Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Claire's POV

No dia seguinte, andamos a Arena inteira. E eu digo quase literalmente, porque depois de horas sem encontrar nada, talvez andando em círculos, não havia mais por onde passássemos sem ter a impressão de que já tínhamos visto aquilo.

Nem água, nem comida, nenhum animal ou monstro. Fiquei inquieta o caminho todo, com toda aquela falta de vida me perturbando. Ninguém falou enquanto caminhávamos por estarmos cansados e com sede, muita sede, e logo fome.

Então ouvimos um barulho apressado, como o de vários pares de pés tentando se afastar rápida mas silenciosamente de onde estávamos. Thomas foi na frente, já com o machado erguido, mas eu continuei atrás. De repente quatro pessoas surgiram do meio das árvores, assustando a todos. Elas gritavam e abriam caminho nos empurrando.

O machado de Thomas acertou uma menina nas costas, e ela caiu no chão. Miranda enforcou a outra com seu chicote. Nathan cortou o pescoço de um dos garotos, mas o outro ainda corria. Ele veio de encontro a mim e me derrubou no chão, se levantando logo em seguida.

- Mate-o – ouvi Nathan berrar para mim.

Eu não podia matá-lo. Felizmente – ou não – Chace enfiou seu tridente na barriga do garoto e assim os gritos cessaram. Me levantei trêmula e olhei para os rostos dos outros, enquanto os quatro canhões atiravam.

- Você é maluca? - Thomas recuperou o machado e veio na minha direção com uma expressão descontrolada. - Por que não o matou logo?

- Não grita com ela – Noah se interpôs entre mim e Thomas.

- Da próxima vez que não matar alguém porque tem medo, o tiro de canhão vai significar a sua morte – Nathan ameaçou.

- Eu não... - gaguejei.

- Se você chegar perto dela eu arranco seu coração, coisa que estou querendo fazer desde que entramos aqui – Chace respondeu por mim. Nathan avançou com um rugido de raiva e eu dei um salto para trás. Diana me segurou pelo braço e me tirou do caminho.

Porém, antes que os dois se matassem na mesma hora, Penny entrou no meio e Chad e James os seguraram.

- Já chega! - ela berrou. - Ainda precisamos ser aliados se não perceberam – olhou bem fundo nos olhos dos dois e repetiu: - Chega de ameaças.

Eles assentiram, relutantes. Thomas e Noah se encaravam, e Diana ainda apertava meu braço para que eu não me mexesse. Como eu fui idiota. Quase causei a morte de um amigo porque não tive coragem de me defender.

- Temos que continuar andando – disse Emma, como se nada de mais tivesse acontecido. - Acho que chegamos à conclusão de que não há nada nessa parte da ilha.

- Tem razão – Diana concordou, mantendo a voz calma. - Aquela parede que vimos deve ser para separar as duas metades, e de um lado há suprimentos e do outro não.

- Mas não seria fácil assim – eu opinei, recebendo todos os olhares. - Quer dizer, se querem que vamos para o outro lado, além de comida e água também devem haver monstros e... outras coisas.

- É verdade – disse Noah. - Se formos, temos que ir agora, de dia.

- Certo – disse Hayley, com a lança nas mãos. - Eu voto para irmos agora, então.

Depois de alguma hesitação, todos aceitaram e portanto nos encaminhamos na direção da parede. Algum tempo depois, chegando mais perto, pudermos ver que não se tratava de uma parede, mas uma muralha de pedra marrom, grossa, com pequenos retângulos negros em sua extensão, como portas. Trepadeiras se grudavam a elas, cheias de insetos.

- Vamos mesmo entrar? - sussurrei para Diana, que não saia mais do meu lado.

- Vamos – foi sua única resposta.

James entrou primeiro, no buraco a sua frente. Não houve nenhum barulho ou grito, de modo que todos o seguimos, a maioria de propósito se colocando no meio de Nathan e Chace, caso decidissem se atacar num lugar tão apertado.

O interior da muralha era repleto de corredores, o que nos fez deduzir que estávamos em um labirinto. Ficamos atentos ao chão e ao teto, esperando alguma armadilha. Em certa parte, serras pularam das paredes e quase nos picotaram, mas paramos em tempo.

- Ouviram isso? - perguntou Emma baixo, quando estávamos em um cruzamento entre quatro corredores. Apuramos nossos ouvidos e prestamos atenção, até que o barulho se repetiu.

Rugidos não-humanos vindos de todas as direções.


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Notas finais do capítulo

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