War Of The Union escrita por GreenTop


Capítulo 11
Ao nascer do Sol...


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna
Nem demorei tanto dessa vez, não é?
Queria muito escrever esse capítulo, então fiz o máximo para terminá-lo hoje, já que amanhã não vou ter tempo para nada, tenho dever de Biologia, Matemática, História, Química, Português, Literatura, Artes e Sociologia e pretendo fazer tudo amanhã (Prevendo que meu dia será muito legal)
Por que eu queria tanto escrever esse capítulo? Porque eu estou muito empolgada com essa fanfic. E por que estou tão empolgada com essa fanfic? Por causa de você, Legolass-san! Sua recomendação me fez ter um surto de inspiração para essa fanfic! Depois de lê-la eu fiquei sorrindo e as ideias simplesmente vieram a minha mente. Muito obrigada!!! Se antes eu estava meio desanimada com a fic, graças a você agora é uma das que eu mais gosto de escrever, muito obrigada, mesmo!!!
Não sei se o capítulo ficou bom, mas espero que gostem mesmo assim.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/284609/chapter/11

Surpresa. Surpresa e completamente confusa. Eram essas as duas palavras que melhor me definiam naquele momento.

Digo, em um momento tudo parece estar desabando. Vemos pessoas morrendo bem à nossa frente, o lugar onde passamos vários meses sendo totalmente destruído, restando apenas destroços, escombros. De repente tudo o que era possível enxergar e sentir eram coisas ruins, a total falta de esperança, a perda da felicidade ― mesmo que esta já fosse mínima ―, e então, como se nada disso importasse, ele disse aquelas palavras, disse que eu era a mulher que ele amava.

Pensei que pudesse não passar de apenas um sonho. Questionei se aquilo era realmente real. Mas era. Ele disse a coisa que eu mais queria ouvir em um momento em que a esperança, a alegria, a felicidade ou qualquer sentimento bom, pareciam não existir.

Natsu fez nascer um sentimento bom, uma nova esperança para mim, quando pensei que nada poderia fazê-lo. Esse era um dom que apenas ele possuía: fazer florescer uma flor em meio ao solo árido de um deserto; um sorriso em meio ao sofrimento de uma guerra. Mesmo que fosse um sorriso interno, já que mesmo com o que ele me disse, depois de todo o ocorrido eu não conseguia sorrir.

― Eu... Eu pensei que você amasse a Lisanna. ― Eu disse, quase não conseguindo falar tamanha era minha surpresa. A meu ver ele realmente amava aquela garota, por isso minha mente se encontrava em uma completa confusão. Além de precisar ter certeza do que ele falava antes de lhe dar qualquer resposta.

― E eu amava, eu realmente a amava – Ele disse, deixando-me ainda mais confusa. Afinal, se ele a amava, porque disse também me amar? A não ser que Natsu fosse o tipo de cara que ama duas mulheres ao mesmo tempo, um falso amor, já que, pelo menos na minha opinião, é impossível amar igualmente duas pessoas ao mesmo tempo. Não, ele não era um cafajeste como esses... Era?

― Mas então... Por que... ?

Natsu suspirou, jogando a cabeça para trás e a apoiando no barranco. Evitava a todo custo o encontro dos nossos olhares.

― Eu a amava, mas como uma irmã. No começo realmente pensava que sentia algo a mais por ela, outro tipo de amor. Eu estava tão confuso ― Disse, bagunçando os cabelos já muito bagunçados ―. Eu a conheci quando éramos crianças. Estava com o pai, eles iriam se hospedar na casa do Igneel por alguns meses, na minha casa. Esses meses se tornaram dois anos. Nós dois estávamos sempre próximos um do outro, brincávamos sempre juntos, riamos juntos ― As memórias pareciam dolorosas para ele, porém se esforçava ao máximo para segurar as lágrimas ―. Naquela época ainda não sabia da existência dos irmãos de sangue. Ela foi embora no dia em que o pai encontrou sua mãe... Aquele dia, foi a primeira vez em que chorei. Era doloroso perder minha amiga, mas pelo menos continuamos a nos comunicar por cartas.

“Eu sempre a protegi de tudo, sempre a ajudei, agia como um verdadeiro irmão. Mesmo que ainda nos falássemos por cartas, não era a mesma coisa. Eu nunca mais a vi, até vir para o acampamento. Foi quando comecei a duvidar dos meus sentimentos com relação a Lisanna. Se eu a amava apenas como uma irmã ou se sentia algo a mais. Depois de beijá-la pela primeira vez minhas dúvidas desapareceram um pouco. Não sentia nada de diferente, não sentia vontade de beijá-la, somente de protegê-la; sentia vontade de tê-la ao meu lado, mas não como amantes.”

Ele finalmente decidira olhar para mim. Eu não sabia o que pensar sobre aquela história, porém ele ainda não havia terminado de contá-la.

― Eu só tive total certeza com relação aos meus sentimentos quando te conheci mais. Com o tempo de convivência, todos aqueles desejos que eu pensava sentir com Lisanna, eu realmente passei a sentir, mas com você. E então você se afastou de mim, aquilo foi como receber uma facada, não faz ideia do quanto sofri, Lucy. Eu tentava falar com você, mas era sempre ignorado. Você também estava sempre ao lado do Loke, eu pensei que estivesse apaixonada por ele, e não queria atrapalhá-los, apenas... Apenas queria sentir sua presença.

Ele pensava que eu era apaixonada pelo Loki? E eu pensava que ele era apaixonado pela Lisanna? Como éramos ambos tolos! Não conseguíamos perceber os sentimentos um do outro, causando dor para nós dois.

― Eu tenho certeza agora, depois de tudo o que aconteceu. A Lisanna era minha irmãzinha, e estou sofrendo muito por perdê-la, porque isso é ainda pior do que quando ela foi embora, eu nunca mais irei vê-la. Você... Você é a mulher que eu amo, como amante. É com quem eu gostaria de estar sempre perto, de proteger. É a única pessoa com quem consigo me imaginar passando o resto da minha vida. Eu não consigo nem ao menos me imaginar vivendo longe de você neste momento. Por isso te salvei. Se você morresse, eu estaria morto também. Não posso mais viver sem você, Lucy. 

Eu estava atônita. Aquela declaração me deixara completamente sem palavras. Queria chorar, abraçá-lo, dizer que o amava tanto quanto ele dizia me amar, mas aquele não era o momento. Eu precisava digerir tudo o que ouvira, precisava de um tempo antes de dizer o que queria dizer a ele.

― Natsu... Eu, não sei o que dizer. Só... Não acho que esse seja o melhor momento para falarmos sobre isso.

― Claro ― Ele disse, olhando para qualquer outro ponto que não fosse eu ― Você tem razão. Eu também não deveria estar dizendo isso depois do que aconteceu, mas precisava tirar isso de mim.

Dezenas de pessoas acabaram de morrer, incluindo uma muito próxima de nós. Não seria certo que nós estivéssemos contentes logo após aquilo. Pelo menos um pequeno tempo era necessário.

― Eu prometo uma resposta, mas não agora. Precisamos decidir o que faremos, se procuraremos pelos outros.

― Acho que seria melhor procurarmos por eles. Não temos mantimentos, nem coisas do tipo para poder ficar vagando por aí sem companhia. O que você tem nessa mochila? ― Ele perguntou. O assunto anterior permanecia nas nossas mentes, porém tentávamos mudar de assunto e esquecê-lo. Meu coração gritava para que eu contasse tudo ao Natsu. Estava decidida a fazê-lo, em outro momento.

― Algumas roupas, e uma coberta. Acho que deveríamos passar a noite aqui, estamos cansados demais para procurar pelos outros, amanhã começamos a procurar. 

Não mencionei as cartas, pois elas continham meus mais profundos sentimentos, além de serem destinadas a apenas uma pessoa.

― Eu não acho que conseguirei dormir essa noite.

― Precisa dormir, precisa recuperar as forças, ou não aguentará.

― Morrer? É só questão de tempo até que isso aconteça. A guerra não irá acabar tão facilmente, como sobreviveremos até o fim?

Natsu estava completamente sem esperanças. A escuridão da guerra apagou até mesmo a mais poderosa chama que eu conhecia: A coragem, a esperança e a determinação de Natsu. Ele estava frágil, havia deixado de acreditar, perdido sua convicção, e quando se perde a convicção, a esperança, tudo está perdido. Eu não ia deixá-lo se perder, iria trazê-lo de volta custasse o que for. Ele me salvara antes, era minha vez de retribuir o favor.

― Daremos um jeito! Eu prometo, ficará tudo bem. Estamos juntos, você não está sozinho, apenas continue aguentando, apenas seja forte, estou aqui por você.  Lembra-se? ― A música. Ele se lembrava dela, pois acenou positivamente. ― Confie em mim. Vamos nos revezar, enquanto um dorme, o outro vigia.

― Pode dormir primeiro. Eu continuo sem sono.

Não insistiria, se ele ao menos dormisse um pouco depois já seria bom. Peguei a coberta dentro da minha mochila e me deitei, usando a perna de Natsu como travesseiro. Ele ficou surpreso, porém não reclamou, pelo contrário, começou a acariciar meus cabelos. Aquilo era bom, era confortável saber que ele estava ali. Eu tinha certeza, enquanto ele estivesse comigo, tudo estaria bem; a guerra não iria me abalar. Aquele sorriso me mantinha em pé, eu só precisava trazê-lo de volta.

“Até mesmo quando estiver dormindo, mantenha seus olhos abertos...”.

Sabia que seria assim dali para frente. Não teríamos paz. Não estávamos mais na “segurança” do acampamento.

Eu estava tão cansada, não demorei a dormir. Natsu acariciando os meus cabelos também ajudou para que fosse levada pelo sono.

----/---/----

Acordei com um barulho baixo. Natsu estava chorando. Se esforçava para controlar as lágrimas, mas claramente não conseguia. Ele olhava para o céu, distraído, tanto que nem ao menos percebeu quando eu acordei. Vê-lo chorando era tão doloroso.

Lentamente levei minha mão até seu rosto, tirando dali as lágrimas que insistiam em escorrer. Somente quando sentiu o toque da minha pele ele percebeu que eu acordara. Sorri timidamente, tentando lhe passar confiança. Porém essa tentativa foi totalmente por água a baixo quando meu rosto também fora molhado pelas minhas próprias lágrimas.

― Por que isso tudo tem que estar acontecendo? – Ele perguntou.

― Eu não sei, talvez as coisas tenham que ser assim.

― Por que? Para que? Por que todas essas pessoas precisam morrer?

Eu me sentei, abraçando Natsu logo em seguida.

― Talvez para que algo aconteça, não sei. ― Ele tentava segurar as lágrimas, conter os sentimentos de perda, dor e indignação que se faziam presentes em seu coração ― Tudo bem em chorar, Natsu, tudo bem em tentar aliviar o que está sentindo.

Ele seguiu minhas palavras, chorando ainda mais do que antes, molhando a minha camiseta, mas eu não me importava com isso. O Sol começava a nascer naquele momento, enquanto estávamos abraçados ali. O início de um novo dia, e tudo o que nos restava era tentar sobreviver novamente, um dia de cada vez.

Natsu se afastou, quando já estava um pouco melhor.

― Estamos perto da cachoeira, eu vou tomar um banho, ou ao menos o mais próximo disso, preciso esfriar a cabeça. Tente dormir. ― Eu disse. Conhecia aquela floresta como a palma da minha mão.

― Não quero dormir, nem consigo ― Já estava me levantando quando ele continuou a falar ―. Lucy, obrigado.

Apenas sorri timidamente em resposta, antes de sair dali.

----/---/----

A água estava um pouco fria, mas não me importava com isso. Sentir a sensação da água caindo sobre a pele era muito bom, fazia com que me esquece-se um pouco dos problemas.

Natsu pareceu também querer um banho. Apenas tirou a camiseta e entrou na água. A situação era um pouco constrangedora, na minha opinião, mas não me importava tanto.

― Natsu, lembra-se do primeiro dia de treinamento com a Erza? Nos jogamos nesse lago, eu ainda não sabia nadar.

― Sim, eu me lembro.

― Como eles devem estar? ― Perguntei, me referindo ao resto do grupo.

― Não sei, espero que bem. ― Natsu colocou as mãos sobre a cabeça, pressionando o local ― Essa dor de cabeça está me matando, pensei que um pouco de água ajudaria.

Era normal depois de tudo o que aconteceu aquele desconforto, foram coisas demais para se aguentar. Nadei até perto do Natsu, queria ficar perto dele.

― Outra coisa que está me matando é essa dúvida, Lucy. Eu preciso saber, você sente ou não o mesmo que eu sinto por você? ― Ele perguntou, olhando nos meus olhos.

Eu queria lhe dar uma resposta, e já não aguentava mais para fazê-lo. Estava matando a mim também não mostrar o que realmente sentia a ele, por isso decidi acabar de uma vez por todas com isso. Coloquei minhas mãos em seu rosto e me aproximei, até que nossos lábios finalmente estivessem colados um no outro. 

"Mesmo na escuridão mais profunda, podemos encontrar uma luz para iluminar o caminho"



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E... Então? Gostaram?
Espero que sim. Por favor pessoal, deixem reviews dizendo o que acharam, ok? É muito importante.
Até o próximo o/