Rose Weasley.

─ Parabéns, mamãe! ─ disse ele, com um meio sorriso.

Inesperadamente, eu sorri.

─ Como ele está? ─ perguntei.

─ Saudável e de sete semanas e meia. ─ disse, entregando-me os exames.

Eu já sabia que estava grávida, isso era só uma confirmação.

─ O seu noivo sabe? ─ perguntou ele, enquanto guardava suas coisas. ─ Aposto que ficará feliz, sempre pareceu tão atencioso. ─ disse ele.

─ Ahn... Claro. ─ falei forçando um sorriso, não me agradava ter que explicar o rompimento de meu suposto casamento agora.

─ Meu turno acabou à dez minutos Rose, preciso ir, mas não se esqueça, se precisar de qualquer coisa, fale comigo. ─ ele disse e se retirou.

A menção do nome de Mason trouxe a minha cabeça um turbilhão de novas questões: Quem era o pai? Eu contaria a minha família? Qual seria a reação dos outros?

Eu sinceramente não sei, mas uma criança não é uma coisa que você pode esconder dentro do guarda roupas e ficar por isso mesmo.

Passei a mão sobre minha barriga ainda lisa e me dirigi de volta a casa de Domi, ela não estava em casa, só chegaria depois do almoço.

Preparei qualquer coisa para comer, porém nada descia pela minha garganta.

Quem seria o pai de meu filho? Eu chegaria a saber sem precisar recorrer a humilhação de um exame de DNA? Eu contaria ao suposto pai, ou criaria meu filho sozinha?

Eu não sei, eu não sei de mais nada.

De repente tudo parece confuso, logo agora que as coisas estavam entrando nos eixos novamente.

Já posso imaginar meu pai gritando, chamando meu bebê de ‘‘filho do pecado”

Isso eu não poderia suportar, de maneira alguma.

Como se já não bastasse todas essa questões em cima de mim, ainda tem os meu hormônios, que parecem loucos. Não aguentei, quando dei por mim já estava me debulhando em lagrimas.

Domi chegou pouco depois e me encontrou com o rosto enterrados nas mãos, sentada no sofá.

─ Rosie... ─ disse ela se aproximando.

─ O que eu vou fazer Domi? Estou sozinha, nem tenho família, como vou criar um filho sem pai? ─ perguntei aos soluços.

─ Primeiro de tudo: Você não fez essas criança sozinha, e segundo: Você não está sozinha Ro, não diga besteiras, eu sempre estarei aqui. ─ disse ela, apertando o abraço.

─ Mas... Um bebê Domi... Um bebê pequeninho. ─ falei.

─ Quem te falou que bebês são coisas ruins? Imagina daqui um tempo um par de perninhas curtas correndo por está casa. ─ disse ela, sonhadoramente.

─ Não é uma coisa ruim... Mas eu só não estava preparada para ser mãe, não ainda. ─ falei.

─ Olha, vai dar tudo certo, tudo bem? ─ disse ela, pegando-me pelos ombros.

─ Tomara prima.. Tomara. ─ murmurei.

Então ela pegou o celular e começou a discar um numero.

─ Pra quem você está ligando? ─ perguntei.

─ Pra Lily.. ─ ela disse. ─ ela tem que saber das novidades.

─ NÃO! ─ exclamei.

Ela me ignorou.

─ Alô? Lily? Chama a Roxi e o Alvo, venham pra cá agora, temos novidades...

Então desligou o celular.

─ Domi. ─ resmunguei ─ eu não queria contar agora!

─ Você não pode esconder uma barriga por muito tempo Rose, e eles são seus melhores amigos, lembra? ─ disse ela.

É, eles são meus melhores amigos.. Eu devo isso a eles.

Algum tempo depois eles chegaram, sentaram no sofá e ficaram me encarando, com um olhar indagativo.

─ Então? ─ perguntou Lily, arqueando uma sobrancelha.

─ Então... ─ repeti me perguntando por onde deveria começar. ─ Não sei como começar.

─ Que tal pelo começo? ─ disse Alvo, sarcástico.

─ Rosie, estou preocupada, fala logo. ─ disse Roxi.

Inspirei e expirei algumas vezes e soltei a bomba.

─ Estou grávida.

Por um momento a sala ficou silenciosa, até que todos exclamaram juntos.

─ GRAVIDA?!

Resolvi soltar toda a bomba de uma vez só, e que se dane.

─ E não sei quem é o pai.

Olhei para Lily, estava vermelha, já Alvo estava branco como papel, como se o sangue tivesse se esvaído de seu rosto. Já Roxi tinha uma expressão de incredulidade, surpresa e... Felicidade?

─ NÃO SABE QUEM É O PAI?!

Exclamaram todos juntos, depois de um longo segundo.

─ Sim... ─ murmurei abaixando a cabeça.

─ Isso é maravilhoso! ─ disse Roxi.

Olhei para ela, incrédula.

─ Claro, tirando o fato de que você não sabe quem é o pai da criança... ─ se apressou em consertar. ─ Mas é um bebe... Posso ser a madrinha? ─ pediu ela com os olhos brilhando.

─ Nem vem, a madrinha serei eu. ─ falou Domi com superioridade.

E assim elas começaram uma discussão, da qual eu estava cansada demais para participar, arriei no sofá, cansada. Logo Lily e Alvo estavam ao meu redor.

─ Vai dar tudo certo ruivinha. ─ disse Alvo, acariciando meus cabelos.

─ Nós vamos conseguir, tudo bem? ─ disse Lily.

─ Não é justo que vocês me ajudem, esse bebê é meu. ─ falei.

─ Não mesmo, esse bebê é nosso Rose Weasley, nosso. ─ falou Alvo.

─ Isso mesmo. ─ completou Lily.

Apesar de tudo estar desmoronando novamente, eu estava feliz, por que além de ter primos que me apoiavam, agora eu não estava mais sozinha, jamais estaria.