Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 4
Curiosa


Notas iniciais do capítulo

Eu aqui :D
Boa leitura!



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O fim de semana havia sido animado, eu ainda conseguia manter uma vida agradável com meus amigos, era bastante difícil, eu tinha que admitir. O trabalho na Salvatore Tecnology era mais complicado do que pensei. Às vezes me recusava a crer, como um simples trabalho de assistente – com a tarefa base de ir pegar o café – me consumia tanto tempo e exigia tanto de mim? Talvez fosse então apenas Damon Salvatore e sua prepotência insuportável.

–Elena, seu pai me ligou ontem. – disse Matt da cozinha, onde preparava nosso jantar.

–O que ele queria? – perguntei saindo do banheiro, havíamos acabado de chegar de um encontro com nossos amigos.

–Avisar que vem pra cá no próximo fim de semana. – bem, meu pai odiava a cidade grande, só conseguia pensar em um motivo para sua visita: Reclamação. Mas a questão era, porque ele não havia ligado pra mim?

–Por que ele ligou pra você e não pra mim? – perguntei confusa, enquanto ia me vestindo.

–Ele disse que não conseguia falar com você pelo celular. – ultimamente estava difícil mesmo, Damon e Caroline não paravam de me ligar, fora os mais de trezentos empregados daquele prédio, não todos, mas praticamente isso. – Falou que ligou pro seu trabalho uma moça mal humorada o atendeu e disse que não era mais pra ele ligar, não se fosse para assuntos familiares, pra isso você tinha celular. – Caroline, com certeza, loira enjoada.

–Bem, eu vou ligar pra ele então. Te ligou hoje? – perguntei e Matt assentiu, me falando que não havia recordado antes e pedido-me desculpas. – Tudo bem, ligarei pra ele.

Terminei de me vestir e liguei pra minha antiga casa. Era uma pequena propriedade de meu pai, em Oklahoma.

–Alô! – era minha mãe.

–Oi mãe.

–Querida! Como tem passado amor?

–Bem mãe, obrigada. E você e o pai?

–Estamos bem. Bem, seu pai está meio incomodado com umas coisas, mas eu não quero falar nada por telefone, vocês vão conversar quando ele for aí. Matt te avisou?

–Sim, mãe. Ele está aí?

–Seu Pai? Não. Saiu pra resolver umas coisas e acho que depois vai beber com os amigos na taverna, você sabe. – bem típico mesmo.

–Sei. A senhora não vem com ele?

–Sabe que não podemos deixar a fazenda e bem, ele quer falar com você.

–Entendi.

–E no trabalho? O chato ainda é chato? – eu falava tudo pra minha mãe sobre meu trabalho, e é claro, sobre Damon. Com certeza ela repassava tudo pro meu pai. Posso dizer que o assunto dele comigo será sobre isso.

–Estou me adaptando, mas ele é bem exigente.

–Quando virá nos visitar querida? – fazia um tempo que eu prometia isto e ainda não havia dado pra cumprir. As passagens eram bem caras, quem sabe agora, eu ganhava bem na Salvatore, não muito, mas bem. Depois de quitar algumas dívidas, poderia ser.

–Acho que agora está mais próximo mãe.

–Acho bom mesmo. Quero dizer, eu não conheço seu namorado. É uma vergonha Elena, você e Matt estão juntos a um tempo bem considerável e só o conheço por fotos e telefonemas. – sempre chegávamos a este assunto quando falávamos, era a mesma coisa.

–Eu sei mãe, desta vez vai dar mesmo, só preciso de mais um tempo, talvez em ação de graças.

–Seria ótimo querida.

–Bem, mamãe, eu só liguei pra saber sobre esta vinda do pai.

–Ele deve estar chegando aí no domingo a tarde, disse que iria jantar com você, mas acho que ele vai voltar na outra manhã. Ficará num hotel de um amigo nosso daí. Os pais do Kol, você lembra dele certo? – lembrava dele muito bem, Kol foi meu ‘namorado no colegial’,hormônios a flor da pele, virgindade indo embora, enfim, tínhamos uma boa relação, embora fossemos bons amigos agora apenas, nos separamos assim que ele foi fazer a faculdade, eu desisti de tudo e vim pra cá. Foi o melhor, era o que nós queríamos.

–Lembro sim, ele vai precisar que eu pegue ele no aeroporto?

–Não querida, já está tudo certo, um empregado do hotel vai buscá-lo e o Senhor Finn disponibilizou um motorista para o caipirão ir e vir enquanto estiver aí. – Finn era o pai de Kol, ele realmente era muito amigo do meu pai, embora muito mais novo, uma amizade já vinda de uma relação de meu pai com o dele, avô de Kol. A família de Kol sempre foi mais bem de vida que a minha.

–Nossa, belo amigo. – ela sorriu.

–Sim, são ótimas pessoas, ainda lembro de você e Kol namorando escondidos de seu pai linha dura. – sim, outro fato, meu pai era meio arredio com meus namorados. Matt sofria, mas uma coisa boa era que ainda não tinham se cruzado e meu pai sempre queria o meu melhor e Matt era o meu melhor aqui nesta cidade. Isso suavizava as coisas.

–Sinto saudades mãe.

–Oh querida, eu também sinto.

–Preciso desligar, - Matt estava do meu lado, me dando beijos no pescoço, me apressando pra jantar. – Vamos jantar agora.

–Claro amor, mande beijos para o Matt. Te amo.

–Também te amo mãe.

Desliguei o celular e me virei pra beijar Matt, era incrível como ele conseguia me deixar calma depois de um dia inteiro diante de Damon, eu já estava reclamando sobre o fato de amanhã já ser segunda-feira, os fins de semana eram meu refúgio, isso quando é claro Damon não me ligava no meio do domingo me pedindo uma terefa-missão-impossível. Ele fazia muito isso.

–Sua mãe ainda reclama sobre não me conhecer? – perguntou meigo.

–Sempre. – disse o e beijei.

–Temos que resolver isto. – ele falou me guiando para mesa, sem nos separar.

–Vamos, prometo. – ele me beija e nós nos sentamos e jantamos, terminamos a noite na cama vendo filmes antigos, o que eu adorava, como sempre acontecia eu adormeci em seus braços depois do segundo. Eu me sentia segura ao seu lado.

Na manhã seguinte eu acordei com o som de meu celular. Damon era o nome na tela, ele não costumava me ligar de manhã, geralmente era a Caroline e céus, não eram nem sete da manhã, ele não dorme?

–Preciso que você vá até a Nikon agora e fale com a Marta, diga a ela que eu não quero que eles lancem a nova câmera, não antes de meus outros anunciantes me darem uma resposta, se ela fizer isto eu estou fora. Depois vá até a casa do Alaric, ele tem umas coisas pra lhe entregar, quero que depois disto passe na casa de Andie e pegue com ela a nova lista da festa da Sofia. Quero tudo isto resolvido e a encomenda e lista na minha mesa em uma hora. Não atrase. Traga meu café.

Santo inferno! Eu ainda nem estava acordada, embora não mais na cama, pois pulei dela assim que ouvi a primeira tarefa. Damon tinha a capacidade de colocar qualquer pessoa em polvorosa.

Matt ficou apagado na cama e eu peguei a primeira roupa que vi e saí do apartamento correndo. Passei primeiro na casa do tal Alaric, eu ainda não o conhecia embora falasse bastante com ele por telefone. Cheguei em seu apartamento e fui recepcionada por uma senhora simpática que me apontou o centro da sala. Era um belo apartamento. Muito bem decorado. Eu realmente estava metida num mundo novo e bem glamouroso. Embora isto não me importasse muito.

–Caiu da cama mesmo hein? – falou um belo homem vindo em minha direção. Uol, ele é... Bonitão mesmo. – Você deve ser a Elena. Nova Caroline.– falou me oferecendo a mão. Eu aceitei sorrindo e assentindo. – Alaric Saltzman.

–É um prazer senhor. – ele bufa.

–Hora, por favor, não seja tão formal, sinto-me velho desse jeito. Alaric esta bom, como seu chefe simpatia. – disse risonho.

–Certo. Alaric. - eu falei.

–Melhor. Me dê um momento eu vou pegar o que precisa, deve estar com pressa, todas sempre estão. – eu assenti e ele se afastou.

Fiquei olhando ao redor e em uma parede na sala ele tinha uma espécie de mural, com fotografias, no meio de várias delas algumas me chamaram atenção, haviam fotos com Damon, Sofia, até algumas com Andie e Rebekah, Stefan. Ele parecia ser bem próximo dos Salvatore. Damon aparentava estar bem jovem, vestindo jeans nas fotos, bem diferente, tão anti-ele. A verdade é que Damon era um homem muito bonito, realmente atraente, seus belos olhos de um azul único, em contraste com sua pele branca bem cuidada e seus fios negros. Beleza bastante singular.

–Tome cuidado com isto. – Alaric volta me trazendo de volta de algum lugar que não me lembro. Ele está me estendendo uma espécie de mala, não está pesada.

–Claro. – digo sorrindo.

–Foi um prazer Elena. – ele falou me indicando a porta.

–Todo meu sen... Alaric. – ele sorri.

Saí do apartamento dele e fui direto pra Nikon, a tal da Marta quase teve um enfarte. Começou a gritar feito uma histérica e xingou Damon feito maluca, eu não sabia o que fazer. Ela exigiu uma reunião com ele, eu liguei pro meu chefe.

–O que você ainda está fazendo aí ouvindo estas asneiras? – sua voz era dura. – Mandei você dar o recado a ela e só. Não quero reunião nenhuma, ou adia ou caio fora. Agora saia daí, quero meu café em meia-hora.

Passei o recado pra mulher, que bufou e me retirei como ele disse. Fui para casa de Andie, ela não estava, mas a lista ficou para ser entregue por uma de suas empregadas. Voei até o prédio da Salvatore, na verdade, fiz o motorista voar. Parei para pegar o café dele e então tudo estava feito e eu tinha cinco minutos para estar no trabalho. Era incrível o milagre que o motorista fazia para isto.

Caroline já estava em seu posto, muito atenta ao que fazia pra responder meu bom dia apressado, fui direto pra sala de Damon, coloquei o café e as encomendas em sua mesa, ele estava em pé de frente pra grande janela de seu escritório, ao telefone, quando ele virou e me encarou, eu estava afobada. Cansada mesmo.

–Mais alguma coisa Damon? – perguntei, tentando ao máximo equilibrar minha voz.

–Sim. – ele disse sentando sem me encarar, pegou seu café e num movimento altamente gracioso, tomou um gole. Eu disse gracioso? Mas foi. Muito. – Da próxima vez, limite-se a fazer o que pedi, exatamente. Não gosto de ser repetitivo, eu dou uma ordem específica e exata, não cabem questionamentos, não cabem reivindicações, você não pode me ligar e me encher com chiliques de pessoas incompetentes. Você trabalha pra mim e segue as minhas ordens. Você entende? – o que falar depois disto?

–Entendo. Sinto muito. – ele toma outro gole e começa a olhar a lista da festa da filha.

– Vou viajar este fim de semana, vou para Los Angeles. Tenho uns compromissos muito importantes lá. Estarei de volta no domingo a noite. Preciso que você confirme todos os meus voos, os de ida e volta. – opa, este não é meu trabalho. – A outra assistente estará em outro compromisso por mim. Então fica com você esta tarefa. – uou. – Caroline, é imprescindível que eu esteja aqui no domingo a noite. Sofia fará uma apresentação muito significativa no colégio, eu tenho que estar lá para assistir, na segunda bem cedo.

–Eu entendi. – falei convicta. Eu posso fazer isto.

–Ótimo. É só isso Caroline. – eu odeio isto. Ele sabe meu nome. Reviro os olhos, mas ele não está prestando atenção em mim. Saio da sala em seguida e finalmente sento em minha mesa, após livrar-me de meu sobre tudo.

O resto da semana foi tranquilo e eu estava feliz, pois além de cumprir bem as tarefas que Damon me incumbiu, ele estaria fora no fim de semana e eu poderia aproveitar a visita de meu pai. Todos os voos dele confirmados e quando o final do expediente de sexta chegou eu estava radiante.

–Ligue para o Saltzman. – Damon pediu da sua sala e eu imediatamente disquei o número.

–Damon vai... Oh certo Alaric. – Alaric era uma ótima pessoa, uma simpatia. Diferente do amigo. – Alaric linha dois. – falei pra Damon e desliguei após ouvir que ele atendeu.

Stefan surgiu diante de nós, Caroline e eu.

–Sobreviveu a mais uma semana Elena, isso é muito bom. – disse risonho e notei Caroline nos encarar com certa... fúria. Ela gosta dele ou algo assim?

–Sim, é muito bom. – respondi sorrindo.

–Stefan! – era Damon.

–Deixa eu ir. – disse sorrindo e virou pra Caroline. – Senhorita Forbes. – ela sorriu abertamente. Definitivamente, ela gosta dele.

–Que bom que a semana se foi, Damon vai estar viajando e vou poder curtir a visita do meu pai. – falava pra Caroline animada. – Você vai sair este fim de semana? – ela me olha esnobe e bufa, levanta da mesa levando consigo algumas pastas. Não me responde nada. Eu sinto que pela primeira vez na vida odeio alguém.

Minutos depois ela está de volta e Stefan e Damon saem da sala no momento coincidente.

–Tenham um bom fim de semana. – Fala Stefan simpático. Damon passa calado e sério. Como sempre.

–Obrigada! – Caroline e eu respondemos juntas e eles se vão.

Logo depois saímos também. Caladas. Eu não via a hora de chegar em casa e descansar, meu pai chegaria no domingo a tarde e depois do nosso jantar iríamos fazer um passeio pelo Central Parque.

–Livre do mala por um fim de semana inteiro. – disse Bonnie sorrindo.

–Elena agora você pode viver. – Falou Jeremy.

–Qual é gente? Garanto que a Lena deve estar adorando o novo trabalho dela. Imagina o monte de pessoas importantes de New York que ela deve estar lidando ou vai lidar. É o emprego dos sonhos, embora ela ainda não admita. – disse Tyler e Matt bufou.

–Você deve ser apaixonado pelo mala do chefe da Lena, acho que ele deveria te contratar. – todos rimos e Tyler bufou.

–Muito engraçado Donavan. – disse emburrado.

–Damon realmente lida com muitas pessoas importantes, mas ele faz da vida de qualquer um naquela companhia um inferno. Incluindo a minha.

–Exatamente. – falou Bonnie. – Por isso temos que brindar.

–Então se você sair deste emprego amanhã, não te fará falta Elena? – Tyler insistia.

–Claro que fará. É um bom emprego, meu chefe que é um idiota. – a palavra saiu da minha boca sem eu perceber e todos gritam um ‘uoul’ por isso. Sorrimos e enfim brindamos. Eu adorava estar com meus amigos. Tyler tinha razão, eu sabia que meu emprego era demais, mas não dava tanta importância pra isto, pois o trabalho que me dava tirava todo este glamour dele. No entanto eu não era boba, via com o que eu estava lidando, o quanto poderia crescer, eu queria isto agora, eu queria mudar de vida e na Salvatore poderia estar o começo de tudo.

A manhã de sábado eu tirei pra descansar. Recusei o convite da Bonnie pras compras e com Matt no restaurante, tirei o dia pra mim, ficar em casa, ler, fazer pesquisas na internet. Nem sei bem o porque, mas me deparei pesquisando mais sobre meu chefe e sua empresa, me interessava tudo isto, era onde eu trabalhava. Eu estava curiosa.

Descobri a idade do Damon, quero dizer, um parâmetro, pois as revistas e sites tinham uma certa discordância quanto ao tema, uns apontavam 34 anos, outros 36, ele realmente tinha cara de 28, pra mim. Haviam fotos dele com Andie e o escândalo da separação, uma suposta traição dele. Haviam especulações sobre seu casamento atual com Rebekah e ainda temas sobre a rivalidade com a Khromos. Pai alcólatra que levou a empresa a quase falência. Filho prodígio que salva o patrimônio dos Salvatore, perca da mãe por câncer, perca do pai a pouco mais de nove anos. Era incrível como eu aprendi tanto, praticamente toda a vida dele estava exposta na rede. As horas se passaram e eu fiquei mergulhada no mundo de Damon Salvatore. Ele ganhou muitos prêmios e reconhecimentos em nível nacional e internacional. O cara era mesmo genial.

–Oi! – a voz de Matt me trouxe de volta e era bem tarde. Ele passou pela porta, fechei a janela do PC e o recebi com um beijo quando se inclinou pra mim.

–Oi!

–Ficou o dia todo aqui? – assenti com a cabeça.

–Nossa! Estou bem cansado, vou tomar um banho e dormir. Dia cheio no restaurante. Você já comeu certo?

–Sim Matt, pode descansar hoje. Pedi uma pizza. – ele sorriu soltando um beijo e indo na direção do banheiro.

Só tinha mais alguma coisa pra eu pesquisar. A mãe da Sofia, não havia nada disso, só fotos de Damon com Andie e Rebekah, me perguntava porque. Caroline comentou outro dia que ela é uma incógnita na vida de Damon, ninguém sabe dizer porque não estão juntos, ou ela não está com a filha, a mídia especula, mas não há nada concreto. Também não encontrei.

Matt foi do banheiro direto pro quarto, depois de tentar mais um pouco desisti, não havia nada, exausta fui dormir.



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Notas finais do capítulo

Até logo!



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