A Filha Da Morte escrita por Messer


Capítulo 8
Good Riddance (Time Of Your Life)


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora ^^
Boa leitura.



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Voltei os olhos para o castelo que desmoronava.

É uma pena. pensei.

Então voltei os olhos para a corrente. Como sempre, tenho sorte. Até seria bonita, se não fosse por um pequeno coração desenhada no cadeado.

''A maldição lhe cairá''

Bem, isso já aconteceu.

''Apaixonada irá ficar''

Sinceramente, eu odiei isso. Eu disse que fiz os votos a Ártemis, não? Mesmo de um modo nada certo, eu fiz. Eu simplesmente não posso ficar apaixonada.

''Mas quando Setembro se for

Uma decisão ruim irá tomar"...

Isso não é bom. Agora sei porque chamam de "MAL"dição.

Mas eu precisava continuar. Quando o castelo se desfez feito areia, voando ao infinito, eu me abaixei, coloquei a mochila no chão e comecei a arrumar minhas coisas. Tudo estava guardado e limpo, inclusive minha capa costurada. Coloquei-a, peguei o frasco negro e o coloquei no bolso da minha calça branca. Isso ia sujar rapidinho.

Com isso, coloquei meus all-stars, coloquei a mochila nas costas e voltei a caminhar. Eu nem estava mais com fome.

Caminhei tempo suficiente para me cansar muito. Nunca fui boa no tempo. Eu achava que tinha passado horas, mas não passavam de minutos. Achava que havia passado minutos e haviam passado segundos. Assim por diante.

Achei uma caverna.

O que de tão mal pode acontecer?  Pensei comigo mesma. Já fui amaldiçoada mesmo.

Entrei na caverna, e a vasculhei um pouco. Andei pelo túnel que a caverna criava, e de repente, escorreguei. Achei que iria morrer, novamente, escorregando pra não sei o que, mas única coisa é que eu me sujei toda. Depois de levantar, decidi que não adiantava mais andar. Depois de alguns passos, escutei um latido que quase me deixou surda. E aquilo veio correndo em minha direção.

Eu congelei. Estava longe, mas pela luz que batia dava pra perceber que era grande, mortal e corria rápido. Quando consegui me mexer, eu corri na direção oposta do monstro, ou seja, para dentro da caverna. Desejei sair de lá o mais rápido possível e ir para um lugar seguro. Podia sentir que aquele bicho ia me pegar, quando ouvi outro latido. Tive impressão que havia ficado surda.

E, de repente, eu vi a luz. Ela quase e cegou quando atingiu meus olhos, e eu cai. Comecei a rastejar, tentando fugir do monstro. Mas eu não o escutava, e algo dizia que não estava mais atrás de mim. Me levantei, com a mão na testa, pois não conseguia enxergar muita coisa ainda.

Quando consegui ver bem, havia uma fonte de água cristalina na minha frente. Corri até lá, lavei minhas mãos, meu rosto e saciei a sede. Me deitei na grama que se estendia pela margem da fonte, e tentei descansar. 

Eu quis vir para algum lugar seguro. Pensei. Talvez este seja. Ou eu tenho morrido.

Em alguns minutos eu dormi.

Acordei depois de um bom sono, e eu não dormia assim a tempos. Mas eu tinha que continuar. Peguei um saco de gomas pela metade e comecei a comer. Achei uma garrafa dentro da mochila e esvaziei seu conteúdo. Parecia que tinha água, mas depois do que eu fiz, achei bom tomar cuidado.

Depois de lavar e encher a garrafa, continuei a caminhar.

Depois de mais ou menos uma hora, realmente escutei algo estranho. Uma espécie de farfalhar de asas. Olhei para trás, e adivinha o que vi? Uma quimera.

Dessa vez eu não pensei. Saí correndo, acho que até corri mais do que as outras vezes. O monstro corria e voava baixo. Ele jogou uma lufada de fogo, e eu pulei para o lado, sentindo a explosão causada e vendo as árvores queimarem. Juro que vi garotas verdes correndo.

Eu continuava, e senti minha capa queimar. A peguei de lado e comecei a sacudi-la, e o fogo se apagou.  E então havia um precipício á minha frente. A quimera estava longe, mas ela poderia se aproximar rápido. Era bem alto, mas melhor do que ser queimada e comida viva, então pulei. Eu estava caindo quase de pé, com a capa voando ao meu lado, e com o rosto virado para a fenda. Eu ia morrer. Mas errei novamente. Algo me segurou pelo ombro. Ou melhor, algo me prendeu pelo ombro. O outro também. Olhei, e vi que eram flechas. Eu estava presa a uns 10 metros do chão. Olhei para cima, e vi a quimera se transformando em pó. Então, me seguraram, me colocaram no chão, e, quando me virei, havia umas 5 dezenas de adolescentes armados com armas antigas, além de alguns seres bem estranhos. Uma mulher, muito familiar, de olhos cinzas, cabelo castanho, caindo pelos ombros, blusa branca, calças jeans e tênis, a qual eu conhecia como Atena, disse: - Bem vinda ao Acampamento Pégasus.

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