A Filha Da Morte escrita por Messer


Capítulo 9
Oh Love!


Notas iniciais do capítulo

Agora, esse é o último capítulo em que só a Bianca fala. Daqui pra frente, eles vão ser trocados entre ela e o Jared.



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Sinceramente, não sei se corria daqueles adolescentes treinados para matar ou agradecia a eles por me salvarem. Mas não foi preciso, pois todos vieram me cumprimentar, me dar boas vindas. E eles eram bem calorosos. E eu não gosto disso. Depois e um longo ''boas vindas'', Atena me guiou até uma casa bem grande, com uma pintura meio azul. O lugar era lindo! Assim, parte da casa era coberta hera, com uma varanda meio ampla com uma cadeira de balanço, e a casa era de 3 andares, excluindo o sótão. Ela me levou para dentro da casa, e pude ver alguns mapas e quadros pendurados nas paredes.

Entramos na terceira porta do lado direito, em uma sala grande, com as paredes altas cobertas de livros. Havia uns 23 adultos lá. Alguns sentados, outros andando. Quando Atena chegou comigo, todos nos fuzilaram com o olhar, e os que estavam de pé se sentaram em seus lugares. Deduzi que eram os deuses, pois a querida que me amaldiçoou estava lá. Atena me deixou sozinha e também foi se sentar.

- Bem, vejo que temos outra semideusa - disse o homem no centro. Ele tinha olhos azuis elétricos, cabelos ondulados acinzentados e uma barba longa, da mesma cor, só que com mais tons de branco. Vestia um terno de risca de giz preto. - Você será reclamada ao jantar. Agora, nos explique como chegou aqui.

Me sentei de pernas cruzadas no chão e comecei. Quando disse a respeitos de meus pais, uma senhora, ao lado do homem de terno risca de giz me olhou com piedade. Quando terminei, os deuses olharam entre si, murmurando coisas em língua que não consegui identificar. Exceto um, vestido todo de preto, com os cabelos da mesma cor e olhos que não sabia se ele era um homicida louco ou um gênio. As vezes ele lembrava eu.

- Ok, querida. Agora, vá conhecer o acampamento e fazer amigos - Atena me disse quando todos se calaram.

Me levantei, fiz uma pequena referência e fui andando.

- Será difícil - disse o homem de preto. Me virei e vi que todos olharam para ele, e a mim, com um ar assustado.

Saí da casa e fui reconhecer o perímetro. Era bem grande e bonito. As construções brancas brilhavam a luz do Sol. Comecei a andar, em direção ao que pareciam os chalés. Er um imenso ''U''. No centro, havia restos de uma fogueira e troncos de madeira em volta. O resto era coberto por estátuas e fontes. Estava caminhando por lá, com alguns adolescentes perambulando em seus chalés ou pelo perímetro. Quando eu passei por um chalé mal pintado de vermelho-sangue, um monte de acessórios de guerra no teto e rock soando as alturas, me chamaram.

- Ei, novata! - Olhei para trás e vi uma garota com armadura completa e músculos de dar inveja a qualquer homem. Todos no perímetro pararam e ficaram observando, pasmos.

- Sim? - Respondi, inocentemente.

Ela deu uma gargalhada e olhou para algumas outras pessoas atrás, que deveriam ser do mesmo chalé.

- Quem você pensa que é - disse ela se aproximando, junto com mais cinco pessoas - pra chegar e já ir se sentir em casa? Nós nem nos mostramos a nossa recepção!

- Júlia, não! - gritou uma garota atrás de mim. Ela era praticamente igual a garota que eu odiava na escola. Mas ela nem percebeu.

- Não preciso de boas vindas. Sei me orientar sozinha - percebi que esse foi um dos piores erros. A tal da Júlia chegou bem perto de mim, me agarrou pela gola da blusa, e me prendeu contra uma fonte.

- COMO É QUE É? - Gritou ela. Pude ver que aqueles deviam ser os filhos de Ares - Quem você pensa que é pra falar assim comigo, sua lesma?

Sabe, eu me irrito muito fácil. Mas não é aquela irritação de querer espancar a pessoa. É a irritação de querer fazer ela sofrer pela eternidade.

Mas uma garota nos separou e me puxou para trás dela.

- Júlia, quem você pensa que é? - Disse.

- Eu? Eu? Quem vocês duas pensam que são! - E veio em nossa direção. Eu sentia minhas mãos pesarem chumbo.

- Olhe pro chão se quer saber quem ela é.

E então, todos olharam pro chão. Havia uma fenda de uns 3 centímetros de diâmetro, e ela era bem grande de comprimento. Isso me fez lembrar de quando a Carol morreu.

As pessoas lá me olharam pálidas. Exceto Júlia, da qual me fuzilou com o olhar.

- Aguarde. Vai ter revanche.

Então me deu as costas.

A garota que havia evitado que eu matasse Júlia, me puxou, e fomos andar até um lugar mais calmo. De lá, eu podia ver uma praia. Mas lá não era nenhum litoral.

- Como você fez isso? - Me perguntou. Ela tinha cabelos negros e aveludados, e um olhos vermelho, enquanto o outro era dourado. Sua pele era pálida, e vestia uma blusa verde, escrita ''Acampamento Pégasus'', com um Pégaso desenhado logo abaixo. Estava com um shorts rasgado e botas de guerra pretas e cano médio. Ela esperava ansiosamente uma resposta.

- Eu... eu não sei - respondi. Mas vi sua reação de decepção e logo acrescentei: - Mas fiz isso outra vez, engolindo duas mulheres cobras.

Ela olhou, assustada.

- Como você chegou aqui?

Eu não queria responder. Aquilo não foi muito bom. Só contei aos deuses, bem, pois eles são deuses. Mas por sorte, Um garoto se aproximou.

- Oi, meu nome é Jared, filho de Zeus - disse, com um sorriso tímido.

- Prazer. Meu nome é Bianca. Filha de não sei quem.

Os dois riram.

- Ah, desculpe - disse a garota dos olhos estranhos - meu nome é Aline, filha de Hécate.

- Prazer, Aline.

Ela deu o mesmo sorriso tímido.

- Como você chegou aqui?

Eu não escapei do assunto.

- Olha, me desculpe, mas não foi a mais bela viagem. Eu não gostaria de falar sobre isso - eu disse, meio constrangida. Eles assentiram com um aceno de cabeça.

Jared aproximou sua mão da minha pulseira-corrente, e tocou o cadeado. Eu senti que uma corrente elétrica passava por mim, meu coração começou a dar pulos, borboletas entraram no meu estômago, e minhas mãos começaram a suar.

Percebi que estava extremamente apaixonada.


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