O Garoto Da Camisa 9 escrita por Gi Carlesso


Capítulo 46
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Eu sou completamente time Sanie hahahaha sério, é um dos casais mais fofos que eu já criei *-* tomara que vocês gostem das outras histórias que eu escrevi! :) x



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281864/chapter/46

Sam

Raphael realmente me surpreendeu com sua frase ao dizer que o que eu e Melanie compartilhávamos era amor verdadeiro. Sinceramente, eu nunca realmente achei que fosse isso, mas notando por tudo  que passamos juntos e a forma desesperada que fiquei quando soube de sua possibilidade de morte.

A verdade era que Raphael tinha completa razão, eu amava Melanie mais do que tudo no mundo, eu queria passar cada segundo de minha vida com ela, desde agora até o futuro. Eu sentia um desejo incontrolável de estar sempre com ela, de protege-la de mantê-la longe de qualquer coisa que pudesse machuca-la. E quando Lilian a sequestrou e a peguei no flagra estapeando Melanie, eu tive uma vontade incontrolável de mata-la ali mesmo.

Eu não conseguia me conter.

- Você acha isso? – murmurei.

Ele riu, provavelmente estava esperando essa pergunta.

- Sim. – disse voltando a ficar sério. – O que você e aquela menina – ele apontou para a porta da sala da cirurgia onde Melanie estava. – possuem uma coisa muito poderosa em mãos. Mas, têm que resolver antes o problema do que realmente aconteceu para ela ficar com aquele corte. Pode me contar, Sam?

Abaixei os olhos pensando se deveria contar a ele o que aconteceu, se Raphael entenderia que Liliam era louca e fazia de tudo apenas para conseguir a tal fortuna. Afinal, o próprio médico dissera que minha acusação contra a diretora era grave e não acreditara muito. Então, por que com Raphael seria diferente?

Ignorando meus devaneios,  resolvi contar, soltei tudo que estava preso em minha garganta contando do começo de tudo até hoje.

Comecei com quando nossos pais se conheceram e o pai de Melanie encontrara a fortuna seguindo a linha de tempo desde quando eu e Mel nos revemos, quando Lilian começou com indiretas confusas até finalmente se revelar.

Contei sobre os sequestros, os planos que criamos, quando Mel fora pega e finalmente cheguei a parte em que Lilian a atingiu com a facada.

Raphael escutava em silêncio, não mostrando nenhuma reação contrária ao que eu pensei. Observei o jeito que ele ficou quando comecei a parte em que tivemos que fugir do internato para não cair nas mãos dos seguranças e possivelmente da própria Liliam e morrer. Ele pareceu surpreso, mas voltou a ficar normal quando terminei a história.

- Então... tudo isso é por causa do dinheiro da família de Melanie? – ele franziu o cenho. – Liliam sabe quem é o verdadeiro dono?

- Sim.

- A polícia terá mesmo que resolver isso, Sam. Pelo o que você me disse, essa mulher é muito perigosa. – Raphael olhou em volta.-  Onde vocês a colocaram?

- Ela está num galpão de um antigo maquinista ao norte da cidade com Jesse e Roman, os dois estão cuidando para que ela não fuja. – expliquei lembrando-me que precisava ligar para Roman. – E o internato está sendo monitorado pelos seguranças dela, não conseguimos resolver isso ainda.

Nesse momento, meu celular tocava impaciente em meu bolso. Só poderia ser Jes e Roman ou Jonah dizendo alguma coisa sobre não ajudar em nada. Ao olhar no visor do celular, sorri ao ver que era Jonah.

- Sam, cara, você não vai acreditar no que conseguimos! – berrou Jonah no telefone. Haviam vozes altas no fundo, parecia que ele estava no meio de uma multidão ou uma comemoração. – Conseguimos nos livrar dos seguranças da velha louca!!

- O que? – resmunguei surpreso. – Como assim, Jonah? Quem o ajudou?

- Isso mesmo que você ouviu! Os seguranças se mandaram como um bando de mulheres!! – ele riu e as vozes no fundo ficaram mais altas. – Os gêmeos Matt e Rick, Noan e Jenny!!! Conseguimos o vestido daquela Elizabeth McGary e assustamos os seguranças como se fosse um fantasma! Foi muito louco!

Eu ainda estava surpreso.

- Uma notícia boa, ainda bem, mas como estão as coisas no North England agora?

- Tudo bem, estamos comemorando. – ele gritou comemorando e as vozes do fundo fizeram o mesmo.

- Ok, mas cuidado. – avisei. – Estou esperando a cirurgia da Mel acabar, me ligue se acontecer alguma coisa. Alguma notícia de Roman e Jesse?

- Não. – disse ele parecendo mais tenso. – Eles estão com a velha louca, acho uma boa idéia ligar e ver se está tudo bem, o que duvido muito. Não dá para confiar naquela louca.

Não pude evitar em concordar. Eu realmente estava preocupado com Jes e Roman com a velha louca, pois ela poderia simplesmente aprontar alguma coisa e tentar fugir, não se podia confiar. Disse a Jonah que logo iria para lá e ligaria para os dois a fim de saber se a polícia já havia chegado. Jonah pareceu mais tranquilo ao ouvir isso e voltou para sua comemoração com os alunos do internato.

Quando desliguei o telefone, um pensamento me veio a mente. Como Melanie estava? Sim, ela estava em plena cirurgia, mas ainda assim esse pensamento me vinha em mente.

E se... e se os médicos  não conseguissem recompor a pele de Melanie e deixa-la bem novamente? Isso voltou a me deixar preocupado ao mesmo tempo em que confuso.

Melanie ia ficar bem...

Não ia?

Jesse

Aquela velha estava me assustando demais, seu olhar estava me fuzilando a cada movimento meu, não me deixando nenhuma forma de escapar. Droga, eu não queria ficar mais ali vendo-a me encarar com olhos assustadores como se me ameaçasse sem dizer absolutamente nada. Aquilo me perturbava mais do que o fato de que talvez não conseguíssemos prendê-la por falta de prova.

Senti um arrepio.

Caramba, onde estava a maldita viatura?

- Jes, você está nervosa, não é? – disse Roman de repente ao meu lado. Só assim percebi que batia o pé repetidas vezes no chão, coisa que eu só fazia quando estava nervosa. – Se acalme, logo a viatura chega e essa... – ele olhou para a velha louca e se encolheu. – velha é presa de uma vez.

- Sim, mas está demorando muito. – resmunguei. – Quero sair desse lugar.

Tentando me acalmar, Roman passou um braço ao redor de meus ombros apertando-me contra seu peito. Aconcheguei-me ali tentando manter meus pensamentos distantes do olhar constante de Lilian sobre mim, o qual estava se tornando pior a cada segundo. Roman abaixou depositando um beijo em minha testa desviando meus olhos da direção dos de Lilian.

Sorri, isso conseguiu me deixar melhor.

- Estão chegando. Eu sei que sim. – ele me deu um abraço forte capaz de me fazer bem.

De repente, um som conhecido encheu meus ouvidos, fazendo-me me erguer do chão onde estávamos sentados. Era um som alto e repetitivo, usado em carros que eu conhecia muito bem por meu pai ter sido um policial. Olhei pela pequena janela do galpão e não consegui esconder um sorriso.

A viatura finalmente chegara.

 Sam

Era a terceira xícara de café que eu tomava, mesmo não sendo o maior adorador de café do mundo.  O médico avisara que em três horas a cirurgia estaria pronta e agora, eu já estava sentado ali há um pouco mais dessas três horas, aflito, nervoso e ansioso.  Eu não vinha a hora de ouvir se Mel viveria o não. O medo estava presente em minha ansiedade, pois havia chances de ela não sobreviver por conta da gravidade da infecção.

E esse, era o meu maior pesadelo.

Médicos, enfermeiros e pacientes passavam o tempo todo por mim, olhando-me confusos como se quisessem saber o porquê de eu estar ali. Muitos, já pareciam ter pena, pois eu deveria estar com uma aparência horrível.

Eles não tinham culpa de eu ser estranho e provavelmente estar pálido.

Não fazia a menor ideia do porque de eu estar tão nervoso e ansioso, sendo que eles provavelmente demorariam ainda para dar qualquer notícia. Quando minha avó fizera uma cirurgia, demorou ainda mais duas horas para que dessem a notícia de como ela ficaria.

Sentei-me novamente na cadeira de ferro olhando em volta. Pousei a xícara na cadeira ao lado e me encostei na parede. Eu queria que essa... agonia acabasse logo e eu pudesse ver Melanie ali de pé andando em minha direção com aquele sorriso perfeito.

Olhando na direção da porta da sala de cirurgia, lembranças de seu rosto pequeno, o sorriso perfeito e os olhos gentis olhando para mim. Se algo de ruim acontecesse com ela, eu me lembraria de Melanie daquele jeito. Não consegui conter um sorriso pensando no quanto eu sentia sua falta.

Não aguentei mais ficar de pé e comecei a andar pelo corredor. Eu estava na porta da sala de cirurgia ouvindo os médicos falarem coisas inaudíveis para onde eu estava. Resmunguei qualquer coisa por causa da curiosidade.

Me sentei novamente no mesmo instante em que a porta da sala de cirurgia se abriu e o Dr. saiu tirando a máscara do rosto. Sua expressão era confusa e não consegui compreendê-la direito.

- Sr. Bower? – chamou-me ele. Veio até mim no corredor no mesmo instante em que Raphael também chegara. O Dr. exibiu um sorriso, achei que desmaiaria. – A cirurgia foi um sucesso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ~gritando~ HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A MEL TA VIIIIIIIIIIIIIIIVA! AMÉM IRMÃO! UHUUUUUUUUUUUUUUL USHUSHSUH



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Garoto Da Camisa 9" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.