O Garoto Da Camisa 9 escrita por Gi Carlesso


Capítulo 50
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

às vezes eu penso que a Lilian é macumbeira USHUSHSUSHUSHSUSHUSHSUSHUSH PAREI!



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Melanie

“Matem eles agora!”

Os seguranças restantes de Liliam avançaram em nossa direção rapidamente de uma forma ameaçadora. Eles eram apenas dois, porém grandes o suficiente para que pudessem derrubar a todos nós sem muita dificuldade aparente . Tive que ignorar as dores da cirurgia para conseguir avançar na direção deles assim como estavam fazendo conosco.

Entretanto, meu alvo não era os dois seguranças vindo em nossa direção.

Bem atrás dos dois, ela me encarava com um sorriso malévolo no rosto, provavelmente já esperava pelo meu ataque. Como ela esperava, eu queria mata-la mesmo sabendo que era o errado, eu queria acabar com sua vida depois de tudo o que acontecera. Eu não possuía nada em mãos, apenas usaria minha força restante depois de tantos dias na esperança de finalmente ataca-la e acabar com nosso pesadelo de uma vez.

Sam, Jes, Roman e Raphael já tentavam derrubar os seguranças sempre os atingindo de forma certeira e em equipe. Como o próprio Sam sempre dissera, trabalho em equipe é sempre o melhor.

Voltando a minha atitude inicial, planejei meu próximo ato em que pegaria Lilian. E se não desse certo? Bom, eu simplesmente a matava de uma vez.

Correndo em sua direção, joguei-me sobre ela ignorando o fato de Lilian ser bem mais velha que eu e ainda por cima, fechando minhas mãos em punho para soca-la. Tentei atingi-la no rosto, mas Lilian era forte, tanto que acabou me jogando para o lado com força e logo depois, ficando sobre mim prendendo-me com os braços.

Ela pegou uma pedra no chão tentando atingir-me no rosto com a mesma, mas segurei seu pulso antes que pudesse realmente me acertar. Com força, tentei manter a pedra o mais longe possível de meu rosto, pois se ela conseguisse, poderia desfigurar meu rosto.

- Não... hoje... Lilian! – esbravejei com a voz entrecortada pelo uso da força. – Hoje é você quem morre!

Durante a última palavra, consegui afastar sua mão para longe de mim, fazendo com que ela mesma lançasse a pedra para bem longe de mim. Ela grunhiu em resposta de meu ato conseguindo me estapear mais uma vez bem em minha bochecha esquerda, a qual já possuía um pequeno hematoma por causa de um outro tapa que ela mesma havia me dado.

Droga, eu já estava cansada disso!

- Por que você não morre logo, garota! – esbravejou ela. – Aquela fortuna é minha, entendeu? Minha! Quando seu maldito pai disse para Joseph ter encontrado o dinheiro, eu tive certeza que ele esconderia tudo para um dia você encontrar! Escute aqui, menina, você não vai ficar com aquele dinheiro! O internato é meu, e tudo na propriedade é meu!

Ofegante por conta do uso da força extrema em tentar segurar seus punhos para que ela não me atingisse, eu tentei dizer algo, mas não conseguia.

- Não importa! – consegui um pouco gaguejante. – Meu pai não iria ter esse trabalho todo se o dinheiro fosse mesmo seu! Ele é da minha família! Entendeu? Minha família!

- Queridinha, - disse com sarcasmo. – por que seu pai teria todo esse trabalho? Será que ainda não percebeu?

Aproveitando o momento de distração de Lilian, empurrei-a de cima de mim para que pudesse sair do chão. Cambaleante, fui até onde poderia me apoiar antes que caísse no chão. Eu estava confusa, desde o dia que me encontrara com Joseph, achara que a fortuna sempre fora de minha família, afinal, não faria sentido meu pai passar por todas aquelas coisas se o dinheiro não fosse dele.

Mas... não era?

Em meu bolso, ouvi o som de meu celular tocando de uma forma insistente indicando que alguém me ligava. Ainda com o olhar maldoso de Lilian sobre mim, peguei i aparelho o atendendo.

- Melanie, sou eu Jonah! – berrou Jonah ao telefone. – O informante de Lilian fugiu! Ele estava no internato esse tempo todo! Cuidado, ele vai ajudar Lilian, saia dai logo!

- Ela está aqui, Jonah. – murmurei. Eu estava boquiaberta encarado o olhar de Lilian. – Ela está aqui.

- Droga! – esbravejou ele. – Escute, eu não consegui contar a você, eu sei quem era a família que morara no internato antes da família de Lilian! O dinheiro não era de Ruth Mean como vocês acharam, era de uma família chamada McGary! O dinheiro não é seu!

Jonah gritava ao celular avisando-me de uma forma quase que desesperada. Agora, aquela informação havia feito tudo ter sentido e todas as minhas linhas de raciocínio mudaram, pois eu sempre estive errado.

O dinheiro, a fortuna não era da minha família. Eu já ouvira falar sobre a família McGary, uma vez meu pai a contara quando eu pedi para ouvir uma de suas histórias. Era trágica a história de Elizabeth McGary, provavelmente a dona da fortuna e de acordo com o conto, o pai de Elizabeth morrera e antes disso, escondeu seu dinheiro na casa, a qual fora onde a família de Lilian morara.

Era por isso que ela queria tanto o dinheiro.

A fortuna era dos McGary e como todos da família morreram, não havia um dono certo.

E claro, como estava no internato e o prédio pertencia à Lilian, o dinheiro pertencia a ela.

Desliguei o telefone ainda boquiaberta e sem nenhuma reação. O que eu deveria pensar quanto a isso? Deveria deixar tudo de lado e deixa-la me matar de uma vez?

- Você entendeu agora, não é? – disse ela praticamente cuspindo as palavras. – A fortuna é dos antigos moradores da casa onde meus antepassados criaram o internato North England! Minha avó comprou a casa, ou seja, a fortuna é minha a partir de agora! Pois tudo que está no terreno do internato, me pertence.

Aquilo me atingiu como uma flecha. Sam e todos ali haviam ouvido o que Liliam dissera, pois estavam estáticos da mesma maneira que eu estava. Liliam gargalhava de uma maneira horrível, se aproveitando de meu choque.

Então... o dinheiro nunca foi dos Overton.

Ela estava certa, meu pai apenas achou que era nosso, pois o enganaram.

Ele foi enganado, alguém o havia traído dizendo que o dinheiro era dos Overton.

Haviam mentido para eu e Sam.

- Agora você já sabe de tudo, Melanie Overton. – ouvi a voz familiar saindo de dentro do galpão. Vê-lo novamente provou coisas que eu deveria ter percebido antes. – Sinto muito ter enganado você e a seu pai, mas era necessário. Quando seu pai encontrou o dinheiro, não pude deixa-lo ficar com tudo, ainda mais por ser de minha família. Então, fiz com que ele escondesse e colocasse pistas inúteis para você e Sam, quando na verdade estava preparando uma armadilha para ele.

Joseph estava a poucos metros de mim, seu cabelo grisalho estava penteado para trás e alguns ferimentos se estendiam por seu rosto. Juntei o que Jonah me contara e cheguei à conclusão assustadora. Joseph era o informante de Lilian e me enganara direitinho.

- Joseph... você e Liliam... mataram meu pai? – eu disse mal acreditando em suas palavras. – Mas... mas você era amigo de meu pai!

- Eu sei que fui amigo de John, mas ele nunca percebera minha verdadeira identidade. – Joseph riu de uma forma irônica. – Minha amizade com ele foi estratégica, tudo parte de nosso plano. Bom, Lilian é minha irmã, talvez essa seja a razão para que meus planos sejam tão bons.

Como pedaços de um quebra cabeça, tudo havia se juntado e formado o sentido. Nós fomos enganados desde o início e meu pai fora a primeira vítima. Joseph havia traído meu pai, o enganando com uma amizade fala e ainda por cima, anos depois, me enganara da mesma forma fazendo-me pensar que estava do nosso lado contra Lilian. A fortuna na verdade pertencia a Liliam sim, mas de uma forma mais sinistra que imaginei, pois ela, graças a sua avó, era dona do internato onde a fortuna fora escondida pelo pai de Elizabeth McGary, a primeira moradora do casarão que se tornara o North England.

Tudo fazia parte de um mesmo plano, o qual como cordas, se enrolavam a cada um de nós enganando-nos e nos fazendo pensar de uma forma que omitiria a verdade. Meu pai fora morto de uma forma tão brutal e o pior de tudo é que fora enganado friamente antes que isso pudesse acontecer.

E assim como ele, nós havíamos caído direitinho.

De aproveitando do fato de eu estar distraída, Lilian mais uma vez tentou me jogar para o chão, segurando-me pelos pulsos bem acima de minha cabeça. Eu tentava atingi-la com a força de minhas pernas, porém no local onde fizera a cirurgia, eu não conseguia me mover direito, a dor estava forte.

Os seguranças já jaziam desacordados no chão, sendo amarrados por Roman e Jesse, enquanto Sam tentava arrumar uma maneira de tirar Lilian de cima de mim sem que  a velha me ferisse. Lilian me segurava com uma força sobre humana, impedindo-me de fazer qualquer movimento brusco.

- Eu vou direto ao ponto, garotos. – agora, ela passara os dedos em torno de meu pescoço apertando-os com muita força. – Estou cansada dos Overton se intrometerem em meus assuntos pessoais e acabarem com meus planos de conseguir logo a fortuna! Vocês três  – ela apontou para Jesse, Roman e Sam. – vão procurar o dinheiro para mim. Se não... eu mato a Srta. Overton.

Joseph soltou uma risada sarcástica. Parecia estar se divertindo com aquela situação.

- Você não vai matar a Melanie, sua maldita! – disse Jes dando um passo a frente. – A fortuna pode até ser sua, mas você estragou nossas vidas e as de todos os alunos do North England! Nós não vamos atrás da droga do seu dinheiro!

- Não mesmo. – uma voz chamou nossa atenção para a estrada em frente ao galpão. Jonah e muitos alunos se reuniam em volta de Jes, Roman e Sam, os quais foram trazidos por pelo menos três carros. Não me pergunte de onde vieram, pois não faço a mínima ideia.  – Bom, Lilian, seus planos de psicopata já eram! Peguem ela, gêmeos!

Um som atrás de mim me fez conseguir escapar dos braços de Liliam a tempo de ver os gêmeos Matt e Rick carregando o que poderiam ser arminhas de brinquedo, mas ao invés de estarem armadas por água, havia spray de pimenta, o qual atingiu os olhos de Lilian em cheio fazendo-a gritar de dor.

Afastei-me de Lilian apenas a observando tapar os olhos com as mãos tentando afastar o spray de pimenta que era espirrado de forma constante contra seus olhos. Ela gritava por conta da ardência nos olhos, os quais já se encontravam muito vermelhos.

Joseph, percebendo a ação, tentou impedir os garotos de continuarem, porém Roman se colocou em seu caminho e transferiu um soco certeiro bem no rosto de Joseph, derrubando-o com força no chão. Roman o imobilizou com os braços para trás e o amarrou com uma corda que Sam e dera.

- Nem pense nisso. – repreendeu Roman.

Lilian se levantara do chão e agora, tentava limpar seu rosto da pimenta enquanto gritava de dor. Por mais psicopata que isso possa soar, era prazeroso a ouvir daquela forma, ainda mais depois de tudo o que passamos.

- Saiam daqui, seus imundos! – esbravejou ela tentando tampar o corpo dos jatos de pimenta.

Sam se colocou ao meu lado arrumando meu cabelo completamente bagunçado e se certificando de que eu estava bem. Contei a ele das dores, coisa que pareceu deixa-lo ainda pior, tanto que me abraçou a cintura colocando-se bem próximo a mim de uma forma protetora.

- Admita Liliam, você perdeu! – exclamou Jesse. – É hora de se render, mesmo que a fortuna seja sua, você feriu alunos e assassinou pessoas. Você e Joseph. – ele apontou para onde Roman mantinha Joseph no chão. – Os dois irmãos Mean são culpados.

Lilian urrou em resposta, ela estava tão furiosa que fez muitos de nós dar passos vagarosos para trás com medo de um ataque dela. Sam me colocou mais perto de si, enquanto ela apontava em nossa direção de uma forma ameaçadora.

- Eu vou acabar com a sua vida! – rosnou.


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Notas finais do capítulo

ai, fiquei com medo agora kkkkk credo, que louca!



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