(04/01/1992) – Quinta-feira – Snape

O time de Quadribol se encontrava em mais um treino exaustivo. Olívio Wood resolvera puxar mais do time, afinal, se eles ganhassem da Lufa-lufa ultrapassariam pela primeira vez em anos a Sonserina.
–Será que dá para vocês pararem de criancice?! – berrava mais uma vez Olívio para com os Weasley. Os ruivos brincavam de fingir cair da vassoura. – Eu tenho uma péssima noticia, - continuou o capitão- quem apitará esse jogo vai ser o morcegão Snape. Ele fará qualquer coisa para prejudicar nosso time, então temos que ficar alertas.

Logo todo o time, incluindo Jorge que acabara de cair de verdade da vassoura, reclamava com o amigo. “Como Snape vai apitar o jogo? Ele já apitou algum jogo na vida?” indagava Jorge, com a boca cheia de lama.
–A culpa não é minha. – Começou Olivio- Nós teremos que fazer o máximo para jogar uma partida limpa, assim não terá motivos para ele implicar conosco.

Depois do treino, Harry seguiu direto para a sala comunal da sua casa, onde encontrou Rony e Hermione jogando xadrez, a garota não era tão boa assim e sempre perdia, os dois garotos achavam aquilo uma ótima experiência para ela.
–Rony, Hermione! – Falou o moreno.
–Não fale comigo agora, Harry. Eu não vou perder para ele de novo. – Só ai a menina viu as feições do garoto. – O que houve com você?

Harry tomou o cuidado de sussurrar para os outros grifinórios ali presentes não ouvirem, caso contrário ia ser uma bagunça com certeza:
–Mione, Rony, quem vai apitar o jogo é o Snape. E se ele tentar me derrubar de novo?
–Não jogue!
–Finja que se machucou. – Sugeriu Hermione.
–Peça pro seu pai quebrar seu braço com magia. Ou a sua perna. –falou Rony
–Finja que está com dor de cabeça. Na escola trouxa sempre funciona.
–E como você sabe?
–Rony, eu também tenho amigos trouxas; não achas que só conheço bruxos, acha?
–Eu achei que sim.
–Bem, de qualquer forma eu não posso simplesmente fingir que estou doente. Grifinória não tem apanhador reserva, se eu não jogar, Grifinória não joga.

Então risadas irromperam o salão comunal, passando pelo retrato da mulher gorda via-se Neville, com as pernas grudadas e o rosto vermelho. Enquanto os outros riam, Hermione fez o contra feitiço.
– O que houve Neville?
–Malfoy. Aquele loiro aguado de quinta! – Agora as risadas tinham parado. Era estranho Neville ficar tão nervoso assim, mesmo que todos implicassem com ele, nunca o garoto falara mal de ninguém em sua vida.
–Neville, o que ele fez com você? – Falou Hermione, tão espantada quanto os outros.
–Aquele... Arg! Ele me pegou na saída da biblioteca, disse que queria alguém para praticar um feitiço e me fez ficar com as pernas grudadas, mas o pior de tudo foi que a Gina estava vindo e antes dela conseguir me salvar, o maldito lançou um feitiço nela que a fez desmaiar. Eu vim pedir ajuda para alguém e já tenho um plano: primeiro ajudamos Gina e depois acabamos com a raça de Malfoy.
–Ele machucou a Gina ???! – Perguntou Harry, passando na frente de Hermione e sacudindo Neville pelos ombros. – Onde, onde ela está? Fala Neville!
–Nós estávamos na biblioteca, Harry. Malfoy me atacou e depois atacou el... – Mas Harry Já não estava mais ali.

O moreno seguiu pelo caminho da biblioteca enquanto gritava para Rony e Hermione voltarem para o salão. “Tenho que resolver isso sozinho! Eu vou acabar com a raça dele, com os punhos!” fora algumas das frases do garoto. Por mais que Rony gritasse de volta dizendo que era irmão da garota, Harry se negava a aceitar a ajuda do ruivo, e, mesmo que Harry negasse ajuda, Rony continuava seguindo-o. Chegaram ao corredor da biblioteca, seguiram para o final do mesmo onde encontraram um corpo caído, cabelos incrivelmente ruivos, sim, era Gina. Encostado na parede oposta estava Malfoy, olhos fechados e a boca meio aberta.
–Chegou Potter? – Perguntou abrindo os olhos. - Por um momento eu achei que você não viesse busca-la.
–Eu vou acabar com a sua raça Malfoy! – Falou Harry partindo para cima do louro, mas o mesmo parou no meio de um soco, interrompido por dois monstros: Crabbe e Goyle. Por um momento se assustou, achou que os três iam se juntar e bater nele, mas ai dois raios lançaram os capangas de Malfoy pra longe. Hermione e Rony. Depois, só viu-se a varinha do loiro caindo e Harry acertando-o com socos e ponta pés.
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No mesmo dia, uma hora e meia depois...
Háhá! Quer dizer que o grande Malfoy apanhou do pequeno Potter ? – Ria a garota enquanto tentava imaginar a cena.
–Poxa ruivinha, eu tô todo dolorido e você fica rindo da minha desgraça?
–Claro! E que ideia foi aquela de me desmaiar? Hein, Draco?
–Foram os garotos, eles me cobraram. Sabia que faz um tempão que eu não implico com a Grifinória? Os sonserinos estranharam, eu vi o Longbottom ali e aproveitei a oportunidade, mas quando você veio defendê-lo Crabbe e Goyle me deram a ideia de vingança, eles desconfiariam se eu não fizesse nada. Mas eu não me lembro de ter usado um feitiço forte. Não tão forte a ponto de machucar VOCÊ.
–Eu entendi o plano, então eu me fingi de desmaiada.
–Entendo. Sabe Gina, o que aconteceu na enfermaria ?
–Deixe-me lembrar. Enquanto você apanhava- riu abertamente- o Rony me levou pra lá. Eu passei algumas horas dormindo e quando eu acordei me deram um remédio amargo, Rony, Harry e Hermione continuavam comigo. Eu acordei, A Mione e o Ron saíram e o Potter começou a falar, pedir desculpas e tal. Assumiu que era um idiota e até chegou a chorar, mas o Tio Tiago chegou. Ai o Harry saiu para eu poder conversar com o tio Tiago. Ele me perguntou se você era culpado de alguma coisa e eu disse que não lembrava, antes de sair, ele me mandou dar uma chance pro Harry.
– E você voltou a falar com o Potter?
–Não. Quando ele entrou no quarto de novo eu o mandei sair e disse que odiava ele, falei tudo que tinha pra falar e esmurrei seu braço, depois me virei e dormi novamente. Acho que ele ficou triste.
–Você se preocupa com isso? – perguntou Draco.
–Não. - respondeu com os olhos baixos e murmurou baixinho: “Ele saiu chorando.”
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Enquanto Gina conversava com Malfoy...
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–O que ela fez ?! – gritou Hermione.
–O que você ouviu. – respondeu Harry.
–Harry, Rony, Mione. Como foram? Pegaram o idiota do Malfoy? E a Gi? – Neville desceu as escadas correndo.
–Nós damos um jeito nele. Há essa hora Gina já deve estar bem. Sabe, Neville, você tem que começar a se defender, acabe com o Malfoy da próxima vez! – Exclamou Rony.
–Não precisa me chamar de fraco, Malfoy fez questão de esfregar isso na minha cara.
–Você é bem melhor que ele, você está na Grifinória e ele na nojenta Sonserina. Tome. – Falou Harry entregando-lhe um sapo de chocolate . Neville abriu e olhou a figura:
–Olhem! Ganhei um Dumbleodore. Eu já o tenho, na verdade tenho sete dessas, bem, pode ficar com ela Harry.
–Neville, eu também já te...- mas Harry não terminou, pegando a carta para devolve-la á Neville localizou um nome que a tempos procurava. Leu em voz alta, após a saída de Neville :
–O Professor Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, e ter descoberto os doze usos do sangue de dragão, e por desenvolver um trabalho de alquimia em parceria com Nicolau Flamel.– Os amigos arregalaram os olhos ao ouvir o nome de Flamel- Eu sabia! Eu já li o nome dele em um sapo de chocolate, é claro!
–Não saiam daqui!- Gritou Hermione correndo pelas escadas. Não ficava tão feliz assim desde que recebera as notas dos deveres de casa. Rapidamente estava de volta com um enorme livro sobre os braços.
–Peguei esse livro na biblioteca há um tempo, sabe, distração, mas nunca pensei em olha aqui. – Começou a folhear desesperada. – Aqui está: Nicolau Flamel, o inventor da pedra Filosofal. – O tempo que se seguiu foi de Hermione tentando explicar para os meninos oque era a pedra Filosofal.
X~~X~~ 20 minutos depois ~~X~~X~~X
–Agora eu entendi!
–Finalmente Rony! – Exclamou Harry. Doze minutos foram perdidos por que Rony não entendera exatamente o que a pedra fazia. – Então, mione, é isso que fofo guarda. Flamel provavelmente pediu a Dumbleodore para que ele a guardasse em segurança, então Dumbleodore a trouxe para Hogwarts. E Snape tem potencial o suficiente para roubar Gringotes, mas quando ele chegou lá, a pedra havia sido removida! Agora tudo faz sentido.

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(04/01/1992) – sexta-feira.
–Então Harry. Quem vai quebrar a sua perna? – perguntaram-lhe os amigos na manhã seguinte.
–Ninguém. Eu vou jogar!
–Tudo bem, eu acho. – murmurou Rony.

As aulas foram ao todo, chatas e desinteressantes. Harry estranhou o comportamento do professor Quirrel, o mesmo, parecia estar mais nervoso do que o costume, mas o menino ignorou isso, a única coisa que vinha na sua cabeça era o jogo de Quadribol. O terrível jogo de Quadribol. Ainda não imaginava como Dumbleodore permitia que Snape fosse o juiz do jogo, realmente aquilo era terrível.
–Hey, Harry.
–Olá Neville.
–Harry, tenho que te contar algo.