Love Is All You Need escrita por Lojas PEVOAI


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olha, em minha defesa, o meu celular apagou o começo do capitulo e eu tive que reescrever tudo e tive provas! Eu tenho que estudar galera! Sou nerd! ¬¬
Enfim desculpa pela demora, está aí o capítulo



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POV Annabeth
O que é mais chato do que a sua mãe falando sobre garotos? É a sua mãe falando sobre garotos com quem ela namorava. Eu não quero saber sobre um cara chamado Bobby Davis e nem da música "Você é meu pitel!" que ele escreveu pra ela, "uma música de Bobby Davis, estrelando Bobby Davis, produzido por Bobby Davis Studio". Sinceramente, isso é nojento e deprimente. Pelo bem da minha saúde mental eu fui para o meu quarto e eu nem preciso dizer em quem eu estava pensando. Sei lá, ele é uma cara legal (e muito lindo, não posso mentir), mas ele é meio esquisito. Quer dizer, a história dele é esquisita. Várias coisas nela não fazem o menor sentido. Tipo, ele me disse que morava numa casinha de sapê. Que sentido isso faz? Mas eu não insisti muito nisso com ele porque parece que ele é meio desequilibrado mentalmente. Vai que ele enfia demais o cotonete no ouvido e tá afetando o cérebro dele? Isso é uma possibilidade. Não consegui parar de pensar no que a Thalia me disse hoje quando o Percy chegou misteriosamente na nossa seção de cinema.

Flashback ON [n/a: sim, eu adoro um freshback com bastante purpurina, sinta o meu glamour]
− Annabeth, você pode ir comigo até a cozinha? − Thalia disse olhando fixamente para Percy.
− Ahn... Claro. Percy você espera aqui ok?
− Ok.
Ele respondeu e entramos na cozinha.
− Olha desculpa por esse pequeno "incômodo", mas eu já vou cuidar disso! − eu me apressei em falar.
− Não é isso − ela disse séria.
− Então o que é?
− Ele quer te pegar de jeito.
− O quê?! Como assim? Você pirou?
− E você é cega? É claro que ele quer te pegar de jeito! Que tipo de cara vem andando do outro lado do mundo até aqui só para te procurar e fala "você tá tão bonita hoje..."? − ela disse em uma péssima imitação da voz dele.
− Não sei − eu disse mais negando a mim mesma.
− Claro que sabe! Ou ele é gay, ou ele quer te pegar de jeito!
− Não sei Thalia... Você pode estar errada.
− Tá, eu sei que ele tem um jeitinho meio gay, mas não acho que ele seja.
− Você acha?
− Que ele é gay? Talvez...
− Que ele quer... "me pegar de jeito"?
− Ah. Acho − ela afirmou − Vamos fazer um teste: você entra lá na sala e tenta... seduzir ele, eu sei que você consegue, aí sei lá chama ele pra dar uma volta. Se ele aceitar, com certeza ele quer te pegar de jeito.
− Mas, se ele aceitar eu vou ter que sair com ele!
− E daí! Eu sei que no fundo você também quer pegar ele de jeito.
− Céus! Pare de falar "pegar de jeito"! Isso é estranho! − eu disse gritando com ela, essa expressão estava me deixando louca! − E não. Eu não quero pegar ele de jeito! Droga! Agora sou eu que estou falando isso.
− Ah relaxa na bolacha e vai logo lá. Minha teoria pode estar errada.
− Verdade.
− Mas eu nunca estou estrada.
− Cale a boca.
Ela acenou para mim em um gesto de "vai logo!" e eu fui.
Flashback OFF

Pois é, foi isso que me fez sair para tomar sorvete com ele. Aliás, quando ele veio me deixar em casa, talvez (só talvez) houve uma pequena e remota possibilidade de eu querer... pegar ele de jeito, uma minúscula possibilidade! Ah, qual é? Um garoto lindo está me dando mole! Mas eu não fiz nada porque... Ele era o Percy! E minha mãe estava bem do nosso lado... Então isso não seria muito legal, não mesmo.
A campainha tocou, fui atender a porta e dei de cara com a Thalia, que estava toda vestida de preto, eu sei que ela praticamente só usa preto, mas ela estava usando uma roupa diferente, tipo uma roupa de espião com coturnos.
− Oi! − ela disse como se hoje fosse o dia mais feliz do mundo.
− O que é?
− Delicada... Enfim, eu vim aqui para conversar com a minha melhor a amiga. A melhor das melhores, uma irmã para mim, a minha heroína...
− Pelo amor de Deus! Garota o que você fez? Pela conversa foi algo grave!
− O quê? Não...
− Você não jogou o entregador de pizza no mato, não jogou?
− Ah! Ele merecia! Toda vez que eu peço pizza, ela chega cheio de mato! Aquele maléfico esfrega minha pizza no mato! Então eu fiz o mesmo com ele, só para ele ver se é bom ser jogado no mato.
− Thalia − eu disse dando um tapa na minha testa − você pede pizza vegetariana! Aquele "mato" se chama “manjericão”!
− Aaah... Isso faz toda a diferença... − ela disse refletindo − Ok. Mas não foi por isso que eu vim. Preciso falar com você.
− Ahn... Tá bom, vamos lá para o meu quarto.
− Pff. Eu sei muito bem onde fica o seu quarto. − ela disse e me empurrou entrando na casa. − Oi Tia Atena! − ela disse cumprimentando minha mãe.
Fomos para o meu quarto, eu sentei na cadeira e a Thalia se sentou (lê-se "se atirou") na minha cama.
− Então... − ela disse − pegou ele de jeito?
− Não. Mas se você falar isso de novo, a minha mão vai pegar sua cara de jeito.
− Uh. Alguém ficou nervosinha...
− Não me provoca.
− Tá legal, indo direto ao assunto: preciso que me faça um favor.
− Depende... − sendo amiga da Thalia eu aprendi uma coisa: sempre desconfie dela − vai envolver agressão física de algum modo?
− Não! Por que você sempre pensa o pior de  mim? − lancei um olhar cético a ela − tem razão, você é bem esperta. Mas o "favor" não é tão mal assim.
− E o que é?
− Uma pequena invasão na casa do Luke.
− Você ficou maluca? Luke nos disse para não entrarmos lá. E ele está certo, May Castellan é uma mulher louca.
− Mas isso é para o bem dele! Ele anda estranho e você sabe disso.
Eu sabia mesmo, e aquilo me preocupava. Quando o Luke está chateado com alguma coisa ele fica inconsequente, como da vez que ele fugiu de casa.
− Mesmo assim Thalia, é perigoso. E aliás, como você pretende entrar lá?
− Óbvio, pelo meio de entrada mais utilizados pelos penetras: a janela.
− Hmmm... Mesmo assim, o que você quer fazer lá? Pegar uma cueca dele para fazer mandinga?
− Haha − ela riu sarcasticamente − não, eu quero achar alguma coisa que explique o fato dele estar assim. Talvez eu até ache a carta que o pai dele escreveu!
− E se ele estiver lá?
− Ele disse que iria comprar uma peça para o carro dele. Vamos! A barra vai estar limpa, só temos que neutralizar a velha louca...
− Você tem problemas.
− E você vem comigo. Vamos, coloque uma roupa preta.
− Thalia, você sabe que ainda é dia, e usar roupa preta não vai ser um meio eficaz de camuflagem?
− Detalhes, detalhes... Vai menina chata, coloca qualquer roupa.
E eu fiz o que ela disse, coloquei uma roupa "especial-de-camuflagem" e abrimos a janela. A janela do quarto da mãe do Luke ficava em cima da minha janela. Sim, invadimos o quarto de May Castellan. A Thalia era bem habilidosa na arte de escalar paredes e em poucos segundos ela já estava no andar de cima.
− Thalia! Cuidado garota! − falei.
− Relaxa, isso é muito fácil! Só uma pessoa muito idiota cairia dessa janela.
− É verdade, alguém bem lerdo mesmo... Até minha avó sobe nisso aqui! − eu disse me referindo a minha avó que ainda estava viva.
− Nunca vi uma velha tão foda quanto sua avó...
− É. Agora não é uma boa hora para falar da minha avó...
Depois desses lindos comentários, entramos no quarto de May Castellan. Fique sabendo de uma coisa: essa mulher é doente. Eu sei que ela a mãe do Luke e tal, mas a velha parece que fuma! Até o Luke não gosta dela. Enfim, parece que ocorreu um acidente com ela, depois que o pai do Luke foi embora, e ela ficou senil. O quarto dela tinha um cheiro estranho de mofo com incensos, o cômodo tinha espelhos por todos os lados, velas acesas (que na minha opinião eram muito perigosas) e também tinham várias fotos do Luke bebê com um cara alto e loiro, que eu imagino ser o pai dele. Eu imagino porque o Luke não entra nesse quarto.
− Nossa, esse quarto parece um daqueles lugares onde fazem umas seções com espíritos − disse a Thalia − Vem, vamos sair daqui.
A Thalia andou em direção a porta e parou de repente.
− O que foi? − perguntei.
− Shh. Estou escutando vozes − ela disse encostando o ouvido na porta.
Eu fiz o mesmo. De começo não reconheci as vozes. Tinha uma voz que eu nunca tinha escutado antes.
− Uma delas é a voz do Luke... A outra parece com a da May. − Thalia disse sussurrando.
− Tem razão...
A outra voz era mais grossa, e parecia suplicante. Luke parecia estar com muita raiva, eu estava com medo de abrir a porta e ver o que estava acontecendo.
− Thalia isso é loucura! Vamos embora.
− Shh! Cala a boca! Eu não consigo escutar... Me dá esse copo aí. − ela disse sem tirar o ouvido da porta se referindo a um copo em cima da cabeceira da cama.
− Mas tem um treco verde dentro!
− Então joga ele fora!
Fiz o que ela pediu e joguei o líquido pela janela, espero não ter atingido ninguém, aquilo estava com um cheiro repugnante. Entreguei o copo à Thalia que o virou e encostou uma parte na porta e a outra na orelha. Imediatamente sua expressão facial mudou de confusa para surpresa.
− O que você está escutando?? − perguntei me aproximando.
− Shhh! − ela respondeu.
Fiquei calada tentando escutar enquanto a Thalia mudava sua expressão toda hora, franzindo as sobrancelhas, abrindo a boca... Estava difícil de escutar, a acústica do prédio era muito boa, o que era ruim para bisbilhoteiros.
− Eu odeio você! Sempre odiei! − escutei o Luke gritar bastante alterado − Só porque você veio com esse papo de "eu voltei" não significa nada! Você nos abandonou poxa!
Foi nesse instante que a ficha caiu. Aquela voz misteriosa era a do pai do Luke.
− Você sabe que eu tive motivos. − o homem disse alto o suficiente para demonstrar um tom irritado. − Você não entende.
− Não entendo mesmo! "outros motivos" você é um perdedor mesmo.
− Luke! Não fale assim com o seu pai!
Escutei alguma coisa quebrando, provavelmente um dos espelhos de May, e também escutei a porta do, quarto do Luke bater com força. Olhei para a Thalia, que tinha o meu mesmo olhar preocupado.
Agora eu acho que é uma boa hora para ir embora.


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Notas finais do capítulo

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