Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 19
Capítulo 19 - Alívio


Notas iniciais do capítulo

Gente olha eu denovo kkkkk
Eu não ia postar... Não ia mas, como recebi vários comentários das minhas leitoras top não estando satisfeitas com o suspense, segue mais um post para todo mundo ver que o Dimitri vai contar a ela sobre o casamento hahahahaa.
#prontofalei hahaha
PS sobre o capítulo: vem um pouco mais de drama ai, mas prometo que é bem vindo.
Gente sério... não reparem nos errinhos... rsrsrs
*Nos vemos lá embaixo*



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Qualquer som que minha garganta pudesse produzir, havia cessado. Eu a sentia quente e seca, ainda mais agora, que Dimitri se aproximava para mais perto. Seus olhos eram chocolate quente e de alguma forma estranha, eu sentia que ele estava decidido sobre o que fazer. Aos poucos, seu rosto foi se aproximando do meu e eu prendi minha respiração. Dimitri Belikov vai me beijar. Eu repetia para mim mesma, tentando buscar em algum lugar sombrio de minha mente, o juízo. Então mordi meus lábios, certa de que ele me devia uma resposta.

–Você não está casado está? – Sussurrei, o observando a centímetros do meu rosto. Sem uma resposta a princípio, ele sorriu. Daquela linda e aberta forma, que só ele era capaz.

–É claro que não estou Roza. – Ele tocou minha face com sua mão quente e eu me perdi em deleite. –Acha mesmo que se estivesse casado eu estaria aqui com você? – Dessa vez, seus lábios beijaram minha testa. Um longo e molhado beijo.

Não consegui evitar a felicidade que borbulhava dentro de mim ao ouvir aquilo. Dimitri não estava casado. Ele não havia aceitado aquela broaca de olhos azuis, como sua esposa. Dimitri Belikov estava livre para mim.

–Não estão mais noivos? Nenhum contato? – Eu sabia a resposta mas mesmo assim, alguma parte dentro de mim precisava saber.

Dimitri então voltou a sorrir, antes de beijar os dois lados de minha face, repetindo o que havia feito com minha testa. O lugar onde seus lábios haviam me tocado, ainda formigava de uma forma muito boa.

Nada – Ele respondeu por fim, com a voz carregada de sentimento. Mais uma vez nossos olhos se encontraram e dessa vez, não havia nada entre nós. Ele me beijou.

O toque dos lábios macios, era suave junto ao meu. Dimitri levou uma de suas mãos a minha nuca enquanto a outra, estava em minhas costas, para me puxar para mais perto de seu corpo. Minhas duas mãos foram para sua cabeça, para que eu pudesse afundar meus dedos no cabelo macio como seda. Dimitri então aumentou o beijo. Seus lábios se tornaram exigentes ao toque. Em um gesto rápido, Dimitri me ergueu em seu colo, me depositando em cima da pia. Colei ainda mais meu corpo ao seu pela sensação gelada em contraste com meu corpo quente.

Seus lábios desceram pelo meu pescoço e eu afundei minhas unhas em suas costas, ansiando pelo contato. Levei minhas mãos para sua jaqueta, a lançando no chão sem nenhum cuidado. As mãos de Dimitri subiram pela minha coxa, empurrando meu vestido de lã para cima. Arfei quando elas encontraram a curva do meu quadril. Seus lábios então voltaram para os meus em um beijo faminto, enquanto suas mãos trabalhavam para puxar minha meia calça. Era tudo o que eu precisava. Um celular foi ouvido e Dimitri parou suas mãos já na altura do meu joelho, para tocar seu bolso. Com uma rápida olhada em seu identificador de chamadas, Dimitri franziu o cenho.

–Que estranho. É Vicky – Dimitri me fitou rapidamente. –Ela não teria motivos para me ligar agora.

Ainda entorpecida pelo seu beijo e mãos, acabei concordando com a cabeça, para incentiva-lo a atender ao telefone. Pela empolgação com que sua irmã havia me tratado antes, eu estava duvidando seriamente, que ela estaria empenhada em nos atrapalhar. Ainda mais agora, que estávamos quase indo para o meu quarto.

–Vicky? – Dimitri perguntou um pouco apreensivo. Um som foi ouvido do outro lado da linha, baixo demais para meus ouvidos e então, Dimitri ficou pálido. –Onde você está? Sônia está bem? – Ele então se afastou um pouco, me obrigando a descer de onde estava sentada, para ampara-lo. Mesmo sem saber ao certo o que estava acontecendo, eu sabia que não eram boas notícias. Arrumei então minhas meias e baixei o vestido. –Estou indo já. – Antes que eu pudesse toca-lo, Dimitri estava recolhendo sua jaqueta do chão. Sua aparência era igual a de um fantasma.

–O que aconteceu? – Perguntei aflita, tocando seu braço. Ele então me olhou nos olhos e eu vi a aflição transparecer.

–Minha sobrinha Sara a filha de Sônia, sofreu um acidente.

–Oh meu Deus. – Toquei minha boca em espanto.

–Eu preciso ir, me desculpe – Mesmo depois de uma notícia daquelas, Dimitri estava se desculpando.

–Não precisa disso. Eu vou com você. – Puxei minha bolsa que para minha sorte, estava em cima da cadeira da cozinha. – Estou pronta.

Dimitri então sorriu de forma triste, me agradecendo silenciosamente pelo gesto. Sem esperar que ele me repelisse, tirei minha blusa de cima do sofá e o segui pela porta.

O caminho até o hospital foi bastante complicado e silencioso. Dimitri dirigia com pressa pelas ruas movimentadas de New York, cortando qualquer veículo que se colocasse em nosso caminho. Nessa hora, eu estava rezando para nenhuma senhora de idade, atravessasse na nossa frente, pois eu temia pela sua vida.

Quando finalmente estacionamentos, Dimitri basicamente pulou do carro e eu corri para poder acompanha-lo. Repreendi-me mentalmente, por estar usando saltos ao invés de qualquer coisa mais confortável.

A sala de espera estava bastante movimentada. Eu reconheci Vicky de imediato e ao seu lado, estava outra mulher morena de cabelos compridos, que imaginei ser Sônia a irmã mais velha de Dimitri. Ela estava beirando o desespero e abraçada a uma mulher mais velha, ela chorava em seu ombro. Próximo das cadeiras laterais, estavam mais duas crianças. Um menino pequeno de aproximadamente dois ou três anos, no colo de uma menina com um pouco mais de doze ou treze anos. Ambos me olharam com curiosidade. Seus olhares eram tristes, principalmente os da menina mais velha, que parecia mais ciente do que estava realmente acontecendo.

Quando ambas perceberam nossa presença, Sônia soltou da mulher mais velha, para ir em direção a Dimitri. Ela tocou o peito do irmão.

–Dimka por favor, salve a Sofia. – Sua voz era engasgada, fazendo com que meus olhos começassem a lacrimejar em desespero e tristeza por ela. De uma forma bastante estranha, me lembrei de meus pais e o quão deveriam ter sofrido antes de morrer. O pior de tudo, era que eu nem mesmo tive a chance de salva-los.

Dimitri sem uma resposta aparente, soltou de sua irmã, com uma resposta muda, de que iria fazer tudo o que pudesse, para socorrer sua filha. Ele então correu em direção ao local onde estavam vários enfermeiros e muito rápido, conseguiu um avental. Em questão de segundos, Dimitri estava indo em direção ao centro cirúrgico.

Abalada demais para tentar alguma aproximação, esperei que Vicky viesse até mim e ela o fez. Seus braços foram ao redor do meu corpo e eu a abracei apertado, tentando passar todo o conforto que poderia naquele momento.

–Rose ainda bem que está aqui. – Ela disse depois de se distanciar para ver meu rosto. Lágrimas encobriam sua face juvenil.

–Ajudarei no que puder. – Sussurrei.

Ela então forçou um sorriso para mim, abalado demais para ter algum sentido e me puxou em direção a seus familiares.

–Está é minha irmã Sônia e está e minha mãe Olena. – Ela pausou para gesticular em minha direção – E esta é Rose. – Sônia ainda estava muito abalada, mas Olena me saldou com um breve aceno de cabeça. Seus braços estavam em volta de Sônia.

–Muito prazer Rose – Ela disse suavemente.

–O prazer é todo meu. – Sussurrei, forçando um sorriso.

–Rose se importa de ir comigo buscar um café? – Vicky ofereceu.

–Claro que não. – Prontamente respondi. Provavelmente, os familiares precisavam de um momento a sós.

Segui Vicky em silêncio até o refeitório principal do Hospital. Somente quando sentamo-nos à mesa, após pedirmos dois cafés, ela resolveu falar.

–Me desculpe pela minha irmã. Ela esta muito triste. – Vicky brincava com a borda de sua xícara, sem realmente beber do café.

–Eu imagino. – Comentei, enquanto avaliava a situação. – O que realmente aconteceu? – Resolvi perguntar de uma vez.

–Sofia a filha de Sônia, estava vindo da casa de sua amiga que é em frente a nossa e um caminhão... – Ela pausou, levando suas mãos até sua boca. Lágrimas começaram a descer de seus olhos chocolate.

–Não... não precisa continuar. Por favor. – Peguei suas mãos nas minhas, suplicando para que ela parasse de falar. Isso notavelmente a estava machucando muito.

–Eu preciso desabafar. – Ela replicou. – Eu preciso contar isso a alguém. Por favor.

–Está bem. Estou aqui. –Apertei gentilmente seus dedos nos meus.

–Ela foi atropelada e jogada longe. – Vicky desviou rapidamente seu olhar mas logo voltou para mim. – Tudo isso, por que pedimos a ela que ficasse na amiga por algumas horas, pois estávamos resolvendo o assunto sobre o aniversário dela.

Foi ai que me lembrei. Vicky estava querendo me convidar para participar do aniversário da sobrinha de Dimitri. Era Sofia. E ela havia tecnicamente despachado Dimitri, com uma desculpa de organizar o aniversário.

–Ela vai ficar bem. – A consolei. – Ela ficará bem Vicky. – Sorri tentando passar algum conforto, mesmo que eu soubesse que era em vão.


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Notas finais do capítulo

Que jeito mais legal de conhecer a família né?
O que acharam? Não deixem de comentar!!!

Beijos