Never Can Say Goodbye. escrita por alwaysbemyBela
Notas iniciais do capítulo
Previously in Never Can Say Goodbye:
' Victor fugiu da prisão. Disse de uma vez.
O que? Como? Seu rosto virou uma perfeita mascara de choque, pelo laço um medo terrível me acertou. E se...?
Eu juro Lissa, dessa vez ele não vai conseguir. Nem que tenhamos que ir embora novamente
Mas para onde vamos? Lissa perguntou me lembrando de que não tínhamos plano nenhum.
Poderíamos ir para Minneapolis, minha tia mora lá e não tem nenhum contato com a Corte. Christian sugeriu.
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O beijo foi se intensificando, Dimitri passava suas mãos pelas minhas costas e coxas, então aproveitei sua distração e baixei minha mão pela lateral do seu corpo, chegando até o bolso do sobretudo e tirando de lá o objeto reluzente, sem nunca quebrar o beijo.
Nunca mais faça isso. Sua voz era séria, o tom de mentor duro em cada palavra, mas seus olhos ainda estavam desfocados e sua respiração tão cortada quanto a minha.
Pensei em gritar que ele não deveria retribuir então, ainda mais daquela maneira. Mas era inútil, era realmente a última vez que eu roubaria um beijo dele.
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Eu vou ligar para Kirova agora mesmo. Tasha começou a se afastar, mas eu me levantei e a segurei pelo pulso.
Não será necessário, nós estamos indo. Peguei minha mochila que estava no chão e me virei para Lissa. Vamos. Obrigada Christian e desculpa pelo incomodo Lady Ozera.
Esperem, fiquem. Pelo menos assim saberei onde estão e que estão seguros. Ela disse de maneira cansada, se rendendo ao nosso plano maluco.
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E falando em aulas, o que pretendem fazer agora? Tasha perguntou entrando na conversa.
Eu estava pensando em irmos para alguma faculdade. Aulas de direito. - Lissa sorriu buscando minha opinião.
E o que você faz? Perguntei a Tasha.
Dou aulas de defesa pessoal para humanos. Tasha sorriu com orgulho e seu sorriso só aumentou ao perceber minha expressão surpresa, eu senti meu queixo caído de choque. - Se quiser posso te colocar lá para não interromper seus treinos, pode até me ajudar em algumas aulas.
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Olá. O Dhampir me cumprimentou de maneira simpática, estendendo a mão em minha direção. Mark Karev. Espero que gostem da cidade. Ele disse com hospitalidade e naquele instante o sinal soou anunciando o começo das próximas aulas. Eu tenho que ir, mas adoraria conversa com você outra hora. Um almoço quem sabe?
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O Guardião Belikov está vindo para cá. Anunciu Tasha caminhando em nossa direção.
O que? Não. Como? Por quê? Minhas perguntas estavam incoerentes e sem sentido, mas eu não conseguia processar muita coisa no choque que estava.
Belikov e eu somos amigos há muitos anos. Tasha respondeu com um sorriso.
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Você tem ideia da bagunça que causou? Dimitri perguntou depois de um momento. St. Vladimir está um caos, todos acham que você sequestrou Lissa e Christian, tirando todas as teorias malucas que os alunos inventam. Alguns pais estão querendo tirar seus filhos de lá achando que não é segura, já que vocês conseguiram fugir duas vezes.
Porque você veio para cá? Perguntei em um sussurro.
Eu sei como Christian é apegado a tia, e tinha certeza que ele iria contata-la. Era minha única pista, e quando Tasha se pôs relutante com a minha visita, sabia que as chances de vocês estarem aqui eram grandes.
Você não sabe como foi não saber onde você estava, se estava a salvo. Não faça isso comigo novamente Roza. Sua voz baixa, enquanto sua expressão estava tomada pela dor.
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Está querendo manter a novata em segredo Mark? O dos olhos verde escuros disse com um sorriso conquistador direcionado a mim. - Liam Adams, se quiser posso te apresentar a Universidade. Ele se apresentou e eu apenas abri um pequeno sorriso em agradecimento.
Essa é Rose Hathaway, ela é amiga de uma prima minha. Mark deu a primeira desculpa que veio em sua mente.
É um prazer. Disse o outro estendendo a mão para mim, e quando eu a segurei ele levou minha mão até sua boca e deu um leve beijo nela. Cam Heronlade.
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Você pode ajudar Dimitri, não nos leve de volta. Por favor.
Nós vamos dar um jeito Roza, eu prometo. Ele sorriu e antes que eu pudesse responder, ele se virou e saiu da cozinha.
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Dimitri será meu guardião. Tasha anunciou com o sorriso ficando ainda maior, se isso era possível.
Mas você é o guardião da Lissa. Acusei sem pensar.
Vocês fugiram, eu não tenho mais um cargo. Dimitri me respondeu com calma, mas seu olhar me dizia que tinha algo mais ali, eu só não conseguia saber o que.
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Você ouviu Tasha dizendo que sempre quis que Dimitri fosse seu guardião, mas Christian me disse que não é só por proteção ou pela amizade deles. Ela é apaixonada por ele, e sua proposta não é apenas para ser guardião e sim seu marido. Lissa respondeu pensativa.
Você só pode estar brincando comigo! Tasha e Dimitri se casando? Tá, eu sabia muito bem que a gente não podia ficar junto e já tinha aceitado essa ideia, estava satisfeita por hora por tê-lo em minha vida, mas ele aceitando essa proposta era demais para mim.
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Vocês vão sair? Dimitri perguntou.
Temos uma festa da faculdade. Christian respondeu desinteressado, puxando Lissa para sentar ao seu lado.
[...]
E você não tem um protegido para cuidar? Dimitri perguntou em seu tom e postura de guardião.
Sim, mas hoje é seu aniversário de casamento, então fui chutado de casa. Ele respondeu com aquele sorriso torto que o deixava todo leve.
Você protege uma família? Tasha perguntou com um pequeno sorriso.
A minha na verdade. Eu e meu pai fazemos a guarda da minha mãe. Ele respondeu com simplicidade, e vi todos os olhos se arregalando, inclusive o meu. Yeah, minha mãe é uma Moroi, eu sei como isso é difícil de encontrar.
É exatamente o que eu quero para mim. Tasha disse sonhadora.
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Mais uma vez naquela noite me perdi no azul dos olhos de Mark, inclinei minha cabeça tentando quebrar a distancia entre nós, e quando estava perto o suficiente uma buzina do carro que acabou de estacionar atrás me faz virar com um xingamento na língua quando percebo que é Dimitri, com uma expressão nada amigável.
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E por enquanto vai ficar brincando de casinha. Bufei voltando para minha comida. Ele me lançou um olhar questionador levantando uma sobrancelha mais uma vez. Você sabe, Tasha quer casar e ter filhos. Com você. Acrescentei quando sua expressão não mudou muito.
Eu vou ser o guardião dela. Dimitri respondeu com um tom de que aquilo não era discutível.
Achei que nós fossemos sinceros um com o outro. Disse com um sorriso provocativo.
Não seja infantil Rose. Ele balançou a cabeça exasperado, se virando para sair da cozinha.
Eu pelo menos não fujo das coisas.
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E você recebe todas as suas visitas pronta para ataca-las? - Ele perguntou olhando para a estaca que eu não tinha percebido que ainda mantinha pronta para o ataque.
Tasha e Dimitri tiveram que viajar, então todo cuidado é pouco. - Respondi tentando dar meu melhor sorriso, mas deve ter parecido mais uma careta pelo olhar questionador que Mark me deu.
Porque eu tenho essa sensação que você me esconde algo?
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´ Conte tudo para ele logo, ele já se mostrou ser de confiança. ´ Olhei para ela em dúvida, eu já confiava em Mark, mas não sabia se era o suficiente para contar coisas desse tipo. ´ Eu não me importo, pode contar.´
[...]
Então eu soube que ele tinha conseguido fugir da cadeia e com medo de que ele conseguisse mais uma vez machuca-la, nós viemos para cá.
Então vocês são fugitivas.
De várias maneiras diferentes. - Respondi com um suspiro e me sentei ao seu lado.
Obrigada por confiar em mim Rose. - Mark disse com seus olhos azuis escuros cravados nos meus.
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Você falou para o zelador que a gente queria um apartamento aqui? - Perguntei rapidamente.
Sim. Tinha até me esquecido disso. - Lissa respondeu meio sem graça.
Bom, você achou então.
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Nós nos mudamos. Christian respondeu.
O que? Dimitri perguntou, sua voz grossa ecoando pela sala em incredulidade.
Andar de cima, relaxa camarada. Respondi rapidamente.
Mas por quê?
Vocês precisam de privacidade, então decidimos ir.
Um sorriso iluminou o rosto de Tasha, fazendo com que a ideia de ter que deixar os dois sozinhos nesse apartamento não me agradasse muito.
Não é necessário. Dimitri disse rapidamente.
Dimka, você não vê que eles também querem privacidade? Tasha disse chegando mais perto dele e abraçando seu braço.
Tasha olhava entre Mark e eu, e Lissa e Christian. Dimitri seguiu seu olhar, e um brilho diferente passou por eles quando viu a proximidade entre Mark e eu, seus punhos serraram ao lado do corpo.
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Sabe, você pode tentar esconder, mas eu sei o efeito que causo em você. Dei meu sorriso comedor de homens e continuei meu caminho depois de ver Dimitri arregalar ligeiramente os olhos.
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Eu não vou me casar com ela Roza. Eu não aceitei essa proposta. Eu aceitei ser o guardião dela para poder ficar, ficar perto de você. Para poder te proteger, você e a Lissa. Sua voz agora beirava o desespero.
Eu... Não entendo. Ela age como se vocês estivessem juntos. Respondi balançando a cabeça para fugir da profundidade que os olhos castanhos de Dimitri me levavam.
Ela ainda tem esperanças que eu mude de ideia, que convivendo com ela eu acabe me apaixonando e aceitando o casamento, mas isso não vai acontecer, não enquanto eu amar você dessa maneira.
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Não comece com isso Dimitri. - Disse irritada.
O que? - Perguntou realmente confuso. Bufei.
A me afastar novamente. Mark não gera nenhum perigo para você, eu posso ter tido vontade de ficar com ele, mas só porque achava que você estava com Tasha.
Mas é com ele que você deveria ficar.
Não, é com você, porque eu te amo. - Minha voz subiu um tom, ele não poderia estar falando sério.
Mas nós não podemos ficar juntos Roza.
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Seus lábios eram gentis e macios, ele não tinha pressa, apenas me beijava com cuidado, apreciando cada segundo. Sentia meu coração acelerado, e tanta coisa passava em minha mente que era difícil ter um pensamento concreto, a não ser o quanto eu estava gostando. Meu corpo reagia a ele com naturalidade, não da maneira que era com Dimitri, que parecia que iria pegar fogo, ou aquela sensação de que eu não podia larga-lo. Era tranquilo, doce.
Ele tirou os lábios dos meus, mas não se afastou completamente, eu fiquei por mais alguns segundos com os olhos fechados absorvendo tudo. Quando abri, o sorriso iluminado de Mark fez meu coração bater mais forte, mas seus olhos estavam tristes.
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Mas que porra é essa? - Perguntou Cam.
Meu sangue esfriou no segundo que eu identifiquei a figura que saia entre os carros, impedindo nossa passagem. Um Psi-hound me encarava com os caninos a mostra e o focinho salivando. Victor havia nos encontrado.
O Psi-hound me circulou algumas vezes, então pulou para cima de mim, mas dessa vez eu fui mais rápida e com outro chute, o joguei longe.
Mas me arrependi no segundo em que a porta do bar foi aberta.
Cam? Cam não vai embora! - Liam gritou visivelmente perdido.
Eu tentei gritar, mandar ele voltar, mas não consegui ser rápida. O Psi-hound se levantou e pulou nele sem que Liam percebesse sua presença. Eu corri para tentar salvá-lo, mas a mordida foi direto no pescoço, dilacerando tudo. Os olhos verdes dele foram perdendo a cor, até ficarem vidrados ainda em mim.
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O que vamos fazer agora? - Perguntei em um sussurro.
Não tem mais nada que possamos fazer Roza. - Ele respondeu e se sentou na beirada da cama.
Mas Victor nos encontrou, nós temos que fazer algo. Eu não posso deixar que ele a machuque novamente Dimitri. - Me sentei sentindo o medo me despertar.
Não temos certeza se ele sabe onde realmente estamos, não vamos nos precipitar. - Ele respondeu em um tom de voz calmo, mas sua postura era tensa.
Você sabe que é só uma questão de tempo. - Implorei.
[...]
Eu fiquei tão preocupado quando te encontrei, você estava tão pálida e atordoada... Eu tive medo de que fosse demais para você suportar. - Ele disse segurando minha mão com carinho, seu olhar suavizou ao encontrar o meu, mas sua expressão continuava tensa.
Eu achei que fosse. - Abaixei meus olhos para nossas mãos dadas em cima da cama. - Eu deveria ter evitado isso, eu deveria ter sido mais forte. - As lágrimas ameaçaram a sair, Dimitri colocou sua outra mão em meu queixo, puxando meu rosto para que eu pudesse olha-lo.
Você foi muito forte Roza. É a mulher mais forte que eu conheço. Você salvou seus amigos, e mesmo que Liam não tenha sobrevivido você derrotou três psy-hounds, coisa que um novato jamais conseguiria. - Sua voz jorrava admiração, e contradizendo tudo o que eu sentia, eu sorri.
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Guardião Belikov, Rose. Cumprimentou com um aceno de cabeça. Gostaria de me desculpar por ter quebrado minha promessa. Eu disse que os protegeria e quando precisaram de mim, eu não estava.
Mark não...- Eu ia falar que ele não tinha motivo para se desculpar, mas Dimitri me interrompeu.
Eu estava contando com você Guardião Karev, mas ainda bem que a Rose sabe fazer o trabalho dela. Disse sério e um tanto ameaçador. Mas não é momento para isso, sinto muito pela sua perda garoto. Sua expressão suavizou um pouco.
[...]
Mark, nós podemos conversar depois? Perguntei segurando seu braço antes que ele fosse embora. Sobre aquele beijo.
Ele me olhou por um momento e então voltou a olhar para Cam que já estava quase saindo do cemitério, quando me olhou novamente, um brilho diferente passou por seus olhos e no segundo seguinte ele estava me beijando.
Mas quando se afastou tinha o mesmo sorriso triste de ontem.
Rose, acho que sou gay...
– VOCÊ O QUE? - Minha voz saiu mais alta que o esperado por conta do choque. Mark olhou ao redor envergonhado, esperando que ninguém estivesse prestando atenção em nós. - Como assim você acha?
– Eu... É difícil explicar agora. - Ele sussurrou, olhava para além de mim e quando segui seu olhar Cam entrava com a Sra. Adams no carro. - Realmente não é o melhor momento, mas nós conversamos depois.
– Você não pode simplesmente me beijar e depois dizer que é gay e sair andando Mark. Eu mereço alguma explicação. - Exigi, colocando a mão na cintura para dar mostrar o quão sério eu estava falando.
Desta vez ele me olhou, seu olhos tristes, mas abriu um pequeno sorriso cheio de compaixão.
– É claro que merece, e eu prometo que te encontro mais tarde. Mas preciso ir agora. - Deu um leve beijo em minha testa e saiu correndo até o carro antes que eu pudesse protestar novamente.
Fiquei olhando enquanto o carro se afastada, sem conseguir entender direito o que tinha acabado de acontecer. Dimitri buzinou ao longe e eu caminhei até o nosso carro, me sentindo um pouco atordoada.
Não tinha nada contra os gays, é claro. Tinha até convivido com alguns durante a primeira fuga que fizemos. Mas um dhamphir gay era algo novo pra mim. Um dhamphir lindo como o Mark então. Ok, isso não faz muito sentido, mas que era um desperdício era. Porém, o mais estranho para mim era que não esperava que um cara que estivesse comigo pudesse ser gay. Qual é, eu tenho noção de como sou bonita, e que eu tenho um corpo que deixa muito Moroi e Dhamphir louco. Minha taxa de rejeição é mínima. E agora isso.
Dimitri estacionou e subi para o apartamento que dividia com Lissa e Christian, ninguém falou muito, achando que eu estava abalada por Liam. E eu estava, é claro. Um garoto como o Liam não merecia morrer tão cedo e de forma tão brutal. Ainda mais quando aqueles Psi-hounds estavam caçando a mim e a Lissa. Liam estava apenas no lugar errado na hora errada e eu não consegui ser rápida o suficiente para salva-lo.
Fui direto para o chuveiro, querendo tirar o cheiro de cemitério de mim, e ao mesmo tempo colocar a cabeça no lugar. Muita informação pelas últimas 24hrs. E os sentimentos que passavam de Lissa para mim também não estavam ajudando muito. Bloqueei o laço o melhor possível e me afundei na água quente.
Eu não amava Mark, sabia disso, mas gostava dele, de estar com ele. Me sentia atraída por ele de forma que não sentia há muito tempo. Sentia que poderia ter uma chance de ter um relacionamento legal com ele, e tirar Dimitri da minha cabeça. Ainda mais agora com toda essa história da Tasha querer casar e ter filhos com ele. E por mais que Dimitri negasse querer o mesmo, eu sabia que isso não faria com que nós ficássemos juntos, coisa que ele gostava de deixar claro sempre que possível.
Suspirei e sai do chuveiro. Acabar com a água do planeta não resolveria os meus problemas. Problemas que por sinal, eu tinha que fazer alguma coisa a respeito.
Enquanto me trocava senti que Lissa estava no quarto com Christian, o que não era novidade. Então desci para o apartamento de Tasha, mesmo não sendo a primeira coisa que eu gostaria, era melhor do que ficar sozinha naquele momento.
Bati e entrei, encontrando Dimitri sentado no sofá totalmente perdido em pensamentos, alheio a voz animada de Tasha que vinha da cozinha. Ele levantou os olhos quando ouvi a porta abrindo, e um olhar aliviado encontrou o meu.
– Você está se sentindo bem? - Perguntou se sentando ereto e me observando atentamente.
– Estou. - Respondi firme para não deixar dúvidas.
Ouvindo a conversa Tasha se juntou a nós, ela estava com roupas de ginásticas, o que indicou que logo iria para a academia dar aulas.
– Posso ir com vocês?
Tasha deu um sorriso preocupado, que enrugou um pouco suas cicatrizes. - Porque você não descansa um pouco? Segunda treinamos depois das aulas.
– Não, eu estou bem, sério.
– Talvez Tasha esteja certa Rose. Porque não descansa um pouco? - Dimitri sugeriu, se levantado e se colocando entre nós duas.
– A última coisa que preciso agora é ficar em um quarto remoendo as coisas. Eu estou bem. Não fui machucada nem nada. Vamos lá Camarada, eu preciso treinar. - Quase implorei.
Dimitri me analisou por mais uns segundos e deve ter visto algo que o satisfez, porque apenas assentiu com a cabeça e foi pegar as chaves do carro. Interfonei para Lissa e avisei para descerem e apesar dos protestos, ela sabia que não a deixaria sozinha nem se estivéssemos dentro dos aposentos super protegidos da Rainha.
– Que tal irmos no shopping mais tarde para as compras de Natal? - Sugeriu Tasha no caminho para a academia.
Meu humor ficou instantaneamente melhor apenas a menção de compras, sendo duplicado pela animação de Lissa.
– Não acho que seja uma boa ideia. - Dimitri cortou nossa animação e eu afundei no banco do carro. - Talvez posso te acompanhar, mas leva-las não seria o melhor agora.
– O shopping fica há 10 minutos de casa Dimka, não estrague o espirito de Natal. - Tasha disse toda sorridente, tentando convence-lo. Dimitri apenas negou, e voltou a atenção para a rua. Mas Tasha virou-se para nós e sussurrou um 'Daremos um jeito' com uma piscada.
Era impossível odiar aquela mulher! Pensei frustrada.
Já na academia, Tasha pediu para que Dimitri e eu demonstrasse todos os golpes dos quais ela estava ensinando os alunos. Não era exatamente o que eu precisava, mas só de estar em movimento já fez com que eu me sentisse melhor. Eu sabia que ainda não estava boa o suficiente para proteger Lissa. Então no final do treino, pedi para que Dimitri voltasse a treinar mais intensivamente comigo.
– Antes e depois das aulas. Como era em St. Vladimir. - Pedi.
– Tudo bem, tentarei fazer o melhor por você Rose, mas não temos tudo o que a Academia poderia nos oferecer.
– Eu sei. - Suspirei. Estava ciente disso. Não tínhamos todo aquele espaço aberto para praticar todas as corridas que Dimitri achava essencial e nem para um combate físico de verdade, já que controlávamos toda a nossa força na frente dos humanos. - Mas a gente pode dar um jeito. Correr em volta o quarteirão 15 vezes. Sei lá.
Dimitri sorriu à minha sugestão, mas seu olhar era sério quando voltou a falar. - Daremos um jeito.
Tasha voltou a falar sobre irmos ao shopping no caminho de volta, e então tudo aconteceu muito rápido.
Em um instante eu estava olhando prédios e comércios pela janela do carro. No outro, senti uma dor de cabeça tão forte que não consegui reprimir um grito e vultos me cercaram.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
YEEEEEEEEY, depois de quase um ano estou de volta. NÃO ME MATEM, POR FAVOR!
Espero que me perdoem, mas fiquei totalmente travada, perdi o tesão de escrever sabe? E odeio fazer de um hobby uma obrigação, então acabou que a fic entrou nesse hiatus eterno.
Maaaaaaas, ontem consegui escrever 2 caps, então só para mostrar que eu não morri e vou terminar a fic, estou postando, mas só continuarei quando terminar a fic, postando assim diariamente e fazendo todas felizes *-*
O cap está um pouco pequeno, mas estou retomando o jeito e tals, espero que gostem ♥ E que não me abandonem tbm HUSUSAHUSAHU