Mudança De Planos escrita por Clara Ferler


Capítulo 5
na SOLVETELIA.


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem boa leitura, comentem.



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(P.V. Cebola)

Depois que a Mônica foi embora da minha casa, subi para o meu quarto e fiquei pensando nela. Ela me disse que não tinha falado sobre aquilo com ninguém, eu fiquei contente em ouvir aquilo, quer dizer que eu sou o primeiro a ouvir o que ela pensa. Ouvi batidas na porta e então vi que era a minha mãe:

-Oi filho, a Dona Luiza já foi embora.

-já?

-Sim, parece que vamos ter boas vizinhas.

-é.-eu respondi olhando para o nada sorrindo.

-A Mônica é bem simpática né?-ela falou se sentando ao meu lado na cama e eu concordei com a cabeça .-e bonita-continuou minha mãe.

-Mãe, onde você ta querendo chegar com isso?

Minha mãe riu e continuou:

-Não é nada filho, só acho que você gostou dela, quem sabe não é amor a primeira vista?-ela dizia com um jeito brincalhona.

-Não é isso, é que agente já tinha se visto antes.

- quando?

-hoje na escola, ela estuda na mesma escola que eu.

-Sério? E vocês conversaram bastante?

-não, nós não conversamos na escola.

-Então como você diz que já a conheceu ?

-Eu não disse que eu conheci, eu disse que eu vi ela hoje na escola-eu a corrigi. -agente se esbarrou, acabamos caindo no chão juntos.

-O QUE???-minha mãe falou alto surpresa com o que eu disse.

-é foi um acidente, só isso mãe.

-Uau, acho que você devia ir na casa dela pra se apresentar, afinal, elas já vieram aqui né?!

-tem razão, mas acho que vai ser meio difícil.

-Por que?

-Porque a Mônica não é o tipo de pessoa que você pode se aproximar livremente.

-não entendi, como assim?

-lá na escola todos conhecem ela, ela faz o tipo de metidinha rica, ela é uma boa pessoa, mas eu não acho que algum dia poderemos ser amigos. Eu até disse pra ela que ela podia me considerar como um amigo, mas eu só queria ser legal naquela hora e eu não acho que ela tenha levado a sério.

-Só te digo uma coisa: Se não tentar, nunca vai conseguir.

-O que isso quer dizer?-indaguei.

-Não é obvio? Se você não tentar se aproximar da Mônica, nunca serão amigos..........Nem nada mais.

Eu me calei ao ouvir aquelas ultimas três palavras. E disse depois de um tempo:

-Mãe, eu não quero ser nada mais que isso, ok?-eu menti, mas eu não estava certo sobre meus sentimentos, e a ultima pessoa com quem eu queria falar naquele momento sobre isso era a minha mãe. As vezes sinto saudades do meu pai, ele sim me entenderia se estivesse aqui.

-Tudo bem se não quiser falar.

-não tem nada pra falar. -minha mãe pareceu que tinha ficado triste por eu não querer falar o que estava passando na minha cabeça, mas de um certo modo, acho que ela entendia.

-tá bom filho, vou preparar o almoço tudo bem?

-Tá. –ela saiu e fechou a porta, me deixando sozinho no meu quarto. Eu sentia tanta falta do meu pai, queria que ele estivesse aqui me dizendo porque meus sentimentos estão tão confusos, me dizendo que tudo daria certo, que eu faria novos amigos e mesmo que eu tivesse problemas tudo bem, porque esses problemas seriam passageiros, sinto falta do seu censo de humor e da sua energia positiva. Eu fiquei horas no meu quarto pensando nele e em como seria minha vida nova nessa cidade.

(P.V. Mônica)

Estava no meu quarto me aprontando pra ir no Shopping me encontrar com o Tony como tínhamos combinado, eu não estava com tanta vontade de me encontrar com ele como estava antes, mas olhei no relógio e vi que já eram 15:00hrs, estava muito em cima da hora pra desmarcar com o Tony o nosso passeio, então tentei fingir que estava feliz e fui até o Shopping. Cheguei lá e vi que ele já estava me esperando sentado em um mesa na cessão dos comes e bebes. Ele me viu quando estava chegando mais perto e se levantou da cadeira e falou:

-Até que enfim, o que tava fazendo? Fabricando uma roupa descente pra vestir? Por que tanta demora?-ele disse grosseiramente, com um tom frio em sua voz, fiquei com raiva e disse:

-Oi pra você também Tony e aproposito, só me atrasei cinco minutos, custava esperar um pouquinho?-Me sentei na cadeira já irritada com ele.

-você é bem estressada né?

-E você é bem impaciente né?-falei.

-Calma não precisa ficar bravinha, então vamos pedir logo o sorvete?-perguntou ele.

-Você fala como se fosse uma obrigação estar aqui.-disse.

-Quase isso!-ele zombou.

-Para com isso-eu disse furiosa.

-parar com que?-ele se fez de desentendido.

-de agir feito um idiota, quer dizer, de ser um idiota!

-Ah, então eu sou um idiota? E você é o que?-ele quis dizer que eu era uma idiota, me deu vontade de estourar de tanta raiva que eu estava naquele momento, mas resolvi me controlar.

-Eu sou uma pessoa Tony, e não é assim que se fala com uma pessoa, ouviu? Mau educado.

-Mônica você podia ficar de boa e parar de ser tão estressada só por hoje? Não quero que você estrague o meu dia ok?

-Tenho certeza de que não sou eu que estou estragando o seu dia.-falei.

-O que você quer dizer com isso?-ele se irritou.

-quero dizer que você mesmo é que estraga o seu dia e o meu também.

-Não é preciso de ninguém pra estragar o seu dia Mônica, afinal, não é você que reclama de tudo que esta em sua volta?

-Não se meta na minha vida.

-só estou dizendo que você devia parar de ser tão irritante, afasta os outros de perto de você.

-E parece que eu aprendi com você né Tony.

Quando podíamos perceber, estávamos gritando um com o outro, eu não queria mais gritar e estava com raiva até de ficar com raiva e disse pro Tony:

-Olha, eu não quero mais brigar ok, não estamos aqui pra isso.

-tem razão.

-olha, se você quiser, pode ir embora.

-Não eu marquei com você aqui e vou ficar.

-Eu sei que você não quer ficar aqui, eu não vou ser uma boa companhia agora e nem você.

-Tudo bem se eu for?

-Tá tudo ótimo.

-Então ta. Xau Mônica, agente se ve amanhã na escola.

-xau-ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

Eu fiquei lá sentada sozinha pensando no que ele falou, não que eu ligasse pro que ele pensa mas eu realmente estava me achando uma idiota naquela hora, assim como Tony me chamou. Eu não tinha coragem de dizer o que eu pensava pra ele e nem pra ninguém, o máximo que eu conseguia fazer era discutir e dizer que ele era idiota, mas eu não conseguia falar que ele não tem boas maneiras e que me sinto presa quando estou perto dele mais presa do que já sou, me sinto como se estivesse em uma sala vazia e escura e com certeza á prova de som, porque por mais que eu gritasse por ajuda, ninguém ia me ajudar. Então ouvi passos vindo na minha direção e antes que eu pudesse reagir, essa pessoa se sentou na mesa comigo, eu levantei a cabeça pra ver quem era...Era o Cebola, fiquei contente por ele estar ali e ao mesmo tempo triste por eu estar com raiva e porque eu não seria uma boa companhia pra ele naquele momento.

-Oi Mônica.

-Oi Cebola, o que faz aqui?

-O que você acha? Eu vim tomar sorvete.

-haha...Eu também, mas acabei desistindo não estou com bom humor hoje.

-se você quiser a gente podia tomar juntos.

-Sim, seria ótimo, você gosta do sabor chocolate?

-Clalo, eu adolo chocolate. –Era impressão minha ou ele trocou as letras? Ele parecia nervoso, o que eu não consegui entender se era bom ou ruim.

-ham...tudo bem então vamos-disse me levantando e ele se levantou também e fomos juntos até a sorveteria do Shopping comprar sorvete.

Enquanto tomávamos o sorvete íamos andando, ele parecia ainda estar nervoso e então perguntei:

-Você esta bem?

-Clalo to ótimo, polque?

-Desculpe é impressão minha ou você trocou uma letra?-ri baixinho e sorri pra ele.

Então..............


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Notas finais do capítulo

gostaram? comentem por favor.