Assim que abro o olhos, vejo o quão frio o dia de hoje será, o que me dá mais preguiça de levantar. A única coisa que me desperta é a curiosidade de sabe como meus tributos estão. Como a televisão é ativada por voz, nem dou-me ao trabalho de me mover e logo estou assistindo, ao vivo, aos acontecimentos da arena.
Nesse exato momento a arena encontra-se em pânico, com os carreiristas correndo de um lado para o outro, alguns nos rios e cachoeiras, outros gritando com o nada, outros caindo no chão e rolando para longe, nenhum completamente são. Katniss parece estar sofrendo os efeitos das teleguiadas também, mas Peeta parece estar em uma luta mais difícil.
Cato parece um dos únicos quase completamente sãos , seu único defeito no memento é a orientação. Ele corre para a esquerda pensando que vai a direita, por isso não consegue acertar ninguém. Até agora.
Peeta tem a infelicidade de cruzar o caminho de Cato , que começa a gritar com ele ,que parece estar em outro mundo devido as alucinações.
- Foi você, não foi? Seu conquistadorzinho ridículo. Nunca deveria ter ouvido Clove. È claro que só Katniss é a fria da história, você em compensação, ignora sua indiferença- Cato rosna
Peeta, que parecia estar mais interessado em um forno imaginário do que nas palaras de Cato, volta a si assim que ouve o nome de Katniss. Ele se enrubesce,.Não sei definir se foi de medo ou raiva. Talvez os dois.
- Como eu poderia ter subido ao tronco mais alto de uma árvore silenciosamente sendo que nunca escalei na minha vida? Olhe o meu tamanho, não sou tão grande como você, mais acho que arvore alguma me aguentaria Peeta diz , mais mesmo assim, Cato não parece calmo
Peeta está completamente vulnerável. Ele parece perceber isso no mesmo momento que eu, á que enquanto Cato parece estar concentrado em seus pensamentos, Peeta procura algo com o que possa se defender. Tarde demais
- Mais o ataque aconteceu no seu turno. E onde você estava nesse tempo? Ah é, você estava protegendo sua garota. Nunca deveria ter te aceitado no grupo, não deveria ter ouvido Clove e seus instintuzinhos femininos. O que eu estava pensando em separar os lindos amantes desafortunados? Qual é o meu problema ?- ele diz, mais para si mesmo do que para Peeta
- Qual é o meu problema?- ele grita para Peeta e logo segura sua espada.
Então uma batalha que tem tudo para ser rápida começa, mas logo vejo que Peeta não está tão vulnerável assim, ele tem uma boa defesa corporal. A batalha se enrola, ora Peeta ora Cato parecem vencê-la, mais seu ápice é quando Cato finalmente consegue imobilizar Peeta om sua espada.
- Vou curar minha loucurinha exata, mandarei você rapidinho para o distrito 12.- Cato diz, com a espada direcionada ao coração de Peeta.
No momento em que parece que aquele é o fim, Peeta consegue escapar de parte do domínio de Cato, que não muito feliz com isso, decide esfaquear a perna de Peeta, que grita de dor. A tortura parece nunca acabar, e Cato se recusa a parar com as agressões até que a perna de Peeta seja decapitada. Felizmente meu pensamento estava errado e Cato resolve deixar Peeta , que fica lá, lutando para respirar.Enquanto isso Katniss e os outros continuam em batalha com a própria mente.
Resolvo pedir meu café da manhã na cama, com plena consciência de que meus compromissos seriam adiados para a parte da tarde já que o povo da capital não é obrigado a levantar todo o dia para trabalhar. A vida para eles é somente composta de luxo.
Em segundos meu café de manhã fica pronto sem que eu mova um musculo sequer desde que abri os olhos. Não me sinto bem rodeado de tanto luxo, mais as vezes me entrego a aproveita-lo.
Enquanto isso Cato ouve gritos e corre atrás deles, esperando poder matar alguém de longe, provavelmente. Mas os gritos são de Katniss , lutando contra si mesma, o que fascilita muito mais o trabalho sujo de Cato. Mas com o que ele não imaginava é que Peeta , armado com uma pedra afiada, está o seguindo e pretende estragar o próximo assassinato de Cato.
Assim que Cato se aproxima de Katnis, Peeta grita para que ela corra, atraindo assim, a total atenção de Cato. A garota parece demorar a obedecer as ordens de Peeta, mais os reflexos de todos estão afetados, afinal como Cato não teria percebido que estaria sendo seguido se não estivesse em tais circunstancias?
-Então você quer mesmo morrer não é garoto? Pois bem, seu desejo é uma ordem! Cato grita e joga a espada em direção a Peeta, que desvia a tempo e sai correndo, nada rápido devido ao ferimento, mais rápido o bastante para fugir de Cato, que, sinceramente, não parecia muito interessado no garoto .Provavelmente sabendo o quão debilitado ele estaria devido ao ferimento na coxa.
Logo katniss desmaia com seu novo arco e flecha em mãos que foi, muito custosamente, adquirido da tributa mota Glimmer. Haviam bolhas em toda porte, mais para Katniss tudo parecia realmente bem pior do que era. Mas ela conseguiu ser arco. E sinto que ela está mais segura do que nunca desde que os jogos começaram
Peeta, totalmente pálido e sem forças , primeiro anda, depois caminha, depois trota e depois se arrasta até chegar a borda de um riacho, onde finalmente perde a consciência. Tenho medo que que ele tenho morrido, devido a gravidade do ferimento. Mas como nenhum canhão soou, sei que seu corpo ainda está lutando para sobreviver.
O dia passa rápido então decido finalmente me levantar , tomar um banho e cuidar de minha higiene . fico pensando nos diferentes tipos de arco e flecha que poderíamos ter e no numero de armas que poderiam se transformar se preciso fosse. Afinal, como seria vantajoso se, em uma guerra, os combatentes pudessem ter tudo o que precisassem em somente uma arma?
È isso! Katniss precisaria de um arco e flecha assim em uma revolução! Logo pego um bloco e faço esboços e anotações de minhas ideias e depois de alguns minutos, tenho um esboço de minhas ideias, que é claro, precisam ser aperfeiçoados. Mais tarde cuido disso, agora tenho clientes a atender.
Percebo o quão famosa minha garota está quando preciso fazer quase que uma coleção autointitulada de Katniss Everdeen devido ao numero de clientes que querem ter cada um dos vestidos fabricados exclusivamente para ela. Se ela se destacou assim pelo povo da capital, com certeza chamou a atenção de outros distritos. Em sentidos mais uteis, é claro.
A tarde voa e antes que perceba meu turno de atendimentos acabou e volto a sala da cobertura onde encontro uma Effie aflita me esperando.
- Cinna, finalmente! Estou querendo falar com você desde a hora do almoço, mais como você não apareceu eu fiquei lhe esperando- Effie diz
- Me desculpa, querida1 Não sabia que estava me procurando. Suas roupas estão quase pron..
- Não Cina, não é sobre minhas roupas que quero falar. Não agora. Quero sua ajuda para executarmos o plano hoje.- Effie me interrompe, sussurrando
- Ah, o plano de encantar Haymitch? Tudo bem. Ele está nos seus aposentos? pergunto
- Está.
- Você ouviu meus conselhos? Elogiou ele na hora do almoço? Mostrou se importar com ele? Fez com que ele percebesse que você sabe falar sobre diversos assuntos?- pergunto, já que essa é uma parte importante do plano.
- Bom, eu tentei. Você sabe como ele é. Ele só me dava repostas curtas e só me notou quando disse que acho ridículo o tratamento especial que os carreiristas tem, e coisa e tal.
- Effie, isso é perfeito! Você foi muito bem! Você tem que continuar mostrando a ele que tem opinião própria e que não está sempre alheia a tudo. Assim ele passará a tratar você cada vez mais como uma pessoa com quem ele possa conversar. Quem sabe até como amiga?- digo, pensando que fui um pouco de mais, nunca pensei em Haymitch com amigos. Princpalmente uma mulher que troca de peruca toda a semana.
- Séria ótimo poder apressar as coisas- ela se lamenta.
- Effie, confie em mim. Você está ótima!
Passo o resto da tarde conversando com Effie sobre nosso plano e outras coisas até que o jantar é anunciado e todos vem a mesa. Assim que Haymitch chega, Effie, eu está ao meu lado, aperta o meu braço, um ato de nervosismo.
Logo o jantar é posto a mesa e me esforço para manter a conversa sempre presente. Haymitch parece alheio a tudo, apenas balançando a cabeça em concordância vez por outra. Cutuco Effie por baixo da mesa indicando que aquela é a hora para um comentário inteligente ou algo direcionado a Haymitch . Ela parece demorar para tomar coragem, mas finalmente diz:
- Haymitch,estou realmente feliz por vê-lo sem algo alcoólico nas mãos, como se sente?
- Beem, estou aqui, e acho que isso já responde muita coisa em relação aos meus sentimentos, não é?- ele responde hostil e Effie se cala , completamente magoadaf
- Effie me disse eu me ajudaria na organização das doações de roupas para as crianças dos distritos vizinhos, não é incrível Haymitch? disse, tentando consertar o clima
- Sério? Bom, finalmente resolveu olhar além do espelho- Haymitch murmura o mais próximo de um elogio que consegue. Bom, isso é um avanço.
Ao fim do jantar Effie me abraça, nervosa
- Eu estraguei tudo! O que eu estava pensando? Como fui gostar daquele cara? Nós nunca teríamos nada juntos, ele é tão negativo, parece um zumbi sem sentimentos. Despertar nele algo que não existe parece impossível, Cinna!- Effie diz, a ponto de chorar.
-Acalme-se, querida. Você não percebeu? Ele está mudando seus conceitos em relação a você. Não percebeu como ele reagiu depois do que eu disse?
- Isso mesmo, depois do que você disse. Eu não fiz nada. Como conseguirei falar mais de uma frase sozinha sem que fale besteira?
- Você só precisa ser você mesma. A Effie naturalmente linda, sem perucas e sem maquiagem que só eu conheço, a Effie que é insegura e que se esforça para sorrir o dia todo, não importando os problemas. Você precisa despertar a Effie humana dentro de você. A Effie que chora e que tem defeitos. E ela que Haymitch adoraria conhecer.- digo, arrancando um sorriso esperançoso de Effie.
- você acha mesmo?- Effie pergunta, insegura.
- Com toda a certeza. Quer tentar?
- Mais agora?- ela pergunta assustada
- Porque não?- respondo, otimista
-ok
-Mas antes, preciso te dar uns ajustezinhos, nada de mais digo com um sorriso e a guio até seu dormitório, onde ela se senta e deixe que eu a transforme na verdadeira Effie, sem personagens. Aos poucos, litros e litros de maquiagem escorrem pela enorme pia , e como resquício da Effie Perfeita, mantenho os cílios postiços porem em uma versão menor, o mais natural possível, e um batom rosa não muito pink. Nada de face colorida, cílios espalhafatosos, sobrancelhas de expressões prontas, apliques pelo rosto,ou nada do tipo. Apenas e Effie normal.
Quanto as roupas, escolho uma camisola , que parece ser a mais básica possível, mesmo sendo composta de pelo de animais tingidos com tinta florescente. Por cima, coloco um roupão branco de banho, que parece disfarçar um pouco a roupa.
Em relação ao cabelo, decido manter a peruca rosa, porem a prendo em um coque alto mais não mundo volumoso, fazendo com que os centro das atençãos seja seu rosto, e não os cabelos.
- Você está pronta querida- digo, virando-a em direção ao espelho. Sua reação é imediata. Seus lábios formam um perfeito O e ele não tira a mão de seu rosto, como se fosse a primeira vez que notasse seu verdadeiro tom de pele. Não duvido que seja verdade.
- Mas, Cinna... Estou me sentindo nua, desprotegida, horrível.- ela diz
- Não Effie, essa é a Effie humana. A mulher que não tem a pele perfeita e nem anda com armadura, a mulher que pode errar. È assim que Haymitch deve te ver, é assim que ele é. È assim que você é. È assim que todos nós somos.
- Mas, e se ele não gostar? O que vou dizer para aparecer no quarto dele a essa hora, assim?- Effie pergunta, aflita
- Improvise, diga que não conseguiu dormir, e que percebeu pela luz acesa que ele também não conseguia... Não sei, seja você mesma. digo, encaminhando-a para a porta do dormitório de Haymitch.
- Mais e se....- Efie não tem tempo de terminar a frase pois bato na porta de Haymitch, dou um beijo em sua bochecha e voo para o meu quarto, deixando que Effie enfrente ela mesmo seus medos.