O Filho De Thanatos (Hiatus) escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 9
8 - Bonus: Romanos, Lutas e Aranhas


Notas iniciais do capítulo

Postei mais cedo, porque quero leitores!!!!!



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Alguma cidadezinha perdida da Alemanha, 00h16min da noite.

(Narrador)

A noite estava chuvosa, mas era uma garoa fina, que estava sendo levada pelo vento, um único garoto estava na rua.

O garoto corria rapidamente, ele segurava uma espada de ouro imperial, seus pés espalhavam água para todo lado, após pisar nas poças de água.

Ele olhou para trás, parecia assustado, seus olhos azuis expressavam medo, um vulto se moveu atrás dele, o garoto apertou o passo, correndo ainda mais rápido.

Ele deu um salto, no momento em que um cão infernal passou por ele, ele deu um mortal no ar e cortou o cão com a espada. Ele se dissolveu em sombras.

O menino parou no chão arfando, fora pouco, mas ele estava cansado por causa da corrida, o monstro estava aniquilado, mas outro... Outra coisa, ainda estava atrás dele.

Ele recomeçou a correr, mas não tão rápido, ele parou de súbito, nem ele mesmo soube o porquê, talvez tivesse ouvido a faca vindo em sua direção, ele se abaixou, mas não flexionando os joelhos com pessoas normais faziam, ele jogou o corpo para trás, dobrando a coluna vertebral, a faca passou assobiando em cima de sua cabeça.

Antes que ela se afastasse muito o garoto a pegou pelo cabo, era uma faca de prata olimpiana, com trinta centímetros de comprimento, com o cabo de couro, mas revestida de ouro.

-Não – ele murmurou.

Aquele tipo de metal não era visto há anos, desde a Guerra dos Titãs, a primeira guerra, éons atrás. Aquele metal era dos semideuses da Elite do Olimpo, um grupo de treze semideuses escolhidos a dedo pelos Olimpianos.

A prata olimpiana, assim como o bronze celestial e o ouro imperial, foi criada por Zeus, para ajudar a Elite defender o Olimpo.

O garoto se virou segurando as duas armas, com tamanha força que os nós de seus dedos estavam brancos.

Uma segunda pessoa veio andando lentamente na direção do garoto, segurava uma faca igual a outra que o garoto estava segurando.

Ele parou embaixo de um poste de luz, imediatamente a lâmpada começou a piscar, a segunda pessoa apontou um dedo para cima e o vidro explodiu e a pessoa ficou no escuro.

A segunda pessoa era um garoto, com a pele pálida, cabelos loiros desgrenhados e olhos azuis que tinham um brilho vermelho em volta. Usava um longo sobretudo preto, fechado até ultimo botão da gola.

Ele deu um sorriso.

-Você por aqui? Que surpresa – ele falou irônico.

O garoto rosnou.

-O que quer Greg?

Greg Stuart deu outro sorriso.

-Ora, seu pai não te deu educação? Ou os chefes do Júpiter são tão ignorantes assim? Ah é, esqueci, voce não conhece seu pai e você é o chefe.

-O que você quer? – ele repetiu irritado.

-Tá bom – Greg levantou as mãos em um gesto de rendição zombeteiro- Pode me devolver minha faca pelo menos?

O garoto jogou a faca rapidamente com força, mas Greg riu e pegou a faca pela lamina, mas ao invés do esperado ele não cortou a mão.

-Agora sim – Greg colocou as facas na bainha. – Direto ao ponto como sempre então? Muito bem. Meus amigos me informaram que você iria estar aqui.

-Seus amigos? Espiões quer dizer?

-Chame como quiser, mas acho que acertaram, não é?

-Está atrás do que?

-Do mesmo que você, estou atrás da chave – Greg atingiu o efeito desejado após dizer essas palavras, o garoto recuou alguns passos.

-Eu... Eu não estou atrás da chave – ele parecia uma criança tentando convencer a mãe.

-Não? Então o que é isso? – Greg apontou para um pedaço de papel no bolso da jaqueta preta do garoto – Acho que é um mapa, não?

Como se fosse obrigado, o garoto tirou o mapa do bolso e o abriu, Greg estendeu a mão e o pergaminho voou para sua mão. O garoto percebeu o que tinha acontecido um segundo depois.

-Ei – ele reclamou.

Greg o ignorou e abriu a mapa, várias palavras estavam escritas em grego e em latim. Ele entendeu a maioria, guardou o mapa em um dos bolsos e se virou.

O garoto avançou com a espada erguida, instintivamente, Greg se virou e sacou as facas formando um X, o ouro retiniu com a prata. Greg pulou para trás e tentou cortar a barriga do garoto, mas o mesmo pulou para trás, Greg pulou e girou no ar, as facas adquiriram um
tom verde brilhante.
O garoto recuou tão rápido que tropeçou e caiu de costas, sua espada foi parar do outro lado, Greg caiu no chão, seus olhos fechados, mas um brilho também verde saia por debaixo de suas pálpebras, suas facas ainda brilhando, ele fez um símbolo que parecia uma cruz, depois fez novamente um x. Uma espécie de estrela brilhou no ar, e explodiu em uma luz verde

Quando a luz cessou, o garoto tirou a mão dos olhos, depois percebeu que Greg havia sumido, ele praguejou em latim e se levantou, limpou a poeira das vestes, olhou em volta com raiva, aquele maldito filho de Plutão.

Ele pegou sua espada e a girou entre as mãos, no giro ela se transformou em uma moeda, que ele colocou no bolso. Ele voltou a andar, dessa vez a chuva estava mais forte, trovões estouravam no céu, mas ele não estava preocupado.

Uma sombra apareceu em sua frente, mas ao contrario de antes, ele não ficou assustado, ele estava esperando essas pessoas.

Duas garotas e um garoto saíram da sombra, uma das garotas usava uma toga branca e um lençol roxo sobre ela, símbolos de um pretor.

A outra garota usava uma armadura sobre a camiseta roxa, e seu cabelo preso em um rabo de cavalo.

O garoto era moreno, tinha cabelos curtos, também usava uma armadura, mas com um detalhe: sua armadura tinha um Omega desenhado.

-Jason, tudo bem? – a garota com o manto roxo perguntou preocupada.

-Tudo, e o acampamento?

-Bem... – a garota com o rabo de cavalo começou, mas o garoto interrompeu-a.

-Ah, Isabella, corta essa, é melhor contar a verdade.

-Thomas! – a garota com o manto repreendeu-o.

-Que? É a verdade.

-Reyna, o que está acontecendo? – Jason perguntou apreensivo.

A garota chamada Reyna, mordeu o lábio inferior.
–O Acampamento, esta sendo atacado. Jason arregalou os olhos.

-Atacado? Por quem?

–Por, por – ela respirou fundo – Pelas forças de Nyx.

Jason alternou o olhar de Reyna para Thomas e para Isabella, achou que eles estavam brincando, mas ele não sabia que estava totalmente enganado.

Alguma cidadezinha perdida da Alemanha, 00h26min


Greg Stuart corria apressado pela rua, ele mal tocava o chão, suas mãos seguravam suas facas de prata, elas ainda emitiam um leve brilho verde, Greg Stuart sorriu ao lembrar-se do rosto de Jason Grace quando ele sumiu.

Ele não sumiu, tecnicamente pelo menos não, ele havia feito o feitiço do Brilho do Tártaro, um feitiço que ele havia aprendido com sua senhora, a poderosa Nix, deusa da noite.

Era um feitiço simples, porém, poderoso, consistia em criar a Estrela do Tártaro, quando esta explodiu, Greg usou seu manto Negro, uma capa que fora presente de sua senhora, por recompensa de seus serviços, Greg havia se coberto com o manto, e quando Jason se virara, ele havia usado a viagem nas sombras.

Greg pensou em tudo isso enquanto seguia até um campo de grama verde que estava salpicada por uma fina camada de gelo.

Um velho e pequeno casebre de madeira estava no meio do campo, tinha uma porta e uma janela, uma luz saia da janela, em volta do casebre, num raio de quatro metros, a grama estava totalmente preta.

Greg tentou colocar um pé no campo, isso mesmo, tentou, pois ele havia se esquecido da barreira protetora que rodeava todo o campo. Quando ele relou o pé na barreira, uma luz preta explodiu e o jogou dez metros para trás.

Ele se levantou atordoado e dolorido.

-Vlacas – ele murmurou.

Olhou para si mesmo, sua roupa estava chamuscada, assim como seus cabelos loiros, ele fez uma careta, depois ele iria até a casa de Damon, seu cabeleireiro.

Ele se ajoelhou e colocou uma das mãos no chão, a terra começou a tremer levemente, uma rachadura surgiu do local onde ele estava com a mão e se estendeu até a barreira, quando chegou lá, ele tirou a mão no chão e a rachadura parou de avançar.

Greg bateu uma palma e separou as mãos fazendo força, como se um chiclete tivesse grudado em suas mãos e não quisesse sair.

A rachadura se abriu, revelando uma fenda negra, ele olhou para o céu, trovões reboavam no céu, novamente Greg Stuart sorriu, apontou um dedo para o alto e um raio atingiu-o, como se ele fosse um para- raio, mas não o queimou, pelo contrario, ele ficou ainda mais forte.

Apontou o mesmo dedo para o chão, um raio negro despontou para a fenda, uma mão branca surgiu e se agarrou na terra, depois um corpo inteiro surgiu, não era um esqueleto, nem um fantasma, era um ghost, um espécie de esqueleto que não tinha um corpo sólido, tinha a cabeça de uma caveira, um manto negro de mangas compridas cobria seu corpo, além da cabeça, somente suas mãos apareciam, mãos brancas fantasmagóricas, com correntes da cor do manto arrastando no chão.

O ghost pareceu se ajoelhar na frente de Greg, parecia esperar ordens, o que era verdade.

Greg falou as ordens em latim:

-Você ira proteger a fronteira enquanto eu estiver lá dentro, qualquer um que não apresentar essa marca – ele levantou o braço, na veia do pulso, uma estrela negra estava gravada em sua pele – ataque, destrua o corpo e a alma.

Após dizer isso, ele se afastou do ghost que pareceu voar e ficar parado no ar, observando tudo.

Greg se aproximou da fronteira e pressionou a marca.

Um símbolo igual ao que estava gravado em sua pele brilhou na barreira e o ar ondulou, ele testou colocar a mão, nada aconteceu.

Ele foi até o casebre e bateu na porta, uma voz de mulher perguntou:

-Quem é?

Greg revirou os olhos.

-Quem você acha? Se eu já atravessei a barreira, acha que sou o que? Uma ninfa?

A porta se abriu, a mesma voz de mulher disse.

-Entre – com ódio carregado na voz.

Greg entrou, por dentro também era simples, uma cama, uma pequena geladeira, um fogão também pequeno, e um banheiro.

Mas havia algo glamouroso naquele chalé, um trono dourado, com braços de bronze, riscos prateados enfeitavam-no.

A mulher fechou a porta e ficou embaixo da única lâmpada que havia, alem de velas espalhadas pelo casebre, aquela era a única fonte de luz.

Tinha um rosto bonito se não fosse por causa dos pelos. Ela tinha cabelos pretos curtos, seis olhos verdes, boca fina, presas no canto da boca , na área das bochechas e do nariz, havia pelos.

Usava uma camiseta preta esfarrapada, se você olhasse da cintura para cima podia tomá-la por uma mulher com doença, mas não tinha como não notar as pernas de aranha, oito pernas também com muitos pelos.

Seus braços terminavam em pinças.

Ela sozinha ocupava mais da metade do casebre.

-Aracne, onde está Nix? – Greg perguntou.

-Está em Nova York.

-Mas- ele parecia confuso – Então porque ela me mandou vim aqui?

Dessa vez foi Aracne que revirou os olhos.

-Para acabar com Jason Grace – havia desprezo em sua voz – E conseguir o mapa, ela espera que você não tenha falhado.

-Claro que não, o mapa está aqui.

–Me de – Aracne estendeu a mão.

Greg se fez de ofendido.

-Não, eu peguei, eu fico com ele.

Aracne mostrou os dentes para Greg.

-Você veio em minha casa, Greg, eu fico com as honras.

Greg tirou as facas da bainha e apontou uma para Aracne.

-Eu vou embora, vou esperar Nix, eu vou entregar o mapa só para ela. Aracne deu um sorriso maquiavélico.

-Acho que daqui você não sai.

Dessa vez Greg recuou.

-O que você pretende fazer?

-Ah, contra vocênada, minha senhora não iria gostar, mas com seu irmão... Bem, isso é outra história.

Greg ficou branco feito papel.

-Você não ousaria fazer nada com Nico.

-Já estou fazendo, hoje ele irá partir em uma missão, e meus filhos irão... Por assim dizer, recebê-lo em sua casa.

Rápido feito um raio, Greg tentou passar por Aracne, mas esta o segurou pelos ombros.

-Não, você não vai sair, ficara aqui, sendo o meu brinquedinho.

Para um vilão, Greg parecia amedrontado.

Aracne gargalhou.

-Isso, fique com medo, meus filhos adoram medo.

Com essas palavrasAracne o jogou no chão, enquanto aranhas do tamanho de garrafas de 600 ml avançavam em cima de Greg.

-Ataquem- no!


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Notas finais do capítulo

O que acharam dos novos vilões? Mereço rewiews? Comentem, não cai o dedo e deixa o autor feliz!Pessoal, a parte das facas de prata olimpiana, Elite do Olimpo, eu me inspirei na fic do Phaerlax e do Reeyhan, mas não me julguem por plagio, eu já conversei com o Pharlax e ele disse que tudo bem, espero que me entendam.



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