War Of The Union escrita por GreenTop


Capítulo 3
Garoto misterioso


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san, demorei para postar? gomen, mas ta ai um novo capitulo, espero que vocês gostem, boa leitura



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Ainda precisava encontrar Loke. Percebi algo de estranho nele e queria esclarecer o que era.

Estava andando já há um bom tempo, mas não havia visto nenhum sinal dele. Era perigoso ir muito longe, poderia me perder e isso realmente não seria agradável; mas minha curiosidade estava me matando. Entrei em uma pequena floresta, que ficava ao lado do acampamento. Talvez ele estivesse ali.

Bingo!

Depois de adentrá-la não precisei andar muito. Loke estava parado, observando o pequeno riacho que corria ali.

 Era um lugar bonito. Mesmo em uma guerra, ainda era possível contemplar algo que não foi destruído e mantinha sua beleza intacta. A água que corria era tão cristalina que se tornava possível observar os pequenos peixes nadando.

Imaginei quanto tempo mais aquele lugar iria permanecer daquela maneira. A destruição se aproximava cada vez mais do acampamento, logo a beleza dali não iria durar muito. Só com muita sorte continuaria preservada quando a guerra acabasse, o que eu achava impossível de acontecer.

Observando aquele espaço acabei me esquecendo do propósito principal de ter ido até ali. Loke parecia ainda não ter notado minha presença. Tirei de meus pensamentos a beleza do lugar e voltei a me concentrar no que queria conversar com aquele garoto.

― Loke, não é? ― perguntei, aproximando-me lentamente e chamando sua atenção.

― Sim. E você é Lucy Heartfilia, correto?

― Estou surpresa, guardou até meu sobrenome ― Eu disse sorrindo

― Apenas tenho uma boa memória ― Ele disse ajeitando os óculos que usava ―. Mas então, o que quer comigo?

― Por que acha que eu quero algo com você?

― Apenas um chute. Veio até a floresta, se arriscando em um lugar desconhecido, poderia estar procurando por alguém, por que não eu?

― Belo chute. E você? Tem um motivo importante para ter se arriscado?

― Eu perguntei primeiro, mocinha; mas tudo bem, vou responder a sua pergunta. Na verdade não, apenas não gosto daquele ambiente. Muitas pessoas, muito barulho. Vim aqui a procura de um pouco de paz.

― E o que te faz pensar que eu não poderia estar fazendo o mesmo?

Eu sei, estava enrolando demais para chegar ao ponto que queria, mas aquela também poderia ser uma boa maneira de descobrir coisas sobre o garoto.

― Você gosta de fazer perguntas não é? Eu simplesmente sei. Outro chute.

― Isso não é uma resposta digna.

― Apenas responda minha primeira pergunta: O que quer comigo?

― Quando foi que eu disse que queria algo com você?

― Você quer ou não?

― Na verdade, sim

― Não teria sido bem mais simples ter me dito isso desde o começo?

Estávamos praticamente em um jogo de perguntas e respostas curtas.

― E o que eu poderia ter descoberto sobre você se tivesse dito desde o começo?

― Então esse era seu objetivo?

― Em partes, sim.

― Mas não é só isso, é?

― Não e sim.

― Não e sim? ― perguntou.

― É. Eu estou curiosa sobre você, já consegui descobrir algumas coisas com esse pequeno diálogo, mas não o suficiente.

― E por que está curiosa sobre mim?

― Hoje mais cedo, você me disse que compartilhar o meu passado iria fazer com que eu me sentisse melhor, então porque você não o fez?

Chega de enrolar. Era melhor ir logo direto ao ponto em que eu queria chegar.

― Como assim?

― Você não contou nada sobre você, mesmo me dizendo para fazer isso. Você não provou suas próprias palavras.

― Então era por isso que estava me procurando. Eu disse que seria bom para você contar seu passado; não que seria para mim. “Faça o que eu digo, mas não o que eu faço”.

― Por que não seria bom para você?

― Digamos que meu passado é muito confuso, envolve coisas que ninguém deve ter conhecimento. E você faz perguntas demais, sabia?

― A maior parte das pessoas daqui tem passados ruins, o seu não deve ser muito diferente. E sim, eu sei disso.

― Ah, não? Tudo bem, vamos ver então. E se eu dissesse que eu já conheço uma pessoa desse acampamento?

Eu estava confusa. Se ele conhecia alguém por que não disse nada antes, nas apresentações?

― Quem?

De imediato ele ignorou minha pergunta, mas a respondeu quando voltou a falar.

― E se eu dissesse que essa pessoa é você, Lucy? ― Perguntou, olhando diretamente nos meus olhos. Não parecia mentir, ou, se mentia, o fazia muito bem.

― Eu? Isso é impossível, eu não te conheço.

― E se eu dissesse que todo meu passado envolve você?

 Certo, não estava entendo mais nada. Ele era maluco ou eu tinha algum problema de memória e não sabia?

― Você está delirando? Eu nunca te vi na minha vida, como posso estar envolvida com o seu passado?

― Confuso, não é? Mas essa é a verdade. Agora diga-me, como eu iria revelar meu passado? Todos iriam ficar confusos, além do mais, essa é uma pequena parte, apenas o que eu posso revelar.

― Se me envolve então eu não deveria saber?

― Não. Não deixe a curiosidade tomar conta de você Lucy. Existem coisas que não se deve saber, lembre-se disso, e não tente investigar, até porque seria uma completa perda de tempo. Não tem como você descobrir nada, a não ser pela minha boca, o que não vai acontecer.

― O que você é? Algum tipo de psicopata?

Loke riu.

― Acha mesmo que eu sou um psicopata?

― Não, mas do jeito que você está falando é um pensamento bem coerente.

― Não se preocupe, eu não sou nenhum psicopata, nem um perseguidor. Não é por isso que digo que você está ligada ao meu passado, eu diria que é mais como se nossos destinos estivessem ligados desde o dia em que nascemos.

― Isso não foi um tipo de cantada, foi?

Loke novamente riu.

― Não, não foi, apenas estou dizendo o que acho. Mas não se preocupe, se estava pensando antes que eu sou um psicopata e que poderia te machucar, eu nunca irei te machucar. E já está quase na hora de voltar, você vem?

― Não, acho que vou ficar um pouco mais aqui.

― Tudo bem. Não vai se perder se voltar sozinha, vai?

― Não, pode ir.

Loke caminhou até a saída da floresta. O acompanhei com o olhar até que ele desaparecesse em meio às árvores.

Estava realmente muito confusa, me perguntando como o passado dele poderia estar ligado ao meu se eu nem ao menos o conhecia. Como poderia ser possível? Ele era muito misterioso, e eu pensei que nunca fosse desvendar os seus mistérios.

Sentei-me em uma grande pedra e fiquei observando o riacho, analisando o que eu sabia sobre aquele garoto até então. Tudo o que consegui descobrir foi que ele não gosta de barulho e que eu estou ligada a ele de alguma forma, apenas isso. Pensei na possibilidade dele estar brincando comigo, se o que disse era mentira; mas não parecia ser. Ele estava sério demais ao falar comigo

Não fazia ideia de que horas eram. Não sei como Loke sabia. Ele não possuía nenhum relógio e as folhas das árvores tampavam o céu.

Olhei mais uma vez para o riacho, não me cansava de olhar para ele, pelo menos já sabia um bom lugar para ir quando as lembranças do que eu vivi há um dia me invadissem.

Naquele momento não eram as lembranças do dia anterior que tomavam minha mente, mas sim as do dia atual. As apresentações, a conversa com certo rosado. Principalmente ele, Natsu. Inconscientemente desde a conversa ele não saiu da minha mente nem por um segundo, nem mesmo quando estava pensando em outras coisas, já que ainda nesses momentos, no fundo, estava pensando nele. O motivo eu desconhecia, talvez a sua positividade me ajudasse a espantas as memórias ruins, como se ele fosse um amuleto de sorte. Queria vê-lo novamente.

Já estava escurecendo. Pude perceber porque a iluminação ali diminuía cada vez mais. Talvez fosse graças a isso que Loke descobriu o horário, mas quando ele saiu ainda não havia nenhuma diferença na iluminação. Eu é que fiquei ali por tempo demais. Logo já estava de volta ao acampamento, muitas pessoas ainda estavam caminhando, não era tão tarde.

Natsu conversava com Lisanna. Eu sei que não deveria interromper a conversa dos dois, mas meu corpo se moveu sozinho. Pude ouvir um pouco do que diziam.

― Eu pensei que nunca mais fosse te ver Nat-kun, pensei que estivesse morto.

― Eu sou Natsu Dragneel, não vou morrer tão facilmente ― disse sorrindo de novo. Ele realmente só sabia sorrir, mas eu já não me incomodava com isso. Na verdade, até gostava.

― Mas podemos morrer a qualquer momento, e eu não quero mais perder tempo. Sabe, desde que te conheci, Natsu-

― Hum... Ei, Lucy, onde você estava? ― perguntou quando notou que eu estava próxima dali, interrompendo Lisanna, que parecia estar um pouco brava por eu ter interrompido a conversa.

― Só andando por aí.

― Hum.

Não havia mais ninguém do grupo ali. Lisanna partiu quando eu cheguei, só estávamos eu e o Natsu.

― Estranho. Cadê todo mundo? ― Perguntei.

― Não sei, só percebi que não tem ninguém agora que você disse. Todo mundo sumiu?

Senti uma aura negra se aproximando, parecia algo que podia nos matar a qualquer segundo, o que era aquilo? Só sentia a presença, mas não via ninguém, estava se aproximando cada vez mais, até que parou atrás de mim e do Natsu.

― O que. Vocês dois. Ainda. Estão. Fazendo. Aqui?! ― Erza era quem estava atrás de nós. Pelo jeito como falava, provavelmente um pouco (muito) irritada. Só então eu percebi que estávamos atrasados, olhei para o relógio no prédio principal. Eram apenas cinco minutos de atraso, mas Erza parecia ter ficado mesmo muito brava por isso.

― Erza-sama. Nós perdemos a noção do tempo, desculpe  Até mesmo Natsu tinha medo dela.

― Não importa, vão agora para a tenda!

― Sim, Erza-sama ― Nós dois dissemos juntos enquanto saímos o mais rápido possível.

As outras pessoas estavam aguardando em fila para poderem tomar banho. Nós seriamos os últimos então provavelmente iria demorar.

― Vamos esperar na tenda. ― Natsu disse e eu concordei.

Sentamos-nos em uma das camas. Ficamos um pouco em silêncio, não que eu não quisesse falar com ele, apenas não sabia como falar.

― Ei Lucy, posso te perguntar uma coisa?

― Pode. O que é?

― Quando você acha que essa guerra vai acabar?

Há um dia eu fiz praticamente a mesma pergunta e a resposta era a mesma que eu recebi quando eu perguntei.

― Não sei.

― Espero que acabe logo. Quando ela acabar nos vamos continuar sendo amigos, não é?

― Amigos?

― É, nós somos amigos, não somos?

― Não sei, eu te conheci hoje.

― Não é necessário conhecer há muito tempo para ser amigo, apenas gostar de verdade da outra pessoa, e eu gosto de você. ― Ele disse sorrindo, naquele dia eu acho me apaixonei por aquele sorriso. Era tão bom vê-lo.

― Certo, se não formos mortos.

― Não vamos morrer.

― É uma guerra, as chances de isso acontecer são altas.

― Pare de ser tão pessimista, está parecendo a Lisanna.

― Aquela garota que estava com você?

― É.

― Como a conheceu? ― A curiosidade tomou conta de mim.

― Somos amigos de infância. E você? Conhece alguém daqui?

― Não, eu acho. ― Disse me lembrando de Loke.

― Como assim acha? ― Natsu perguntou confuso.

― É uma história complicada.

Finalmente havia chagado a nossa vez, Natsu me deixou ir tomar banho primeiro. No dia seguinte começaria o “treinamento de sobrevivência da capitã Erza”. Sinceramente eu estava com medo do que poderia ser esse treinamento.  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Essa fic está muito parada, vamos animar um pouco, deixando reviews : ) apareçam leitores fantasmas, eu gosto de vocês também, mas se mostrem para eu saber que vocês existem.



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