Mudança De Planos escrita por Clara Ferler


Capítulo 13
Amigos?


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem o cap, estou adorando as recomendações e os comentários, espero que gostem desse cap, a coisa vai começar a ficar interessante, kkk!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276625/chapter/13

-Então Mônica... Somos amigos agora? – perguntei, fechei os olhos esperando que ela dissesse não, até que uma linda voz doce me fez abrir os olhos:

-Sim.

-Você disse sim? – perguntei achando que eu estava com cera nos ouvidos e não tinha escutado direito.

-Cla-claro.

-Tem certeza que tá falando comigo, não está falando com ninguém atrás de mim? – falei olhando pra trás, fazendo graça.

-Para! – disse ela batendo de leve no meu ombro. – eu não sou tão ruim assim.

-Eu não disse isso! Só que você não parecia querer ser minha amiga.

-Eu nunca disse isso, e não era isso!

-Então o que era?

-Era... Bem, não importa, somos amigos agora né?!

-Legal!

-Legal! – correspondeu ela sorrindo.

-Se somos amigos agora, eu posso te falar uma coisa?

-O que?

-Você é péssima em matemática!

-Pois é eu sei disso.

-Se você quiser... – eu disse com medo de terminar a frase.

-Se eu quiser... – ela disse indicando para que eu continuasse.

-Se você quiser eu posso te ensinar um pouco de matemática.

-M-me ensinar?

-É, tipo te dar algumas aulas.

-Valeu Cebola, mas acho que você não teria paciência pra me explicar, é bem difícil, não entendo os números facilmente.

-Nada é impossível pra mim! – eu disse apontando pra mim mesmo. Ela riu e disse:

-Tudo bem...

-Tudo bem? Como assim? – perguntei.

-Está livre amanhã?

-Sim, mas por quê?

-Passe na minha casa pra estudarmos.

-Você tá falando sério? – perguntei.

-Sim. Por quê? Eu preciso de ajuda, e você está disposto a me ajudar certo? Sem arrependimentos né?

-Claro.

-Ok. Amanhã ás 14: 00 horas pode ser? Isso se você não se incomodar de ter que estudar no domingo.

-Sem problema.

-Tudo bem.

Ficamos em silêncio, andando, apesar de ter aquela pergunta martelando na minha cabeça sobre Cascão, achei que a única maneira de tirar aquela pergunta irritante da minha cabeça era perguntando:

-O que você tem com o Cascão? – perguntei finalmente.

-O que? – ela estranhou.

-Você sabe, você e ele, pareciam se dar bem, já se conheciam antes?

-B-bem, deve ser impressão sua!

-Não é... – ela me interrompeu:

-Olha, eu não quero falar sobre isso tudo bem? O que o... Cascão fez foi inaceitável.

-E o que foi que ele fez? – perguntei curioso.

-Olha chegamos! – falou ela olhando pra sua casa.

-Tchau – disse decepcionado por não poder saber mais, e a curiosidade tomava conta de mim.

-Tchau! – ela respondeu enquanto entrava em casa.

Fechei a porta da minha casa e logo subi as escadas para o meu quarto, aquela história não saia da minha cabeça e o que ela falou muito menos “Eu não quero falar sobre isso”  “o que o Cascão fez foi inaceitável”, mas o que será que ele fez? Mônica parecia se dar bem com ele, mas mesmo assim, ela parecia sentir magoa, ódio, raiva e ao mesmo tempo tristeza, como se alguém tivesse arrancado seu coração do peito e rasgado em mil pedacinhos. O que ele poderia ter feito pra magoa-la? Com certeza eu não iria dormir essa noite, minha curiosidade estava me matando.

(P.V. Mônica)

Quando entrei em casa, óbvio que eu já esperava que minha mãe me desse uma bronca por não ter avisado ela de que ia na casa de um garoto, ou melhor, na casa do Cascão, sem nem avisa-la antes, e ainda ter ficado quatro horas lá, nossa o tempo passou rápido, já eram 17:oo horas da tarde, eu fui até a cozinha onde eu já esperava receber um sermão bem demorado da minha mãe.

-Mãe! – chamei por ela. Eu não ouvi resposta, me aproximei um pouco, até que eu vi um papel branco na mesa, o peguei e vi que era um bilhete da minha mãe, estava escrito assim:

Filhinha desculpe não passar o sábado com você, mas seu pai precisou de uma ajuda no trabalho. Ele teve um imprevisto, os fiscais do emposto de renda estiveram na empresa e verificaram algumas irregularidades, por isso, ele teve que tomar uma providencia; Eu tive que ir apoia-lo imediatamente. Prometo que quando chegar, passarei mais tempo com você, beijos.

Com amor, mamãe!

Ah, é claro que ela saiu, eu bem que estranhei ela não ter me ligado nenhuma vez, minha mãe passou a tarde inteira fora e nem se quer se dignou a me ligar, é claro porque ela estava ocupada de mais com o trabalho, ela sempre está ocupada com o trabalho, ou com a empresa ou com a engenharia, eu estava cansada disso, eu era filha única e ainda assim, estava sendo esquecida. Eu preferia mil vezes que ela chamasse a policia pra me procurar do que nem se quer notar que eu desapareci, era triste não ter minha família por perto. O que me deixou chateada mesmo, foi o Cebola começar a falar do Cascão, quando vi ele hoje, percebi como ele mudou, estava diferente, simpático, alto, bonito, ele continuava o mesmo de sempre, divertido e legal que adora fazer novos amigos, isso explica porque o Cebola é amigo dele, eu confesso que sentia muita falta dele, não o vejo faz anos, eu nem sabia que chamavam ele de Cascão, eu o conhecia como Carlos, mas sinto falta dele, ele era meu único amigo de verdade, ou pelo menos era isso que eu achava, o que ele fez eu jamais o perdoei e nem pretendo, mas quando nossa amizade acabou, eu fiquei cercada por gente ruim, a única que me salva dessa gente arrogante é a Magali, confesso que sempre achei o Quim meio estranho, ele é tipo uma sombra do Tony, tudo que ele manda o Quim faz, ele é tipo o empregado do Tony que ainda acha que o Tony é amigo dele, confesso que não sei o que a Magali viu nesse rapaz.

O restante do dia se passou, quando era umas 22:oo horas da noite, fingi que estava dormindo porque não queria discutir com a minha mãe, ouvi o barulho da porta se abrir, era ela, meus olhos estavam fechados e eu permanecia quieta fingindo estar dormindo, ela simplesmente fechou a porta com tristeza e foi embora. Minha mãe se sentia culpada por não passar um bom tempo comigo, mas ela não fazia nada pra mudar, ela achava que as coisas mudariam e melhorariam com o tempo, mas isso nunca vai acontecer, ela vai continuar trabalhando e nunca vamos nos ver.

(P.V. Cebola)

Acordei de manhã exausto, mas eu não queria ficar mais na cama, não adiantaria tentar dormir, fiquei acordado a noite inteira pensando nessa história do Cascão e da Mônica e essa história nem foi contada, pelo menos não pra mim, ai que ódio dessa curiosidade.

Tomei um banho, coloquei uma roupa legal, estava cansado de ficar em casa, e agora que eu me toquei, estou cansado de muitas coisas, estou cansado até de ficar cansado. Fui dar uma volta, saí de casa e quis ir para o parque, era um lugar bom pra pensar. Estava caminhando, pouco longe dali, eu avistei Cascão, sentado em um banco perto de uma árvore, sem mais demoras, fui até ele, quando cheguei mais perto, ele logo me viu.

-Oi Cascão! – Falei.

-Oi. O que faz aqui? – perguntou ele.

-Nada, só tomando um ar fresco.

-Ah, eu também.

-Legal? E que lance feio aquele dos Brownies né? – disse relembrando de ontem quando passamos mal.

-É, pois é, foi mal.

Ficamos em silêncio, o que dizer? Como eu poderia perguntar aquilo sem parecer que estou me intrometendo na vida dele ou me intrometendo na vida dela? Eu queria saber o que ele fez de errado pra Mônica ficar tão zangada com ele e porque eles estavam se dando tão bem assim do nada, eu não aguentava mais aquela curiosidade, eu tive que perguntar:

-Cascão... – comecei a dizer. – Posso te fazer uma pergunta? – indaguei.

-Já fez! Haha! – ele brincou.

-hehe engraçadinho, é sério. – disse.

-Pode falar! – respirei fundo e então falei:

-O que aconteceu entre você e a Mônica? – ele quis parecer confuso, mas eu tinha certeza de que ele sabia muito bem do que eu estava falando.

-E-eu e a Mônica? Co-como assim?

-Eu não quero me intrometer, é sério, eu não quero, mas... Ela me pareceu magoada e ao mesmo tempo com raiva quando te viu, ela não me disse nada, mas quando vocês se viram ontem, vocês pareciam já se conhecer, eu não entendo, a Mônica não é popular e rica? E você não é só um garoto normal e impopular que estuda na mesma escola que ela e que ela nem fala com você? Pra mim vocês só tinham se visto ontem, mas seus olhares eram diferentes e estranhos... Eu não to mais entendendo nada!

-... Cebola é verdade... Eu e a Mônica já nos conhecíamos antes sim... Mas eu fiz besteira e... – Eu o interrompi:

-É eu sei que você fez besteira, só não sei o que você fez, mas a Mônica me disse que o que você fez foi inaceitável, e é só isso o que eu sei.

-É uma longa história!

-Eu tenho bastante tempo. – disse querendo insistir pra ele me contar. Ele ficou me olhando por alguns segundos, respirou fundo e depois falou:

-Tudo bem, eu vou te contar...

* Três anos atrás...

Eu e Mônica éramos amigos, melhores amigos, ela me considerava um irmão, mas o que ela não sabia é que eu a considerava mais que uma irmã, talvez até mais que uma amiga. Mas naquele tempo, eu não era uma pessoa como eu sou hoje, eu era rude, grosseiro, hipócrita e mal humorado, mas quando eu estava perto da Mônica, eu não era assim, eu era uma pessoa alegre, divertida e confiante, eu não entendo o que ela fazia, ela conseguia despertar o meu melhor, e ao contrário de mim, Mônica era gentil, meiga, doce, sim ela era desse jeito, acredite se quiser. Um dia, estávamos no parque de diversões quando apareceu o meu pior pesadelo, e o meu pesadelo tinha um rosto meigo e um sorriso angelical, e ele se chamava: Magali. A garota cujo apelido é simpatia e que seu coração é tão doce que era capaz de se encher de formigas. Nós estávamos jogando pela milésima vez aquele jogo de jogar a bola pra ver se você faz cair algum pino, quando de repente:

-Oi, meu nome é Magali e o seu? – ela perguntou pra Mônica.

-É Mônica! – ela respondeu.

-Seremos ótimas amigas. – disse ela, puxando Mônica pelo braço e saindo de perto de mim como se eu nem existisse.

Passaram-se alguns minutos. Eu fiquei lá olhando as duas se divertindo que nem um bobo, esperando as duas chegarem da montanha russa, mas quando me dei conta, não acreditava no que meus olhos viam, Mônica estava com aquele garoto super popular e rico, ele fazia o tipo rebelde e que quebrava as regras, o Tony, é obvio, eu não conhecia ele direito na época, ainda não conheço, mas nunca quis conhecer.

-Oi Cascão – disse ela se aproximando com o idiota do Tony.

-Oi e aí? – falei.

-Esse é o meu novo amigo Tony, Magali me apresentou ele. – fiquei horrorizado. Amigo? Ela disse amigo? Ela não podia ser amiga dele, não podia me substituir. Alguns dias se passaram depois daquilo, e ela continuava falando com ele e sendo amiga da Magali, e cada vez mais, o ódio preenchia o meu coração, eu não aguentava mais, acabaria me matando se a visse falando com outras pessoas além de mim, eu tinha que fazer alguma coisa. A aula já estava terminando, quando tocou o sinal, eu a chamei, e a levei pro campo da escola, onde ninguém pudesse nos ouvir, minha raiva era muita, eu era amargurado, não sabia o que estava fazendo.

-O que queria falar comigo Cascão? – ela me perguntou.

-Eu queria te falar que você... Que você... – não queria dizer aquilo, mas a minha raiva era tanta que nem consegui pensar: - Você acha que pode brincar comigo, com os meus sentimentos! – gritei.

-O que? Do que você está falando?

-Estou falando que você... É uma metida... Grosseira, riquinha mimada que não sabe o que quer, não sabe de nada. Está sempre mal humorada, jogando tudo pra cima de mim, nunca quis nada com nada, nunca deixou claro o que eu sou pra você. – falei com raiva. Mônica começou a chorar. Naquele tempo eu não entendi o porquê de tantas lágrimas, mas agora eu entendo; Quando alguém que mal te conhece, fala que você é uma pessoa ruim, você pode até não ligar, mas quando o seu melhor amigo, praticamente um irmão, que te conhece desde sempre, te diz isso... É a pior coisa que eu poderia ter dito pra ela. Eu nunca achei isso da Mônica, eu disse isso pra que ela se afastasse de mim, eu era ridículo, eu sentia dor em vela todos os dias ao lado de outros amigos, ao lado de outros garotos.

-Por que diz isso Cascão? Por quê? – disse ela com o rosto encharcado de lágrimas.

-Porque é isso o que você é! – falei friamente. Mônica saiu correndo dali o mais rápido possível, essa foi a última vez que eu falei com ela desde então.

Os dias foram se passando, e a minha principal suspeita se confirmou, Mônica e Tony estavam namorando, eu morri de ódio, mas me derreti em lágrimas. Não demorou muito tempo pra Mônica entrar pra turminha popular, ou melhor, ser a líder deles, ela ficou ignorante, grosseira, metida, ela se tornou tudo o que eu havia dito que ela era. Ela se tornou o que EU era. Dali em diante, eu passei a ser uma pessoa diferente, passei a ser uma pessoa melhor, porque se não fosse por mim, Mônica ainda seria minha amiga, e jamais teria se tornado a pessoa que ela é, amargurada, má, ignorante e estúpida.

Depois disso, eu tive que fazer novas amizades, pois ela era a minha única amiga, foi fácil de fazer novos amigos, porque eu mudei a minha personalidade, mudei o meu jeito de ser, me tornei uma pessoa mais companheira e mais amiga, por isso quiseram ser meus amigos. Achei que eu tinha perdido a verdadeira Mônica pra sempre, mas quando eu a vi ontem, ela não estava do jeito que eu esperava, ela estava gentil, estava tentando fazer amigos, como se não tivesse nenhum, eu vi o brilho nos olhos dela voltar, eu vi a minha amiga de novo Cebola, eu vi a minha velha amiga naqueles olhos. *

Cascão começou a chorar quando terminou a história, eu não acreditava, Mônica era diferente, ela realmente tinha algo especial.

-Cascão, não chore – falei.

-Eu estou bem, desculpe.

-Tudo bem, chorar faz bem! – falei dando uns tapinhas nas costas dele, tentando acalma-lo.

-Cebola, eu destruí a melhor amizade que eu tive por orgulho e raiva.

-Não diz isso!

-Mas é verdade. – ele falou quase num sussurro.

-Olha eu realmente não esperava ouvir isso de você, mas fiquei feliz que tenha me contado. – ele me olhou e depois disse:

-O que você fez? – me confundi.

-Como assim? Não entendi – disse.

-Vocês são amigos não são? Você e a Mônica?

-Sim. – falei.

-Você a mudou.

-O que?

-Você conseguiu a fazer ser quem ela realmente é, conseguiu fazer com que ela se desfizesse daquela personalidade terrível.

-Cascão, não diga bobagens!

-Mas é verdade, você conseguiu uma coisa que eu nem me dignei a tentar.

-V-você acha mesmo? – perguntei gostando um pouco da conversa.

-Acho! – ele disse facilmente.

Incrível, um garoto que eu achei que seria só mais um que era rejeitado pela Mônica, acabou me surpreendendo. Ele prosseguiu:

-Confesso que no tempo eu tinha uma quedinha por ela, mas quando ela se tornou daquele jeito, foi aí que pude enxergar quem realmente eu gostava, Cascuda.

-Então quer dizer que não gosta mais dela?

-Eu só quero a minha amiga de volta! – disse ele enxugando as poucas lágrimas que ainda escorriam no seu rosto. –Mas porque a pergunta? – disse ele com um sorriso brincalhão.

-Pul nada! Cledo Cascão, pala de pensa coisa que não tem nada a vel. – falei nervoso, droga de L.

-Hahahahahahah! O que foi Cebola? Tá “nelvoso”? Haha... Ai essa foi boa, “nelvoso”, haha eu sou muito engraçado. – disse ele rindo da própria piada e se matando de dar risadas.

-Eu não vejo muita glaça. Cacham, graça.

-Mas eu vejo.

-Tudo bem, já deu, daqui a pouco eu vou na casa da Mônica e...

-Espera, você vai na casa da Mônica?

-Sim, agente combinou de estudar matemática.

-E quem vai dar aula? A Mônica? Hehe – ele falou ironicamente, querendo dizer que era óbvio que eu que ia dar aula pra ela.

-Haha, nossa, que graça! –falei sarcástico.

(P.V. Mônica)

Fiquei pensando em como deveria ter sido a briga do Tony e do Cebola... O Tony apesar de ser briguento, não tem muita experiência, e o Cebola me parecia forte, ele era forte, se o Tony deixou umas cicatrizes no rosto dele, imagina o que o Cebola fez com o Tony! Eu não quero brigar com ele logo de cara, já estou cansada de brigar com o Tony, mas isso vai ter vingança, hunf! Abusado, não posso nem fazer um amigo novo que ele já vai ir brigar na casa dele, ele vai aprender a lição, estou pensando em fazer uma brincadeirinha!

Escutei a campainha tocar, deve ser o Cebola.

-ai como eu estou? – disse pra mim mesma me olhando no espelho. Mas o que é que eu estou fazendo? Por que eu estou me importando com a aparência por causa daquele garoto? O que tá dando em mim? Ai, to começando achar que eu preciso de uma psicóloga pra curar meus pensamentos estranhos. Desci as escadas, e abri a porta, olhei naqueles olhos lindos e encantadores (psicóloga, por favor).

-Oi Cebola! – falei naturalmente.

-Oi. – ele disse sorrindo.

-Pode entrar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muitas curiosidades! Ninguém esperava isso do Cascão né?! Pois é, pessoas, uma caixinha de surpresas!!!!kkk, bjs, esperem o próximo cap!