– Não venha com muita conversa Draco! Por favor, seja direto...

– Mas você já deve imaginar Hermione, o que eu quero.

– Sei é?

Draco a encara.

– ‘Tá bem. Olha só Draco, tenho que admitir que pensei em nos dar uma chance. Em tomar alguma atitude. Mas não quero me decepcionar... Gosto de você e...

– Isso é o suficiente.

E ao dizer isso, Draco a enlaçou e a beijou como sempre esperou; com total sinceridade e confiança. Hermione retribuía e sentia-se segura. Passava a entender agora que o Rony era apenas um velho e grande amigo e que o Draco era seu desejo desde sempre.

Alguns poucos alunos que sobraram, passavam e olhavam confusos ou assustados ou simplesmente ignoravam.

Draco sentia-se feliz, satisfeito e finalmente sentia estar mudado, mudado por aquela garota. Deslizava suas mãos espalmadas pelas costas de Hermione que respirava ofegante e que por sua vez, misturava seus dedos finos aos cabelos loiros e emaranhados de Draco (...).

Os dois, com as testas juntas, se entreolharam e com um sorriso, ambos seguiram de mãos dadas pelo corredor, tranquilos e decididos.

Chegaram aos corredores que separam as salas comunais da Grifinória e Sonserina. Harry estava parado ali perto, esperando que a amiga voltasse.

Avistando-os de longe, interrogou:

–Hermione...?! – começara confuso e incrédulo com o que via. Olhava para as mãos dadas de Hermione e Draco. – O que isso quer dizer? – perguntou sem querer acreditar.

– Isso mesmo que você está vendo Harry. Por favor, seja compreensivo... – falou a garota.

Harry pareceu impaciente, mas continuou calado.

– Resolvemos nos dar esta chance e estou certa de que é realmente isso que queremos.

Draco apertou sua mão como um sinal de apoio e se aproximando mais dela.

– Não me julgue Potter. Sei o quanto gosta da Hermione e o quanto quer vê-la bem... Não se preocupe. Ficaremos bem. – e olhou para Hermine com um leve sorriso.

– Está bem. Está bem! – e dando um último olhar em Draco, tocou no ombro da Hermione para que ela o seguisse. – Vamos Mione. Falta pouco para o jantar.

Hermione soltou a mão de Draco e com um sorriso se despediram.

–Hermione, você tem certeza do que está fazendo? Ele é um Malfoy! O pai dele é um Comensal! – falava Harry quase em desespero.

– Ah, qual é Harry. Relaxa. Não vou nem chegar perto da família dele! – e riu da preocupação do amigo que parecia um irmão mais velho cheio de receios.

– Hum!

– Harry! Pára com isso. Tente confiar nele pelo menos agora que preciso tanto do seu apoio...

Harry abraçou-a carinhosamente pelas costas enquanto caminhavam rumo a sala comunal da Grifinória.