I Surrender escrita por QueenD, Summer


Capítulo 28
Capítulo 28 - Minha Unha Não!


Notas iniciais do capítulo

Oi gatinhas (os), caso tenha algum menino lendo essa fic x)



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Capítulo 28 - Minha Unha Não!

Graças aos céus, domingo Ashley estava ocupada com a bagunça da festa então não teve muito tempo para me importunar, mas sempre que me via lançava-me um olhar de desprezo que eu apenas ignorava.

Se antes Blake não falava com a mãe, agora ele a ignorava completamente. Então ela estava me culpando por isso também, provavelmente por achar que a culpa é minha e que estou arruinando a linda e amorosa relação de mãe e filho.

Resumindo, o clima lá em casa estava bem tenso e eu agradecia o fato de David estar viajando à trabalho e sabia que quando ele voltasse minha querida madrasta faria questão de tornar minha vida um inferno. Como se não bastasse todo o drama família, hoje era segunda e provavelmente a escola inteira já sabia que minha família era completamente louca. Sem contar no meu momento donzela quando eu desmaiei e tive que ser socorrida pelo Nate.

Logo que Blake e eu chegamos juntos o murmurinho começou, eu tentava seguir o caminho até o armário despercebida, mas obviamente não estava funcionando. Respirando fundo tentando ignorar os comentários que ouvia pelo caminho, senti alguém passar os braços pelos meus ombros. Foi quando me dei conta de que Blake ainda estava do meu lado.

Olhei para ele com uma cara de "Que diabos você está fazendo?" e ele só me respondeu com um sorriso de lado. Esse menino só pode ser bipolar. Procurei pelo corredor algum motivo para ele estar fazeno aquilo, quem sabe Lizzie não tinha ressurgido de sei lá onde e ele queria passar algum tipo idiota de ciúmes.

Mas a única coisa que encontrei foi Ruby praticamente bufando de raiva além Melody e Violette que me olhavam exigindo uma explicação. Milla estava muito ocupada falando com Nate para notar qualquer coisa.

Ok, não tinha nenhum motivo. Isso tornava as coisas ainda mais estranhas. Tirei seu braço dos meus ombros e fui pegar meus materiais para a primeira aula.

– Pequena, você está bem? Fiquei tão preocupado no sábado - disse Nate me abraçando e chegando num timing perfeito assim que Blake iria falar alguma coisa por eu tirar seu braço dos meus ombros.

– Eu estou bem, obrigada. Foi só uma... queda de pressão, é foi isso - Dei um sorriso amarelo e percebi Blake mexer desconfortavelmente.

– Eu queria ter ficado mais, mas o Blake praticamente nos expulsou de lá - falou lançando um olhar carrancudo para o mesmo que se limitou a revirar os olhos.

Blake se despediu da gente e seguiu outro caminho. Nate me acompanhou até o meu armário e fomos juntos para a nossa sala já que nossa aula era a mesma.

– Eu sabia que vocês dois iam ficar juntos, estava na cara pelo jeito que brigavam.

Pronto, sabia que não ia demorar pra começar a falar disso.

– Nate, nós não estamos juntos.

– Ainda... Aliás, vocês já tinham se pegado antes? Pelo jeito parecia que sim.

Corei e desviei o olhar para baixo.

– Você que o diga, você e Milla, hein.

Ele sorriu um pouco e logo depois olhou pra mim lançando um sorriso malicioso.

– Pelo menos não estávamos praticamente nos comendo.

– Você é realmente irritante quando quer.

– Fala sério, eu salvei sua vida como um verdadeiro herói - disse colocando a mão no peito como se estivesse mesmo ofendido.

Balancei minha cabeça negativamente enquanto sorria. Só mesmo Nate pra me fazer rir depois de tudo. Cada um foi sentar-se no seu lugar, mas quando olhei para onde ele estava, Nate sorriu maliciosamente de novo.

As outras aulas até o intervalo se passaram tranquilamente e tirando um olhar ou outro que alguns alunos me lançavam tudo parecia sob controle. Entre eles estava Peter, aquele garoto com quem "conversei" na festa. Mas é claro! Eu tinha me esquecido completamente dele e dos outros populares com toda aquela confusão. Bem, se antes minhas chances eram poucas, depois de deixar Peter plantado me esperando elas deviam ter ido pra zero.

Na hora do recreio segui para o banheiro a fim de dar uma olhada na minha maquiagem. Ele estava estranhamente vazio e assustei quando escutei o barulho da porta sendo fechada com força. Quando me virei vi Ruby me olhando como uma maníaca de hospício. Ótimo, agora tenho que aturar uma vadia louca mal amada me seguindo.

– Fica longe do Blake - disse direta.

– O quê? - falei considerando sua presença insignificante e voltando-me novamente para o espelho, retocando meu batom.

– Não se faça de burra sua loira aguada, você ouviu muito bem. O Blake é meu!

Além de gótica e com distúrbios mentais, Ruby também é iludida.

– Pelo que eu sei Blake não tem dona, caso tivesse ele não estaria me agarrando no sábado - Respondi somente quando terminei de passar batom, vendo sua expressão de raiva pelo reflexo do espelho.

– Até parece que você não foi a grande causadora disso, se jogando e esfregando seus peitos, ou a falta deles, na cara dele.

A olhei indignada. Agora virou moda me chamarem de tábua? Tudo bem que meu sutiã não é nenhum tamanho G, mas não precisam ficar me lembrando disso.

– Ele não está nem aí pra você, não passa de uma garota mimada na vida dele, uma patricinha metida que acha que pode ter tudo o que quer. É só uma questão de tempo pra ele te chutar e voltar pra mim.

– Blake não precisa me chutar, porque diferente de você, eu sei separar imaginação da realidade e sei que não há nada entre nós - Pelo menos nada sério.– E que eu saiba você nunca teve um relacionamente de verdade com ele.

Se antes ela estava nervosa, agora ela parecia prestes a voar no meu pescoço.

– Isso não é da sua conta, só fica longe dele.

– Olha, isso é meio difícil já que ele mora comigo - Eu nunca achei que fosse me gabar disso, mas na atual situação eu queria esfregar na cara dela que ela não tinha a mínima chance com ele. - Sabe, no sábado também ele parecia bem à vontade no meu quarto, na minha cama enquanto dormia abraçado comigo.

Não sei o que diabos deu em mim para falar aquilo, porém o efeito imediato de minhas palavras quando ela veio com tudo pra cima de mim me derrubando.

– Sua vadia, desgraçada, oferecida... - Gritava enquanto puxava meu cabelo.

– Sai de cima de mim sua louca.

Estiquei meus braços arranhando seu rosto.

Infelizmente, Ruby, como era de se esperar de um machinho como ela, não brigava como garotas. Gritei de dor quando ela apertou o pulso da mão que eu tentava arranhar seu rosto e torceu minha mão para trás, dando um tapa na minha cara com a sua mão livre.

– VOCÊ VAI QUEBRAR MINHA UNHA!

Ela segurou meu rosto, sua expressão de nojo quando gritei sobre minha unha, apertando-o enquanto olhava diretamente pra mim, dizendo:

– Eu não sei o que ele viu em uma garota fresca como você.

A porta do banheiro abriu e pude sentir Ruby sendo tirada de cima de mim por alguns alunos enquanto uma menina me ajudava a levantar. Respirei aliviada com seu peso tirado de cima de mim.

– O que está acontecendo aqui? - Ouvi a voz da coordenadora cortar o ambiente e Ruby, que ainda se debatia nos braços do menino que a segurava, finalmente se acalmar. Percebendo nosso silêncio ela prosseguiu. - As senhoritas me acompanhem até a diretora.

Olhei aquela garota com mais raiva ainda, por culpa dela eu iria me meter em encrenca pela primeira vez na escola. Como se já não bastasse minha ficha policial, agora meu histórico escolar também ia ser manchado.

Entrei na sala depois que Ruby saiu da mesma olhando para o chão com a mãe que resmungava algo como se meter em problemas e escola militar. Fiquei satisfeita em ver um arranhão com um pequeno filete de sangue em sua bochecha esquerda.

– Pode se sentar, senhorita Monroe - A voz do diretor reverberou pelo cômodo e eu logo me acomodei na cadeira de frente para ele. Ele soltou um suspiro alto me olhando e balançando a cabeça negativamente. - Tenho de confessar que não esperava algo assim vindo da senhorita.

– Mas senhor, eu não tive culpa, ela me atacou eu não pude fazer nada e... - Tentei me defender mas fui interrompida por ele que apenas levantou a mão num sinal claro de que eu me calasse.

– Como é sua primeira ocorrência desse tipo e até o momento a senhorita tem sido uma aluna exemplar, não vi necessidade de chamar seus pais, no entanto vai levar uma advertência que deve voltar assinada amanhã. Estamos entendidos?

– Sim, senhor - Não sabia se ficava grata por não terem chamados meus pais pois nesse caso quem viria era Ashley já que meu pai não tinha chegado, ou desesperada por ter que mostrar-lhe uma advertência.

– Pode voltar para sua classe.

Saí da sala o mais rápido que pude e segui para minha aula de história passando mais vergonha tendo que chegar atrasada e ter os olhares de todos os alunos sobre mim. Por mais surpreendente que chega, eu estava me cansando dessa atenção.

Quando o sinal de saída tocou praticamente corri para a porta do colégio a procura de John. Não estava com a mínima vontade de ouvir as perguntas do pessoal, mas infelizmente o principal culpado de tudo aquilo morava comigo.

Logo que vi o carro me joguei pra dentro dele e fiquei esperando que Blake resolvesse não aparecer e eu pudesse ir pra casa em paz. Mas hoje realmente não era meu dia de sorte.

– Olá, encrenqueira! Caramba, nunca imaginei que Sophie Monroe, a senhorita certinha ia arranjar uma briga no banheiro.

– Como você ficou sabendo? - murmurei essa pergunta idiota, é claro que a essa hora a escola inteira já tinha conhecimento.

– Todo mundo tá sabendo, você é a sensação do momento, conseguiu chamar mais atenção em três dias do que muita gente em anos nessa escola. Primeiro você se agarra com o mais gato do colégio, - O fitei com um olhar mortal nesse momento. - depois você desmaia na escada de casa e depois arranja uma baita confusão com entrada VIP na diretoria e tudo mais. Imagina o que David vai achar da sua filhinha perfeita.

– Cala a boca Blake.

– O que a Ruby fez pra te deixar tão irritada afinal, sei que ela pode ser realmente chata quando quer, mas mesmo assim Sophie, armar um barraco na escola? - disse como se estive me repreendendo.

– Ela que voou pra cima de mim, eu não fiz nada! Pelo amor de Deus Blake, se você quer ser amigo de uma psicopata pelo menos mantenha-a longe de mim.

Ele se limitou a soltar uma risada e permaneceu em silêncio até chegarmos em casa e quando finalmente achei que poderia ter um minuto de descanso, vejo o carro de David na garagem.

– Hora da verdade, Sophie - Blake me cutucou e eu o fuzilei com o olhar enquanto ele seguia para a porta.

Entrei em casa e vi meu pai sentado do sofá com Ashley do lado, logo que nos viu se levantou e veio parabenizar Blake com um abraço de lado, o que foi realmente estranho levando em conta que aqueles dois já haviam brigado feio. E Ashley me encarava com um sorriso vitorioso que eu apenas ignorei.

– Sua mãe me falou que você queria muito uma coisa, e bem, não é todo dia que se faz dezoito anos - Meu pai começou falando guiando Blake para fora de casa de novo.

Pelo que pude ver não era a única que não estava achando aquele papo muito estranho, Blake olhava para meu pai desconfiado imaginando onde ele queria chegar com tudo aquilo.

Quando chegamos na garagem tinha uma moto estacionada bem na entrada surgida não sei de onde. O sorriso que Blake abriu parecia o do Coringa.

– Eu pensei em colocar aqueles laços vermelhos, mas acho que combina mais com meninas - disse meu pai.

– Cara, olha só pra isso! - O traidor disse dando um tapa nas costas do meu pai e correndo pra ver a moto. Que decepção com esse garoto, deixa se vender tão fácil. Esperava mais dele.

Meu pai começou a falar algumas coisas sobre o modelo da moto que eu preferi ignorar. Ashley aproveitou a deixa e se aproximou de mim.

– É realmente comovente, não? Parecem uma família, finalmente eu posso ter a família dos meus sonhos, exceto por um pequeno e inconveniente detalhe - falou me olhando sugestivamente.

Eu já tinha entendido o recado. Eu era um problema e Ashley queria se livrar de mim por eu atrapalhar a sua imagem da família feliz e ela pretendia fazer isso aproximando David de Blake e me afastando deles. Quem sabe depois ela não me mandaria para um colégio interno longe do país. E só Félix sentiria minha falta.

Mas eu tinha outra coisa pra me preocupar no momento, como entregar aquela droga de advertência pro meu pai.

– Hmm... David, posso falar com você?

– Claro, pode falar - Comentou distraidamente enquanto ainda namorava a tal moto.

– Em particular.

– Estou ouvindo, querida. Blake que tal uma volta pelo bairro para experimentar essa máquina?

Minha cara deveria estar realmente hilária porque quando Blake desviou os olhos para mim, segurou uma risadinha.

– David, acho que podemos deixar isso para depois, Sophie quer mesmo falar com você - Finalmente o "Judas" se pronunciou.

– Ah! Tudo bem, mas depois nós vamos dar uma volta nessa belezura - disse parecendo realmente decepcionado e não pude deixar de imaginar meu pai na garupa de uma moto agarrando a cintura de Blake pelas ruas de Londres. Isso seria muito estranho.

Entramos em casa e decidi ir para meu quarto, pelo menos lá Ashley não poderia me perseguir. Pelo menos assim eu espero.

– O que foi, filha? - Meu pai estava realmente de bom humor e seria uma pena estragar isso. Por mais que eu ainda o odiasse pelo que ele fez com minha mãe, eu não podia viver brigando com ele e me afastar, afinal era isso que Ashley queria.

A propósito, eu também o odeio por ter se casado com aquela vaca.

– Então, aconteceu uma coisa que...

– Foi na festa? Algum garoto te incomodou?

– Não, não foi isso, é que hoje na escola, bem, uma garota...

– Diga logo Sophie - Ele já tinha começado a se irritar, então resolvi dar logo a advertência ao invés de me embolar com as palavras.

Ele pegou o papel sem entender muito e logo assumiu uma postura séria ao ver do que se tratava.

– Como você me explica isso? - disse com uma voz controlada que dava mais medo ainda.

– Pai, não foi minha culpa, a menina partiu pra cima de mim, eu não pude fazer nada...

– Quer saber, eu não quero ouvir. A senhorita está de castigo. De casa pra escola, da escola pra casa.

– O que? Você não pode fazer isso!

– Eu tenho autoridade sobre você, sou seu pai, posso fazer o que bem entender quando se diz respeito a sua educação.

– Mas eu nunca fiquei de castigo!

– Pra tudo tem uma primeira vez.

Balançou o papel na minha frente, sua expressão fria.


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Notas finais do capítulo

QueenD: Achei esse capítulo meio paradinho, mas o próximo vai tá bem melhor hehe.
QUEM FOI NA ESTREIA DE EM CHMAS? Eu fui o/ Nossa, como eu gritei, fiquei até rouca de tanto gritar. Chamei o Finnick de Bruna Surfistinha, tirei foto fazendo boquete no banner dele. Altas emoções
[Summer] Ui agora o Nyah! tá chique, tem jeito de programar a data de postagem. Alguém viu Thor o Mundo Sombrio? É muito massa, principalmente pelo fato de que o Loki se disfarça de Capitão América. Essa Queen tem fogo na racha, meu colega que tava do lado dela disse que quase ficou surdo dos gritos que ela dava pelo Finnick. Aqui vai uma prova de quão promiscua essa garota é tsc tsc http://photo1.ask.fm/997/534/839/910003001-1qttamh-fc90keb91s5b3a0/original/1419740_514548711985707_1510595625_n.jpg