Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 68
Com Ele: novas tensões – parte dois


Notas iniciais do capítulo

Eu poderia dizer muitas copisas pra justificar quase um ano sem atualização, mas, no fim, eu vi que nada justificaria totalmente, então apenas vou torcer aqui pra vocês ainda lembrarem da fic, não quererem me ver morta, e tentarem chegar ao fim dela.
Desculpem! Tentem desfrutar!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282493/chapter/68

—Você não acha exagero me carregar no colo? – pergunto tentando, mais uma vez, soar divertida com meu marido, mas Damon não tem esboçado muitos sorrisos nos últimos dias. Quando fui liberada do hospital e tivemos que ficar mais uns dias na fazenda de minha mãe, eu notei, ambos, extremamente preocupados comigo. De maneira sufocante, até. O susto foi grande sim, mas eu já me sinto tão bem. Queria passar isto pro Damon.

Ele me guia até o sofá, em silêncio, muito sério, e me deixa sentada lá, recomendando apenas que fique parada, enquanto ele vai até o escritório fazer uma chamada rápida.  Minutos depois está de volta, e mais tenso que antes.

—Você vai ficar assim por muito tempo? – pergunto enquanto ele senta diante de mim, inquieto.

—Liguei pra sua obstetra, marquei uma consulta. – reviro os olhos.

—Damon, sabe que não é preciso, estou bem. – ele nega e segura minha mão.

—Quero ter certeza disso, por favor, Elena. – seus olhos estão me passando uma angústia tão grande.

—Você tem estado tão estranho nestes últimos dias.

—Estou preocupado. Vamos ver sua médica amanhã, pela manhã.

—Se isso vai fazer você relaxar nem que seja um pouco eu vou.

—Obrigado!

—Não há de que. – sinto um pequeno desconforto... Argh! Achei que tinha me livrado destes enjoos matinais.

—O quê? – Damon me pergunta alarmado, sentando ao meu lado.

—Só um enjoo. – digo me sentindo um pouco tonta e fraca.

—Vou levar você pro quarto. – diz já levantando e estendendo os braços em minha direção.

—Damon, eu posso caminhar. – Ele apenas revira os olhos e me pega no colo, me levando até meu quarto.

—Eu espero que você fique bem quieta nesta cama, descanse e se alimente bem durante todo o dia. Vou estar no escritório, lá embaixo.

—Damon eu estou bem, enjoos são...

—Elena, escute bem, não há palavras para descrever o susto dos infernos que você me deu em Oklahoma. – Seu olhar é tenso, e seu tom tão sério que me paralisa. – Então, apenas fique quieta, descanse da viagem e pare de me enfrentar. Estou pensando no melhor pro nosso filho.

Eu não quero contestar, mas sua agitação e firmeza na voz não me deixam escolha a não ser assentir tudo. Ele respira fundo, me dá um beijo casto nos lábios e deixa o quarto em seguida.  O resto do dia transcorre exatamente como ele quis.

.................................................

—Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso.

—Você está em alguma espécie de ritual, ou eu posso entrar? – Ergo os olhos e encaro minha filha, de braços cruzados na porta de meu escritório.

—Não ouvi você chegar. – Suspiro sinalizando pra que ela entre. – Feche a porta, por favor.

—Nem você, nem ninguém. Parece que todos foram dormir cedo aqui. – Diz sentando. – Entrei, estacionei, cruzei a casa até meu quarto, e só te achei por que ouvi você, depois de notar a luz.

—Elena dormiu cedo, eu dispensei todos depois.

—E o que é que você pode fazer?

—Hum?! – Quando a olho, me surpreendo com a intensidade do seu olhar ‘já te peguei, desembucha’. – Ah! Apenas uns problemas na empresa, que tenho que contornar. – Ela suspira.

—Olha pai, eu sei que o senhor ainda demora a processar o fato de eu ter saído da fase adolescente rebelde, e estar a ponto de entrar na fase adulta, que vem antes da sua fase atual, adulto que acha que carrega o mundo nas costas, mas... Pra poupar nosso tempo: o que aconteceu?

—Elena está doente. – As palavras saem sem esforço, pois Sofia tem esse poder sobre mim.

—É grave. – É uma afirmação.

—Nada que não tenha solução.

—Porém você não está seguro disso.

—Não estou seguro sobre ser o cara certo pra fazê-la passar por isso. Pra ajudar.

—Mas quer desesperadamente ser. – Suspiro vencido. Quero sim.

—Você ouviu o ritual quando entrou. Foi uma boa definição. – Ela se põe de pé e dá a volta na mesa. Abraçando-me por trás.

—Você não precisa fazer rituais pra se convencer de que pode ajudar a Elena pai. Você só precisa querer ajudar. Querer estar ao lado dela.

—Eu quero.

—Então vai poder ajuda-la. – Ela beija meu rosto e eu solto uma respiração profunda, relaxando. Mesmo que isso me deixe surpreso, é bom saber que minha filha se tornou uma mulher tão cedo. – O que ela tem?

—A gravidez é de risco. Pra ela e para o bebê. Mas ela pode ficar muito doente e... - eu paro.

—Entendi. Elena é forte, tenho certeza de que ela vai arrumar...

—Ela não sabe. – Sinto-a paralisar. – Miranda escolheu não contar sobre a condição dela.

—Ela precisa...

—Eu sei. Marquei uma consulta nova e quero que ela saiba de tudo. Já conversei com a médica dela.

—Vai dar certo, pai. – Sofia aperta seu abraço ao meu redor, eu inalo seu perfume, me sentindo seguro, e o cara mais forte do mundo, como sempre foi. – Que tal uma boa sessão de terror pra nos dar algum sono?

—Eu vou precisar. – Colocando-se diante de mim, ela e ajoelha e sorri, com um olhar sincero, cheio de vivacidade, que me tenta a rir.

—Eu escolho! – Dou de ombros, e ela dá um gritinho, pulando e caminhando até a saída. – Vou fazer pipoca. – Assinto.

—Deus me ajude!

...........................................

Quando Damon retornou com Elena aquela manhã da consulta, ele entendeu o fato dela querer ficar sozinha, entendeu ela não querer falar com a mãe quando Miranda ligou no fim da tarde, e entendeu, que depois de duas semanas, ela ainda estivesse reclusa em seu quarto, saindo apenas pra exercícios e caminhadas pelo jardim. Não foi fácil para ela, e ele estava disposto a apoia-la no que fosse possível.

Quando Hayley chegou, no fim de semana, para o ensaio da música para o casamento de Alaric, sentiu o clima tenso de primeira. Mas, sensata , e conhecendo Damon muito melhor do que os dois costumavam admitir, preferiu direcionar sua energia a trazer um pouco de vigor pra tarde.

—Você errou mesmo essa nota? Onde está sua cabeça? – Provocou.

—Você simplesmente apressou o compasso.

—E claro, a culpa é minha.

—Hayley, eu não errei, você apressou. – O tom de quase desesperação na voz dele, fez ela segurar o riso o máximo que pode, fracassando ao final. – Do que está rindo?

—Eu sei que você não errou. – Ele bufou em desaprovação. – Sou apenas eu sendo um pouco irritante. Precisamos de uma pausa.

—Eu já tinha pensado nisso. – A voz de Sofia invade o local, ela carrega com ela uma bandeja com uma carga bem significativa de comida.

—Pensei que você estivesse com Elena. – Damon fala quase em tom de repreensão, enquanto Hayley abre espaço na mesa de centro para acomodar toda aquela comida.

—Acho que ela está fazendo bem o trabalho. – Damon quase pulou da cadeira quando ouviu a voz de Elena. – Ela me ameaçou.

—Não ameacei, na verdade só expus a delícia de sobremesa que você perderia. Ah, e também ressaltei que Damon estava aqui com Hayley há mais de duas horas, completamente sozinhos e...

—Sofia! – Gritou Elena, Hayley caiu na gargalhada e Damon apenas revirou os olhos, levantando logo em seguida, e indo em direção à esposa.

—Como se sente? – Ele perguntou apenas para ela ouvir. Elena apenas sorriu tranquilizando-o. Enquanto  Hayley e Sofia começavam a se servir, na porta surgiram um Stefan, Alaric e Heitor bem apreensivos. – Que invasão é essa?

Heitor se pôs ao lado de Sofia, logo depois de a notar no local, Alaric ficou perto da porta, encostado na entrada de braços cruzados e Stefan se jogou no primeiro sofá que encontrou, suspirando pesadamente.

—Eu sei que você vai relutar, - começou Stefan, - mas precisamos de você em Mônaco. – Damon bufou.

—Sem chance. Falei que o assunto com os investidores de Mônaco é com você, Stefan.

—Eles exigem negociar com você. – Emendou Alaric, - disseram que não seria bom mudar um hábito de sempre.

—Você sempre esteve à frente da Salvatore Tecnology, alguns investidores simplesmente não querem lidar comigo. – Explica Stefan.

—Não posso ir a Mônaco este fim de semana.

—Damon... – Elena começa.

—Não! – Ele a fuzila com um olhar severo. – Stefan, - fala olhando outra vez pro irmão, num tom que todos sabem que sugere uma boa briga – você me pediu para estar à frente da empresa, disse que poderia lidar, e até agora, tenho que admitir,  está fazendo um bom trabalho. Igualmente Heitor. – Aponta para o namorado da filha que está comendo algum sanduíche. – Acho que deveria se impor mais.

—Não é uma questão de imposição. São investidores tradicionais. Nossos demais acionistas estão inflexíveis também. Estamos seguindo muito do novo modelo de negociações que Elena te propôs ao bancar a estagiária a CEO, então todos concordam que já cederam demais. – Damon ouve o suspiro da esposa e a encara.

—Sabe que é verdade, amor. E além do mais, conhecemos bem a cabeça dos dinossauros de Mônaco. Seriam poucos dias.

—Você tem consulta este fim de semana. – Ele rosna só para ela.

—Sofia pode me acompanhar e cuidar de mim. Você tem confiado bastante nisso. – Damon houve a risada de Ric a porta, ao encarar o amigo e os demais na sala, (que no momento estão todos se servindo da comida, até Elena), suspira e direciona-se a filha.

—Você cuida de tudo? – Pergunta num claro tom vencido.

—Claro que sim.

—Também estarei por aqui, Damon. – Anuncia Ric. – Eles dispensaram advogados.

—Certo... Se não há outra alternativa.  – Ele se acomoda no sofá, e assiste Elena devorar um sanduíche atrás de outro. A tarde se arrasta para Damon, assim como o início da noite e o jantar. Mesmo a casa estando cheia de pessoas e vários assuntos ao seu redor, ele não consegue esquecer que está prestes a desviar o olhar de Elena e seguir para o outro lado de um oceano.

—Ainda preocupado com a viagem? – Elena surge já vestida pra dormir, o abraçando por trás enquanto Damon está sentado diante de um notebook avaliando a proposta de Mônaco.

—Esses idiotas da comissão orçamentária em Mônaco sempre sabem fazer algo para aparecer. – Ela beija sua têmpora.

— Você só está irritado com eles porque o estão forçando a fazer algo que não quer, mas, no fundo, sabe que tem que ir. – Ele solta a respiração em um quase rosnado e gira sua cadeira até estar de frente pra ela. Puxando-a pro seu colo, ele acaricia seu cabelo com a testa franzida de preocupação.

—Me promete que vai se cuidar? – ela assenti e lhe beija.

—Claro que sim. Quando você voltar estaremos inteiros e famintos de saudades e de comida. – ele sorri. – Estou cansada, você vem deitar? – Ele nega.

—Preciso revisar tudo isso aqui ainda hoje e preparar um relatório amanhã. Vou descer pra você poder descansar melhor. Terminar isso em meu escritório. – Ela lhe dá mais um beijo e sorri, logo sendo surpreendida pelos braços fortes dele levantando-a e guiando-a até a cama dos dois. – Está ficando mais pesada...

—Hum... isso é bom. Você tem mais trabalho em me erguer e, por conseguinte, fica com esses braços ainda mais fortes. – Ele sorri, um riso leve e despreocupado que ela não via havia dias.

—Pra cama. – ele dispara a colocando entre os travesseiros, e, quando a deixa bem acomodada, inclina-se sobre ela e brinca com algumas mechas de seu cabelo. – Eu te amo. – fala com voz grave e melodiosa.

—Também te amo. – Quando seus lábios se tocam novamente, o beijo foi de calmo a cheio de desejo em segundos, mas Damon se afastou. – Aconteça o que acontecer, mesmo eu sendo um completo idiota, nunca esqueça que eu sempre serei um idiota completamente doido por você.

—Você está bem falador hoje.

—Não quero viajar, mas não tem jeito, então quero dizer coisas assim pra amenizar a tensão de te deixar. – Ela sorri.

—Anotado.

—Agora descansa. Vou terminar o trabalho lá embaixo. – ela assenti, e ele se vai.

Ao chegar na sala, Damon surpreende-se ao ver Alaric.

—Pensei que tivesse ido. – Ele ergue a sobrancelha enquanto senta vendo ao amigo se servir de mais uma dose de... seja lá o que for que ele estava bebendo.

—E eu fui. Mas achei que você ia querer conversar um pouco.

—Tenho muitas coisas a fazer, e quero voltar logo pra cama.

—O que está acontecendo, Damon?

—O que quer dizer? – Damon está tentando ignorar seu amigo, tarefa que Ric e ele sabe que é inútil. Eles se conhecem há anos.

—Desde Oklahoma, eu notei, e você sabe. Sou seu amigo e você pode falar sobre o que for. Eu quero ajudar.

—Alaric, não tem porquê. Está tudo bem, apenas não queria ir a Mônaco este fim de semana.

Alaric encara Damon, com um olhar que espelha descrença, suspira e senta diante dele.

—Tenho todo o tempo do mundo. O que há com Elena?

Damon pensa que ou deve ter perdido de vez toda a sua pose de homem poderoso que não se deixa intimidar, ou apenas está cansado e preocupado demais pra segurar e encarar sozinho.

—A gravidez dela é de risco. Ela não fala com a mãe a um tempo. – Alaric apenas ouve. – O que aconteceu na fazenda foi grave, e Miranda sabia o porquê, porque o mesmo lhe acontecera, mas escondeu. Ela está magoada, eu estou preocupado, e mesmo que a mãe tenha tido boas intenções eu entendo toda a mágoa dela, mas entendo também que ela não quer admitir que precisa de Miranda aqui. E eu estou surtando porque não acho que posso lidar com isso sozinho. Miranda disse que tinha o Grayson, mas vamos combinar, eu não sou como ele. Nunca fui. – Uma respiração cansada encerra a fala desesperada dele.

—O que ela tem?

—Os médicos não sabem explicar bem o assunto, mas... Elena tem Rh negativo. Isso pode prejudicar a formação do bebê como sabemos, mas... – Suspira levando a mão ao cabelo.

—Mas? – Ric incentiva, estando certo de que se ele falar as coisas ficarão mais amenas. Dividir o peso sempre parece funcionar.

—Prejudica ela também. É como se o bebê estivesse tirando dela o possível pra não se prejudicar. – Alaric sorri e Damon o encara.

—Acho que teremos outro durão na família. – ele diz e Damon revira os olhos.

—Não é pra brincadeira Alaric, corro o risco de perder ambos, Elena pode não chegar ao fim da gestação, o bebê pode não estar bem até lá e eu posso ter  que escolher entre um e outro.

O silêncio toma toda a sala, e depois de um tempo, Alaric observa uma lágrima escorrer na face do amigo, que logo tenta esconder seu choro.

—Me sinto sendo punido de alguma forma, e isso faria sentido se esta punição não afetasse Elena. Ela não. Nem meu filho.

—Não fale bobagem. Não é uma punição. Essas coisas acontecem. Você falou, já aconteceu na família dela. Talvez seja genético, sei lá. Só não procura um jeito de se culpar por esta.

—Quero estar com ela, não quero sair do lado dela. Passei a empresa totalmente pro comendo do meu irmão nas últimas semanas, eu não pretendia...

—Não acho que a pressão de ter que te encarar o dia inteiro me olhando como se eu fosse uma bomba relógio me deixaria melhor em algum sentido. Acho que Elena deve sentir-se assim também.

—O que está dizendo?

—Olha cara, em algumas situações, certas atitudes nos fazem sentir mais doentes. A situação é esta que você expôs. A atitude é você ficar olhando pra ela como se ela estivesse próxima a entrar numa sepultura.

—Eu não faço isso!

—Ah, faz sim! – Alaric ergue as mãos em sinal de paz quando Damon o fuzila. – Isso não é de todo ruim, entenda, mas, visto diariamente e a toda hora... Você precisa passar confiança e leveza, deixa-la tranquila, ou não? – Ele assenti. – Estou te vendo diante de mim todo tenso, por um tris. Isso não deve ajudar muito.

—Não.

—Vá pra sua viagem e... – ele se interrompe, revirando os olhos, - não acredito que vou dizer isso, mas... Ok!  - Toma uma respiração e começa. – Enfie a cara no seu trabalho, faça o que faz de melhor e volte pra casa disposto a brigar.

—Preciso que fique de olho em tudo aqui pra mim. Stefan lida bem na empresa, mas aqui em casa...

—Eu vou cuidar dela.

—Sério, Ric. Me promete. Cuida da Elena, faz ela ficar bem, não importa a circunstância. Cuida dela.

—Eu prometo. Prometo qualquer coisa que te faça parar de me olhar com ela ar de desespero e choro contido, e porque você está me assustando muito ao segurar a gola da minha camisa assim.

Damon se afasta e soca o ombro de Alaric e ambos sorriem. Quando o silêncio volta ao lugar é a voz que Ric que o quebra.

—Eu vou cuidar dela.

................................................................

Quando Elena acordou na manhã do fim de semana, a cama ao seu lado estava vazia, e ela tinha lembranças de um Damon despedindo-se de madrugada, sussurrando coisas lindas e doces, e uma promessa: a de voltar logo e inteiro pros dois. Ela acariciou seu ventre sorrindo e decidiu levantar. Desceu, encontrou Sofia para o café, e depois da saída da garota foi até o escritório do marido ler mais sobre casos como o seu, ou similares ao redor do mundo. Fazia muito isso ultimamente, pensava que toda informação era bem vinda, estava sentindo-se apoiada e pronta pra encarar qualquer coisa, sem fraquejar.

Perdeu-se em páginas e mais páginas de pesquisa até escutar alguém chamar à porta.

—Entre! – Ela nem ergueu o olhar.

—Ocupada? – Apenas ao ouvir a voz de Alaric ela desviou de seu trabalho, sorrindo ao encontrar a expressão de Ric. O riso não durou muito tempo, visto que a expressão do mesmo era aterradora.

—O que foi? – Elena perguntou, já sentindo uma batida vacilar em seu peito e logo acelerar.

—Elena... Não sei como dizer o que tenho a falar e estou com medo de não fazer direito.

—Alaric, o que foi?

Ele engoliu em seco, passou as mãos no cabelo, e, ao voltar a encarar Elena, ela sabia.

—Meu Deus! – Saltou da cadeira indo até Alaric. – Onde ele está? – Gritou. – Onde ele está, Ric? – Ele a segurou pelos pulsos, enquanto, em vão, ela tentava golpeá-lo no peito. – Alaric!

—Não sabemos, está é a questão. – Elena sentia todo o corpo quente, as pontas dos dedos das mãos e dos pés estavam frios, e sofrendo com uma estranha sensação de dormência. Ela estava tonta, e por Deus, iria cair. – O avião onde ele estava sumiu a algumas horas, não temos uma notícia sequer. Eles não chegaram ao destino.

—Meu Deus! – Ela ofegou o afastando e inclinando-se, no seu limite.

—Elena... – Alaric colocou as mãos em volta de sua cintura, tentando equilibrá-la.

—Temos que acha-lo. - Ela falou, olhando ao redor, mas vendo tudo girar. – Nós temos... Temos... – Tudo ficou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ele III: Com Ele" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.