Mulher América escrita por Lady Snow


Capítulo 18
Capítulo 18- De Chris para Lucy.


Notas iniciais do capítulo

N/A: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI MEU POVO!!! *U*
E aí, como estão??
Sim, demorei séculos *oh, que novidade, tia Snow...* mas sabem que sou enrolada, e tive um bloqueio tipo, GIGANTE pra esse cap, queimei neurônio pra caramba e ainda não sei se tá aceitável o cap, mas pra não perder meus 28 leitores, rs, resolvi deixá-lo assim, ne revisei direito, me avisem qualquer erro, por favor! :X peço desculpas e...
AULAS VOLTARAM! T.T/ é, agora o bicho pega, mas vou me esforçar pra postar, mas prometo que não descanso enquanto não concluir, só peço que sejam pacientes *-*
PRAS MINHAS LINDAS QUE ADIVINHARAM QUE ERA O LOKITO, PARABÉNS O////
No mais, boa leitura *-*
Lady Snow.



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Muitos anos depois...

2013. Abril.



Anos se passaram, Steve Rogers venceu outras tantas batalhas, mas nesses intervalos nunca pôde realmente ter um romance com Peggy Carter, o que deixou ambos bastante chateados. Christine Wright foi dada como morta, mas Rogers guardou para sempre a carta do finado amigo, Richard Thompsom, o papel com o tempo foi ficando mais frágil, de modo que ao simples toque o papel pudesse rasgar, por essa razão, Steve mandou plastificar a carta, a fim de conservá-la. Um dia acharia o túmulo dela e depositaria o papel em seu devido lugar. Viver em outra década era algo difícil para se lidar, tinha de se acostumar com as facilidades e a acessibilidade de muitas coisas, via-se perdido muitas vezes, tendo de recorrer por ajuda, o que o deixava um pouco envergonhado por isso.


Enquanto isso, para longe, uma torre de pedras negras e corroídas de sal do mar erguia-se imponentemente em uma espécie de ilha, repleta de guardas bem armados e resistentes como as pedras da própria torre, todos uniformizados e de olhar fixo, atentos à ordens ou qualquer eventual erro. Lá dentro, guardas circulavam em uma incansável ronda, como robôs programados. Uma cela grande projetava-se no centro de uma sala, uma mesa computadorizada ficava logo atrás, dentro da cela havia uma cápsula com um ser humano dentro, respirava, o coração batia, mas seus olhos estavam fechados. Lá dentro estava Christine Wright, "em conserva". Com o passar dos anos, Chris vinha se tornando calada demais e guardas noturnos juravam ouvi-la falar durante o sono, coisas vingativas, e portanto, resolveram mantê-la no máximo de segurança possível. Chris não ouvia nada, e mesmo com todo esse tempo, sua pele não envelhecera, e seus cabelos, cresceram demasiadamente. A única coisa que ela via, eram seus sonhos, que foram ficando mais nítidos e longos, ela via a silhueta com mais clareza, o homem usava roupas estranhas e verdes, uma coroa com chifres, seus cabelos negros eram bem penteados para trás na altura do pescoço, uma pele branca e sedosa, seus olhos verdes encantadoramente misteriosos e sedutores, com um toque de perigo que a fascinava. Certa vez, ela pegou-se no sonho fitando-o quase descaradamente, mas ele limitou-se a sorrir e devolver o olhar, porém, um pouco mais cuidadoso. O sonho deixara de ser sonho e tornou-se uma realidade alternativa, ela fazia passeios com ele, ele lhe mostrava as constelações, planetas, explicava-lhe calmamente cada um, vez ou outra até um roçar de mãos. Mas seu melhor sonho fora quando ele lhe dissera que em breve viria buscá-la, não entendeu, ela estava como ele, não? Mas novamente ele riu de sua inocência, e explicou que ela estava presa, mas que a buscaria em troca de um favor, que mais à frente ele diria qual.


Foi naquele dia, que tudo mudou.



Loki havia pago sua pena, os Vingadores cumpriram suas missões, derrotaram Loki, e ele esteve preso durante um bom tempo, mas sua pena foi paga, e agora ele estava liberto. Enquanto fracassava com o Tesseract e era esmagado pelos Vingadores, planejava um outro plano que era 90% de chances de dar certo. Transportou-se para a Terra semanas depois, comportando-se da melhor forma possível perante Odin e todo o povo, embora ainda sob vigilância. Disse que se comportaria e que gostaria de estudar melhor o comportamento humano, a fim de aprender a não rejeitá-los, mas que acima de tudo, gostaria de pedir desculpas ao Fury por sua passagem destrutiva na terra. Entretanto, sabemos que sua intenção nem de longe era esta.


Ao chegar em segurança em ambiente terráqueo, estudou o mar agitado à sua frente, via ao longe o forte de pedras negras, com ondas violentas batendo contra elas, via gaivotas sobrevoarem o lugar, o céu estava impetuoso em um tom cinza quase negro, indicando que uma tempestade vinha aí. Os únicos sons que ali tinham eram os grasnados das gaivotas e o barulho das águas chocando-se uma contra as outras. Certificou-se de que Nick Fury ainda não tivesse notado sua presença, e materializou-se para dentro da fortaleza, enganando os guardas com a mais simples magia. Com passos vagarosos, entrou na cela central, e observou. A mulher ruiva pairava dentro daquela substância líquida verde, seus cabelos ruivos estavam enormes, passando seus pés. Julgava que nem Sif tivesse um dia tido cabelos tão longos quanto aqueles. Suas pálpebras estavam fechadas e seu rosto trazia um semblante sereno, embora decidido, como quem dormia. Caminhou até os controles e desativou o alarme e ergueu as grades de ferro negro que estavam levemente enferrujadas protegendo a grande cápsula. Pressionou um botão e o líquido foi esvaziando provavelmente para algum reservatório subterrâneo. Aos poucos, o líquido desapareceu, até que restasse apenas a moça que estava presa aos pés e pulsos por algemas de ferro triplamente reforçado.


– Ótimo... - Sussurrou para si mesmo. De repente, passos rápidos e fortes ressoaram ao chão, Loki olhou de esguelha, e não se preocupou. Virou-se lentamente com um sorriso falso pairando sob os lábios finos.


– Loki! O que está fazendo aqui? - A voz grave soou por toda extensão da cela, ouviu o engatilhar de uma arma, mas não intimidou o deus.


– Agradeço as boas-vindas, Fury, mas não será necessário... Só vim até aqui propor-lhe um pedido de sinceras desculpas...


– O que? Desculpas? Até parece. - Fury cuspiu aos pés de Loki, este fitou a crosta branca com repugnância.


– Não devia ter feito isso.


– Ah é? - Desafiou, começando a pressionar o gatilho.


Antes que Nick pudesse fazer algo, Loki hipnotizou o homem e o deixou confuso, implantando na sua cabeça que Christine Wright jazia em uma sepultura qualquer há muitos anos. O deus da trapaça soltou um tênue risinho.


– Obrigado por conceder-me seu perdão, senhor. - Fury deu meia-volta como se nada tivesse acontecido e partiu. Loki deslocou-se em passos silenciosos até a cápsula e desprendeu a garota desacordada, seus tornozelos e pulsos estavam em carne viva, com o couro branco pendendo, fez uma careta de desconforto diante da visão. Em um baque surdo, ela caiu no chão, e lentamente, foi recuperando os sentidos.


– Onde estou...?! - Ela soltava grunhidos confusos e alguns até mesmo de dor. Loki nada fez senão observá-la de cima. Quando outros guardas vieram fazendo ruídos altos e ressoando as botas no chão, Loki fez apenas um olhar rápido e utilizou da mesma técnica utilizada em Fury, mas acrescentou que nada havia de errado, e voltassem à seus postos sem um único pio.


A silhueta laranjada mexia-se e olhava para os lados buscando entender, até que olhou para cima, e sua respiração prendeu por um momento.


– Loki?


– Eu mesmo. - E estendeu uma mão a ela. Hesitante, ela aceitou e levantou-se.


– Sete infernos! O que houve comigo?


– Disse-lhe que estava presa...


– ... E veio me salvar. - Concluiu ela com um sorriso, ele sorriu de volta, buscando parecer entusiasmado.


– Como prometido. Então, está disposta a me dar essa pequena... -fez uma pequena pausa- Colaboração? - Ela mordeu o lábio inferior.


– Me ajudou. É o mínimo que posso fazer. - Dessa vez, ele sorriu verdadeiramente, porém com maldade. Os olhos verdes cintilaram em um brilho perigoso, e a espinha dela estremeceu, mas não vacilou perante o deus da trapaça. Ele acariciou a mão dela com o polegar levemente. Como ele é frio. Refletiu ela.


– Frio? - Disse ele, em um tom amistoso.


– Ah! Eu... - De repente, ela ficou desconcertada.


– Não se preocupe, querida, é o lugar onde vivo. Lá é muito frio. - Abruptamente, mas não sem elegância, ele soltou a mão dela.


– Preciso fazer mudanças em você.


– Mudanças? - Internamente, ele rolou os olhos.


– Sim, é necessário que mude de aparência e documentos, claro.


– Meus cabelos...


– ... Não serão cortados curtos, à não ser que prefira, é claro.


– Entendo. Que dia é hoje?


– Muito mais tempo do que você imagina. Vamos, temos muitas coisas à tratar. - Ela limitou-se à um meneio com a cabeça, foi até os armários dos guardas e pegou um sobretudo e um boné, fez um coque com o cabelo e pôs o boné por cima, secou-se como pôde e vestiu o restante, logo estavam no portão principal, sequer os guardas olharam ele. Ela percebeu.


– O que houve com estes?


– Nada, apenas tratei disso. - De verdade, no momento ela não quis saber como. Loki materializou em si roupas humanas e para não assustá-la tão cedo, pegou o barco que estava preso com uma corda no cais. Quando seus passos chegaram mais perto, as gaivotas que estavam empoleiradas sob os tocos de madeira voaram e fizeram uma rajada de penas cair suavemente no chão de madeira. Chris desamarrou o nó das cordas e Loki desceu, ajudando-a a entrar.


– Loki...



– Sim? - Respondeu, com mau humor salpicando sua voz.


– Já pilotou um barco antes?


– Não preciso aprender, querida. - Um guarda fardado veio até eles como um robô, de olhos vidrados, entrou no barco, ao encalço veio Fury, o guarda deu a partida e começou a movimentar o barco para o porto da cidade.


– Isso é tão estranho. Tudo é diferente, há coisas que não sei operar. Pergunto-me, em que tempo estamos?


– Na terra, no século XXI. - Viu ela arregalar os olhos levemente, mas virando o rosto para que ele não visse seu espanto. Ela perguntava-se como não envelhecera depois de todo esse tempo, e como isso seria possível. Parecia tão absurdo! Mas então lembrou-se do soro e aquilo sanou suas dúvidas. O deus da trapaça estudou-a melhor, tinha músculos firmes e mesmo assim, não deixava de ser atraente. O que mais chamava atenção era as feições duras, embora ela durante anos parecesse uma criança medrosa e chorona, mas Loki não permitiria que ela falhasse, agora era seu instrumento, e tinha de ser um ótimo instrumento. - Acho melhor começarmos pela minha mudança visual, assim quando for fazer os documentos estará tudo diferente. Depois precisaremos me instalar em algum lugar, e vou precisar de um currículo novo. Posso fingir que sou divorciada. Ou pensar em alguma outra coisa...


– Seria bom pensar em outra forma. Christine Wright, pelo menos uma das que possa existir, está morta.


– Tem razão... Avaliarei melhor a questão e buscarei a solução mais rápido. Mas agora preciso que me conte o que preciso fazer.


– Destruir os Vingadores. Sabe quem está lá? - Sabia que o nome citado surtiria efeito imediato, e não tardou em impulsioná-la.


– Quem? - Disse ela em um ar incerto e ansioso. Neste tempo em que acordara, ainda não assimilara tudo direito, e ainda parecia um sonho.


– Steve Rogers. - Embora embasbacada, ela não demonstrou.


– Droga. Ok, precisarei mudar de nome. Eu ajudarei-o, esse infeliz ajudou a perder o... - ela pensou em Rick, e não queria que Loki ficasse à par, não agora - um amigo, era um amigo muito querido, ajudou-me quando mais precisei, e terá sua morte vingada. - Loki limitou-se a sorrir e beijar as costas das mãos da moça em sinal de gratidão. Ela sorriu-lhe, ainda entristecida, e não jogaria fora sua chance de fazer Rogers pagar. No entanto, precisaria de uma conversa mais completa e planejamentos para contribuir com Loki. Minutos mais tarde, chegaram à cidade. Chris olhou tudo em volta como se fosse algo de outro mundo, haviam coisas que ela não conhecia, tudo colorido, carros de todos os tipos, telões com imagens coloridas, postes, praças, pessoas com roupas diferentes das que conhecia, ficou mais espantada ainda por ver mulheres usarem calças e roupas mais curtas do que na sua época seria permitido. Tinha de se atualizar. Primeira coisa que fez, foi parar um táxi e pedir para levá-la a um bom salão de beleza. Pegaram a carteira de Nick e resgataram o dinheiro que ali havia, provávelmente, teria o suficiente. Não pretendia grande coisa, os cabelos seriam o suficiente. Pararam em frente à um salão amarelo canário com uma fachada rosa pink, Chris fez uma careta. Loki disse que a esperaria em uma cafeteria do outro lado da rua, ela assentiu e entrou no salão. Uma mulher negra de olhos verdes muito animada veio atendê-la, tagarelava sem parar, e Chris mal sabia o que responder.


– Garota! Nunca vi cabelos tão longos! Oh Deus, pela santa ponta dupla! Isso está um horror! O que pretende fazer, querida?


– Só... Só corte um pouco, deixe-o mais bonito e de outra cor, por favor.


– Certo, certo, vamos cuidar disto aqui. - O resto da manhã foi shampoo, cremes, secador, produtos com cheiros estranhos e tintura para cabelo. Fez as unhas porque ao olhar as mãos, estavam em estado crítico e também teve que passar pela sala de depilação. Perto das 15h, estava pronta. Admirou-se um pouco no espelho certificando-se de que estava muito diferente. Seu cabelo estava em um tom loiro com algumas mechas castanhas bem claras e cortados até o meio das costas, as unhas pintadas de renda e o corpo dolorido da cera, mas ali não via a soldado Christine Wright. Depois de pagar, encontrou Loki e Fury na cafeteria dita anteriormente. Loki levantou-se, e Fury imitou-o.


– Pensou em algo? - Disse o deus levemente impaciente com a demora.


– Algo crível o suficiente. Posso fingir que sou uma órfã vítima de guerra e que fazia trabalhos voluntários, mas perdi a memória. Nos hospitais devem haver pessoas assim, ou pode dizer que me achou, creio que dará certo.


– Ótimo, deve servir. - Os três saíram após pagar a conta e deslocaram-se até um cartório o mais rápido possível, pois, quanto menos tempo Loki ficasse na terra, melhor. Afinal, ele ainda estava sob vigília e precisava manter o papel de bom moço para não ser preso novamente.


Embora a ideia fosse maluca e com riscos sérios de não funcionar, uma senhora de pele flácida e enrugada caiu em lágrimas quando viu o sofrimento forjado do deus e da moça, o teatro realmente fora muito bom, e ainda hipnotizado, Fury ajudou na farsa alegando que a moça tinha ficado nas mãos da S.H.I.E.L.D. algum tempo, como estagiária, e tão logo ajudou-os com uma nova identidade, e Christine Wright agora passara a ser Lucy Parker.


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Notas finais do capítulo

N/A: Curtiram o cap? Prometo que no próximo farei o Loki e a Chris um pouco mais íntimos e uma conversa melhor explicando tudo, ok? *-*
Quem gostou manda um review ae O///
Beijões!
Lady Snow.