Never Can Say Goodbye. escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Voooooooooltei *coros de aleluia*
Esse cap é dedicado a pequena Dani que fez aniversário dia 1 e a Maands que fez dia 7, e a mim, que fiz 20 anos sexta! Yeaaay !
E me perdoem a ausência, vou tentar escrever mais daqui pra frente (yn)



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Fui colocada com cuidado na cama, mas antes que Dimitri se afastasse, segurei sua mão.


– O que vamos fazer agora? - Perguntei em um sussurro.


– Não tem mais nada que possamos fazer Roza. - Ele respondeu e se sentou na beirada da cama.


– Mas Victor nos encontrou, nós temos que fazer algo. Eu não posso deixar que ele a machuque novamente Dimitri. - Me sentei sentindo o medo me despertar.


– Não temos certeza se ele sabe onde realmente estamos, não vamos nos precipitar. - Ele respondeu em um tom de voz calmo, mas sua postura era tensa.


– Você sabe que é só uma questão de tempo. - Implorei.


– Sim Roza, eu sei. - Suspirou colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha. - Mas você sabia que corria esse risco ao fugir, e eu ao decidir ficar, então devemos planejar tudo com calma. O ataque pode ter sido a mando dele, mas pode ser que ele não sabia nossa verdadeira localização, então temos tempo.


Eu balancei a cabeça em concordância, era difícil ter esperanças, mas sabia que Dimitri jamais nos colocaria em perigo.


– Eu fiquei tão preocupado quando te encontrei, você estava tão pálida e atordoada... Eu tive medo de que fosse demais para você suportar. - Ele disse segurando minha mão com carinho, seu olhar suavizou ao encontrar o meu, mas sua expressão continuava tensa.


– Eu achei que fosse. - Abaixei meus olhos para nossas mãos dadas em cima da cama. - Eu deveria ter evitado isso, eu deveria ter sido mais forte. - As lágrimas ameaçaram a sair, Dimitri colocou sua outra mão em meu queixo, puxando meu rosto para que eu pudesse olha-lo.


– Você foi muito forte Roza. É a mulher mais forte que eu conheço. Você salvou seus amigos, e mesmo que Liam não tenha sobrevivido você derrotou três psy-hounds, coisa que um novato jamais conseguiria. - Sua voz jorrava admiração, e contradizendo tudo o que eu sentia, eu sorri.


Ele estava se preparado para levantar quando o segurei novamente. - Eu não queria ficar sozinha. - Disse rapidamente, sentindo o medo me tomando novamente.


Um sorriso daqueles que chegam até os olhos fez meu coração perder uma batida. - Então eu fico aqui com você.


Fui um pouco para o lado, dando espaço para ele deitar ao meu lado, percebi sua hesitação, mas então se deitou e me puxou para o seu peito. Ele ia passando a mão delicadamente em meus cabelos, seu corpo quente me mantendo aquecida enquanto o sono ia aos poucos me dominando.


– Eu gostaria de ir para Holanda - Disse já com os olhos fechados.

Holanda sempre me pareceu um ótimo lugar, todas as histórias de festas e legalização, apesar de não entender o motivo dos humanos usarem drogas, era convidativo o suficiente, além de que seria ainda mais fácil de passarmos despercebidos.


Uma grave risada fez o peito de Dimitri tremer e eu abri os olhos para encara-lo confusa. - Você não faz ideia da quantidade de Strigois que lugares como esse abrigam. - Sua voz era séria, mas ele parecia mais leve.


– Então a Itália. Muita massa e obras de artes. - Dei risada imaginando o quanto de pizzas eu conseguiria comer.


– Uma escolha melhor, mas você acabaria com toda a pizza do país. - Dimitri disse como se lesse meus pensamentos. – Eu gostaria de conhecer a Irlanda... – Disse com o um ar distante.


– O que tem de bom lá? – Perguntei me levantando para poder olha-lo.


– Paisagens de tirar o fôlego. – Ele sorriu novamente, e aquilo era o suficiente para tirar o meu fôlego.


– Nós podemos ir também. – Sorri com a ideia de Dimitri e belas paisagens na mesma frase.


– Agora você deve dormir. – Ele disse assim que percebeu que eu iria continuar com o assunto, fiz um biquinho que o fez balançar a cabeça exasperado, mas me deu um beijo na testa antes de me desejar boa noite. – Tenha bons sonhos meu amor.

Então adormeci em seus braços.

O sol brilhava forte no céu limpo de nuvem, seria um lindo sábado se não estivéssemos em um velório. Era irônico o dia parecer feliz enquanto todos choravam a perda de Liam.

Lissa chorava baixinho no ombro de Christian, Dimitri e Tasha estavam em silencio logo atrás de nós. Mark também estava lá e consolava Cam que aparentava não ter parado de chorar desde que soube da morte do melhor amigo. Muitas pessoas que estudavam conosco estavam por lá, além de amigos e familiares.

A Sra. Adams, uma senhora baixinha e rechonchuda, com os olhos tão verdes quanto os de Liam, estava próxima ao caixão abraçada com um menino que deveria ser irmão mais novo de dele, pois os cabelos e sorriso eram idênticos, e contava histórias de quando o irmão era da sua idade com lágrimas nos olhos.

– Mas daqui a pouco ele acorda mamãe, não precisa chorar. - Disse o menino quando percebeu a lágrima que escorreu.

– Daqui a pouquinho. - Sussurrou dando um beijo no topo da cabeça do filho, para esconder que agora chorava de verdade.

Senti meus olhos lagrimejarem quando a tristeza e culpa me tomaram, mas ao mesmo tempo uma raiva irracional me dominou, se Victor aparecesse agora, nem o fato dele ser um Moroi e eu ter sido ensinada que devo protegê-lo o protegeria de mim.

Uma mão forte apertou meu ombro em solidariedade, me virei para encontrar Dimitri olhando para família de Liam e então nossos olhos se encontraram sua expressão uma mistura de compaixão e compreensão. Eu sabia que ele também daria uma bela lição no maldito Dashkov, mesmo que ele negasse se alguém perguntasse.

– Se você quiser, podemos ir embora. - Ele sugeriu ao me analisar mais um pouco.

Balancei a cabeça negativamente, mas antes que eu pudesse responder o padre entrou e começou a missa.

As palavras eram parecidas com as que ouvi no velório da família de Lissa, talvez a religião humana não fosse tão diferente da Moroi. Olhei para Dimitri que ainda estava ao meu lado e não pude evitar ficar maravilhada com a serenidade que ele aparentava ao absorver tudo o que o padre falava.

A missa foi mais rápida do que eu imaginava, ou talvez eu não estivesse tão entediada como ficava nas missas de St. Vladimir e não percebi o tempo passar, mas as pessoas agora choravam ainda mais, até Mark que tinha se mantido controlado agora deixava escapar algumas lágrimas enquanto Liam era enterrado.

Estamos saindo quando ele se aproximou com os olhos inchados e vermelhos.

– Guardião Belikov, Rose. – Cumprimentou com um aceno de cabeça. – Gostaria de me desculpar por ter quebrado minha promessa. Eu disse que os protegeria e quando precisaram de mim, eu não estava.

– Mark não...- Eu ia falar que ele não tinha motivo para se desculpar, mas Dimitri me interrompeu.

– Eu estava contando com você Guardião Karev, mas ainda bem que a Rose sabe fazer o trabalho dela. – Disse sério e um tanto ameaçador. – Mas não é momento para isso, sinto muito pela sua perda garoto. – Sua expressão suavizou um pouco, e eu a conhecia bem, sempre estava com essa cara quando me dava sermões que não gostaria.

Mark poderia ser apenas três anos mais novo que Dimitri, mas naquele momento parecia até mais novo que eu pela sua vulnerabilidade, mesmo que seu porte de guardião tentasse esconder.

– Vamos te esperar no carro Rose. – Dimitri disse e então Christian e Tasha o seguiram.

– Sinto muito Mark, gostaria de poder ter salvado Liam, gostaria mesmo. –Lissa disse fungando.

– Obrigada por ter tentado Princessa.

Lissa então foi atrás dos outros e assim que estávamos sozinhos Mark me puxou para seus braços. Sentia seu peito tremer pelos soluços que ele dava, então se recuperou e me soltou.

– Eu sinto muito por não estar lá com vocês, eu estava confuso e sai do bar. Eu deveria estar lá, protegendo vocês. Desculpa Rose.- Ele disse entre as lágrimas.

– Não Mark, eu que sinto muito por não ter conseguido proteger o Liam.

Nesse momento Cam passou com a Sra.Adams segurando o irmãozinho de Liam no colo, os dois ainda aos plantos.

– Eu tenho que ir Rose. – Disse apressado.

– Mark, nós podemos conversar depois? – Perguntei segurando seu braço antes que ele fosse embora. – Sobre aquele beijo.

Ele me olhou por um momento e então voltou a olhar para Cam que já estava quase saindo do cemitério, quando me olhou novamente, um brilho diferente passou por seus olhos e no segundo seguinte ele estava me beijando.

Agradeci mentalmente por Dimitri ter estacionado longe, porque apesar de tudo, não gostaria de ver Dimitri beijando ninguém e não deveria ser diferente para ele. Mas naquele momento só conseguia pensar nos lábios urgentes e macios de Mark contra o meu.

Mas quando se afastou tinha o mesmo sorriso triste de ontem.

– Rose, acho que sou gay...



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Notas finais do capítulo

LIBERE A PUSSY QUE HÁ DENTRO DE VOCÊ MARK ♥