Sorry, Im a Bad Boy. escrita por China Doll


Capítulo 4
Mais um...


Notas iniciais do capítulo

Então gente, ai está o capítulo completo. Demorei, eu sei, desculpem. Pequeno, eu sei, desculpem. Mas, boa leitura =x



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Capítulo 3

Mais um...

–Será que alguém pode pelo amor de Deus me dizer que merda é essa?! – Perguntou Karen, com os cabelos acaju balançando sobre as costas encarando um líquido roxo dentro de um cilindro.

Coitada da Lizzie... Sinceramente, fazer dupla com a Karen na aula de química não deve ser algo lá muito fácil. Não que houvesse algum aluno excepcional na matéria, mas Karen era simplesmente extraordinária. E não no bom sentido. Realmente era de se admirar que ela e Lizzie fossem gêmeas... Nem se pareciam ao menos...

–Sabendo ou não o que é... – Disse Gabbe observando uma substância qualquer por cima de seus óculos de proteção se dirigindo a Karen – não mexa nesse.

–Por que não? – Eu perguntei, me intrometendo na conversa, enquanto fazia absolutamente nada.

–Porque... Bem... – Gabbe levantou os olhos para me encarar e lançou um breve olhar para as costas de Karen, na mesa da frente ao lado de Lizzie – Sabe que Karen é azarada por natureza... E ela odeia roxo... Imagina o estrago que ela faria se realmente fizesse algo com esse líquido?

–Mas você sabe o que é? – Indagou Lizzie, virando-se para trás e olhando Gabbe de soslaio. – Minha irmã não é tão azarada assim...

–Não tenho ideia – Respondeu Gabbe – Mas mesmo assim... E sim, sua irmã gemêazinha ai é muito azarada...

Comecei a revirar as páginas do livro de Química, me dando o luxo de olhar para os alunos com seus jalecos e óculos ridículos, enquanto procurava saber o que era aquele líquido roxo. Gabbe e Lizzie estavam em uma discussão frenética sobre quão azarada Karen era, que por sua vez estava completamente concentrada em seu dever, literalmente se descabelando. Olhei para o caderno de Lizzie e percebi que ela já tinha terminado a tarefa, e eu tinha deixado minha parceira de laboratório, Gabbe, fazer tudo sozinha. Ora, que culpa eu tinha?! Ponha a culpa naquele calor, ligeiramente agradável, que nos deixava em um misto de sono e tédio, ou no professor que parecia meio morto, meio vivo, completamente largado em sua cadeira, dando assim, liberdade para ficar atoa já que ele não estava prestando atenção em qualquer dupla de alunos. Ou então ponha a culpa no Laboratório de Experimentos Químicos, que só possuía janelas pequeninas a uma longa distância do chão, deixando o ambiente com aquele aspecto de “sentada na rede depois do almoço em um dia de clima relativamente agradável” dando tanta preguiça que nem o próprio capeta se ergueria para fazer mal a alguém.

Com as pálpebras pesando, pisquei com força, para despertar-me e virei o livro na direção de Gabbe e Lizzie, para que observassem o que eu tinha achado sobre o líquido. Logo a discussão entre elas cessou, e as duas olharam curiosas para o livro, que mostrava Deus sabe o que, porque eu não havia lido nada, apenas tinha visto a foto do liquido roxo e mostrei a elas. Fiquei estalando os dentes olhando para o chão, escutando o burburinho que os outros alunos faziam, e percebendo pelo canto dos olhos que Gabbe e Lizzie estavam lendo silenciosamente. De repente, senti uma vontade inexplicável de fazer o dever. Como Gabbe já tinha terminado o nosso, e Lizzie tinha terminado a parte dela e deixado o resto para Karen, decidi ajuda-la. Mas no momento que me inclinei sobre minha mesa para comunicar a ela,(Vish) mudei de ideia, pois a vontade desapareceu exatamente como tinha vindo: De repente.

Ouviu-se um estalido na porta e logo o silêncio se instalou pela sala. Levantei meu olhos para olhar o porquê daquilo. O garoto parado no parapeito da porta segurava um celular e estava olhando para ele sorrindo de lado. Era loiro, mas tudo que eu vi dele foi isso, já que ele estava de cabeça baixa. Do nada, o professor despertou, pigarreou e se endireitou na cadeira.

– E o senhor deve ser Charlie? Charlie O’Connor?

O novato levantou a cabeça como se tivesse acabado de perceber que estava em uma sala de aula. Atrasado.

–Sim, sou eu. – Charlie confirmou, olhando para o professor.

–Sente-se.

Charlie correu os olhos pela sala, e eu pude perceber que seus olhos eram extremamente azuis. Era um daqueles momentos onde você queria que ele olhasse de volta, só para que você pudesse ver mais um pouquinho de seus olhos, mas também não queria, porque se ele te pegasse olhando-o seria no mínimo, muito vergonhoso. Mas de qualquer jeito, ele já estava se dirigindo a única “dupla” que na verdade não era “dupla” nenhuma, já que o Robert, um garoto de minha sala, estava sozinho, porque o Derick, o garoto que sempre era sua “dupla”, tinha faltado. Quando Charlie se juntou ao Robert ele disse um breve “oi” para o garoto e depois olhou para seu celular:

–Só o Angus mesmo... – Murmurou o novato entre uma risadinha.

Eu teria ignorado ele, SE ele não estivesse do meu lado. E sempre havia aquela curiosidade mórbida (WTF?) para saber como era o aluno novo. Então virei o rosto e olhei para ele. Ele era loiro, tinha cabelos cheios e encaracolados, olhos muito azuis, lábios finos e muitas sardinhas no rosto. Era bem bonitinho. Não lindo, “Oh Deus, que maravilha”, mas bonitinho. De rosto não, mas tinha algo nele que o deixava tão chamativo... Fosse pelos seus lindos olhos, ou pelo seu sorriso que não saia de seu rosto. Ele emanava toda uma áurea de... Felicidade? Fofura? Não sei ao certo, mas era estranho o jeito como ele me atraia... De um jeito que eu nunca tinha me sentido atraída. Uma das coisas das quais eu nunca conseguiria explicar, era isso. Não só pelo fato de eu ser “BV” com 17 anos... Mas também pelo fato de que nunca gostei desse jeito de qualquer garoto que tivesse –seja lá qual for o tipo- de fofura. O garoto me surpreendeu quando se virou para mim. Perfeitamente normal. Se eu não estivesse olhando debilmente para ele com muito interesse. Por mais surpreendente que fosse, ele respondeu ao meu olhar com um sorriso de canto esquerdo, formando uma covinha em sua bochecha cheia de sardinhas. Sorri timidamente de volta, ligeiramente(Ou mais do que isso) envergonhada, e baixei os olhos para a mesa. Não conheci ninguém que gostasse desses momentos. Sempre nos arriscamos a olhar para aquela pessoinha que temos uma atração inocente exatamente na hora que ela está olhando para nós... No fim, era como se não tivesse acontecido nada. De soslaio pude ver que Lizzie estava nos olhando com um olhar arrasador. Queria desesperadamente manda-la parar, mas não o fiz. No entanto, Gabbe estava completamente imóvel do meu lado, olhando fixamente para frente, o que não tinha nada de normal, --desconsiderando o fato de que era a Gabbe— já que ela estava olhando para a parede nua.



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Notas finais do capítulo

Sentiram falta da reação da Daney? Não se desesperem, sei o que estou escrevendo u.u' Como demorei pra postar, uma real:

Daney(Dey) - A protagonista.

Brian - O protagonista

Lizzie e Gabbe - Amigas de Daney

Karen - Irmã gêmea de Lizzie

Charlie - Vocês vão saber...



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