Anybody Out There? escrita por moveslikelucy


Capítulo 4
Capítulo 4




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Subi as escadas, entrei no banheiro, olhei pro espelho... Não posso ficar chorando por causa disso, certo? Seguei as lagrimas e troquei de roupa , quando sai do banheiro me deparei com ele sentando na janela me olhando, vi ternura em seu olhar, não sei por que, mas isso me fez chorar ainda mais, corri para abraçá-lo. Damon entendeu o que eu estava sentindo porque não falou nada, ficamos ali, abarcados por um longo tempo, também não consiga falar por que eu soluçava e chorava, ele só ficou ali acariciando meu cabelo. Desencostei meu rosto do peito dele, eu tinha ensopado a camisa dele. - Eu molhei sua camisa toda – eu disse, quase nem eu entendi o que disse de tanto que fungava. Ele levantou minha cabeça para eu olhar bem nos olhos deles. - Tudo bem, não me importo com isso – ele disse em meio de um sorriso torto – não sei muito que aconteceu, mas quando Stefan entrou em casa com raiva... Meio que relacionei que tinha a ver com você. - Ele... ele está com raiva? – eu gaguejei - Bom, ele está magoado, mas sabe como é né – não precisou termicou essa frase, é eu sabia com era. Eu sai dos braços dele – mesmo não querendo – e me sentei na cama, fiquei encarando o nada, parei de chorar, não sabia o que estava sentindo (se é que estava sentindo alguma coisa) Damon ficou me olhando por um momento, depois sentou no meu lado, percebi que ele estava meio tenso. Depois de longos minutos em silencio ele quebrou o silencio. - Olha eu sei exatamente o que você está sentido, sei que parece estranho eu estar dizendo isso – ele olhou pra mim, pela primeira vez eu me senti falando com o verdadeiro Damon de 1864 , e não com o Damon vampiro; ele continuou – mas pela experiência que eu tenho isso que você está sentindo vai passar logo. Ele sorriu pra mim, nunca tinha reparado como ele era lindo, os olhos azuis, pareciam um lindo e claro oceano que quando você olhava nada mais importasse o sorriso podia ofuscar até o sol e fazia com que qualquer garota se derretesse por ele. Talvez eu tivesse errada – muito errada- em relação a ele. - Você fala isso como se fosse uma coisa fácil de fazer – eu disse ainda hipnotizada por aqueles olhos – você é um vampiro lembra? Você pode desligar suas emoções a não sentir nada se não quiser, mas eu não. Leva tempo para superar esse tipo de coisa. - Você diz isso como se fosse uma coisa boa ser vampiro- ele disse olhando pra janela – tem a suas vantagens, mas também tem suas desvantagens. Eu sabia disso é claro, eu namorei com um vampiro. Você tem sede de sangue, suas emoções aumentam, não pode sair ao sol. Mas as vantagens , você nunca envelhece , fica mais forte, mais rápido. Só não entendi o porquê Damon parecia tão triste , algo o incomodava, dava par ver isso claramente em seu. Ele ficou calado, se eu não falasse nada ele provavelmente não ia falar nada. - É eu sei que não é uma coisa extremamente boa, mas também não é uma coisa ruim – enquanto eu falava ele ficou imóvel – acho... que não seria tão ruim virar vampira, assim eu não seria tão frágil. Damon se virou e olhou pra mim, não tive coragem de olhar pra ele, sabia que ele estava me encarando. - Espera, você está dizendo que quer virar vampira ? – ele disse isso aumentando o tom de voz – meu deus Elena, você está ficando insana? – disse gritando Nunca tinha visto o Damon gritar comigo desse jeito. - Damon... – eu não consegui terminar de falar porque ele me interrompeu. - Elena, Elena, você não sabe o que está falando – ele se levantou e começou a falar mais calmamente – você é a pessoa mais viva que eu conheço, não ia conseguir se acostumar pode acreditar em mim, você ia querer fazer de tudo pra voltar a ser humana, eu... - Você o que Damon? – agora eu estava olhando pra ele - demorou a responder, mas acabou se virando e falou: - Eu... eu sinto falta de ser humano – ele respondeu – e isso me mata , porque não tem como mudar o que eu sou, eu sou um monstro e não tem nada a se fazer sobre isso. - Elena você não sabe como dói eu olhar pra você e saber que você não é minha, eu nunca senti isso por ninguém, muito menos pela Katherine, e eu sei que você, prefere meu irmão ao invés de mim, Stefan, sempre Stefan, você vai acabar perdoando-o e vai voltar a amá-lo – ele disse com cara de nojo – uma parte de mim queria que o Stefan nunca tivesse encontrado você, porque assim, você nunca iria sofrer você não ia se envolver com esse mundo insano de vampiros – Damon disse com a voz meio rouca, perecia que ia chorar – você Elena é boa de mais pra virar uma vampira, você não pode, eu não suportaria ver você jogar sua vida fora. Agora tinha lagrimas escorrendo pelo rosto dele. Sempre soube que ele sentia algo por mim, mas não sabia que era algo tão grande, mas agora, eu sabia que o Damon não era um monstro, nem chegava perto de ser um, ele tinha sentimentos - eu já feri tantos esses sentimentos. E eu duvido que eu iria perdoar o Stefan tão rápido. Eu também – em parte – nunca queria ter conhecido o Stefan, mas sem ele eu provavelmente estaria morta, mas uma coisa boa aconteceu quando eu o conheci, sem ele eu nunca teria conhecido o Damon. Damon sempre cuidou de mim, sempre esteve ao meu lado mesmo eu não querendo, sempre Damon. Agora eu entendia, eu falava que o odiava porque eu sabia que sentia alguma coisa por ele. Estou apaixonada por Damon Salvatore, eu o quero só pra mim - Caroline e Bonnie vão surtar quando ouvirem isso- Mesmo com o Stefan do meu lado eu precisava do Damon também. Quando Damon está ao meu lado eu me sinto segura... e agora ele estava ali entregando seu amor por mim, e o que eu podia fazer ? Levantei-me devagar, andei até ele coloquei minha mão em seu braço e olhei naqueles olhos, meu deus que olhos... - Damon... me desculpa por fazer você se sentir assim – eu disse encarando-o – eu não fazia idéia que você se sentia assim – agora caiam lagrimas pelo meu rosto – me desculpa eu ... Não conseguia mais falar abaixei cabeça e comecei a chorar ainda mais, Damon chegou perto de mim levantou minha cabeça colocou sua mão no meu rosto e secou minhas lagrimas. - Hey princesa não precisa chorar – ele disse, ele colocou a mão no meu rosto se aproximou, nossos rostos ficaram a centímetros, então aconteceu. Ele me beijou, os lábios do Damon eram quentes e gracioso a cada toque dos lábios dele parecia que eu ia explodir de tanta emoção, meus joelhos ficaram bambos eu teria caído se o Damon não tivesse me segurando. Ele parou de me beijar, encostou a testa na minha, não conseguia respirar direito. Damon me fez sentir algo que eu nunca senti na minha vida. Ele se desencostou de mim olhou nos meus olhos e disse: - Eu te amo Elena – ele disse abrindo um lindo sorriso, que fez meus joelhos ficarem ainda mais bambos – e isso, você pode ter a certeza, nunca vai mudar, não importa o que aconteça, minha princesa. – ele sorriu mais ainda. Eu também não conseguia parar de sorrir, ainda mais depois que ele me chamou de princesa. Sentia-me nas nuvens. Eu tinha Damon só pra mim. Olhei nos olhos dele que brilhavam e disse: - Nunca pensei que ia dizer isso mas ... – eu disse rindo – Eu te amo Damon, acho que sempre amei, e só descobri isso agora. Inclinei-me e o beijei, ele me agarrou pela cintura e me levantou fazendo-me girar no ar, acabamos caindo na cama e rindo. Ficamos ali, só rindo. Damon deitou-se ao meu lado, deitei minha cabeça no peito dele, fiquei brincando com a mão dele, e ele ficou acariciando meu cabelo. Ele beijou minha cabeça, não conseguia parar de sorrir. Eu não conseguia pesar direito, a única coisa que eu pensava era que amava o Damon, só isso, e isso bastava pra mim. Cai no sono. Acho que nunca dormi tão bem na vida, nenhum sonho me atormentou essa noite. Sabia que estava segura com ele do meu lado. Acordei com um barulho vindo da cozinha, olhei pra cama e vi que o Damon não estava ali, provavelmente era ele na cozinha, me levantei e fui pro banheiro, me espantei com a imagem que aparecia no espelho, meu cabelo estava todo desgrenhado e minha cara inchada de tanto chorar, lavei meu rosto e penteei meu cabelo, desci para a cozinha. Tinha uma grande pilha de waffles em cima da mesa cheia de calda de chocolate, estavam com um cheiro tão bom. Olhei em volta e não vi o Damon, será que ele tinha ido embora? Enquanto me aproxima da pilha de waffles algo me agarrou pela cintura e me virou. - Bom dia raio de sol – Damon disse me dando um beijo na testa – dormiu bem? Dei uma risada, cheguei bem perto do rosto dele e disse: - Dormi muito bem – eu disse saindo de perto dele e indo até a mesa – você que fez esses waffles? – eu perguntei enquanto pegava um prato na prateleira. - Fui – ele disse enquanto ia pro sofá – espero que estejam boas, nunca fui um bom cozinheiro. Coloquei alguns waffles no prato, não resisti então cortei um pedaço e comi. MEU DEUS que delicia. - Além de ser bonito sabe cozinhar – eu reparei no que tinha dito quando o Damon deu uma risada, não era pra eu ter dito isso em voz alta. Fui me sentar junto ao Damon no sofá. Ele ficou olhando eu comer, meio esquisito devo dizer. Então é isso? Eu estava namorando com o Damon. Há uns meses atrás eu surtaria com essa hipótese de estar com ele. Damon podia ter feito coisas ruins no passado, mas agora ele mudou, ele parou de matar pessoas – pelo menos eu acho –. Mesmo eu já estar acostumada com essa coisa toda de vampiros, isso ainda me deixava assustada, como eu, Elena Gilbert fui me enfiar em meio desse mundo de vampiro? Bom isso aconteceu quando Stefan me salvou no acidente de carro, ele ficou impressionado por eu me parecer como a Katherine – uma linda vampira que ele e o irmão se apaixonaram em 1864 – Stefan não acreditou nessa possibilidade e voltou para ver se era verdade. Infelizmente era verdade, eu era o que se chamava de doppelganger, o que era muito esquisito. Claro que quando descobri isso surtei, qualquer pessoa surtaria. Katherine passou anos fugindo de Klaus, e agora eu tento fazer a mesma coisa, o mais esquisito é que parece que a historia está se repetindo. Acabei de comer e coloquei o prato em cima da mesa cheguei mais perto do Damon, ele parecia calmo como se tudo estivesse na mais plena e perfeita paz, mas é claro que não estava. Escutei alguém bater na porta, não pretendia receber alguém aqui em casa ainda mais agora, não queria que ninguém soubesse – ainda – que eu estava com o Damon. Bateram de novo, me levantei e fui atender a porta, era quem eu menos esperava Caroline e Bonnie. As duas estavam parada na minha porta, pareciam zangadas. Dei um sorriso e disse: - Oi, o que vocês estão fazendo aqui? – eu disse enquanto rezava pra elas não entrarem e vissem Damon no meu sofá. Caroline olhou pra mim e disse com raiva: - O que a gente fazendo aqui? Elena você esqueceu que ia encontrar comigo e com a Bonnie no Shopping? - Ele ficou olhando pra mim, puts! Tinha esquecido totalmente, eu abri a boca pra responder, mas ela foi mais rápida, enquanto falava, ela passava pela porta e Bonnie vinha atrás – Agora vai subir e trocar de roupa por que ... Ela parou de falar, eu fechei a porta, e me virei e olhei pra ela. Ela e Bonnie ficaram boquiabertas, elas olharam pra mim da cabeça aos pés e depois para Damon. Caroline foi a primeira a falar: - Mas o que ele está fazendo aqui? – ela perguntou do jeito que ela falava parecia que Damon era algum tipo de bicho nojento. Fiquei olhando pra duas, não tinha idéia do que falar. Olhei pra Damon pra ver se ele me ajudava, ele se levantou e disse: - Bom acho melhor eu ir embora – ele disse vindo pra perto de mim – Até mais Elena - ele disse piscando o olho, depois me deu um beijo na testa, se virou pras meninas, deu um sorriso e falou – Espero que se divirtam no shopping tchausinho! Olhei enquanto ele saia e fechava a porta, ninguém falou nada até escutarmos o carro dele indo embora. Eu olhei pra elas e disse: - Eu vou lá pra cima me vestir e já desço – eu disse indo pra escada, Bonnie e Caroline vieram atrás de mim. Chegamos no meu quarto peguei a primeira roupa que vi e fui por banheiro, não queria nem um pouco encarar minhas amigas agora. - Elena você poderia me dizer o que exatamente o que ele estava fazendo aqui? – Bonnie perguntou – Vocês por acaso não... Você sabe? - Não – eu respondi, acabei de me arrumar e sai do banheiro. Bonnie estava sentada na cama e Caroline do banco da janela, as duas me encaravam. - Então o que aconteceu? – Caroline perguntou sempre direto ao ponto. Como eu ia falar pra elas eu que eu estava ficando com o Damon? Elas iam achar que eu tava maluca. - Eu ahn .... – hesitei por uns minutos, não podia esconder isso dela certo? Elas são minhas melhores amigas, parei de encarar o chão olhei pra elas – eu beijei o Damon noite passado. - Só isso? Vocês só se beijaram? – perguntou Caroline. - Só – respondi. Caroline bufou e Bonnie revirou os olhos, não entendi o por que. - Elena eu a Bonnie, todo mundo na verdade, sabia que uma hora vocês iam se beijar – fiquei olhando surpresa pra Caroline – e pra falar a verdade, esse beijou demorou pra acontecer em ! - Verdade – disse Bonnie olhando pra mim deu um sorriso e disse – mas então como foi? - Como foi o que? - O beijo! – as duas falaram juntas. - Ah sei lá, foi bom – eu disse dando de ombros. - Foi bom? É isso que você tem a dizer? – Caroline perguntou indignada – Damon te beijou e você só diz isso “foi bom”? - Tá, foi maravilho, quando ele me beijou parecia que eu estava nas nuvens – respondi, às vezes elas querem saber de tudo – feliz agora? - É um pouco – ela respondeu – é melhor a gente ir antes que as lojas fechem. Caroline e Bonnie saíram primeiro do quarto, estava saindo do quarto quando vi a jaqueta de couro do Damon em cima da cadeira, a peguei e coloquei pendurada na bolsa, e desci as escadas. Ninguém falou nada no carro. Nós ficamos entrando e saindo das lojas, nenhum vestido agradava a gente, e o preço também não. Até que a Caroline avistou uma lojinha, ela era bem pequena, se chamava Flawless Dress. Era a única loja que não entramos, resolvemos entrar então, não demorou muito para ficarmos encantadas, o chão tinha ladrinhos brancos, colunas de mármore, um lindo lustre de cristais, tinha um grande tapete rosa que se estendia pela loja, e os vestidos os mais lindos que eu já tinha visto na minha vida. Uma mulher alta com o cabelo preso em um rabo de cavalo e um avental rosa, veio até nós e disse: - Bem vindas a Flawless Dress – ela disse sorrindo – meu nome é Clarisse, no que posso ajudar vocês? Não conseguimos falar de tão impressionadas que ficamos. - Ual essa loja é muito linda – Caroline disse ainda hipnotizada - Muito obrigada – respondeu Clarisse – Agora me diga, que tipo de vestido vocês procuram? - Queremos algo bem extravagante, mas tem que ser preto e branco – Caroline disse. - Sigam-me – Clarisse disse. Entramos e um pequeno espaço onde só tinha vestido branco ou preto, um mais lindo que o outro. - Ual – nós três falamos juntas. Colocamos nossas bolsas em uma cadeira, e fomos ver os vestidos. Experimentamos quase todos, passamos horas ali. De tanto experimentar acabamos escolhendo os nossos vestidos. Caroline comprou um que era feito de seda, tomara que caia, a saia ia até os pés, atrás precisava amarrar – como se fosse um corpete -, e na cintura tinha um belíssimo laço preto. O de Bonnie era mais simples, era todo preto, ele vinha mais ou menos até a coxa, tomara que caia também, o vestido tinha três listras brancas, uma em cima no vestido, a outra marcando a cintura, e última ficava no final no vestido, ela ficou linda. O meu era longo e branco, na parte de cima vinha um tecido preto marcando meus seios, abaixo do tecido vinha uma renda, mas só tinha três tiras, depois vinha varias pedrinhas pretas fazendo com que o vestido brilhasse. Nós três estávamos lindas. Enquanto saiam da loja, raparei que tinha uma mensagem no meu celular, abri e vi que era de Stefan. - De quem é a mensagem? – perguntou Caroline enquanto abria a porta do carro. - É do Stefan, ele quer conversar com a gente. - Então vamos para a Mansão Salvatore – disse Bonnie entrando no carro, coloquei o celular no bolso e entrei – O que será que ele quer ? – perguntou ela olhando pelo retrovisor. - Não faço a menor idéia – eu respondi. Bonnie e Caroline se olharam e depois se viraram pra mim - O que foi ? - Será que Stefan não descobriu que você beijou o Damon? – Caroline perguntou - Será? – eu perguntei mais para mim mesma do que pra elas – não me importa que ele tenha descoberto, agora faça o favor de dirigir? Caroline e virou e ligou o carro, Bonnie se ajeitou no banco. Pensei por um minuto, e se ele realmente tiver descoberto que eu beijei o Damon? Será que ele iria fazer algo contra Damon? Ou pior contra mim? Não, ele provavelmente não descobriu. Caroline ficou falando o tempo todo, nem prestei atenção. - Chegamos – ela disse. Era final da tarde, por mais que estivesse sol, o clima estava frio. Caroline estacionou o carro e saímos, andamos em direção a porta, mas antes de batermos Damon já estava abrindo a porta. Fiquei incrivelmente feliz por vê-lo – espero que ninguém tenha reparado no sorriso que eu dei, mas acho que o Damon reparou porque quando ele me viu sorriu mais ainda – Caroline entrou seguida por Bonnie, as duas disseram um oi meio desanimado a ele , entrei logo depois delas. - Aqui, você esqueceu isso lá me casa ontem – eu disse entregando a jaqueta. - Obrigado – ele disse, me deu um beijo e depois fechou a porta. Fomos para sala, o clima estava super desconfortável. Caroline e Bonnie estavam sentadas no sofá inquietas, fui me juntar a elas! - Então porque vocês nós chamou aqui? – perguntou Bonnie Mas antes que alguém pudesse responder alguém bateu na porta, Damon e Stefan se olharam. Damon foi até a porta e abriu, mas não tinha ninguém. Entrou uma brisa fria que me fez ficar toda arrepiada, Damon já ia fechar a porta quando um pedaço de fita entrou voando pela porta, Damon com seus reflexos de vampiro conseguiu segurar a fita, ele deu um sorriso e disse: - Sapphire. - Oi Damon – disse uma garota ao pé da escada, ela era incrivelmente bonita, era alta, usava uma calça preta com salto e uma blusa roxa e uma jaqueta, tinha cabelos longos e encaracolados, ela tinha mechas azuis no cabelo. - O que devo a honra de sua presença? – perguntou Damon enquanto fechava a porta. - Só vim visitar um velho a amigo- ela disse e se virou, suspeitei que ela era chamada de Sapphire porque tinha incríveis olhos cor de safira. Fiquei com ciúmes pelo fato de ela conhecer o Damon e ser tão bonita! - Sei, visitar um velho amigo.... – Damon disse – anda fala o que você quer! - Sempre direito ao ponto – ela disse abrindo um lindo sorriso – na verdade eu não quero nada, eu só vim ajudar. - Ajudar? Serio? - Olha eu ouvi dizer que vocês mataram um vampiro original – ela disse – e aposto que com isso vocês descobriram que quando vocês matam um original todos os vampiros que ele deu origem , morrem junto com ele certo ? Todos nós ficamos surpresos quando ela disse isso, menos o Damon. - Certo – ele disse – mas o que que tem ? - Bom eu não to afim de morrer, e como você sabe eu tenho um grande conhecimento sobre os originais – ela disse – então eu descobri uma forma de quebrar essa bloodline ! - Então como se faz isso? – dessa vez foi o Stefan quem perguntou - Vai ser meio complicado – ela disse olhando para mim - Sempre é complicado – Damon disse, eu senti na voz dele um pouco de raiva enquanto falava com ela. - Olha me desculpa não ter contado sobre a Katherine naquela época – ela disse encarado o Damon – eu tive que guardar o segredo dela, eu prometi, e você sabe que eu compro minhas promessas. Damon não disse nada, só ficou encarando ela. Ninguém dizia nada, Damon a conhecia faz tempo, e ela sabia sobre a Katherine. - Aliás, eu trouxe isso – ela tirou um colar do bolso – espero que não seja tarde demais – ela entregou o colar, ele era lindo, a corrente era feita de ouro e tinha uma grande e brilhante esmeralda pendurada. Imaginei se esse colar não seria para Katherine. Damon pegou o colar vi um brilho em seus olhos, ele olhou pra mim e depois pro colar, o colocou no bolso e foi se sentar. - Tem um feitiço pra quebrar a bloodline – Sapphire continuou – mas ele é muito difícil de ser feito! - Como ele é? – Bonnie perguntou Sapphire levou alguns minutos pra responder - Bom, ele envolve três coisas – ela disse – uma bruxa, um vampiro da bloodline que você quer quebrar – ela olhou pra mim e completou – e da doppelganger – ela suspirou e disse – mas para dar realmente certo, precisaríamos das 3 doppelgangers Petrovas. Olhei confusa para Sapphire, as 3 doppelgangers Petrovas? Olhei em volta e percebi que todos estavam olhando pra mim, me remexi inquieta no sofá. Damon percebendo a minha inquietude, falou chamando a atenção de todos pra ele. - Como a gente vai usar as 3 doppelgangers petrovas nesse feitiço? Nem sabemos onde elas estão. - Por isso que eu disse que ia ser complicado – ela disse – nós podemos usar a doppelganger humana, mas não creio que o feitiço ira funcionar. Eles falavam como se eu não estivesse ali, é claro que estava em choque um feitiço envolvendo as 3 doppelgangers petrovas só poderia acabar mal. - Eu iria acabar morta? – perguntei, Sapphire me encarou e disse: - Não, esse feitiço não envolve a morte de nenhum de seus participantes. Reparei que todos ficaram aliviados ao saber disso. Mesmo assim sentia que esse feitiço era algo perigoso. - Eu nunca ouvi falar de nenhum feitiço assim antes – Bonnie disse. - Uma bruxa Bennet certo ? – Sapphire perguntou, Bonnie balançou a cabeça dizendo um sim – Excelente. Esse feitiço raramente é encontrado em algum grimório, esse feitiço é de tempos atrás de bruxas muito antigas e poderosas, achei por acaso, mas aposto que suas ancestrais o conheciam. Sapphire deu um sorriso. Olhei pra Bonnie, ela parecia estar em duvida em acreditar no que Sapphire dizia, quem poderia culpá-la? Faria e tudo pra proteger meus amigos, mas quem me protegeria? Não tenho muitas escolhas, não confio em Sapphire, talvez devesse já que Damon confia. Muitas coisas passando pela minha cabeça. Eu estava encarando a lareira, todo mundo estava conversando sobre o feitiço. Ainda estava intrigada sobre o colar. Desde que meus pais morreram sempre tento manter meus amigos vivos às vezes é difícil e muito difícil... Queria poder voltar no tempo, quando as coisas eram mais fáceis, sem essa coisa toda de vampiros... Sabia que era impossível. Tentava prestar a atenção na conversa que acontecia atrás de mim. Já não estava entendo mais nada. Senti uma mão em ombro, quando me viro vejo que é Damon. - Precisamos conversar – diz ele. Ele me conduz para o seu quarto, entro e me sento na cama, ficamos vários minutos nos encarando, até que não aguentei mais. - Você me trousse aqui pra conversar, o que é? – ele suspira e responde. - Eu não posso deixar que você participe desse feitiço, por mais que você não morra, é arriscado demais. - Eu sei Damon – eu respondo. Por mais que seja perigoso, eu sei que tenho que fazer isso. Talvez essa seja a única coisa que eu possa fazer pra ajudar. - Olha eu sei o que você está pensando, que essa é a única coisa quer você pode fazer pra ajudar a gente, mas eu não vou deixar você se arriscar – ele diz - Não sabia que você lia mentes agora? – percebo que minha tentativa de aumentar o humor dele não adiantava – eu sei que é perigoso, mas eu tenho que fazer. - Não Elena – ele chega mais perto – você não tem, essa não é a sua obrigação. Talvez ele tenha razão, talvez eu devesse deixar isso de lado, fazer com que eles resolvam seus problemas, certo? Mas não conseguia, eu sentia que essa era minha obrigação, salva-los. -Damon, eu sinto que essa é minha obrigação – começa a se formar um nó na minha garganta, faço de tudo pra não chorar – não posso deixar vocês morrerem. - Elena eu que não posso deixar você morrer – agora ele acaricia meus cabelos – eu não posso deixar. Não sei o que mais falar. Agora lágrimas rolam pelo meu rosto, ele tem razão e sei que tem, mas ele não pode me impedir, eu vou fazer isso nem que eu morra tentando, o que é possível. Não posso perder meus amigos, não por causa do Klaus. -Damon eu entendo o que você está tentando fazer – falo encarando-o – mas eu já perdi gente demais na minha vida, não posso deixar que eu perca mais alguém, eu vou fazer isso, e você não tem como me impedir. – seco as lágrimas e saio do quarto. Não aguentava mais ficar ali, já não conseguia organizar meus pensamentos direito, falei que não estava me sentindo bem e pedi pro Stefan dar uma carona pra Caroline e a Bonnie. - Ok claro – ele disse – Tome cuidado na estrada. Concordei com a cabeça. Um tempo sozinha era tudo que eu precisava. Eram quase 10h da noite, estava super cansada, queria chegar em casa, esquecer isso e simplesmente dormir, claro que eu não ia conseguir relaxar. Liguei o radio e coloquei o volume no máximo, tava tocando No light, No light do Florence + the machine fiquei cantando junto com a musica. “No light, no light in your bright blue eyes I never knew daylight could be so violent A revelation in the light of day You can choose what stays and what fades away And I'd do anything to make you stay No light, no light No light Tell me what you want me to say Through the crowd I was Crying out and In your place there were a thousand other faces“ Estava tão distraída que nem reparei que tinha avançando o sinal vermelho, quando me dei conta já era tarde demais o carro já tinha batido em mim. Foi tudo tão rápido, uma hora eu tava cantando e na outra estava capotando com o carro, não tive tempo de ver quem tinha batido em mim. ... Acho que devo ter desmaiado, porque quando eu acordei estava em uma cama, não reconheci o lugar, minha visão tava embaçada e estava meio tonta. Levei um tempo pra me recuperar, quando consegui enxergar vi que estava acorrentada a uma cama, olhei para meu corpo, minha blusa estava cheia de sangue, eu tava toda arranhada, minha perna doía muito, espero que não a tenha quebrado. Devia ter prestado atenção no conselho do Stefan. Não conseguia me mexer, quando tentava parecia que as correntes me apertavam cada vez mais, gemia de dor. - Se continuar se mexendo vai doer ainda mais – disse alguém. - Quem é você? – eu disse entre gemidos. - Ah minha querida, você não precisa saber quem eu sou – ele disse – pelo menos não agora- O homem riu, sua voz era grossa, o que fazia sua risada ser assustadora. Só conseguia ver uma silhueta nas sombras. - O que você quer de mim? - Não posso contar, é segredo. – Ele riu mais uma vez, depois disso só escutei uma porta batendo. Não suportava mais a dor, devo ter desmaiado de novo. -Estava em um corredor estreito, entrava pouca luz das janelas que tinha, estava com um vestido branco, meus pés tocavam o chão frio, será que tinha morrido? Talvez. Escutei um barulho no final do corredor, fui em direção a ele, me deparei com um corpo no chão, todo ensanguentado, ele se virou, quase cai pra trás ao ver quem era. -Damon-

Subi as escadas, entrei no banheiro, olhei pro espelho... Não posso ficar chorando por causa disso, certo? Seguei as lagrimas e troquei de roupa , quando sai do banheiro me deparei com ele sentando na janela me olhando, vi ternura em seu olhar, não sei por que, mas isso me fez chorar ainda mais, corri para abraçá-lo.

Damon entendeu o que eu estava sentindo porque não falou nada, ficamos ali, abarcados por um longo tempo, também não consiga falar por que eu soluçava e chorava, ele só ficou ali acariciando meu cabelo.

Desencostei meu rosto do peito dele, eu tinha ensopado a camisa dele.

– Eu molhei sua camisa toda – eu disse, quase nem eu entendi o que disse de tanto que fungava. Ele levantou minha cabeça para eu olhar bem nos olhos deles.

– Tudo bem, não me importo com isso – ele disse em meio de um sorriso torto – não sei muito que aconteceu, mas quando Stefan entrou em casa com raiva... Meio que relacionei que tinha a ver com você.

– Ele... ele está com raiva? – eu gaguejei

– Bom, ele está magoado, mas sabe como é né – não precisou termicou essa frase, é eu sabia com era.

Eu sai dos braços dele – mesmo não querendo – e me sentei na cama, fiquei encarando o nada, parei de chorar, não sabia o que estava sentindo (se é que estava sentindo alguma coisa) Damon ficou me olhando por um momento, depois sentou no meu lado, percebi que ele estava meio tenso. Depois de longos minutos em silencio ele quebrou o silencio.

– Olha eu sei exatamente o que você está sentido, sei que parece estranho eu estar dizendo isso – ele olhou pra mim, pela primeira vez eu me senti falando com o verdadeiro Damon de 1864 , e não com o Damon vampiro; ele continuou – mas pela experiência que eu tenho isso que você está sentindo vai passar logo.

Ele sorriu pra mim, nunca tinha reparado como ele era lindo, os olhos azuis, pareciam um lindo e claro oceano que quando você olhava nada mais importasse o sorriso podia ofuscar até o sol e fazia com que qualquer garota se derretesse por ele. Talvez eu tivesse errada – muito errada- em relação a ele.

– Você fala isso como se fosse uma coisa fácil de fazer – eu disse ainda hipnotizada por aqueles olhos – você é um vampiro lembra? Você pode desligar suas emoções a não sentir nada se não quiser, mas eu não. Leva tempo para superar esse tipo de coisa.

– Você diz isso como se fosse uma coisa boa ser vampiro- ele disse olhando pra janela – tem a suas vantagens, mas também tem suas desvantagens.

Eu sabia disso é claro, eu namorei com um vampiro. Você tem sede de sangue, suas emoções aumentam, não pode sair ao sol. Mas as vantagens , você nunca envelhece , fica mais forte, mais rápido.

Só não entendi o porquê Damon parecia tão triste , algo o incomodava, dava par ver isso claramente em seu. Ele ficou calado, se eu não falasse nada ele provavelmente não ia falar nada.

– É eu sei que não é uma coisa extremamente boa, mas também não é uma coisa ruim – enquanto eu falava ele ficou imóvel – acho... que não seria tão ruim virar vampira, assim eu não seria tão frágil.

Damon se virou e olhou pra mim, não tive coragem de olhar pra ele, sabia que ele estava me encarando.


– Espera, você está dizendo que quer virar vampira ? – ele disse isso aumentando o tom de voz – meu deus Elena, você está ficando insana? – disse gritando


Nunca tinha visto o Damon gritar comigo desse jeito.

– Damon... – eu não consegui terminar de falar porque ele me interrompeu.

– Elena, Elena, você não sabe o que está falando – ele se levantou e começou a falar mais calmamente – você é a pessoa mais viva que eu conheço, não ia conseguir se acostumar pode acreditar em mim, você ia querer fazer de tudo pra voltar a ser humana, eu...

– Você o que Damon? – agora eu estava olhando pra ele - demorou a responder, mas acabou se virando e falou:

– Eu... eu sinto falta de ser humano – ele respondeu – e isso me mata , porque não tem como mudar o que eu sou, eu sou um monstro e não tem nada a se fazer sobre isso.

– Elena você não sabe como dói eu olhar pra você e saber que você não é minha, eu nunca senti isso por ninguém, muito menos pela Katherine, e eu sei que você, prefere meu irmão ao invés de mim, Stefan, sempre Stefan, você vai acabar perdoando-o e vai voltar a amá-lo – ele disse com cara de nojo – uma parte de mim queria que o Stefan nunca tivesse encontrado você, porque assim, você nunca iria sofrer você não ia se envolver com esse mundo insano de vampiros – Damon disse com a voz meio rouca, perecia que ia chorar – você Elena é boa de mais pra virar uma vampira, você não pode, eu não suportaria ver você jogar sua vida fora.

Agora tinha lagrimas escorrendo pelo rosto dele. Sempre soube que ele sentia algo por mim, mas não sabia que era algo tão grande, mas agora, eu sabia que o Damon não era um monstro, nem chegava perto de ser um, ele tinha sentimentos - eu já feri tantos esses sentimentos. E eu duvido que eu iria perdoar o Stefan tão rápido.

Eu também – em parte – nunca queria ter conhecido o Stefan, mas sem ele eu provavelmente estaria morta, mas uma coisa boa aconteceu quando eu o conheci, sem ele eu nunca teria conhecido o Damon. Damon sempre cuidou de mim, sempre esteve ao meu lado mesmo eu não querendo, sempre Damon. Agora eu entendia, eu falava que o odiava porque eu sabia que sentia alguma coisa por ele. Estou apaixonada por Damon Salvatore, eu o quero só pra mim - Caroline e Bonnie vão surtar quando ouvirem isso-

Mesmo com o Stefan do meu lado eu precisava do Damon também. Quando Damon está ao meu lado eu me sinto segura... e agora ele estava ali entregando seu amor por mim, e o que eu podia fazer ? Levantei-me devagar, andei até ele coloquei minha mão em seu braço e olhei naqueles olhos, meu deus que olhos...

– Damon... me desculpa por fazer você se sentir assim – eu disse encarando-o – eu não fazia idéia que você se sentia assim – agora caiam lagrimas pelo meu rosto – me desculpa eu ...

Não conseguia mais falar abaixei cabeça e comecei a chorar ainda mais, Damon chegou perto de mim levantou minha cabeça colocou sua mão no meu rosto e secou minhas lagrimas.

– Hey princesa não precisa chorar – ele disse, ele colocou a mão no meu rosto se aproximou, nossos rostos ficaram a centímetros, então aconteceu.




Ele me beijou, os lábios do Damon eram quentes e gracioso a cada toque dos lábios dele parecia que eu ia explodir de tanta emoção, meus joelhos ficaram bambos eu teria caído se o Damon não tivesse me segurando.




Ele parou de me beijar, encostou a testa na minha, não conseguia respirar direito.

Damon me fez sentir algo que eu nunca senti na minha vida.

Ele se desencostou de mim olhou nos meus olhos e disse:

– Eu te amo Elena – ele disse abrindo um lindo sorriso, que fez meus joelhos ficarem ainda mais bambos – e isso, você pode ter a certeza, nunca vai mudar, não importa o que aconteça, minha princesa. – ele sorriu mais ainda.

Eu também não conseguia parar de sorrir, ainda mais depois que ele me chamou de princesa. Sentia-me nas nuvens. Eu tinha Damon só pra mim.

Olhei nos olhos dele que brilhavam e disse:

– Nunca pensei que ia dizer isso mas ... – eu disse rindo – Eu te amo Damon, acho que sempre amei, e só descobri isso agora.

Inclinei-me e o beijei, ele me agarrou pela cintura e me levantou fazendo-me girar no ar, acabamos caindo na cama e rindo. Ficamos ali, só rindo. Damon deitou-se ao meu lado, deitei minha cabeça no peito dele, fiquei brincando com a mão dele, e ele ficou acariciando meu cabelo. Ele beijou minha cabeça, não conseguia parar de sorrir.

Eu não conseguia pesar direito, a única coisa que eu pensava era que amava o Damon, só isso, e isso bastava pra mim.

Cai no sono. Acho que nunca dormi tão bem na vida, nenhum sonho me atormentou essa noite. Sabia que estava segura com ele do meu lado.

Acordei com um barulho vindo da cozinha, olhei pra cama e vi que o Damon não estava ali, provavelmente era ele na cozinha, me levantei e fui pro banheiro, me espantei com a imagem que aparecia no espelho, meu cabelo estava todo desgrenhado e minha cara inchada de tanto chorar, lavei meu rosto e penteei meu cabelo, desci para a cozinha. Tinha uma grande pilha de waffles em cima da mesa cheia de calda de chocolate, estavam com um cheiro tão bom. Olhei em volta e não vi o Damon, será que ele tinha ido embora? Enquanto me aproxima da pilha de waffles algo me agarrou pela cintura e me virou.

– Bom dia raio de sol – Damon disse me dando um beijo na testa – dormiu bem?

Dei uma risada, cheguei bem perto do rosto dele e disse:

– Dormi muito bem – eu disse saindo de perto dele e indo até a mesa – você que fez esses waffles? – eu perguntei enquanto pegava um prato na prateleira.

– Fui – ele disse enquanto ia pro sofá – espero que estejam boas, nunca fui um bom cozinheiro.

Coloquei alguns waffles no prato, não resisti então cortei um pedaço e comi.

MEU DEUS que delicia.

– Além de ser bonito sabe cozinhar – eu reparei no que tinha dito quando o Damon deu uma risada, não era pra eu ter dito isso em voz alta.


Fui me sentar junto ao Damon no sofá. Ele ficou olhando eu comer, meio esquisito devo dizer.


Então é isso? Eu estava namorando com o Damon. Há uns meses atrás eu surtaria com essa hipótese de estar com ele. Damon podia ter feito coisas ruins no passado, mas agora ele mudou, ele parou de matar pessoas – pelo menos eu acho –.

Mesmo eu já estar acostumada com essa coisa toda de vampiros, isso ainda me deixava assustada, como eu, Elena Gilbert fui me enfiar em meio desse mundo de vampiro? Bom isso aconteceu quando Stefan me salvou no acidente de carro, ele ficou impressionado por eu me parecer como a Katherine – uma linda vampira que ele e o irmão se apaixonaram em 1864 – Stefan não acreditou nessa possibilidade e voltou para ver se era verdade. Infelizmente era verdade, eu era o que se chamava de doppelganger, o que era muito esquisito. Claro que quando descobri isso surtei, qualquer pessoa surtaria. Katherine passou anos fugindo de Klaus, e agora eu tento fazer a mesma coisa, o mais esquisito é que parece que a historia está se repetindo.

Acabei de comer e coloquei o prato em cima da mesa cheguei mais perto do Damon, ele parecia calmo como se tudo estivesse na mais plena e perfeita paz, mas é claro que não estava.

Escutei alguém bater na porta, não pretendia receber alguém aqui em casa ainda mais agora, não queria que ninguém soubesse – ainda – que eu estava com o Damon. Bateram de novo, me levantei e fui atender a porta, era quem eu menos esperava Caroline e Bonnie. As duas estavam parada na minha porta, pareciam zangadas. Dei um sorriso e disse:

– Oi, o que vocês estão fazendo aqui? – eu disse enquanto rezava pra elas não entrarem e vissem Damon no meu sofá. Caroline olhou pra mim e disse com raiva:

– O que a gente fazendo aqui? Elena você esqueceu que ia encontrar comigo e com a Bonnie no Shopping? - Ele ficou olhando pra mim, puts! Tinha esquecido totalmente, eu abri a boca pra responder, mas ela foi mais rápida, enquanto falava, ela passava pela porta e Bonnie vinha atrás – Agora vai subir e trocar de roupa por que ...

Ela parou de falar, eu fechei a porta, e me virei e olhei pra ela. Ela e Bonnie ficaram boquiabertas, elas olharam pra mim da cabeça aos pés e depois para Damon. Caroline foi a primeira a falar:

– Mas o que ele está fazendo aqui? – ela perguntou do jeito que ela falava parecia que Damon era algum tipo de bicho nojento. Fiquei olhando pra duas, não tinha idéia do que falar. Olhei pra Damon pra ver se ele me ajudava, ele se levantou e disse:

– Bom acho melhor eu ir embora – ele disse vindo pra perto de mim – Até mais Elena - ele disse piscando o olho, depois me deu um beijo na testa, se virou pras meninas, deu um sorriso e falou – Espero que se divirtam no shopping tchausinho!



Olhei enquanto ele saia e fechava a porta, ninguém falou nada até escutarmos o carro dele indo embora. Eu olhei pra elas e disse:



– Eu vou lá pra cima me vestir e já desço – eu disse indo pra escada, Bonnie e Caroline vieram atrás de mim. Chegamos no meu quarto peguei a primeira roupa que vi e fui por banheiro, não queria nem um pouco encarar minhas amigas agora.

– Elena você poderia me dizer o que exatamente o que ele estava fazendo aqui? – Bonnie perguntou – Vocês por acaso não... Você sabe?

– Não – eu respondi, acabei de me arrumar e sai do banheiro. Bonnie estava sentada na cama e Caroline do banco da janela, as duas me encaravam.

– Então o que aconteceu? – Caroline perguntou sempre direto ao ponto. Como eu ia falar pra elas eu que eu estava ficando com o Damon? Elas iam achar que eu tava maluca.

– Eu ahn .... – hesitei por uns minutos, não podia esconder isso dela certo? Elas são minhas melhores amigas, parei de encarar o chão olhei pra elas – eu beijei o Damon noite passado.

– Só isso? Vocês só se beijaram? – perguntou Caroline.

– Só – respondi. Caroline bufou e Bonnie revirou os olhos, não entendi o por que.

– Elena eu a Bonnie, todo mundo na verdade, sabia que uma hora vocês iam se beijar – fiquei olhando surpresa pra Caroline – e pra falar a verdade, esse beijou demorou pra acontecer em !

– Verdade – disse Bonnie olhando pra mim deu um sorriso e disse – mas então como foi?

– Como foi o que?

– O beijo! – as duas falaram juntas.

– Ah sei lá, foi bom – eu disse dando de ombros.

– Foi bom? É isso que você tem a dizer? – Caroline perguntou indignada – Damon te beijou e você só diz isso “foi bom”?

– Tá, foi maravilho, quando ele me beijou parecia que eu estava nas nuvens – respondi, às vezes elas querem saber de tudo – feliz agora?

– É um pouco – ela respondeu – é melhor a gente ir antes que as lojas fechem.

Caroline e Bonnie saíram primeiro do quarto, estava saindo do quarto quando vi a jaqueta de couro do Damon em cima da cadeira, a peguei e coloquei pendurada na bolsa, e desci as escadas.


Ninguém falou nada no carro. Nós ficamos entrando e saindo das lojas, nenhum vestido agradava a gente, e o preço também não. Até que a Caroline avistou uma lojinha, ela era bem pequena, se chamava Flawless Dress. Era a única loja que não entramos, resolvemos entrar então, não demorou muito para ficarmos encantadas, o chão tinha ladrinhos brancos, colunas de mármore, um lindo lustre de cristais, tinha um grande tapete rosa que se estendia pela loja, e os vestidos os mais lindos que eu já tinha visto na minha vida. Uma mulher alta com o cabelo preso em um rabo de cavalo e um avental rosa, veio até nós e disse:


– Bem vindas a Flawless Dress – ela disse sorrindo – meu nome é Clarisse, no que posso ajudar vocês?


Não conseguimos falar de tão impressionadas que ficamos.


– Ual essa loja é muito linda – Caroline disse ainda hipnotizada

– Muito obrigada – respondeu Clarisse – Agora me diga, que tipo de vestido vocês procuram?

– Queremos algo bem extravagante, mas tem que ser preto e branco – Caroline disse.

– Sigam-me – Clarisse disse. Entramos e um pequeno espaço onde só tinha vestido branco ou preto, um mais lindo que o outro.

– Ual – nós três falamos juntas. Colocamos nossas bolsas em uma cadeira, e fomos ver os vestidos.

Experimentamos quase todos, passamos horas ali. De tanto experimentar acabamos escolhendo os nossos vestidos. Caroline comprou um que era feito de seda, tomara que caia, a saia ia até os pés, atrás precisava amarrar – como se fosse um corpete -, e na cintura tinha um belíssimo laço preto. O de Bonnie era mais simples, era todo preto, ele vinha mais ou menos até a coxa, tomara que caia também, o vestido tinha três listras brancas, uma em cima no vestido, a outra marcando a cintura, e última ficava no final no vestido, ela ficou linda. O meu era longo e branco, na parte de cima vinha um tecido preto marcando meus seios, abaixo do tecido vinha uma renda, mas só tinha três tiras, depois vinha varias pedrinhas pretas fazendo com que o vestido brilhasse. Nós três estávamos lindas.

Enquanto saiam da loja, raparei que tinha uma mensagem no meu celular, abri e vi que era de Stefan.

– De quem é a mensagem? – perguntou Caroline enquanto abria a porta do carro.

– É do Stefan, ele quer conversar com a gente.

– Então vamos para a Mansão Salvatore – disse Bonnie entrando no carro, coloquei o celular no bolso e entrei – O que será que ele quer ? – perguntou ela olhando pelo retrovisor.

– Não faço a menor idéia – eu respondi.

Bonnie e Caroline se olharam e depois se viraram pra mim - O que foi ?

– Será que Stefan não descobriu que você beijou o Damon? – Caroline perguntou

– Será? – eu perguntei mais para mim mesma do que pra elas – não me importa que ele tenha descoberto, agora faça o favor de dirigir?

Caroline e virou e ligou o carro, Bonnie se ajeitou no banco. Pensei por um minuto, e se ele realmente tiver descoberto que eu beijei o Damon? Será que ele iria fazer algo contra Damon? Ou pior contra mim? Não, ele provavelmente não descobriu.

Caroline ficou falando o tempo todo, nem prestei atenção.

– Chegamos – ela disse.




Era final da tarde, por mais que estivesse sol, o clima estava frio. Caroline estacionou o carro e saímos, andamos em direção a porta, mas antes de batermos Damon já estava abrindo a porta. Fiquei incrivelmente feliz por vê-lo – espero que ninguém tenha reparado no sorriso que eu dei, mas acho que o Damon reparou porque quando ele me viu sorriu mais ainda –




Caroline entrou seguida por Bonnie, as duas disseram um i meio desanimado a ele , entrei logo depois delas.

– Aqui, você esqueceu isso lá me casa ontem – eu disse entregando a jaqueta.

– Obrigado – ele disse, me deu um beijo e depois fechou a porta.

Fomos para sala, o clima estava super desconfortável. Caroline e Bonnie estavam sentadas no sofá inquietas, fui me juntar a elas!

– Então porque vocês nós chamou aqui? – perguntou Bonnie

Mas antes que alguém pudesse responder alguém bateu na porta, Damon e Stefan se olharam. Damon foi até a porta e abriu, mas não tinha ninguém. Entrou uma brisa fria que me fez ficar toda arrepiada, Damon já ia fechar a porta quando um pedaço de fita entrou voando pela porta, Damon com seus reflexos de vampiro conseguiu segurar a fita, ele deu um sorriso e disse:

– Sapphire.

– Oi Damon – disse uma garota ao pé da escada, ela era incrivelmente bonita, era alta, usava uma calça preta com salto e uma blusa roxa e uma jaqueta, tinha cabelos longos e encaracolados, ela tinha mechas azuis e rosa no cabelo.

– O que devo a honra de sua presença? – perguntou Damon enquanto fechava a porta.

– Só vim visitar um velho a amigo- ela disse e se virou, suspeitei que ela era chamada de Sapphire porque tinha incríveis olhos cor de safira. Fiquei com ciúmes pelo fato de ela conhecer o Damon e ser tão bonita!

– Sei, visitar um velho amigo.... – Damon disse – anda fala o que você quer!

– Sempre direito ao ponto – ela disse abrindo um lindo sorriso – na verdade eu não quero nada, eu só vim ajudar.

– Ajudar? Serio?

– Olha eu ouvi dizer que vocês mataram um vampiro original – ela disse – e aposto que com isso vocês descobriram que quando vocês matam um original todos os vampiros que ele deu origem , morrem junto com ele certo ?

Todos nós ficamos surpresos quando ela disse isso, menos o Damon.

– Certo – ele disse – mas o que que tem ?

– Bom eu não to a im de morrer, e como você sabe eu tenho um grande conhecimento sobre os originais – ela disse – então eu descobri uma forma de quebrar essa bloodline !

– Então como se faz isso? – dessa vez foi o Stefan quem perguntou


– Vai ser meio complicado – ela disse olhando para mim


– Sempre é complicado – Damon disse, eu senti na voz dele um pouco de raiva enquanto falava com ela.

– Olha me desculpa não ter contado sobre a Katherine naquela época – ela disse encarado o Damon – eu tive que guardar o segredo dela, eu prometi, e você sabe que eu compro minhas promessas.

Damon não disse nada, só ficou encarando ela.

Ninguém dizia nada, Damon a conhecia faz tempo, e ela sabia sobre a Katherine.

– Aliás, eu trouxe isso – ela tirou um colar do bolso – espero que não seja tarde demais – ela entregou o colar, ele era lindo, a corrente era feita de ouro e tinha uma grande e brilhante esmeralda pendurada. Imaginei se esse colar não seria para Katherine.

Damon pegou o colar vi um brilho em seus olhos, ele olhou pra mim e depois pro colar, o colocou no bolso e foi se sentar.

– Tem um feitiço pra quebrar a bloodline – Sapphire continuou – mas ele é muito difícil de ser feito!

– Como ele é? – Bonnie perguntou

Sapphire levou alguns minutos pra responder

– Bom, ele envolve três coisas – ela disse – uma bruxa, um vampiro da bloodline que você quer quebrar – ela olhou pra mim e completou – e da doppelganger – ela suspirou e disse – mas para dar realmente certo, precisaríamos das 3 doppelgangers Petrovas.

Olhei confusa para Sapphire, as 3 doppelgangers Petrovas?

Olhei em volta e percebi que todos estavam olhando pra mim, me remexi inquieta no sofá. Damon percebendo a minha inquietude, falou chamando a atenção de todos pra ele.

– Como a gente vai usar as 3 doppelgangers petrovas nesse feitiço? Nem sabemos onde elas estão.

– Por isso que eu disse que ia ser complicado – ela disse – nós podemos usar a doppelganger humana, mas não creio que o feitiço ira funcionar.

Eles falavam como se eu não estivesse ali, é claro que estava em choque um feitiço envolvendo as 3 doppelgangers petrovas só poderia acabar mal.

– Eu iria acabar morta? – perguntei, Sapphire me encarou e disse:

– Não, esse feitiço não envolve a morte de nenhum de seus participantes.

Reparei que todos ficaram aliviados ao saber disso. Mesmo assim sentia que esse feitiço era algo perigoso.

– Eu nunca ouvi falar de nenhum feitiço assim antes – Bonnie disse.

– Uma bruxa Bennet certo ? – Sapphire perguntou, Bonnie balançou a cabeça dizendo um sim – Excelente. Esse feitiço raramente é encontrado em algum grimório, esse feitiço é de tempos atrás de bruxas muito antigas e poderosas, achei por acaso, mas aposto que suas ancestrais o conheciam.

Sapphire deu um sorriso. Olhei pra Bonnie, ela parecia estar em duvida em acreditar no que Sapphire dizia, quem poderia culpá-la?



Faria e tudo pra proteger meus amigos, mas quem me protegeria? Não tenho muitas escolhas, não confio em Sapphire, talvez devesse já que Damon confia. Muitas coisas passando pela minha cabeça. Eu estava encarando a lareira, todo mundo estava conversando sobre o feitiço. Ainda estava intrigada sobre o colar. Desde que meus pais morreram sempre tento manter meus amigos vivos às vezes é difícil e muito difícil... Queria poder voltar no tempo, quando as coisas eram mais fáceis, sem essa coisa toda de vampiros... Sabia que era impossível.



Tentava prestar a atenção na conversa que acontecia atrás de mim. Já não estava entendo mais nada. Senti uma mão em ombro, quando me viro vejo que é Damon.

– Precisamos conversar – diz ele. Ele me conduz para o seu quarto, entro e me sento na cama, ficamos vários minutos nos encarando, até que não aguentei mais.

– Você me trousse aqui pra conversar, o que é? – ele suspira e responde.

– Eu não posso deixar que você participe desse feitiço, por mais que você não morra, é arriscado demais.

– Eu sei Damon – eu respondo. Por mais que seja perigoso, eu sei que tenho que fazer isso. Talvez essa seja a única coisa que eu possa fazer pra ajudar.

– Olha eu sei o que você está pensando, que essa é a única coisa quer você pode fazer pra ajudar a gente, mas eu não vou deixar você se arriscar – ele diz

– Não sabia que você lia mentes agora? – percebo que minha tentativa de aumentar o humor dele não adiantava – eu sei que é perigoso, mas eu tenho que fazer.

– Não Elena – ele chega mais perto – você não tem, essa não é a sua obrigação.

Talvez ele tenha razão, talvez eu devesse deixar isso de lado, fazer com que eles resolvam seus problemas, certo? Mas não conseguia, eu sentia que essa era minha obrigação, salva-los.

–Damon, eu sinto que essa é minha obrigação – começa a se formar um nó na minha garganta, faço de tudo pra não chorar – não posso deixar vocês morrerem.

– Elena eu que não posso deixar você morrer – agora ele acaricia meus cabelos – eu não posso deixar.

Não sei o que mais falar. Agora lágrimas rolam pelo meu rosto, ele tem razão e sei que tem, mas ele não pode me impedir, eu vou fazer isso nem que eu morra tentando, o que é possível. Não posso perder meus amigos, não por causa do Klaus.

–Damon eu entendo o que você está tentando fazer – falo encarando-o – mas eu já perdi gente demais na minha vida, não posso deixar que eu perca mais alguém, eu vou fazer isso, e você não tem como me impedir. – seco as lágrimas e saio do quarto.



Não aguentava mais ficar ali, já não conseguia organizar meus pensamentos direito, falei que não estava me sentindo bem e pedi pro Stefan dar uma carona pra Caroline e a Bonnie.



– Ok claro – ele disse – Tome cuidado na estrada. Concordei com a cabeça. Um tempo sozinha era tudo que eu precisava. Eram quase 10h da noite, estava super cansada, queria chegar em casa, esquecer isso e simplesmente dormir, claro que eu não ia conseguir relaxar.

Liguei o radio e coloquei o volume no máximo, tava tocando No light, No light do Florence + the machine fiquei cantando junto com a musica.

“No light, no light in your bright blue eyes

I never knew daylight could be so violent

A revelation in the light of day

You can choose what stays and what fades away


And I'd do anything to make you stay


No light, no light

No light

Tell me what you want me to say


Through the crowd I was


Crying out and

In your place there were a thousand other faces“

Estava tão distraída que nem reparei que tinha avançando o sinal vermelho, quando me dei conta já era tarde demais o carro já tinha batido em mim.

Foi tudo tão rápido, uma hora eu tava cantando e na outra estava capotando com o carro, não tive tempo de ver quem tinha batido em mim.

...

Acho que devo ter desmaiado, porque quando eu acordei estava em uma cama, não reconheci o lugar, minha visão tava embaçada e estava meio tonta.

Levei um tempo pra me recuperar, quando consegui enxergar vi que estava acorrentada a uma cama, olhei para meu corpo, minha blusa estava cheia de sangue, eu tava toda arranhada, minha perna doía muito, espero que não a tenha quebrado. Devia ter prestado atenção no conselho do Stefan.

Não conseguia me mexer, quando tentava parecia que as correntes me apertavam cada vez mais, gemia de dor.

– Se continuar se mexendo vai doer ainda mais – disse alguém.

– Quem é você? – eu disse entre gemidos.

– Ah minha querida, você não precisa saber quem eu sou – ele disse – pelo menos não agora- O homem riu, sua voz era grossa, o que fazia sua risada ser assustadora. Só conseguia ver uma silhueta nas sombras.

– O que você quer de mim?

– Não posso contar, é segredo. – Ele riu mais uma vez, depois disso só escutei uma porta batendo.

Não suportava mais a dor, devo ter desmaiado de novo.

–Estava em um corredor estreito, entrava pouca luz das janelas que tinha, estava com um vestido branco, meus pés tocavam o chão frio, será que tinha morrido? Talvez. Escutei um barulho no final do corredor, fui em direção a ele, me deparei com um corpo no chão, todo ensanguentado, ele se virou, quase cai pra trás ao ver quem era.

–Damon-



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Notas finais do capítulo

hum aqui são os caps 4,5,6,7 e 8 juntos. Atualizei pq quis atualizar se quiserem o resto let me know.



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