http://www.kboing.com.br/muse/1-1124812/

Quando eu me aproximei da rua não acreditei no que vi. Uma enorme casa estava em chamas, e a fumaça inundando todo o bairro. Me aproximei cautelosamente, e vi Bella. Ela estava chorando.

PUTA QUE PARIU, a casa era dela!

Corri ao seu encontro e quando estávamos a uns 4 metros de distancia, eu abri os braços, olhando pra ela que veio correndo e se jogou em cima de mim.

Ficamos abraçados por um bom tempo, e eu escutando o seu choro em meu ombro.

- Calma Bells... sshiii... – falei tentando acalmá-la.

- Sobrou alguma coisa?

- Sim, eu não estava em casa, então sobrou meu carro e meu dinheiro. – falou com dificuldade. – Por favor, me leva daqui! – suplicou.

- Claro, shiii.- a peguei no braço e a carreguei.

Ela colocou as mãos no meu pescoço. Tudo que eu queria agora era apenas andarcom ela. Não de carro, assim, abraçados.

Mandei uma mensagem pra minha irmã vir buscar o carro na tal rua e ela veio. Fui a pé com ela, assim, e resolvi nos levar a um lugar em que só eu conhecia.

Continuei andando, pousando a minha cabeça na sua, e as vezes dizendo palavras tranqüilizantes.

Eu estava agüentando sem problema, afinal fazer academia quase todos os dias tinha que servir pra alguma coisa.

- Pra onde a gente está indo? – perguntou ofegante.

- Shi, fica tranqüila Bells. – falei dando um beijo na sua testa.

Ela estava com uma blusa de mangas tão grandes e de calça jeans colada, e ficou a cara de um panda quando colocou as mãos entrelaçando meu pescoço.

E eu continuei andando, a caminho da felicidade dela. Não sei por que, mas agora era só o que importava.

(...)

Finalmente chegamos, e eu não fiz questão de botar ela no chão, ela continuou nos meus braços.

E então chegamos. No meu chalé, em que eu visitava semana sim semana não, que ficava numa campina. Continuei carregando-a, até chegar na porta, coloquei ela no sofá em frente à clareira, eu meio que me sentei com ela nos braços.

- Você ta bem Bells? – perguntei preocupado.

- Não – riu sem humor. Sorri.

- Porque ligou pra mim? Tipo... não tem amiga ou..? – perguntei desajeitado.

- Incomodei você? Porque se sim, desculpa, eu vou embora. – falou levantando. Apuxei pelo braço num gesto tão rápido que ela caiu por cima de mim de novo.

- Hey, claro que não. – falei respirando em sua bochecha.

- Foi o que pensou. – falou baixinho que se não tivesse tão perto eu não escutaria.

- Não foi agora deite aqui e durma, você está cansada honey. – falei e ela fez o que eu disse.

Ela colocou a cabeça na curva do meu pescoço e finalmente relaxou. Eu encostei minha cabeça na dela.

- Vou te ajudar a seguir em frente, honey. – falei sabendo que ela não poderia ouvir. Já estava distante.

(...)                   

Tinha caído no sono junto com a Bells, quando meu celular no meu bolso vibrando me acordou. Já era um pouco depois do crepúsculo.

- Oi Alice – falei baixinho para não acordá-la.

- Onde você está? – falou preocupada.

- Estou no chalé com a Bells.

- Volte pra casa. Voltará com ela?

- Sim, vou voltar agora.

- Vai carregar ela de novo????????????????? – perguntou incrédula.

- Não, vem buscar a gente aqui. – eu não era o homem de ferro né.

- Ok. – falou bufando.

A Alice chegou logo e eu botei Bella nos braços, que ainda permanecia adormecida.

Entrei no banco de trás do carro, travei a porta, me encostei nela e deixei Bella em cima de mim.

E assim Alice foi seguindo a estrada em silêncio.

Som que tocava no carro: http://www.kboing.com.br/green-day/1-1018405/

Eu só olhava pro rosto adormecido. Ela estava de bruços em mim, com o braço enlaçando meu pescoço. Tão linda!

Olhei pro lado e vi o transito, agora que percebi que estava na chuva.

A música estava baixinha, e a chuva mansa. Os carros tranqüilos vagando pelas ruas. O ar condicionado estava deixando o carro super frio. Duraria em média 1h pra chegar em casa. Lá da minha casa pra campina é bem longe. Então percebi que Bells ia morrer de frio até lá. Olhei pro banco do passageiro e peguei um cobertor que ficava dentro do bolsão do banco. Coloquei por cima dela e a aconcheguei.

(...)

Já se passaram vinte minutos. Só quarenta agora. Queria que durasse pra sempre esse momento.

http://www.kboing.com.br/green-day/1-50599/

Assim que a música começou e o carinha do G.D. cantou “Wake me up”, Bells abriu os olhos lentamente, ela juntou as sobrancelhas e olhou pra mim.

- Shiii... – enviei uma mensagem pra Alice “tira a musica” e ela tirou.

- Edward... – falou baixinho no meu ouvido como se perguntasse o que ela ia fazer agora. Apoiei sua cabeça em meu ombro.

- Good night my angel time to close you eyes - falei cantando uma música que conhecia. – Só durma, Bells. – falei baixinho.

- Não quero dormir, vou só fechar meus olhos. – falou tão baixo, que só eu escutei.

- Foi um dia difícil, mas está tudo bem. Já estamos chegando.

(...)

- Quanto tempo Eeeeeeeeeed? – Bells falou quase morrendo. Era a centésima vez que ela perguntava.

- Vinte minutos Bells, vinte minutos. – falei revirando os olhos. Agora estávamos sentados mas ainda enlaçados.

- Fala sério! Você disse isso há milênios atrás.

- Não disse não!

- Disse sim!

- Não!

- Sim!

- CHEGA DESSA PORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – falou a Alice gritando e colocando o pé no acelerador.

 - AI MEU DEUS ELA VAI MATAR A GENTE! – falou a Bells.

- ALICE TA DOIDA? 120KM/H? – Eu falei apavorado.

- NÃO AGUENTO MAIS, FECHEM A MATRACAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – eu tenho uma irmã doente. Meu Deus.

 - VAMOS MORREEEEEEEEEER! – falou a Bells que já estava no meu Tum Tum agarrada no meu pescoço. Doida!

- BELLS TU É DOIDA VAI BATER A CABEÇA NO TETOOOOOOOOOOOOOO – falei deitando fazeendo que ela deitasse também um pouco “bruscamente”.

- AI SEU ARROMBADO, BATEU MINHA CABEÇA NA PORTA. - que carinho!

- ALICE PARA ISSO PELOAMORDEDEUS. OS POLICIAIS VAO VIR PEGAR A GENTE! – falei.

- ESTAMOS NUMA RUA DESERTA ! – falou dando uma risada enorme em que Bells olhou pra mim com medo. A louca ainda botou uma música meio doida.

http://www.kboing.com.br/muse/1-1014214/

- SUPERMASSIVE BLACK HOOOOOOOOOOOOLE – falou cantando.

Ai que medo.

(...)

Depois de vinte minutos mais loucos da minha vida, chegamos em casa. Coitadinha da Bella! Parecia um gato que foi jogado de algum canto. Toda eriçada. Eu também. E Alice agindo naturalmente como se não fosse uma serial killer.

- Bells, vamos ali na garagem pegar as coisas que tem no seu carro. – falei.

- Pera, eu v-vou ficar a-aqui? – falou estranha.

- É sim, ficará aqui. – falei.

Alice entrou na sala com um pote de sorvete enorme!

- Sai da frente Edward – revirou os olhos – com licença Bellinha.

- O que você vai fazer? – perguntei.

 - Nada- falou ela no sofá.

A campainha tocou. Fui atender.

- Eai Ed. – falou Emmett, tão educado já tava na cozinha.

- Oi ér... como é seu nome? – falou olhando pra Bells.

- Bella.

- Prazer Bella! – falou indo pro sofá botando num canal idiota.

Ele e Alice começaram a cantar: Eu te amo, você me ama, somos uma família feliz!

Carreguei logo a Bella antes que matasse os dois.