Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: Oblivion - 30 Seconds To Mars http://www.youtube.com/watch?v=wvk7_Dz94MY
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Peraí, eu tenho uma recomendação? *O* Muito obrigada mesmo, você não sabe o quanto isso significa!!
Espero que gostem do capítulo, e não deixem de comentar depois!



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Chace's POV



Sentei encostado em uma árvore em qualquer lugar, a quilômetros eu achava de onde eu vira Diana ser morta. Apoiei o tridente empapado de sangue que retirei do corpo de Thomas. A chuva tinha parado.

Nada mais importava. Eu não queria mais estar ali. Na ilha. Na Arena. Nos Jogos. Tudo isso era loucura. Se não existissem Jogos, Diana poderia estar viva. Nós dois poderíamos estar morando no Distrito 4 felizes, mesmo sem nos falarmos muito, mas vivos. Eu não a teria perdido desse modo. Eu daria graças e oferendas a todos os deuses se tudo desmoronasse agora e acabasse.

Eu não tinha mais o que fazer. Estava mais sozinho do que jamais estivera. Eu era acostumado a estar cercado de pessoas, pessoas que me amavam, me idolatravam e eu adorava aquilo. Agora, eu era apenas um tributo normal, que ninguém podia ou queria ajudar. Só mais uma peça nos Jogos da Capital. E ainda por cima com medo.

Acabei adormecendo. Sonhei com o dia da colheita. Meu nome sendo chamado em alto e bom som e eu indo até o palco, sorrindo. Apertando a mão de Diana, Claire e Noah. Então o sonho se desmanchou e foi para as entrevistas. Toda uma multidão gritando para mim. Mais uma vez o sonho se desmanchou.

E foi para a morte dela. Thomas rindo, um riso frio de maluquice. Que ecoou nos meus ouvidos. E o grito dela. Depois o canhão. Então ela dizendo, com os olhos vermelhos:

Foi tudo culpa sua! Nunca devia ter me deixado ir embora!

Não sente remorso por isso? - disse Thomas, aparecendo ao lado dela. - Não ter chegado a tempo de salvá-la. É, isso deve ser bem ruim.

Eu não gostaria de estar no seu lugar agora – debochou Noah. - E já que estou aqui, lembra que foi por sua causa que eu morri tão cedo também?

E você me deixou lá! - exclamou Claire. O rosto dela estava destroçado, marcado por garras e dentes, cheio de sangue. - Você só se importa com si mesmo!

Um homem adulto apareceu. Tinha cabelos pretos iguais aos meus e olhos verdes profundos. Um tridente reluzia ao lado dele. Eu me senti esvair.

Você não é digno de um filho meu – Poseidon retumbou.

Eu acordei com um sobressalto, suando frio. Não, não foi real. Não podia ser verdade que a culpa de todos eles estarem mortos fosse minha. O canhão de Claire já tinha estourado quando eu saí correndo. O de Noah também. Thomas eu não dava a mínima. Eu fiquei com Diana até o fim. Poseidon não tinha motivos para ficar bravo comigo, não agora, não desse modo. Também não podia ser real que fosse mesmo ele.

Eu sabia que aquela cena me perseguiria para sempre. Precisava me distrair. Se bem que distração numa Arena não era exatamente fácil. E nesse exato momento o hino da Capital tocou, a insígnia ficou visível no céu. Logo depois os rostos dos tributos mortos apareceram.

Hayley e Thomas do 2. Diana do 4. O hino tocou de novo e tudo voltou ao silêncio. Três restantes. Eu, Nathan e o garoto do 5, Daniel.

Me levantei, peguei o tridente e fui andar. Tropecei algumas vezes pela escuridão da noite. Só a lua enorme iluminava um pouco. Eu não estava cansado. Tinha dormido bastante no dia anterior, e ainda um pouco mais agora, mesmo que com pesadelos.

Ouvi um barulho de galhos se partindo a alguns metros a minha esquerda. Fui até lá tomando o cuidado de não fazer muito barulho. O que encontrei me fez sorrir de felicidade. É, talvez eu estivesse mesmo louco.

O garoto do cinco dormia roncando numa esteira improvisada e se remexia no sono. Que oportunidade perfeita. Mas eu não era tão desonesto a esse ponto. Eu daria uma chance a ele. Quer dizer, uma meia chance. Era melhor do que nada, certo? Ele nem merecia, na verdade. Eu estava sendo bondoso, se visto de outra forma.

Chutei a perna de Daniel. Ele acordou pulando e seu rosto expressou o terror ao me ver.

Olhem só para o inseto que se escondeu os Jogos inteiros – eu caçoei, me divertindo. Isso me animou mais ainda, a constatação de que ainda me divertia. - Não tem vergonha?

Daniel tentou fugir. Jogou terra mirando no meu rosto, mas tremia tanto que errou feio. Eu o derrubei com um só pé e o levantei. Fiz uma chave de braço no pescoço dele e rosnei:

Quando estiver no Mundo Inferior, lembre-se de dizer a Diana Owen que eu mandei “oi”.

E quebrei o pescoço dele. O canhão atirou, mais alto que nunca.

Então agora era entre mim e Nathan.

Os Jogos Vorazes iriam começar de verdade.



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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? *-*
Não esqueça de dizer o que achou aí embaixo nos comentários, eu vou ficar esperando =D.
O próximo sai no sábado se eu tiver tempo, e faltam só dois capítulos pra acabar =/
Até lá.



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