Jogos Vorazes-o Recomeço escrita por Mari grazziotin


Capítulo 4
Os Jogos




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Acordo em um quarto e Peeta e Gale estão andando de um lado para o outro e falando, pensando e checando a televisão e o computador. 

-Eles já entraram? - pergunto sem forças para surtar.

-Não. Estamos de olho na televisão. Ela liga sozinha quando começa. - disse Gale de relance sem olhar em meus olhos.

-Quando começar, ninguém pode desligar a televisão até 

 acabar. - disse Peeta explicando.

-Se puderem pelo menos me contar tudo eu agradeço. - digo irritada. 

-Não se for ficar desmaiando. - disse um dos soldados sentado na cadeira no canto da sala.

O telefone de Gale toca e ele liga o computador e então olha de um lado para o outro na tela e diz:

-Assim que começar e a rede abrir, eles rastreiam e vão nos passando todas as informações. - Gale diz como se todos tivessem entendido.

-Como assim? - pergunto.

-Vamos achá-los e matá-los. - disse Peeta com ódio.

-Mas como assim? Podemos? Eles não vão saber ? - pergunto um pouco animada e muito confusa.

-Perguntamos para as pessoas e pesquisamos tudo que pudemos, e eles não são tão bons assim de tecnologia quanto pensávamos, só espertos. - disse Dylan saindo da cozinha.

A televisão liga automaticamente.

-10, 9, 8, … - a voz anuncia a contagem para começar.

-7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 - lá estão eles, meus filhos, Prue e Glen que aparentemente não tem nenhum arranhãozinho. Eles correm para o meio e pegam 5 mochilas, bem mais do que precisam, e enquanto Prue as pega da areia, Glen os protege com as armas que pega, e então correm para uma floresta de neve.

Eles mostram o banho de sangue das outras crianças e fico pensando, até que grito impulsivamente:

- Quero saber quem os pegou e esse fica para mim. 

Peeta se senta no sofá comigo enquanto os outros se concentram no computador.

- Não sei como não pensamos nisso antes. - diz Peeta indignado mas calmo.

- O quê? - pergunto atenta a contagem de mortos. Eram 24 crianças, agora, só 10.

-Nos juntar e pegar várias mochilas. - diz ele e compreendo a indignação.

-Bom, podemos dizer que seus filhos ou são muito inteligentes, ou que estão sendo muito bem orientados. - disse Dylan com um sorriso. 

-Por quê? - Peeta e eu perguntamos ao mesmo tempo, a televisão não importando mais por um segundo.

-Bom, a arena é um deserto escaldante com áreas diferentes para cada direção. Para o norte, temos o que se parece com uma bacia gigante de água salgada, para o oeste, uma floresta de neve, para o leste, um labirinto escuro com animais estranhos ou como vocês chamavam na época, bestantes, e para o sul, um floresta só com árvores finas e altas, muitas, mas só árvores. - explica Gale por alto.

-E todo mundo sabe que beber água salgada do mar, como a da bacia, sem limpar, mata. E qualquer um que entrar no labirinto não vai achar a saída e vai morrer por um bestante. - diz Dylan.

-Além de que não tem razão nenhuma para ir para o sul sendo que lá nao tem nem água e nem comida. - completa ele.

- Então sobram o deserto e a floresta de neve. - Peeta aponta o obvio.

-Certo. E ficar no deserto sem água mata por desidratação. Sobrando apenas a floresta. E todos aqui sabem que a água da neve dá para beber. - explicou Levi.

-Entenderam agora? - pergunta Gale sem o tom irônico.

-Sim. - eu e Peeta dizemos ao mesmo tempo.

-E Paylor ainda conseguiu a lista com o que tem nas malas. - diz Levi.

-Cobertores, binóculos, luvas, meias, corda, plastico, isqueiros, garrafas vazias, facas e … - diz Levi mas para de repente.

-Eeeee….. - digo para que ele termine.

-Vocês não vão acreditar. - diz ele com um sorrisinho 

-Se você não disser não vamos mesmo! - diz Peeta irritado e Levi finalmente fala.

-Amoras. - diz ele calmo e olha pelo canto dos olhos para mim e Peeta. Nos entre olhamos e Peeta sorri colocando seu braço ao meu redor.

-Que tipo de armas eles pegaram? - pergunto tentando lembrar das imagens da televisão no ínicio. Lembro da televisão e olho mas esta tudo exatamente parado ninguém faz nada e eles só mostram a arena de cima.

-Facas, espadas, lanças, e arco-e-flecha. - diz Gale olhando para o computador.

-Arco-e-flecha? Eles estão longe de se dar mal! - digo animada por ter ensinado Prue a usar um. E quando acho que tudo esta bem me lembro do que Peeta disse.

-Espera, mas e a mudança, ninguém sobrevive? - pergunto horrorizada com as possibilidades de morte que tramaram para eles.

-Nem se preocupe. Com certeza sobrevivem até chegarmos para resgatá-los. - diz Dylan descartando a ideia de me deixar nervosa. Mas Levi não percebe e pergunta:

-Mas e a comida? Não tem nas malas. - todos olham para ele como quem gostaria de te estrangular mas não pode.

Gale liga para Paylor e autoriza a vinda dos soldados com mais armas. 

No fim do dia, estamos todos no sofá em frente à televisão, que não passa mais do que as crianças andando e pelo labirinto, tentando achar algo na floresta, se preparando para a noite ao lado da bacia, mas da floresta de neve, nada, e caímos no sono.

Acordamos e a televisão ainda está ligada, Gale checa o telefone e o computador, mas sem notícias.

É quando quatro garotas, morrem no labirinto, só percebemos pelo barulhos dos canhões.

-Será que foi um bestante? - pergunta o soldado que eu não sabia o nome, mas vejo dessa vez, T.J.Bainner.

Agora são só seis, só mais quatro para que fiquem só os dois lá. O desespero me toma.

-E a comida? - grito e caio aos braços de Peeta, que me consola calmo e certo de que eles darão um jeito.

O telefone toca e Gale corre para atender. Paylor e mais 20 soldados estão na praia. Gale diz o local onde estamos e em logo, batem à nossa porta. O quarto é grande , cinco quartos, três banheiros, uma cozinha, e uma sala de estar e jantar. Quando Gale abre a porta posso ver o corredor e a porta da frente e percebo que estamos em um hotel. Nunca vi um em Panem, o mais parecido disso eram os prédios da justiça.

Eles se juntam a nós, e então Dylan olha para a televisão e cutuca Levi que olha e então falam alguma coisa e Dylan diz:

-Pessoal, acho melhor vocês darem uma olhada aqui!

Um garoto indo em direção à floresta com duas facas preparadas, leva uma flechada bem no coração. Aterrorizados os que acabaram de chegar acham ser Glen e abaixam a cabeça. Mas Peeta aperta meu braço de leve e pelo canto da boca sorrimos pois sabemos que estão vivos, mas deixamos de sorrir pelo garoto na areia. Mais tarde, nossa atenção volta a televisão, as câmeras da floresta procuram Prue e Glen e me estresso quando não os acham. Quando, uma câmera focaliza uma sombra no alto de uma árvore e outra câmera focaliza outra sombra na árvore da frente.

Então, uma das sombras ergue o braço e uma câmera longe da floresta mostra o braço levantado entre as árvores, e a mão segurando um peixe. Então aparecem mais dois braços e o par de mãos mostra alguns camarões.

Um suspiro de alívio tão forte em minha respiração que até dói. Sei que estão vivos e muito bem.

Gale vai ao computador, e Paylor conversa com os soldados sobre o ataque.

-Achei! - Gale grita e nos assusta. - Não estava na lista mas achei uma outra que mostra o status de cada área da arena. - sem explicar nada. Paylor diz:

-Anda, fala logo, o que que tem? - diz ela ansiosa e meio impaciente. 

-O que que tem é que na bacia tem quase uns mil de peixes e camarões comestíveis. - diz Gale contente e não me contenho em lhe dar um abraço e sussurro um obrigada em seu ouvido.

O dia passou e a noite, Paylor e os soldados se preparam para pela manhã, ir preparar os aerodeslizadores e as armas. Tão cansados quanto felizes, dormimos todos no chão da sala.

Acordo, e só Peeta está aqui, me abraçando e mexendo em meu cabelo, e provavelmente estava me vendo enquanto eu dormia, não somos mais adolescentes mas ele ainda faz isso.

-Aerodeslizadores? - pergunto sabendo que ele entenderia o que quis dizer mesmo sem completar a frase.

-Sim, vão atacar ainda hoje eu acho. - pensativo, Peeta responde o básico.

-Mas já sabem onde eles estão? - a pergunta mais importante e só a faço agora.

-Sim, não conseguiram dormir e eles foram procurar no computador. - disse.

-E você ficou aqui me vendo dormir? - com um leve tom de reprovação eu pergunto.

-Sim - responde ele com um sorrisinho que posso ver mesmo sem estar olhando para seu rosto. Então sorrio também.

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