Hopeless II escrita por Letícia M


Capítulo 37
Chapter 37 - Accident


Notas iniciais do capítulo

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Minha cabeça girava. Não, ela não tinha feito isso comigo. Não agora. Não agora que eu mais precisava dela ao meu lado. O quê você queria, sua estúpida? Você transou com o namorado dela, se liga. Ela foi muito boazinha ainda de ter ido lhe avisar. Agradeça que ela não lhe deu uns puxões de cabelo. Meu inconsciente estava sentado em um sofá vermelho sangue, lendo uma revista, com o óculos na ponta do nariz. 

-Não! - gritava, andando de um lado para o outro. Tanto Guilherme como Mateus tentavam me acalmar, falando coisas do tipo "Você sabe que ela não irá aguentar lá sozinha" "Esse era o plano de vocês, ela não o faria sozinha" "Ela não vai passar o resto da vida lá" Mas eu sabia que não era verdade. -Como ela pôde? 

Meu corpo perdeu a força, e então, apenas senti o chão gelado entrar em contato com minha pele. Estremeci, me deitando de vez no chão. Senti uma pequena dor em minha barriga, fazendo-me chorar mais ainda. 

Senti mãos me puxarem para cima, colocando-me gentilmente no sofá. 

-Mamãe? - ouvi a voz da Sarah entrar na sala, e automaticamente, engoli o choro. 

A última coisa que eu queria, era que a Sarah me visse chorar. Ainda mais daquele jeito exagerado que eu estava. 

-Eu falei para você ficar lá em cima, não falei? - Guilherme se ajoelhou perto de Sarah, que tinha uma carinha de choro.

-Mas eu ouvi minha mamãe chorando. - ela apontou para mim, que não conseguia nem mais chorar. 

-Vem, vou te levar lá para cima.

Meu coração se partiu em oito vendo aquela cena. Sarah estava assustada por ter me visto daquela maneira. Que droga.

Guilherme subia as escadas segurando a mão de Sarah, enquanto eu continuava jogada no sofá, segurando o choro que já não queria mais sair.

Derrepente, me toquei de que talvez a Pamela não houvesse embarcado ainda. Talvez eu conseguiria chegar até lá, e faze-la mudar de ideia. Me levantei do sofá em um pulo, fazendo o Mateus arregalar os olhos e seguir o olhar, conforme eu procurava a chave de seu carro em suas coisas.

-O quê você está fazendo? - ele perguntou, e em sua voz não havia sinal de nenhuma emoção.

-Procurando as chaves do carro. Tenho que ir até o aeroporto, tenho que impedi-la.

-Você acha mesmo que vai chegar á tempo no aeroporto? É quase uma hora daqui até lá. E mesmo que consiga chegar a tempo, você acha que ela irá voltar com você?

-Sim. - respondi, parando o que estava fazendo e me virando para o Mateus - ela vai voltar comigo, por que eu sou a melhor amiga dela, e ela não viveria o nosso sonho sem mim. 

-Bem, então... - ele tirou as chaves do bolso, esticando-as para mim - traga a Pamela de volta. 

Sorri, e peguei as chaves. Me agachei perto dele, e lhe dei um beijo na testa. Ele sorriu, e então sai de casa.

Andei apressadamente até o carro, batendo a porta assim que entrei. Liguei o carro, acelerando-o. 

Tentava apertar mais no acelerador, mas era impossível. Eu já havia acelerado tudo que havia para acelerar, e mais um pouco. 

Assim que entrei na avenida, me deparo com o trânsito infernal que havia ali. Bufei nervosa, me esticando mais no banco, para ver quanto de trânsito havia ali. Me irritei com a quantidade. Demoraria horas para chegar no aeroporto agora. 

Olhei pelo retrovisor direito, vendo uma pista ali do lado que não estava tanto trânsito assim. Dava para mim passar de lado e ir para aquela pista logo. 

Olhei para trás, vendo se algum carro vinha no caminho daquela pista. Girei o volante, saindo da pista em que eu estava, entrando na pista ao lado. Assim que entrei na pista, ouço uma buzina alta perto do meu carro. Me viro, e vejo um caminhão vindo em minha direção. O desespero toma conta de mim, fazendo-me ficar pálida e perder qualquer sentido. Não conseguia me mexer, ou até mesmo gritar. Estava paralisada, e não sentia mais meu coração batendo dentro de meu peito.

Fechei os olhos, me preparando para o choque, e então, senti meu corpo ser jogado para o outro lado do carro, e uma dor enorme em minhas pernas. Gritei de dor, e então, apaguei. 

-

Abri meus olhos, e via várias pessoas em minha volta. Uma puxava-me pelos braços, outras pelas pernas, e outras apenas tentavam abrir a porta do carro. Olhei para a esquerda, e vi o fogo se formando no capô do carro. Falando nisso, ele estava totalmente destruído. 

-Meu Deus, moça! Me desculpe! Mas você entrou do nada na pista, e não deu tempo de frear! Por favor, me perdoa! - um homem que tentava me puxar para fora do carro gritava e chorava ao mesmo tempo. Deduzi que ele era o motorista do tal caminhão.

-Minha filha... - sussurrei, ouvindo mais gritos perto de mim.

-V-você está grávida? - o homem parou de me puxar, e apenas ficou me encarando. 

Não tinha forças para falar algo, então apenas assenti fracamente com a cabeça. Ele se levantou e se afastou do carro totalmente destruído, e se sentou no chão. Ele chorava desesperadamente.

Minhas pernas doíam muito, não tinha mais forças para ficar acordada. Então, fechei os olhos, e todos os gritos que me rodeavam, se calaram. 

Mateus POV

-Alô? - atendi a ligação.

-Olá. Por favor, aí é da casa da Jessica?

-Sim, ela não está.

-Oh, sim, eu sei... Bem, aqui é do hospital. - meu coração gelou. Uma ligação do hospital e perguntando pela Jessica. Droga. Última vez que isso havia acontecido, foi quando o pai da Jessica havia morrido. 

-O que aconteceu? Onde está a Jessica?

-Eu preciso que o senhor venha ao hospital, agora. 

Não respondi. Gritei o Guilherme, que desceu as escadas assustado.

-Porra, pega a Sarah. Aconteceu algo com a Jessica, me ligaram do hospital. Temos que ir, agora! - ele assentiu, subindo as escadas. Segundos depois ele desce com a Sarah no colo.

-Vamos.


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Notas finais do capítulo

Tô aceitando recomendações viu



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