Feeling Alive escrita por TrustNoBitch


Capítulo 1
Hi, dear friend.


Notas iniciais do capítulo

Tive essa ideia e achei que ficaria legal. Mandei para uma amiga antes, ela aprovou, então postei aqui! Rachel narra a história.



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Não estava sendo um dia legal, não mesmo! Primeiro, Finn vem com um ataque de ciúmes que eu não faço a mínima idéia de onde surgiu e segundo, o professor de História Americana me põe pra fora de sala porque eu estava ‘utilizando o celular’ durante a aula.

Meus passos eram largos e só fui perceber pra onde me levavam quando me deparei com as arquibancadas e o campo de futebol. Ótimo.

Subi uns degraus, tentando acalmar a raiva. Mas o choro não consegui conter. Eu estava derrotada. O que estava acontecendo comigo durante esses dois meses? Nada estava me satisfazendo, tédio e irritação constante. Nem Funny Girl estava conseguindo me tirar dessa bolha de tristeza. A monotonia estava começando a acabar comigo.

Me dispersei desses pensamentos idiotas quando ouvi um barulho atrás de mim. Quando me virei não havia nada nem ninguém. Até que ouvi um pigarro forte e cheiro de cigarro agredindo minhas narinas.

“Olá, Berry”, pude ouvir sua voz um pouco rouca avisando que estava ali. Demorei um pouco pra identificar a voz.

“Fabray?”, perguntei ainda um pouco confusa. Quinn saiu de trás das arquibancadas. Cigarro em mãos, cabelo rosa, piercing no nariz e sua nova atitude.

Pra falar verdade, eu estava adorando aquela versão de Quinn Fabray. Tão desafiadora, desrespeitando regras, dando um foda-se pra todos. Aquilo me deixava admirada. A forma como ela não ligava mais pros outros e conseguiu tirar as rédeas que sempre estiveram em suas costas. Talvez eu precisasse de um pouco dessa coragem também.

“Você está chorando?”, ela perguntou com um tom de preocupação que sua feição não deixou transparecer. E foi aí que percebi o quão distraída eu estava que nem percebi uma lágrima miserável deslizando pela minha bochecha.

“Deus, não!” Limpei aquela lágrima imediatamente e vi Quinn dando um sorriso tímido ao se sentar ao meu lado. “O que faz aqui, Quinn? Além de tragar essa porcaria que fará muito mal para seus pul-“

“Era exatamente isso que eu estava fazendo aqui. Fugindo de sermões.” Ela me interrompeu. Seu olhar era vazio, mirava um poste ao longe.

Olhei para minhas sapatilhas, sem saber o que falar. Era estranho isso acontecer mas ultimamente estava ficando freqüente. Senti seus olhos voltando até mim se limitando, esperando que eu falasse alguma coisa.

“Certo, eu não tenho nada a ver com isso. Me desculpe.” Sussurrei um pouco alto demais. Ela estava rindo agora. Eu a olhei com indiferença e sua expressão ficou séria. “Eu só pensei que fossemos amigas agora, sabe?” Me surpreendi quando seus olhos brilharam logo após a palavra ‘amigas’ saírem de minha boca.

“Amigas... Tudo bem, Berry. Você tem todo o direito de ficar preocupada comigo então.” Com certa preguiça, Quinn se levantou e desceu a arquibancada.

O cigarro estava no chão agora, ela apontava pra ele. Isso me tirou uma risada. Ela fez um gesto de que iria pisar encima dele e eu direcionei meus dois polegares virados para cima em aprovação para ela. E cinco segundos depois o cigarro estava esmagado e grudado ao chão.

Quinn subiu a arquibancada novamente em minha direção.

“Perfeito”, dirigi as palavras a ela que me observava sorrindo. Retribui o sorriso e encostei a testa em seu ombro por alguns segundos. Ela pareceu um pouco assustada.

“E você?”

“Eu o quê?”

“O que você faz aqui se tem uma aula de História Americana acontecendo agora?! “ Ah, isso! Eu já havia até esquecido daquilo tudo. Droga.

“Finn, er, deu um ataque de ciúmes...” Ela me olhava atenta, como se eu fosse um programa de TV que ela adorasse. “E eu meio que fiquei mandando torpedos pra ele durante a aula e o srº Ferguson ficou enfurecido.”

“O quê? Rachel Berry foi expulsa de classe? Não brinca!” Suas feições de espanto forçado me fizeram rir. Pude ouvir sua risada junto com a minha depois de um tempo. Depois que as risadas cessaram, ela me olhou séria. Mexeu um pouco nos fios rosa e disparou: “Por que você ainda está com Finn?”

Aquela pergunta veio como uma tonelada de cimento ou um piano encima de mim. Eu não sabia exatamente, não sabia o que responder. Não que eu não o ame, porque o amo, mas talvez isso não seja nem mais um motivo pra estar junto de alguém.

“Eu o amo, Quinn.” Foi a única coisa que eu consegui pensar, então... “Por que insiste em me perguntar isso?” Já estava se tornando natural essa pergunta. Toda vez que nós duas paravamos para conversar, que não eram muitas vezes, essa questão aparecia.

“Só porque você não tem um motivo além desse!” Ela pareceu brava, mas se controlou logo depois. Suas pernas não paravam de balançar. Nervosismo. Ela mirou seu olhar pra mim e se aproximou. Se aproximou. E um pouco mais. Seus olhos cravados nos meus. “Ele é um idiota, Berry.”

Quinn se levantou e partiu. Me deixando sozinha como eu achei que estava antes de conseguir ver uma cabeleira rosa saindo debaixo da arquibancada.

Finn era realmente um idiota. Mas por quê isso irritava Quinn? Que seja.

Ouvi o sinal bater e fui direto para a sala do Glee Club. Quinn já estava lá, Finn também. Que por acaso veio até mim.

“Me perdoa?”, perguntou. Eu assenti imediatamente. Eu realmente amava aquele idiota grandalhão.

Nossos lábios se grudaram num selinho. Senti minha pele queimar com algum par de olhos me fitando. Era Quinn. Eu tinha certeza.

“Me desculpe, não vai acontecer de novo. Eu te amo.” Ele disse com um sorriso. Mas eu sabia que iria acontecer de novo. Sempre acontecia. Brigas por motivos nenhum. Aquilo roubava o pouco de sanidade que ainda permanecia em mim.

“Ok, Finn. Eu também te amo.”



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Notas finais do capítulo

Ok, que nojo. Eu tive que escrever que a Rachel amava o Finnútil. Eca. Mas espero que tenham gostado e acompanhem (:



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