Somente Por Amor escrita por Nathalia S


Capítulo 31
XXXI- Até logo


Notas iniciais do capítulo

To de volta gente amiga. *o* kkkk
Bom feriado pra todo mundo e boa leitura.



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Hoje seria o dia, um dos piores que eu teria em muito tempo. Pior por um lado, melhor por outro. O ruim é que Felipe estaria indo para a clínica, o bom era que Felipe estava indo para a clínica. É confuso, eu sei. Eu não quero ficar longe dele, mas eu sei que é necessário se eu quiser vê-lo melhor, então eu o apoio. 

           Eu e Felipe vínhamos nos conversando bastante nos últimos dias. Ele não falara nada sobre voltarmos a nosso antigo status de namorados e eu também não. Talvez continuar com a ''amizade colorida'' ou ''amizade com benefícios'' que vínhamos tendo fosse a melhor opção. 

             Terminei de me arrumar e fui até a casa de Felipe, fui caminhando tranquilamente. Eu não estava com a mínima pressa de dizer adeus. Eu era péssima nisso. Ou melhor, eu achava que era péssima nisso. Nunca me despedira de alguém, não de alguém vivo pelo menos. Fui ouvindo Avril Laving durante todo o caminho, mais do que nunca as músicas dela pareciam ser perfeitas para mim. 

              Finalmente cheguei a casa de meu amado. O carro estava estacionado na rua, e seu Luciano colocava algumas malas no porta malas do mesmo. 

              - Boa tarde Luciano. - Falei, parando ao lado dele.

              - Oh, boa tarde Sophia. Como está? - Perguntou-me ele, parando por um segundo.

              - Estou bem. Felipe está lá dentro? - Perguntei, sorrindo, embora estivesse sentindo minha garganta se fechar.

              - Está lá no quarto dele, dando uma última revisada. Pode subir até lá. 

              - Obrigada. - Respondi e entrei na casa. Denise estava parada ao pé da escada. - Boa tarde Denise. - Saudei-a sorrindo.

              - Boa tarde meu bem, como está? - Perguntou ela, me abraçando e dando-me um beijo na bochecha.

             - Estou bem. - Disse, dando a mesma resposta que dera para Luciano. - Vou subir e falar com Felipe, ok?

             - Sim, sim. Pode ir lá. Tente anima-lo mais, por favor. - Pediu-me ela.

            - Pode deixar que eu tentarei sim. - Respondi e ela me deu um pequeno sorriso triste. Subi as escadas e parei na frente da porta do quarto de Felipe. Ela estava aberta. 

              Felipe estava sentado na sua cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça apoiada nas mãos. Não conseguia ver sua expressão facial por causa disso. Entrei calmamente no quarto para não assustá-lo. Sentei-me ao seu lado na cama e ele permaneceu o tempo todo com a cabeça abaixada, então passei meu braço direito pelas suas costas e encostei minha cabeça em seu ombro.

- Como está? - Perguntei-lhe depois de alguns segundos em silêncio...ou minutos...não sei dizer.

            - Ansioso. - Respondeu ele, sentando-se ereto na cama e me olhado.

            - Vai dar tudo certo. Sabe que quando voltar, vai estar tudo melhor que quando você partiu. - Falei, sorrindo fracamente para ele.

            - Mesmo assim, sei que isso é idiota, mas tenho medo. - Falou ele deixando-me confusa.

            - Medo do que?  Perguntei.

             - Sophia. - Falou ele, num tom repreensivo, como um pai falando com um filho que desobedece a uma ordem. - Você logo estará indo para a faculdade. - Disse ele.

             - Se eu passar. - Falei.

             - Você vai passar. - Confortou-me ele. Sorri. 

            - Ainda não entendi por que você está com medo.

           - Amor, você vai pra faculdade, e irá conhecer novas pessoas. - Parei de raciocinar quando ele me chamou de amor. Não lembrava dele me chamando assim depois que nós voltamos. E mesmo antes ele nunca havia me chamado com o tom de voz tão carinhoso.

          - Continuo sem entender. - É, eu estou lerda hoje.

           - Eu não sou a melhor pessoa do mundo, pelo contrário, e eu tenho absoluta consciência disso. Você encontrará alguém melhor, alguém que seja ''perfeito'' ou o mais próximo disso e será feliz com ele. E eu não estarei aqui para impedir. Sinceramente, mesmo que eu estivesse eu não impediria.

    - Da para você parar de falar essas besteiras seu idiota. - Falei, sentindo o sangue subir para a cabeça. Felipe me olhou com os olhos arregalados. - Se eu quisesse te largar, te trocar, já teria feito isso. Não será a faculdade que irá mudar isso. Agora pare de falar asneiras e aproveite os últimos minutos que temos juntos. - Falei e, sem esperar que ele respondesse, joguei meus braços ao redor do seu pescoço e colei nossos lábios. Por um momento Felipe pareceu surpreso com minha atitude, mas logo ele retribuiu meu beijo. Sua língua pediu passagem por entre meus lábios e se encontrou com a minha. Ficamos algum tempo apenas curtindo aquele beijo, sem pensar em nada, apenas naquele instante que estávamos vivendo.  Poderia ficar o resto dos meus dias naquela forma, mas ouvi um pigarro na porta e larguei Felipe me virando para ver quem era. Dei de cara com minha sogra que sorria para nós. Corei imediatamente com aquilo, era constrangedor demais para mim.

         - É, pelo jeito você levou a sério meu pedido de animar meu filho. - Falou ela e eu pensei que fosse explodir de vergonha. Meu deus, ela tinha que piorar ainda mais a situação?!

          - Mãe. - Repreendeu-a Felipe e ela ergue as mãos como em sinal de rendição.

         - Desculpe. - Falou ela, rindo ainda mais. - Só vim avisar que seu pai já terminou de ajeitar as malas no carro. Temos de ir. - Falou ela, Felipe assentiu e Denise sumiu de vista. ''É agora.'' , pensei e virei-me para encarar Felipe.

           - Como eu estava falando, eu não vou te abandonar, jamais. Pode parecer idiotice, loucura ou sei lá o que para você, mas eu realmente aprendi a te amar, mesmo com seus defeitos. Eu sempre soube deles e mesmo assim me apaixonei. Não será agora que vou jogar tudo isso para o alto. - Felipe suspirou, um suspiro bom, suspiro de alívio.

              - Ter você na minha vida é a melhor coisa que já me aconteceu e nada do que virá a me acontecer se comparará com isso. - Ele terminou de falar e me abraçou. - Tenho de ir agora.

               - Eu sei. - respondi. - Vai lá e cause-me ainda mais orgulho e volte a tempo de cumprir a promessa que fez para vovó Clara. - Lembrei-lhe.

               - Pode deixar que eu voltarei. - Falou ele, dando-me um beijo, esse beijo tinha o gosto da despedida.

                Depois disso, desci com Felipe e acompanhei-o até o carro. Quando Luciano deu partida, fiquei hipnotizada vendo o carro se distanciar. E então ele sumiu. E só então eu deixei uma pequena lágrima correr por minha face.


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Notas finais do capítulo

Tentei formatar diferente esse capitulo...não sei se deu certo. kkkk.
Comentem e me deixem cada vez mais feliz.
Beijoooos meus amados. *-*



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