O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo escrita por Luiza


Capítulo 4
Meu melhor amigo me oferece uma arma mortal


Notas iniciais do capítulo

ta aí mais um :D obrigado pelos reviews, vocês são tão fofos, que nem diz a Demi



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Acordei com Will me sacudindo. O avião já havia pousado e estava vazio, a não ser por nós e uma aeromoça na saída.

Nos encaminhamos até onde ela estava para sair, mas ela se colocou na nossa frente. Eu percebi que ela era bem mais velha do que aparentava de longe, com um rosto rechonchudo coberto com maquiagem para encobrir as rugas. Os cabelos castanhos presos num rabo, deixando sua cabeça ainda maior. Tinha grandes olhos injetados, pareciam como o de um chihuahua grande e cabeçudo. Ela me assustava um pouco, mas parecia gentil.

– William, Melrose!- disse ela sorridente- Atrasados?

Achei estranho ela me chamar pelo meu nome. Era sempre Rose, Rosie, mas nunca Melrose. Minha mãe tinha me botado esse nome em homenagem à primeira ministra da magia mulher a assumir o cargo depois da Segunda Guerra Bruxa, mas nem mesmo ela me chamava assim. Você deve estar pensando: Que tipo de pessoa coloca o nome de um político no filho, principalmente um nome estranho desses! Pois é, a minha mãe. Minha mãe é desse tipo de pessoa...

– Hum, é, um pouco.- respondi.

Will parecia nervoso, ele suava sem parar e eu quase podia ouvir as engrenagens trabalhando em sua cabeça.

Eu não entendi porque ele estava daquele jeito por causa dessa senhora, mas realmente não parecia bem.

Ele agarrou minha mão e me puxou correndo porta afora, esbarrando na aeromoça. Will praticamente me arrastou, abrindo caminho entre toda aquela gente. Francamente, parecia que toda Nova York ia para o aeroporto nos fins de semana.

Depois do que pareceram uns cinco minutos, ele me puxou para um canto, onde não tinha quase ninguém. Will parecia muito cansado, estava ofegante de tanto correr. Espera... correr? Só agora eu havia percebido que, desde que acordei, Will estava sem muletas! Estava andando meio torto, é claro, mas nada realmente grave.

– Will, m-m-mas- eu gaguejei- suas muletas! Pode, por favor, me dizer o que está acontecendo?

– Estamos sem tempo.- respondeu ele- Temos que achar sua mãe e Richard.

– Ele estão esperando no desembarque.- falei- E nós nem pegamos nossas malas!- apontei para nossas mochilas, que haviam ficado conosco, como bagagem de mão.

– Como eu disse,- respondeu Will- estamos sem tempo -falando isso, tirou a mochila das costas e, lá de dentro, tirou uma espada de bronze. Eu não fiquei assustada com o fato de uma espada daquele tamanho caber na mochila. Podia ser um feitiço de extensão imperceptível. Fiquei assustada mesmo era com a espada.

– Pegue,- disse Will- ande.

Peguei a espada. Estava meio acabada. O punho de couro estava se soltando, e tinham alguns arranhões na lâmina, mas ela era reluzente e muito, muito bonita.

– E pra que, exatamente, eu precisaria disso?- falei com um tom displicente.

Um homem engravatado passou por nós, mas nem reparou na espada de um pouco mais de meio metro em minhas mãos.

– Eles não podem vê-la?- perguntei- Os trouxas?

– Você quer dizer os mortais?- Will disse- Não, não podem. Podem ver um taco de beisebol, uma escova de cabelo, uma caneta- ele sorriu- mas essas também são armas poderosas.

Eu não entendi, mas não tive tempo para perguntar porque, atrás de Will, uma coisa muito, muito estranha vinha em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, pois os comentários anteriores me motivaram bastante...