A Fabulosa Mooresville escrita por Luma


Capítulo 7
Capítulo 7 - Tesoureiro e Pescoço


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos ao tenebroso especial de Natal! Muahahahaha



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Minhas pernas estavam pegajosas, meu rosto pegando fogo e eu tremia. Direcionei-me a caminho de minha pequena casa, passando por várias ruas arborizadas.


O vento sacudia as árvores, fazendo as folhas caírem ondulantes, repousando na calçada. As luzes das casas cintilavam. Ainda estava escuro. As velhas árvores sussurravam e dançavam.


Leone.


Mais uma vez pensei em seus olhos claros, seu corpo másculo coberto pelo terno caro. Em sua forma de assinar os papéis e de se portar no escritório. Sua forma de tratar sua filha, Aria, a pequena adolescente de 17 anos. Era linda. Será que um dia ela iria chamá-la de mamãe?


Um sonho.


Já estava chegando em casa. Em poucos minutos estaria em minha confortável cama, sem ter ninguém ao meu lado. Segui pelo sinuoso caminho que levava a uma rua paralela a minha. Só alguns minutos.


O local era mal iluminado, mal parecia a Mooresville que todos conheciam de manhã. Aquela era outra cidade. Poucos postes de luz emitiam a luz bruxuleante. Cidade fantasma.


Alguma coisa passa por mim, me fazendo perder o equilíbrio.



Gritei assustada. Eu tinha que correr. Minhas pernas não se moviam, meu rosto estava paralisado de medo, minhas mão estavam tensas, com os dedos flexionado quase como garras. Duas mãos me agarram pelo cabelo me puxando para trás, me forçando a andar. A força que o ser usava era cada vez maior, podia sentir meus fios de cabelo desgrudarem de minha cabeça. Não pude ver rosto de quem fazia aquilo comigo, só vi que me afastava cada vez mais da rua que me levava para casa.


–Me larga! – Senti algo se rasgando. A dor lancinante se espalhou por meu tronco, me forçando a cair sentada. Lágimas escorreram por meu rosto junto de outro líquido. Senti algo se cravar em meu coro cabeludo. O liquido vermelho era o que acompanhava as lágrimas. Mais dor. Não enxergava mais nada. Não sentia mais nada. Ouvi um grunhido baixo. O que agarrava meu cabelo desceu, acariciando meu pescoço com os dedos ásperos.


A última coisa que ouvi foi o estalo do meu pescoço sendo torcido.



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Notas finais do capítulo

Será importante no futuro, tirem suas própias conclusões.

FELIZ NATAL!!