The Fear escrita por Enid Black


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

YOOOOO nighters! Não foi agora que o mundo acabou, haha. Ok, já parei com as piadinhas, todos vocês já devem estar cansados delas. Bem, eu gostei extremamente de escrever essa capítulo ^.^ Enfim, ooobrigada a todos que estão lendo essa história estranha k, espero que continuem gostando! Boa leitura *-*



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Eu e Ciel ficamos parados na escuridão que se instalara com o início da noite, esperando os Nightwalkers que desapareceram de repente. Tudo era silencioso, até a leve brisa que arrastava as folhas caídas na rua parecia ter parado para observar aquela cena.

– Ah, não... - disse Ciel, pensei que talvez ele tivesse o mesmo pressentimento ruim que eu, afinal, ele havia sido capturado pelo anjo também, e possivelmente ele havia usado do mesmo truque que praticara comigo para conseguir pegá-lo.

– Ficarmos parados aqui não adiantará muita coisa - eu disse, iluminando os cantos a nossa volta que agora estavam desertos como foram tantos anos antes. Ciel lançou sua lanterna na minha cara, fazendo-me cegar com a repentina luz que chegara ao meus olhos.

– Ei! - eu disse, colocando a mão na frente do rosto.

– Você está normal? Quer ir caminhando por ai? Com certeza o cão deve estar em alguma dessas esquinas esperando por nós - ele disse, eu ainda me confundia com a denominação que ele dava para meu anjo.

Dei de ombros.

– Acho que se ficarmos aqui ele nos pegará do mesmo jeito - disse, a lanterna de Ciel ainda estava apontada para mim, e percebendo que isso me incomodava, o garoto finalmente desviou o facho de luz para o chão.

– Nunca achei uma situação mais típica da frase 'se correr o bicho pega, se ficar o bicho come' - Ciel disse amargamente. Percebi que naquele momento nós estávamos exatamente daquele jeito, o mais provável seria a nossa morte dali poucos momentos.

Comecei a caminhar e Ciel me acompanhou. Andávamos devagar, o som de nossos passos afastando as pedrinhas soltas do velho asfalto dando algum sinal de vida ao lugar repentinamente inabitado, os flashes de nossas lanternas acompanhavam nossos movimentos, refletindo uma tira de luz branca às árvores secas ao nosso redor. Mais a nossa frente, um ponto iluminado começou a surgir, crescendo conforme nos aproximávamos do local.

– O que é aquilo? - Ciel sussurrou, andando mais depressa para o lugar.

Apressei o passo como ele, até que identifiquei o ponto luminoso como sendo um poste de luz, o único que funcionava em toda a rua.

A iluminação que se formava a alguns metros de altura delineava um círculo prateado no asfalto escuro. No centro do local, uma pequena figura se encontrava encolhida, seu corpo frágil tremia de medo, e sua cabeça era protegida por suas mãozinhas, sua única forma de se defender de todos aqueles pesadelos.

Aproximei-me do poste e percebi que a criança era uma menina, seus longos cabelos negros caíam na frente de seu rosto, e ela vestia apenas farrapos que antes eram roupas confortáveis e coloridas.

A garota estava chorando, o som de seu medo misturando-se às lágrimas em um gemido fraco que cortava o ar parado. Dei um passo para entrar no círculo em que ela estava, porém senti a mão de Ciel firme em meu ombro.

– Acha que é seguro? - ele perguntou. Naquela pequena luminosidade consegui distinguir seus olhar prateado preocupado.

Olhei de novo para a criança, eu não sabia se era seguro, porém eu já havia estado na mesma situação que a pequena, logo após ter perdido o grupo em que meus pais haviam me abandonado. Era uma sensação horrível, se sentir desolada e solitária em um lugar que você sabe que não poderá sobreviver. E se a família que me acolheu não tivesse me pego por receio de mim? Onde eu estaria agora?

Virei para Ciel novamente, e afirmei com a cabeça. Eu prefiria me arriscar e salvar uma criança do que viver com a culpa de ter deixado alguém tão frágil morrer. Ele tirou a mão de meu ombro, e concordou com a cabeça enquanto se afastava do local. Parecia que ele confiava em mim.

– Olá? - disse eu, entrando no feiche de luz do poste. O corpo da garota pulou de susto com minha voz, e seu choro parou repentinamente.

– Q-Quem é você? - perguntou ela, seu rosto ainda coberto pelos cabelos escuros.

– Eu vou te ajudar - eu disse, colocando a mão delicadamente em suas costas.

Ela finalmente virou-se para mim, seus olhos azuis estavam marejados das lágrimas que insistiram em descer por suas bochechas rosadas pelo choro. No mesmo instante em que ela me viu, começou novamente a soluçar e abraçou-me, enterrando o rosto em meu pescoço.

– Obrigada, obrigada - ela disse, sua voz entrecortada com o choro que começara novamente.

– Tudo bem, já passou - eu disse, afagando seus cabelos. Olhei para Ciel, ele nos observava a alguns metros de distância, os braços cruzados enquanto esperava tudo aquilo acabar.

– Obrigada - a garota repetiu.

– Tudo b... - eu iria tentar confortá-la novamente, mas a voz da menina cortou minhas palavras.

– Obrigada por ser uma presa tão fácil - ela disse, seu tom repentinamente mais forte e assustador.

Puxei a garota para minha frente. Um sorriso horrendo começava a rasgar seus lábios de ponta a ponta, transformando o rosto delicado da criança em uma máscara distorcida, um negro profundo dominou totalmente seus olhos antes azuis, encarando-me fixamente com a fome estampada em sua expressão.



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Notas finais do capítulo

AAAAH esse capítulo eu gostei ^.^ Aleluia, finalmente não tenho nada de ruim para falar de minha escrita o.o Enfim, o que acharam nighters? *-*



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