Somente Por Amor escrita por Nathalia S


Capítulo 19
XIX- Relatos e pratos


Notas iniciais do capítulo

Voooltei. hahaha. kkkkk, ok, ignorem isso. kkkk.
Obrigada a todos que comentaram e boa leitura.



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 No dia seguinte acordei ansiosa, acho que nem quando Felipe viera aqui em casa falar com meu pai eu ficara tão ansiosa assim. Eu já conhecia a dona Denise, óbvio, visto que ela era minha chefe, mas o senhor Luciano eu só vira no hospital e ele estava desacordado. Não pude evitar que meu estômago desse mil voltas apenas em se lembrar do jantar que eu teria a noite.

Eu não estava com nenhum apetite e quando sentei-me a mesa para tomar o café da manhã acabei não comendo nada, o que fez minha mãe me perguntar:

-Está tudo bem querida? Quase nem comeu nada.

-Vou jantar na casa do Felipe hoje. - Falei suspirando. - Ele quer me apresentar formalmente a mãe dele e quer me apresentar ao pai dele que sairá hoje do hospital.

-Agora entendi porquê está tão nervosa. - Falou minha mãe, rindo.

-A senhora só está rindo porquê não vai ter que passar por essa situação. - Falei, revirando meu cereal no prato.

-Não posso negar isso querida, mas lembre-se que eu já passei por isso.

-E como foi? - Perguntei, não sabendo se eu iria mesmo querer ouvir a resposta.

-Foi tranquilo, seu avô era um homem um tanto sério, mas foi bom. Mas antes de eu chegar lá fiquei que nem você, toda nervosa. - Falou ela, eu mal conhecera meu avô paterno, tinha apenas três anos quando ele faleceu.

-Bom saber, espero que eu tenha a mesma sorte. - Falei, me levantando da mesa.

- Vai ter sim querida. - Disse-me meu pai, falando pela primeira vez.

- Obrigada. - Falei sorrindo e lhe dei um beijo na bochecha. Fui até minha mãe e beijei a bochecha dela também. - Tenham um bom dia. - Falei por fim e sai de casa, Roberta havia falado que me esperaria hoje e nós iríamos juntas para a escola, sinceramente acho que ela agiu muito bem assim, eu não podia negar que estava curiosíssima sobre exatamente o que havia acontecido. Quando cheguei em frente a casa dela ela já estava me esperando no portão.

- Achei que não viria hoje. - Falou ela se desencostando do portão e começando a andar ao meu lado.

- Bom dia para você também Roberta. - Falei revirando os olhos.

- Ótimo dia, lindo dia, dia perfeito. - Falou ela, rindo.

- Hum, que bom humor ein garota. Pode ir me contando tudo, vamos lá.

- Ai Sophia, você tinha razão ele é lindo. Quando vi que era ele nem acreditei. Mas, pulando a parte da beleza dele, nós saímos lá da praça de alimentação e fomos até o bilheteria comprar nossas entradas e ele, como um perfeito cavalheiro, pagou a minha entrada. Depois fomos comprar pipoca, mas eu acabei comprando apenas uma Coca-Cola que ele insistiu em pagar, mas eu neguei, afinal não queria abusar da boa vontade dele. Então ele comprou outra Coca para ele e nós entramos no cinema. Ficamos conversando amenidades até a hora do filme começar, escolhemos aquele de terror para assistir sabe, daí fazia uns 5 minutos que o filme havia começado quando ele me abraçou. Tenho de confessar que fiquei desapontada no início, pois ele ficou apenas abraçado em mim por uns 15 minutos. Pensei em fazer alguma coisa, mas eu já havia deixado bem claro que estava a fim dele, esperei para ver se ele tomava uma iniciativa.

- E ele tomou? - Perguntei, sem me conter.

- Calma, não atropele a história, eu já chego lá.

- Desculpa ae amiga. - Falei rindo e ela continuou a história.

- Enfim, eu me afastei do abraço dele para beber um pouco de Coca e quando me virei para o lado dele ele me puxou pelo pescoço e me deu aquele beijo.

- Puxou pelo pescoço? - Perguntei, erguendo uma sobrancelha. - Isso soa meio agressivo.

- Não foi agressivo, foi selvagem e teve atitude. E vou te dizer amiga, foi o melhor beijo da minha vida e olha que não foram poucos não. - Disse ela se abanando. A essa altura estávamos chegando na escola.

- Resumindo, - Falei, - valeu a pena?!

- Valeu o pato inteiro amiga.

- Pato? Pensei que fosse a galinha. - Respondi rindo dela.

- Tanto faz. - Disse ela, - só sei que vamos sair amanhã de novo e você querida Sophia, trate de descobrir o que ele achou de mim.

- Tudo bem.

- Mas e você e o Felipe ein, me conte sobre o que ficaram conversando. - Falou ela bem na hora em que o sinal da escola bateu, anunciando o inicio das aulas. Fomos caminhando devagar até nossa sala.

- Conversamos sobre tudo um pouco, mas..

-Mas? - Perguntou ela.

- Ele me convidou para jantar na casa dele hoje, quer que eu conheça os pais dele formalmente.

- Ih, ferrou tudo Sophia. - Falou ela se sentando em sua carteira.

- Obrigada pelo apoio Roberta.

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Meu trabalho transcorreu calmo neste dia, o movimento foi fraco e por isso sobrou bastante tempo para eu conversar com Nathaniel sobre Roberta. Ele falou que eu estava certa sobre ela, que ela era linda, simpática e era a garota ideal para ele. Disse que gostou da pegada dela e que estava ansioso para sair novamente com ela no dia seguinte.

Minha chefe não apareceu na loja e eu imaginei que fosse porquê o senhor Luciano fosse sair do hospital hoje, provavelmente ela ficou em casa para recepcioná-lo e tudo o mais o que me fez pensar que talvez eu fosse parecer uma enxerida se aparecesse lá para o jantar...mas foram eles que me convidaram, não é mesmo?!

A tarde passou mais rápido que o normal e eu sai praticamente correndo da loja para a minha casa, Felipe iria lá me buscar para nós irmos juntos a sua casa e eu queria ter tempo de tomar um banho e me arrumar decentemente, afinal não era todo o dia que você era devidamente apresentada aos seus sogros.

Quando eu cheguei em casa meus pais já estavam lá, mas não conversei muito com eles, não tinha tempo para isso. Fui correndo até o banheiro e tomei um banho e lavei meu cabelo. Quando cheguei ao meu quarto eu já sabia que roupa vestir, era a mais apropriada para essa ocasião que eu possuía. Coloquei um vestidinho bem soltinho que possuía uma elástico marcando a cintura, ele era preto com bolinhas pequenas na cor branca. Coloquei um cinto branco fino na cintura e meu oxford preto que eu comprara a poucas semana e era a primeira vez que eu usaria. Coloquei um relógio preto e um anel com uma pedra branca, no cabelo coloquei uma tiara preta e o deixei molhado, estava calor e logo ele estaria seco. Passei um pouco de pó no rosto, era raro eu usá-lo, mas nessa noite me parecia correto eu passar. Passei rímel e lápis preto no olho, na boca meu querido curinga: o gloss incolor. Não passei sombra, nunca gostei muito. Assim que estava transferindo as coisas da minha mochila para uma bolsinha branca que era da minha mãe e que eu pegara emprestada, Elle abriu a porta do quarto.

- O Felipe já está ai, está te esperando lá na rua. - Falou-me ela.

- Já estou indo. - Disse e coloquei meu celular na bolsa. Estava quase saindo do quarto quando lembrei que não havia passado perfume, voltei para trás e passei um pouco. - Estou pronta. - Falei.

- Ta linda mana. - Falou a Elle.

- Obrigada maninha. - Respondi, indo para a sala onde meus pais estavam sentados no sofá assistindo a um filme. - Vou indo lá, boa noite para vocês. - Falei para eles e fui em direção a porta.

- Boa noite querida. - Falou minha mãe.

-E boa sorte lá. - Falou-me papai.

- Obrigada. - Respondi sorrindo nervosamente e saindo de casa. Pensei que Felipe estaria me esperando encostado no meu portão ou algo do tipo, mas me surpreendi com ele encostado num lindo Audi preto. - Você dirige? - Perguntei, um pouco assustada quando cheguei na frente dele.

- Lógico que sim. - Falou ele, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Por que nunca me falou?

- Porque você nunca perguntou fantasminha. - Disse ele me puxando para um beijo.

- Bela resposta. - Falei rindo e me afastando dele, que abriu a porta do carona para eu entrar. - Poderíamos ir a pé, sem problemas. - Falei quando ele sentou-se atrás do volante.

- Minha mãe fez questão que eu a buscasse de carro. Devo agradecer a você, fazia tempos que ela não me dava as chaves.

- Deixa eu ver...por que será né? Mal comportamento? - Perguntei.

- Acertou em cheio. - Respondeu ele e acabamos rindo. Rapidinho chegamos na casa dele, rápido de mais na minha opinião. Não que Felipe tivesse andando velozmente nem nada do tipo, mas eu queria prolongar o máximo possível o momento em que teria de ficar frente a frente com meus sogros. Após estacionar o carro na garagem, Felipe foi até a porta do meu lado do carro e a abriu para mim. - Vamos Sophia? - Perguntou ele, me estendendo a mão. A olhei insegura. - Vamos lá, meus pais não são monstros nem nada do tipo e você até já os conhece. - Disse ele sorrindo para me encorajar. Peguei sua mão e sai do automóvel.

- Vamos lá então. - Respondi e nós fomos em direção a porta de entrada. Assim que Felipe abriu a porta me deparei com Denise e Luciano nos esperando, ela estava em pé ao lado dele, que estava sentado em uma poltrona que me parecia ser muito confortável, eles estavam logo na entrada do hall, das duas vezes que eu entrei na casa nunca tinha visto a poltrona ali, com certeza era algo novo, para tornar  a vida de Luciano mais confortável. 

- Oi mãe, pai. - Falou Felipe. - Esta é a minha namorada, a Sophia. Sophia, estes são meus pais, Denise e Luciano e, por favor, chame-os pelo primeiro nome. 

- Exatamente Sophia, nada de sobrenomes. - Falou Denise, me dando um abraço. - Seja bem vinda a nossa casa.

- Muito obrigada Denise. - Falei para ela, sorrindo. Ela era uma ótima pessoa.

- É um prazer conhece-la Sophia. - Falou Luciano, apertando minha mãe.

- É um prazer conhece-lo também senhor. - Respondi sorrindo.

- Ok, chega dessa lenga lenga. - Falou Denise. - Vamos logo jantar que eu estou faminta. - Disse ela ajudando Luciano a se levantar e os dois foram indo em direção a cozinha. Sinceramente não esperava uma atitude tão...''faminta'' dela, não depois de Felipe ter me falado que ela não quis mais ter filhos por cuidado com o próprio corpo. Nós dois os acompanhamos até a cozinha. - Sentem-se, sentem-se que logo Morgana virá nos servir. - Falou ela e todos nós nos sentamos a mesa. Eu me sentei ao lado de Felipe e ela sentou-se numa ponta e Luciano na outra. Alguns segundos depois uma mulher que deveria ter uns 40 anos, alta, ligeiramente gordinha, com cabelos curtos e negros e pele bronzeada, entrou na cozinha trazendo uma bandeja gigante com nossos pratos, todos continham macarrão. - Felipe nos falou que você gosta de macarrão Sophia. - Falou Denise.

- Sim, adoro macarrão. - Respondi.

- Ótimo. - Falou ela, sorrindo para mim.

O jantar todo foi agradável, a conversa foi amena, sem nenhum pergunta bombástica nem nada do tipo. Sinceramente, simpatizei ainda mais com meus sogros, eles parecem ser ótimas pessoas. Depois do delicioso macarrão alho e óleo, Morgana retornou a sala trazendo a sobremesa: Pudim. Tenho certeza absoluta de que nessa hora meus olhos brilharam, sempre fui louca por pudim, é um amor incontrolável.

Continuamos conversando por quase uma hora a mais depois que a sobremesa foi servida, até o senhor Luciano ter de ir se deitar, ele precisava de repouso. Já passava das 23h, então falei que já estava na hora de eu ir embora também e Felipe falou que iria me levar, me despedi dos meus queridos sogros e eu e meu amor fomos caminhando, ele gostava de sentir a brisa da noite contra seu rosto.

- Sua formatura está se aproximando Sophia. - Falou ele, enquanto caminhávamos.

- Eu sei, estou nervosa.

- Pela formatura? - Perguntou ele.

- Na verdade é pelo vestibular. Preciso passar na universidade federal.

- Você vai conseguir. - Falou ele, acariciando meu rosto.

- Obrigada pela confiança. - Falei rindo. - E obrigada pelo jantar, foi ótimo.

- Que bom que você gostou. - Disse ele, me dando um selinho.

- Eu amei, na verdade.

- Fico mais feliz ainda. - falou ele, rindo. E assim continuamos até chegar na minha casa.


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Notas finais do capítulo

E ai? Comentem amores. *---* Beijooos.



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