-las.
Eu morria de medo. E quando minha vez chegou, eu fugi. Eu, Rin, Len, Meiko, Luka e Gakupo.
Nós somos uma série de pessoas modificadas geneticamente. Possuímos vozes que nenhum ser, na face da terra, possui. Ninguém pode nos imitar. Ninguém pode nos igualar. Nós somos chamados de Vocaloids.
Eu tenho uma cicatriz como prova. Uma cicatriz vermelha com os dígitos 01. Uma coisa horripilante. Mas meu corpo está melhor, agora que as outras cicatrizes (frutos de maus tratos) sumiram.
Eu sou a número 01. Len e Rin são o 02 (gêmeos). Luka é a 03. Meiko é de uma serie anterior à minha e nessa serie, todos eram marcados com os números 00. Eu nunca descobri o número de Gakupo, assim como nunca descobri outros números. Tais como, o 04, o 05, o 06 e assim vai.
Volto à realidade com um salto. O sinal que indica o término das aulas, toca. Arrumo minhas coisas, puxo Rin pelo braço e a arrasto comigo até o clube de música.
No caminho, encontramos Len, que também estava indo para o clube.
– E então, Nii-chan? - Rin indaga - Que item você tem para localizar os outros?
– O headphone. Essa coisa tem um som ótimo!
– E onde vamos encontrar computadores.
– Na biblioteca, oras.
– Ah... É mesmo.
Mudamos o rumo, enquanto eu volto às minhas memórias.
Só há um jeito de localizar outros Vocaloids. Com alguma peça de nossos antigos trajes.
Quando ainda morávamos na empresa tecnológica, usávamos, cada um, um traje diferente. Esses trajes continham peças computadorizadas. Com tela ultra finas e etc.
– Chegamos - Sou traga a realidade novamente. Nos dirigimos para a parte da biblioteca onde ficam os computadores e Len tira um headphone branco da mochila, depois um cabo da mesma cor.
Ele liga um lado do cabo ao utensílio e o outro na entrada USB do computador. Uma luz amarela acende no headphone e uma janela se abre no monitor. Len tecla coisas e mexe em coisas que desconheço.
Depois, a tela faz sinal de "carregando". E, com alguns segundos, o headphone vibra. A janela se altera, agora tem nomes e localizações ali, então me faço voluntária para lê-los. Chego perto do monitor e me assusto ao ler o primeiro nome.
"Kaito Shion"
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A cada nome que leio, fico mais surpresa.
" Sonika
Akita Neru
Yowane Haku
Lily..."
Leio o meu nome e o de meus amigos, então chego aos que não conheço.
"Utatane Piko
Teto Kasane
Keko Kasane
Kaai Yuki
Yukari
Yuuma"
E gelo ao ler o ultimo nome.
"Mikuo Hatsune"
– Ah, merda... - murmuro.
– O que foi, Miku? - Len indaga.
– Len, essa coisa só localiza quem está na cidade?
– Sim... Aproximadamente...
– Como assim, aproximadamente?
– Tipo, o sinal não alcança os limites da cidade... Mas é quase isso.
– Sei... - Para localizar os outros, nossos trajes emitem um sinal que alcança os outros trajes, voltando com uma vibração. Como aconteceu aqui. - Droga...
– O que houve, Miku? - Rin fica confusa.
– Meu primo, Mikuo, está na cidade.
– E isso é ruim?
– É MUITO ruim. Ele fica me agarrando e dando em cima de mim o tempo todo! Tenho medo de ser estuprada e, com certeza, ele virá me visitar!
– Eu durmo com você, quando ele vier. - Rin sugere.
– Não, Rin. - Len está extremamente sério - Você também corre o risco de ser estuprada.
– Então vamos nós dois, Nii-chan!
– Tudo bem, tudo bem.
– Obrigada, pessoal. - fico aliviada.
Mas então, me lembro do problema principal. O clube! Vai ser fechado hoje! Preciso dos membros e suas fichas preenchidas hoje, para entregá-las ao diretor!
– Ah! O clube! - quase grito.
– Calma, Miku. - Rin alerta.
– Mas o que eu vou fazer? Teria que entregar a ficha dos membros hoje para o diretor!
– Pede um prazo maior.
– Não... - penso em algo e, como não vejo outro modo, me dirijo à porta da biblioteca. - Já sei.

– O que vai fazer, Miku? - Rin grita.
– Nem queira saber.
Saio correndo da biblioteca antes que a baixinha comece a gritar por mim. Vou até o final do corredor e desço as escadas. Depois, me dirijo para a sala do diretor Satoshi. O neto de Kyoko Omaeda.
Entro em sua sala devagar, respiro fundo quando ele me olha e reparo nele pela primeira vez. Seus olhos são azuis, cabelos grisalhos e curtos, usava terno e calça. Aparentava ter em torno de trinta ou quarenta anos.
– Posso ajudá-la? - ele diz ao me ver - Senhorita...?
– Miku Hatsune, primeiro ano, turma B. - recito - Senhor, sou presidente do clube de música, e ele será fechado hoje se não obtivermos quatro integrantes novos...
– Hatsune-san... Acho que temos um engano...
– O... O que? - meu rosto se ilumina.
– Veja bem, seu clube tem um número bom de integrantes não é?
– Sim, temos cinco integrantes...
– Então você só precisa de mais um.
– Ah... Mais eu já falei com três pessoas - minto.
– Quanto mais, melhor, Não? - ele sorri - Dê-me as fichas deles.
– Ah... Sobre isso... Eles ainda não as preencheram

Ele faz uma pausa, me encarando.

– Você não está mentindo, não é, Hatsune-san?

– Não, senhor.

– Então, qual o nome dessas pessoas?

– Kaito Shion, Teto Kasane e Kaai Yuki. - penso rápido

– Ótimo, então traga a ficha deles amanhã, OK?

– Sim!

– Era só isso? - assinto - Então, pode ir, Hatsune-san.

Sorrio e saio da sala.

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– Nhah, não estão felizes? - indago para os membros do clube, depois de contar o que aconteceu na sala do diretor. - Vamos lá, ânimo!

– Erm... - todos murmuram como resposta.

– Na verdade, Miku-chi... - Gumi está jogada num canto da sala, como sempre - Nós nem conhecemos essas pessoas... E você mentiu pro diretor! Como vamos conseguir suas fichas se nem sabemos se elas são desse colégio?

– O Len localizou outros de nós. - aponto para o garoto - E Kaito é desse colégio, sem falar que Len é amigo dele.

– Ei! - Len protesta.

– Len, você cuida do Kaito-kun. - eu ordeno à ele

– Ah, cara...!

– Ah, Len, Teto Kasane e Kaai Yuki são deste colégio?

– Sim... Estudam na mesma sala, sexta série, turma C.

– Uau, como sabe tudo isso? - Luka indaga

– Localizador.

– Hum... Bom trabalho, baixinho.

– Não sou baixinho!

– É sim. - Len continua a protestar, mas a mais velha dá de ombros.

– Então, Gumi-chan - volto a ordenar - Você fica com a Yuki-chan! Eu fico com a Teto-chan.

– Bem... tá bom, mas e se não conseguirmos?

– Essa palavra nem existe no meu dicionário! - rio

– ... É uma frase...

– Dane-se!

Rimos e sugiro algo.

– Que tal tocarmos algo para comemorar? - brado

– Qual música? - Gumi indaga

– Matryoshka - sorrio para ela antes de falar.

Matryoshka é uma música bem engraçada. Eu e Gumi a compusemos quando estávamos bêbadas (obra da Meiko), e Gumi só falava de sua recente viagem à Russia, na época.

Todos nós pegamos nossos instrumentos, apenas a bateria já estava montada no local onde costumamos ensaiar na sala. Len pega o baixo, eu ligo um microfone que estava guardado em uma gaveta em uma de nossas caixas amplificadas, Gumi pega outro e faz o mesmo, Rin vai para a bateria e Luka pega sua guitarra.

Estava tudo perfeito. Rin faz a contagem e todos começam a tocar. Eu e Gumi nos preparamos, até que a hora chega e começamos uma pequena contagem regressiva, então eu começo.


Uma mensagem que eu pensei muito, muito, sobre

Talvez ela vá chegar à alguém, quem pode dizer?

Certamente eu sempre fui assim,

A remendada, louca, matryoshka!

Esperamos mais um pouco e eu continuo.


Dor de cabeça é um pacote que canta para mim

Tempo continua passando, mas ele ainda diz 04:00

Não diga a ninguém

O mundo vai virar de cabeça para baixo


Ah, eu me sinto despedaçando

Jogue fora todas as suas memórias, também

Ah, como eu quero saber,

Bem no fundo...


Depois disso, entramos juntas e a união de nossas vozes sai perfeita, tanto que chego a me arrepiar quando ouço.



Ei, por favor,

dance mais um pouco

Kalinka? Malinka?

tire a corda do arco

O que devo fazer com esse sentimento?

Você poderia me dizer?


Alto e claro 524

Freud? Quelóide?

Bata a tecla

Todos riem intensamente

Dance, com toda sua estupidez.


O som dos instrumentos faz meu corpo vibrar, e eu amo isso! Eu acho que nasci para isso, cantar. Amo a sensação, amo o nervosismo e satisfação que isso me traz.

Eu e Gumi esperamos um pouco até que eu volto a cantar.


Bater palmas, não é totalmente infantil,


A essa melodia louca, olhe

Eu não me importo; de qualquer maneira

O mundo está derretendo


Depois disso, Gumi entra sozinha numa parte louca da música.



Eu e você rendezvouz? Rendezvouz? Ei, rendezvouz?


Ah, ou ir à uma aventura?

Com um andar decidido; 1,2,1,2


Só agora, paro para analizar nossa música... Realmente, só podíamos estar bêbadas! Mas até que ficou (estranhamente) melodiosa e legal. Que irônico.

Eu entro sozinha novamente, mas Gumi está se preparando para entrar junto comigo depois.


Ah, é nauseante


Me pare por completo!

Ah, com ambas as mãos

Me pare!


Logo depois disso, eu e Gumi entramos juntas no refrão.


Ei,


escute é importante

Kalinka? Malinka?

belisque o seu rosto!

Mas, mas você pode suportar?

Quer fazer outra coisa?


Dói, dói; mas não chore!

Parade? Marade?

Bata mais!

"Espere!" Você diz "Espere! Espere!"

Antes que nós fiquemos sozinhos


Escutamos uma pausa instrumental e Gumi repete:


Eu e você rendezvouz? Rendezvouz? Ei, rendezvouz?

Ah, ou ir à uma aventura?

Com um andar decidido; 1,2,1,2!


Chegamos à uma parte complicada da música, onde Rin nos ajuda como backing vocal.

Rin dá dois gritos ritmados e eu cantarolo.


Embriagar-se...


Rin repete e eu continuo.


Cantar até amanhã...


Mais uma vez.


Olhe!


Então, eu e Gumi voltamos a cantar sozinhas.


Uma louca, remendada, matryoshka!


Uma pausa pequena, sem música. Depois, eu e Gumi voltamos pela última vez, seguidas pelas palmas dos membros do clube, e logo pelos instrumentos.


Ei, Ei, Ei,

Por favor, dance mais e mais


Kalinka? Malinka?

tire a corda do arco

O que devo fazer com esse sentimento?

Você poderia me dizer?


Alto e claro 524

Freud? Quelóide?

Bata a tecla

Tudo será ridicularizado. Então,

Dance, com toda sua estupidez.


Logo, a música começa a acelerar e eu e Gumi ficamos cantarolando, arrastando sílabas por um tempo, com a ajuda de Rin. Depois, a música começa a acelerar bastante, como se tudo estivesse desmoronando. Até parar de repente.

Todos nós nos abraçamos, arrumamos nossas coisas e cada um vai para sua casa.

– Ei, - eu digo para Rin e Len, que estão indo para casa comigo, já que moram na mesma direção - O que acham de gravarmos um vídeo dessa música e postar na internet? Ela é bem legal. Acho que outras pessoas também iriam gostar...

– Acho uma ótima idéia - Rin sorri.

– É verdade. Poderíamos até ficar famosos... Sabe, estou cansado de tocar só no clube. - Len resmunga.

– É... Já imaginaram se ficássemos realmente famosos com isso? Realizaríamos nosso sonho... - eu digo, imaginando se isso seria possível.

Logo, chegamos em minha casa e eu entro. Len e Rin vão embora para as suas, me deixando sozinha. Deito e fico com preguiça de ir cozinhar, então fico ali mesmo, já que estou sem fome. Fico pensando numa vida luxuosa e intensa de uma cantora. De ter uma banda. No sucesso. No prazer de cantar para o mundo todo ouvir. De poder viver todos os dias ao lado dos meus amigos em turnês. Suspiro.

De repente, ouço a campainha tocar. Quem será? Eu não chamei ninguém aqui e Rin e Len foram embora. Luka mora longe e Gumi também, então, quem poderia ser?

Desco as escadas, ando pela sala e me dirijo até a porta. Então, eu a abro devagar e desejo não ter feito isso. Ter fingido que não tinha ninguém teria sido muito melhor.

Ali, na minha frente, estava o bonito, alto e sorridente Mikuo Hatsune. Meu primo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Me desculpem se o passado da Miku-chan ficou muito infantil ou fantasioso --' É que eu bolei essa história quando tinha 10 anos, já disse!
Enfim, eu amei ter encaixado Matryoshka aqui, pois é uma das minhas músicas favoritas! ^-^
As coisas vão começar a ficar tensas, hein? e-e
Reviews!!! Ù-Ú
Quanto mais reviews, mais longos os capítulos ficam, hein U3U (chantagem)