As Crônicas De Aly escrita por L Snow


Capítulo 1
Capítulo 1 - Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^ Boa leitura



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Eu vou narrar a historia da minha estranha e atrapalhada vida, que por sinal é bem igual a dona. Vou contar um pouco sobre mim e depois como tudo começou a ficar mais estranho que o normal.

De qualquer forma, vamos às apresentações, meu nome é Alice, mas pode me chamar de Aly.

Eu tenho cabelos ruivos cacheados, olhos castanhos e tenho a pele branca (como na historia da Branca de Neve, a pele branca como a neve), até ai você pode dizer que eu não tenho nada de feio, certo?

Errado, eu tenho grandes orelhas pontudas, como as de elfos, bem constrangedor, por isso na maior parte do tempo eu uso um velho gorro de esqui cor de pêssego. Sem falar na dislexia, hiperatividade e TDA, cara eu sou mesmo sortuda, não?

Eu moro em um orfanato. Meu pai deixou eu e minha mãe logo após meu nascimento, minha mãe, desconsolada, tentou começar uma vida nova em uma cidadezinha perto da nossa.
Tivemos um acidente na estrada, ela morreu, e eu milagrosamente sobrevivi. Mas, serio, só eu acho que esse fato não é nada milagroso? Puxa, eu fiquei sozinha em um orfanato, minha vida só vai de mal a pior. Mas não estamos aqui para ter pena de mim, vamos falar sobre o inferno que é o meu “lar”.

O orfanato Sweet Dreams, não tem nada de doce, antigamente ele foi um grande prédio feliz em que moravam uma bando de crianças felizes que eram adotadas rapidamente. Já deu pra imaginar, né? O lugar está em ruinas, sem falar no fato de que está falindo.

Vivemos a base de pequenas doações locais, que infelizmente não são distribuídas igualmente, se quiser alguma coisa da caixa de doações você mesmo tem que lutar por ela. Comigo nunca foi assim, por alguma razão eu sempre fui boa em saquear as coisas, não que eu me orgulhe de roubar. Mas, alguns pequenos furtos não fazem mal a ninguém.

Começou com as amoras do vizinho, que estranhamente desapareciam das delicadas árvores que as sustentavam, depois comecei a assaltar a cozinha, não era nada fácil. As chaves ficavam com a governanta, a Sra.Cooper. Eu e mais alguns órfãos encrenqueiros esperávamos a noite cair, para nos esgueirarmos pelos corredores empoeirados da Sweet Dreams e pegarmos “emprestada” as chaves da cozinha, que ficava nos aposentos dela.

Como eu já havia dito, nosso Orfanato estava pobre, não tinha dinheiro para nos comprar uniformes descentes, por isso, nos meninas éramos obrigados a usar camisas de gola alta cinza e saia xadrez, e os meninos a mesma blusa com uma calça preta. Francamente! Nem parecíamos viver no século 21. Mas eram as roupas doadas pelo governo, e devo constatar que elas não combinavam nada, nada com o meu gorro de esqui cor de pêssego.

Mas os problemas não param por ai, tem Ela, a menina mais repugnantemente irritante do Orfanato, Cristal.
Quanto a aparência dela, unf! Ela parece ter saído de algum comercial de Barbies, olhos azuis e cabelos loiros que desciam em uma cascata de cachos macios até as costas. Ela é irritante.

Não só pelo fato de implicar com tudo e todos, nem por fazer comentários maldosos sobre minhas orelhas de elfo, muito menos por ser a única naquele lugar que é tratada gentilmente pela Sra.Cooper. Ela em si é estranha e antinatural, alguma coisa sempre me dizia que ela era mais do que uma garota metida. Era como eles, me refiro aos monstros, que já vou citar. Ela só não tinha garras, dentes, pelos, varias cabeças ou um olho só.

Agora vamos para a parte estranha. Desde pequena, aconteciam coisas bizarras comigo, por exemplo, lembram-se das amoras? Um dia eu estava pegando algumas e ouvi latidos de um cão normal, só que como se tivesse seu o som aumentado em milhares de megafones.
Quando olhei para baixo, lembro que quase desmaiei, havia um grande cão negro do tamanho de um tanque de guerra, com olhos vermelhos escuros e dentes que mais pareciam trituradores. Eu sai correndo igual a uma louca berrando pela governanta e quando ela foi verificar, me disse que eu era muito boba de ter medo de um poodle toy.

Eu fiquei tipo assim “Haam? Mais era um cão enorme!”. Depois de ficar de castigo por roubar o vizinho e contar mentiras, conclui que por mais estranho que parecesse, aquilo era real, e eu só poderia contar comigo mesma se acontecesse mais coisas assim.

E aconteceram. Um ano depois, em uma excursão até o Zoo, eu jurei ter visto um homem de um olho só, me espiando por cima de um jornal, mas fiquei quieta.

E as coisas estranhas continuaram, desde a uma garota com presas e pernas psicóticas (uma de burro e a outra mecânica) a um dragão de sete cabeças. Aos poucos eu fui aprendendo que só eu enxergava aquelas bizarrices e elas vinham exatamente atrás de mim. Eu só não sabia o que elas queriam comigo...





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