Mudança De Planos escrita por Clara Ferler


Capítulo 29
Parte da minha rotina...


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora tremenda, sério, não sei o que dizer. Apenas decidi postar este capítulo já pronto a pedido de uma leitora, pelo menos até minha inspiração voltar.
Beijos.



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(P.V. Mônica)

–É a Megan Fox! – Exclamou tendo toda a certeza do que falava.

–Você é ridículo, não é a Megan Fox, é a Lucy Hale.

Ele se inclinou um pouco mais pra frente, quase a ponto de cair do sofá.

–Tenho certeza que a Megan Fox. Você é que é ridícula por não saber diferenciar uma mulher de uma criança.

–Lucy Hale não é uma criança. – Protestei indignada, ela era uma das minhas atrizes preferidas. Enquanto a Megan...

–Estava falando da Megan Fox.

Levantei a cabeça para encará-lo, e quando nossos olhares se encontraram, começamos a rir feito dois idiotas.

–Crianças? Almoço! – Chamou minha mãe. Olhei para Cebola que logo abriu a boca.

–Quando ela vai parar de nos chamar de crianças?

–Não reclama. Pelo menos ela faz espaguete sem tomate. – Lancei um olhar para ele, relembrando o que tinha acontecido algumas horas atrás.

–Eu não tenho culpa por minha mãe misturar o macarrão com molho de tomate, o que na verdade, é muito bom. Você é que é esquisita. Que tipo de gente não gosta de tomate?

–O tipo normal? – Indaguei como se aquilo fosse óbvio. E é óbvio. Quando olhei em direção a porta da cozinha, vi minha mãe nos olhando com uma cara assustada.

–Ela é louca. – Disse Cebola á minha mãe. Dei um tapa em seu braço.

Depois daquilo fomos almoçar. À noite, eu já ia me preparando para a festa à fantasia. Cebola avisou que poderia demorar um pouco, estava checando alguns detalhes da sua fantasia. Tony chegou bem cedo para me ajudar com alguns detalhes, eu sei que é idiotice minha dizer isso, mas me incomodou um pouco o olhar dele, aquele olhar diferente, como se eu fosse apenas uma amiga, está certo que agora eu estou em um relacionamento com o Cebola e eu não sinto absolutamente nada por ele, mas, sei lá, quer dizer que ele deixou de sentir um sentimento além de amizade por mim e isso, de uma maneira estranha, me deixa chateada. Será que tem a ver com o meu xampoo novo que está deixando o meu cabelo feio? Ah quer saber, esquece!

Terminamos de arrumar tudo e agora só faltava nos aprontarmos. Tony vestiu uma fantasia de vampiro (Típico). Eu usei a minha fantasia de anjinho (só por que minha mãe insistiu, mas se bem que eu pareço mesmo um anjinho).

Quando a Magali, Cascão, os amigos de Cebola e algumas outras pessoas chegaram, ligamos a música e começamos a servir a comida.

–Mônica! Eu estava mesmo te procurando! – Exclamou Denise logo que me avistou.

–Denise? – Perguntei.

–Escuta, eu sei que eu fui uma pessoa super má com você, roubei seu namorado, e o resto você já sabe. Mas isso é passado, e nós não somos nem um pouco parecidas com museu pra ficar guardando rancor, certo? – Aquilo era pra parecer um pedido de desculpas, mas com aquele jeito de piriguete que ela tinha, não ajudava muito.

–É tudo bem, certo, espera aí, museu?

–Olha enroladinhos! – Desviou o olhar de mim e correu até a bandeja de petiscos que a Magali estava servindo.

Ouvi a campainha tocar e fui até a porta atender.

–Oi, anjinho! – Disse ele.

–Oi hm... Desculpa, que fantasia é essa? – Perguntei a ele, abrindo espaço para deixá-lo entrar.

–Não é óbvio? – Neguei – Eu sou o cavaleiro das trevas!

–Tá parecendo mais o zorro ou um mosqueteiro. Ou um príncipe com uma espada e um chapéu. – Cebola usava botas pretas de couro, calças jeans e um chapéu com uma pena preta em cima dele que caia levemente para o lado esquerdo. E uma blusa branca bufante que realmente lembrava o zorro.

–É cavaleiro das trevas! – Disse com os dentes cerrados, e com a voz tão abafada que mal conseguia se ouvir.

–Tudo bem, tudo bem! – Me entreguei o observando.

Depois de... Quanto tempo se passou, mesmo? Umas 22 horas? Em fim, isso nunca havia acontecido antes, e durante este curto tempo, nem reparei, nem sequer parei para pensar, que com a pouca experiência que tivemos, com poucos acontecimentos, rapidamente aprendemos a conviver um com o outro normalmente, como se fossemos, tão rápido, tão de pressa, mas sem nenhuma pressão... Como se já fossemos um casal. Será que eu já vi algum filme de menininha mimada e de cara bacana parecido com isso? Quer dizer, ontem mesmo trocávamos olhares breves e tímidos, e hoje, já nos tornamos parte da rotina um do outro, e o que é mais estranho é que... Eu só notei isso agora.

Claro que o funcionamento do cérebro de Cebola é um pouco mais lento do que o de uma mulher madura como eu, então provavelmente ele ainda não parou para pensar nisso.

Mas espero... Que ele perceba logo!


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