Arizona senta no sofá ao lado de Jane.

– E então vai me contar o que aconteceu ? - pergunta Jane

– Lembra da Callie ?

– Sim, lembro, o que tem ela ?

– Então... Ela é minha...minha esposa.

– O que ? - grita Jane

– Está me dizendo que eu acabei de participar da destruição de um casamento ?

– Eu sinto muito - diz Arizona

Jane suspira. - O que aconteceu para você fazer isso ?

– Eu não sei o que aconteceu, a nossa relação não é a mesma, ela esfriou.

– Está me dizendo que o amor acabou ?

– Eu não sei... Eu acho que sim. Nossa... é difícil admitir isso. - responde Arizona.

– Deixa eu te dizer uma coisa... - Jane se aproxima e segura as mãos de Arizona. – O Amor não morre... Ele...Ele adormece, fica doente, em coma e em poucos casos, casos raros, ele morre. E eu não acho que esse seja o seu caso.

– Como tem tanta certeza ? - pergunta Arizona.

– Você me disse que era difícil admitir que o amor acabou. Vai ver ele apenas adormeçeu. - responde Jane

– Eu não sei...

– Eu tenho que te dizer uma coisa.

– O que ?

– Eu gosto de você... Do tipo, eu realmente gosto de você, mais do que deveria.

Arizona sorri e abaixa a cabeça. Jane se aproxima ainda mais da loira, levanta sua cabeça e a beija. Mas era diferente, ela não a beijava como se quisesse sexo, a beijava como se estivesse apaixonada.

Jane para o beijo por um instante, e olha para aqueles hipnotizantes olhos azuis da loira.

– Você precisa ficar aqui ? - pergunta Jane sussurando e próxima a Arizona.

Arizona apenas balança a cabeça assentindo e volta a beijar a detetive.

Apartamento – Callie e Arizona

Callie senta no sofá e chora.

– O que eu fiz ? - a morena pergunta a si mesma.

– Como ela pôde fazer isso comigo ?

– Eu a amo – repete isso a si mesma.

A morena resolve ligar para Arizona, mas acreditando que a loira não a quer ver mais.

Apartamento - Jane

O telefone toca no fundo da bolsa de Arizona. Mas as duas continuam a se beijar e Arizona não percebe seu telefone tocar.

Apartamento – Callie e Arizona

Mark bate a porta do apartamento

– Callie, sou eu Mark.

Callie vai e abre a porta chorando

Eu coloquei ela para fora de casa, eu larguei ela e agora ela me odeia. Ela não atende o telefone – diz Callie chorando.

Mark abraça sua amiga e diz:

– Você vai vê-la no hospital amanhã e você fala com ela.

Seattle Grace Mercy West – 11:00pm

Callie vai até a pediatria a procura de Arizona, mas não a encontra. A morena pergunta a algumas enfermeiras e todas elas dizem o mesmo: “Não a vi hoje”.

– Quando a morena está a ponto de desistir, ela vê Arizona saindo do elevador. Callie vai andando até sua esposa.

– Arizona, por favor, vamos conversar. - diz Callie

– Agora você quer conversar ? Você me coloca na rua com todas as minhas coisas, e agora você quer conversar ? - diz Arizona com tom de agressividade

– Espera, eu admito, eu agi errado, mas eu não sou a única.

– Arrrrhh, saia da minha frente. - diz Arizona

– Não, até você falar comigo direito – diz Callie não deixando a loira passar.

– O que você quer de mim ? - pergunta Arizona gritando.

– Conversar. Por favor, vamos até uma sala e vamos conversar como pessoas civilizadas.

– Eu tenho que trabalhar – diz Arizona

– Por favor... - implora Callie.

Callie e Arizona vão até uma sala.

– Diga – diz Arizona

– O que esta acontecendo ? Você não me ama mais ? - diz Callie.

– A loira apenas abaixa a cabeça.

– Você está apaixonada por ela ? - pergunta Callie.

– Eu não sei Callie.

– Você me ama ?

– Eu não sei Callie – repete Arizona

– Então o que você sabe ? - grita Callie já irritada

– Não grite comigo – grita Arizona.

– É impossível não gritar com você.

– Você é mesmo uma ignorante. - diz Arizona

– Eu sou ignorante ? Certo. Você me traiu – grita Callie

Callie sai da sala com raiva e vê a legista que estava com a detetive. Callie se aproxima e diz:

– O que você é dela ?

– Ahh... Oi... Desculpe, o que perguntou ?

– O que você é dela ?

– Dela quem ? - pergunta Maura

– Jane.

– Nada, somos só amigas.

– Certo – diz Callie. - Qual é o seu nome mesmo ?

– Maura – responde e estica sua mão.

– Callie – A morena aperta a mão de Maura. – Eu tenho que ir, a gente se vê mais tarde.

– Certo – Maura sorri.

Callie vai a procura de Mark e o encontra saindo de uma sala.

– Mark

– Oi Callie

Logo em seguida uma enfermeira sai de dentro da sala.

– Você não tem jeito mesmo não é ? - Callie bate em Mark

– Não posso me divertir mais não ? - Mark ri

– Eu conversei com a Arizona.

– E no que deu ?

– Ela apenas disse que não sabe se ama a detetive e também não sabe se me ama. E nós brigamos de novo.

– E o que você quer fazer a respeito disso ?

– Eu não sei – diz Callie abaixando a cabeça

– Vem comigo – Mark leva a morena até o refeitorio.

– O que estamos fazendo aqui ? - pergunta Mark.

– Você verá.. - Os dois pegam algo para comer e sentam.

– Dá uma olhada em volta... Veja quantas gatas tem aqui. Por que simplesmente não tenta esquece-la ?

– Mas eu não quero outra, eu quero a minha loira – diz Callie triste.

– Mas ela te trocou... Faça o mesmo. Mostre que já a esqueceu e que está fazendo como ela fez com você.

– Eu posso ten... - Callie é interrompida com Mark dizendo:

– Essa é nova aqui.

Quem ? - pergunta Callie

Mark aponta.

– Ah, aquela é a Maura.

– Você a conhece ?

– Sim.

– Boa... Minha garota – diz Mark sorrindo.

– O que ? - pergunta Callie rindo.

– Ela é linda, e muito gostosa e você já a conhece. Está na hora, saí daqui a vai se sentar com ela. - diz Mark

– Está me dizendo para tentar pegar ela ?

– Exatamente.

– Eu não sei – diz Callie e em seguida vê Maura acenando para ela. Ela sorri e se levanta.

– É agora, vai lá e me deixa orgulhoso – diz Mark rindo.

Callie anda até a mesa de Maura e senta do lado dela.

– Oi – diz Callie

– Olá – diz Maura sorrindo.

– Olha, eu sei que é meio imprevisível, mas... Você gostaria de sair comigo ? Ir ao cinema, beber, o que você quiser. Você é gente boa e eu acho que poderíamos nos tornar amigas. - diz Callie meio sem jeito.

– Nossa, isso é inesperado... Mas... pode ser uma boa ideia. - diz Maura sorrindo.

– Isso – diz Callie comemorando.

Maura sorri.