Guerra, É Guerra! escrita por Ainimemimis


Capítulo 18
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! O tempo passou tão rápido né? Já estamos no penúltimo capitulo e já é, praticamente, carnaval...Eu comecei a postar essa fic em outubro do ano passado e já está acabando...To meio triste pelo final já tão próximo, mas vou deixar o discurso de encerramento para a semana que vem! BOA LEITURA!!!



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Capitulo XVIII




No capitulo anterior...









Winry Rockbell POV’s










Saí dali o quanto antes, eu estava muito envergonhada para continuar no mesmo lugar que ele. Quer dizer, nós estávamos passando dos limites e eu sabia que aquilo iria acontecer se eu não tivesse parado, acho que a pele do meu rosto vai derreter de tão quente que está!”









Edward Elric POV’s









Eu fiquei mais do que surpreso quando ela me mostrou a casa na árvore, eu sempre quis uma, até tentei construir, mas não deu muito certo. Nós entramos e começamos a folear o álbum, ela era muito linda quando pequena e todas as fotos das primeiras paginas estavam boas, sem nada de constrangedor.








Quando chegamos à metade do álbum as coisas começaram a ficar engraçadas, as fotos que ela tirou fazendo careta eram as melhores. Eu ri muito e ela ficou um pouco desconfortável, provavelmente sentindo na pele o que eu senti ontem.






As coisas começaram a ficar estranhas quando ela escorregou numa das almofadas espalhadas pelo chão e acabou caindo em cima de mim. Estávamos tão pertinho um do outro que não consegui resisti e a beijei, mas não um beijo normal como os antes, foi mais prazeroso. Eu tentei me concentrar, tentei mesmo não me deixar levar, mas tudo naquela situação fazia com que a minha razão se esvaísse.





E além de tudo era ela, a minha namorada, a Winry, a primeira garota por quem eu meu apaixonei e pensar em tudo isso me fazia querer avançar mais e mais. Então desviei os beijos para o pescoço dela, pensei que ela fosse me empurrar ou qualquer coisa do tipo, mas ao invés disso ela suspirou e soltou um gemido baixo. Ok, agora sim que a minha consciência foi para o espaço.





O clima estava esquentando cada vez mais quando ela subitamente levantou, seu rosto estava vermelho, muito vermelho e ela me encarava com expressão assustada e envergonhada ao mesmo tempo. Eu não entendi de imediato o porquê dela ter parado, não até perceber para o que ela estava olhando. Ótimo, isso tinha mesmo que acontecer...





Ela saiu dali apressada, fiquei até aliviado por ela não ter perguntado ou feito nenhum comentário. Aquilo era extremamente constrangedor, mas não estava surpreso que isso tenha acontecido até porquê do jeito que estávamos... Olhei para baixo vendo aquele volume na minha calça, e agora? Como vou fazer para ele abaixar?





Eu esperei, fiquei sentado sem mover um músculo esperando. Até que depois de quase uma hora as coisas voltaram ao normal. Suspirei aliviado e fui para casa. Já estava escurecendo quando saí da casa da árvore, agora eu tinha outra preocupação. Como encará-la novamente? Estou morrendo de vergonha, foi constrangedor demais. Ela deve estar pensando que sou um pervertido, talvez até queira se afastar um pouco ou até evitar ficar muito perto de mim.





Quando entrei em casa fui direto para o quarto, nem ouvi direito o que Alphonse disse, ou será que foi a minha mãe? Não sei dizer. Só quero pensar um pouco sobre tudo o que está acontecendo comigo e com a Winry.





E vou lhes contar um segredo e pelo o amor de todos os deuses de todas as culturas não contem a ninguém!!!! A Winry é a minha primeira namorada e a segunda garota que beijei na vida, a primeira foi no 5°ano e ela me pegou desprevenido. Então, acho que já sabem onde quero chegar não é? Eu nunca...err...fiz nada além disso. Mas jamais contei a alguém, os únicos que sabem é Noah e David, quando outros me perguntam eu sempre digo que sim e várias vezes.





Por isso estou preocupado, quer dizer, do jeito que as coisas estão indo eu e a Winry vamos acabar chegando nesse ponto. E se ela não gostar, o Noah diz que as garotas sempre querem que a primeira vez delas seja especial e mágica, e se eu não conseguir dar isso a Winry? Não quero decepcioná-la.






–Nii-san? –Alphonse me chamou da porta- Está tudo bem?







–Está, claro, porque não estaria? –perguntei tentando disfarçar






–Não sei, você chegou estranho. Aconteceu alguma coisa? –ele perguntou arqueando uma sobrancelha





–Não, está tudo bem. Sério, nada com o que se preocupar. –respondi sorrindo confiante.





–Ok, se você diz. A mamãe está chamando para o jantar. –ele avisou e fechou a porta.






Suspirei e saí, segui para cozinha e me juntei a eles no jantar. Depois fiquei vendo TV e fui dormir algumas horas mais tarde. O meu dia já tinha sido bem cheio, e só pensar que teria que encara-la amanhã já me dava um frio no estômago.








Winry Rockbell POV’s









Eu fui pensando no caminho até em casa, ainda sem conseguir acreditar que quase havíamos feito aquilo. Acho melhor fingir que isso nunca aconteceu, assim é melhor. Porque só de pensar em encara-lo novamente já começava a fazer meu rosto esquentar.








Entrei em casa e estranhei tudo estar apagado, já estava de noite então a sala estava muito escura, impossível de ver qualquer coisa. Fui passando a mão na parede até achar o interruptor e acendi as luzes.







–Vovó? –gritei chamando-a








Silêncio. Comecei a me apavorar, saí correndo pela casa a procura dela. Já estava no andar de cima quando ouço um barulho de porta abrindo, andei até a escada e espiei lá em baixo. A porta da oficina estava aberta e logo a vejo atravessando a sala.









–Vovó! –exclamei descendo as escadas.








–Já voltou. –ela disse despreocupada.






–Por que não respondeu quando chamei? –perguntei





–Ah, eu não ouvi. –ela disse ajeitando os óculos- O jantar já está pronto.





–Ok. -respondi indo para a cozinha






O resto do meu dia não foi muito interessante, fiz o que tinha que fazer e fui dormir.







***





O dia seguinte foi bem normal, eu acordei cedo para ajudar a vovó na oficina. Ela sempre perguntava, uma vez ou outra sobre o meu passeio de ontem com o Ed, o que me fazia lembrar daquele pequeno incidente e ficar mais vermelha do que tomate. E eu respondia que foi legal, que nos divertimos e que não aconteceu nada demais.



Mas ela parecia não acreditar, me olhava desconfiada, mas assentia como se acreditasse. A minha avó não é boba, sei que ela sabe que estou escondendo algo, eu até contaria se não ficasse com tanta vergonha de falar sobre isso.




Ainda me lembro de uma vez que estávamos jogando verdade ou desafio no quarto do 2°ano e uma das garotas desafiou a outra a contar detalhadamente a primeira vez dela. O pior é que essa garota que contou era muito desavergonhada e disse tudo, TUDO mesmo, sem nem ao menos corar. Eu devo ter ficado de todas as cores do arco-íris naquele dia.





Tentei me concentrar no que estava fazendo e parar de pensar em besteira. Em poucos minutos eu já tinha me esquecido daquele assunto e trabalhava tranquilamente, já estava terminando um automail quando a vovó me chamou.






–Winry. –ela gritou do andar de cima







–O que foi? –perguntei






–Preciso que vá comprar algumas peças extras. –ela disse





–Ok, já vou indo. –respondi limpando as mãos que estavam sujas de óleo






Peguei a minha bolsinha e saí. Andei até a loja de mecânica que ficava no final da rua a apenas alguns metros da casa do Ed, só de pensar que ele poderia aparecer a qualquer momento já me deixava nervosa. E se ele viesse falar comigo sobre ontem? Eu não iria aguentar de tanta vergonha!







Já sei! Irei ser rápida, é comprar as peças e sair correndo. É um ótimo plano. Entrei na loja, peguei todas as peças que precisava e andei até o balcão do caixa para pagar, porém o vendedor estava ocupado falando ao telefone, parecia estar fazendo alguma encomenda para a loja e pelo jeito que a conversa estava indo, talvez ele demorasse.






Suspirei e o encarei suplicante, pedindo com os olhos para que me atendesse logo. Mas ele fez um sinal de espera e foi para os fundos da loja. Respirei fundo e tentei ficar calma, quais eram as chances dele passar por aqui? Mínimas não é? Então não tenho que me preocupar.






Edward Elric POV’s








O dia seguinte foi bem calmo. Levantei perto da hora do almoço, minha mãe e Alphonse estavam na cozinha como sempre, então aproveitei para arrumar o meu quarto.








Todos diziam que eu era muito bagunceiro, mas eu não acho. Quer dizer, achava até ter que arrumar a minha bagunça. Tinham roupas espalhadas pelo chão, o armário estava uma bagunça e a cama estava desarrumada. Tinha poeira acumulada em cima dos móveis e o chão precisava ser varrido com urgência.






Não perdi tempo, comecei a dobrar as roupas, separar o sujo do limpo, enfim fiz uma faxina mesmo. Parei um pouco para almoçar e depois voltei para terminar de ajeitar tudo. Estava tão distraído que nem vi quando a minha mãe entrou e ficou me observando da porta.






–Uau, pensei que só um milagre me faria ver essa cena. –ela disse e eu levei um baita susto.







–Mãe! –falei colando a mão no peito- Não entre assim do nada!






–Você fez um belo trabalho aqui. –ela respondeu rindo.





–É, demorou um pouco, mas valeu a pena. –respondi com um olhando orgulhoso o meu trabalho. O lugar estava brilhando.





–Eu e o Al vamos até a cidade vizinha passear um pouco, fazer algumas compras, essas coisas. Quer vir conosco? –ela perguntou





–Não, eu estou cansado dessa limpeza, deixa para a próxima. –respondi me jogando na cama.





–Sei cansado... –ela me olhou desconfiada- Se, assim por acaso, a Winry for vir aqui, não se esqueça de ir até a farmácia ouviu?





–Ir até a farmácia? –perguntei sem entender.





–Oras, não se faça de bobo Edward Elric. Sabe muito bem do que estou falando. –ela disse cruzando os braços e me olhou com um sorriso malicioso. Só então associei tudo e fiquei mais vermelho que um hidrante.





–Mãe!!!! –falei envergonhando





–O quê? Só estou pedindo para ser responsável. Já estamos indo. –ela parou na porta e me encarou séria- Juízo hein!





–Ok, ok!-respondi fechando a porta.






Era só o que me faltava! A minha mãe falar disso justo agora! Droga as cenas de ontem já estão voltando na minha mente. Mas ela não deixava de ter razão, e pelo jeito que as coisas estão indo acho melhor ir até a farmácia mesmo.







Peguei as chaves de casa e saí. Caminhei até a farmácia, peguei o pequeno pacotinho e fui até o caixa pagar. A mulher que me atendeu me encarou com um sorriso suspeito no rosto e eu fiz a melhor poker face da minha vida. Era tão constrangedor quando as pessoas ficam te olhando só porque você está comprando um preservativo, oras, elas deviam estar orgulhosas por você estar sendo responsável!






Coloquei o pacotinho no bolso da calça e voltei para casa, no caminho passei pela loja de mecânica e a vi apoiada no balcão olhando distraída para os produtos da loja. Respirei fundo e andei até ela.






–Oi. –falei tentando parecer o mais natural e normal possível.







–O-oi. –ela disse corando e olhou para o lado






–O que está fazendo? –perguntei





–Só comprando peças extras para a vovó. –ela respondeu- E você? O que faz aqui?





–Dando uma volta. –respondi. Ótimo, tudo estava normal e ela não tinha perguntado ou falado nada sobre ontem.





–Desculpe mocinha. –um homem disse andando até o caixa- Eu estava numa ligação importante, sinto muito por te deixar esperando.





–Tudo bem, não tem problema. –ela respondeu e tive a impressão que ela estava forçando o sorriso.





–Está certinho. Obrigado e volte sempre. –ele respondeu sorrindo e saímos da loja.





–Amanhã acaba o feriado e teremos que voltar para a Escola. –falei





–Pois é, mas as férias de verão já estão pertinho. –ela disse.





–É. –falei sorrindo- Nossa!





–O que foi? –Winry perguntou confusa.





–Olha só o tempo. –falei olhando para cima. O céu tinha escurecido do nada, as nuvens estavam tão cinzas que parecia estar anoitecendo e ainda eram 3h da tarde.





–Vai cair uma tempestade daquelas. –ela disse e logo começou a trovejar- Acho melhor eu ir antes que essa chuva caia.





–Eu também vou indo. –falei.






Mas antes que pudessemos começar a andar a chuva desabou e caiu com toda a força. Os pingos estavam grossos e o céu estava relampejando muito, o vento soprava alto e balançava as árvores.







A minha casa estava a apenas alguns metros, talvez 10 ou 11 metros de distância de onde estávamos. Não pensei duas vezes, peguei Winry pela mão e saí correndo, puxando-a até em casa. Abri a porta com pressa e entramos, só naquele meio tempo em que ficamos na chuva já estávamos encharcados.







–Não vejo uma tempestade assim faz tempo. –falei olhando pela janela- E pelo jeito vai demorar até passar.







–O quê?! –ela disse- Como vou voltar para casa?






–Você pode ir quando a chuva parar. –respondi e me virei para ela.






Winry estava com os braços envolta do corpo, ela usava uma blusa branca e como esta estava molhada havia ficado completamente transparente deixando amostra seu sutiã rosa. Senti o meu nariz esquentar e logo começou a sangrar.








–A-acho melhor você trocar essa roupa antes que fique gripada. –falei desviando o olhar e tapando o nariz antes que ela visse o sangue.








–Mas eu não tenho nada para vestir. –ela falou.







Andei até o quarto da minha mãe, peguei uma bermuda e uma blusa qualquer e entreguei a ela.








–Pode usar, talvez fique um pouco grande, mas é só até as suas roupas secarem. –falei evitando ao máximo olhar para ela, e vocês não tem noção do quanto foi difícil resistir à tentação.








–Obrigada. –ela disse- Onde é o banheiro?






–Corredor, primeira porta a esquerda. –respondi.






Aproveitei que ela entrou no banheiro e fui para o quarto trocar a minha roupa, peguei qualquer coisa e saí. A encontrei sentada no sofá olhando para algo dentro da bolsa, seu rosto estava um tanto vermelho.








–Essa roupa serviu? –perguntei








–Uhum. –ela respondeu rápida e fechou a bolsa- Acho melhor ligar e avisar a vovó. Posso usar o seu telefone?






–Pode. Fica na cozinha. –respondi e ela levantou.






Winry estava a alguns centímetros da cozinha quando tudo ficou escuro de repente e logo depois um estrondo ecoou pelo quarteirão. Ela me olhou assustada e eu a encarei de volta com a mesma expressão. Corremos até a janela e vimos um poste caído, ele estava queimado no topo e o gerador havia explodido.








–Era só o que faltava, estamos sem luz. –falei suspirando








–Acho que um raio atingiu o poste. –ela disse







Então o telefone começou a tocar, corri até a cozinha e atendi.








–Alô?








–Ed, sou eu Al. –ele disse do outro lado da linha






–Oi Al, está chovendo aí?





–Sim, muito. Houve um deslizamento e a terra está em cima dos trilhos, não tem como nós voltarmos para casa hoje.





–O quê? Não conseguem resolver isso até o fim do dia? –perguntei preocupado.





–Não, está chovendo muito e só vão começar a remover a terra quando a tempestade passar. E vai levar pelo menos umas 6 ou 8 horas até retirarem tudo.





–Você e a mamãe vão ficar num hotel?





–Vai ser o jeito. Está tudo bem aí?





–Mais ou menos. O poste foi atingido por um raio e o gerador explodiu, está sem luz no quarteirão inteiro.





–A mamãe pediu pra você desligar a luz da casa na caixa de força, quando a energia voltar ela pode acabar dando curto na TV e...





–Alô? Alphonse? –um chiado começou e depois tudo ficou em silêncio.





–Está tudo bem? –Winry perguntou da porta.





–A linha caiu. Teve um problema com os trilhos e o Al e a minha mãe só vão conseguir voltar amanhã. Eles foram para a cidade vizinha. –respondi colocando o telefone no gancho.





–Essa chuva fez estragos mesmo. –ela disse suspirando.






Voltei para sala e ficamos sentados em silêncio no sofá olhando para a escuridão a nossa frente. A chuva só fez aumentar, o vento assobiava e de vez em quando um clarão iluminava a sala. Eu estava uma pilha de nervos, nós estávamos sozinhos pela noite inteira, com 99% de chances de não sermos interrompidos por nada ou ninguém.







Estava escuro, mas eu ainda conseguia ver a silhueta dela sentada ao meu lado, ouvi um estrondo e um clarão iluminou o lugar. Winry estava um tanto corada, ela estava brincando com os dedos em seu colo e parecia tão distraída. Ela estava tão bonita daquele jeito, comecei a sentir o meu coração acelerar e me aproximei dela.






Ela me encarou, suas bochechas começaram a ficar ainda mais vermelhas e pelo jeito que o meu rosto estava esquentando eu estava no mesmo estado. Resolvi parar de me segurar e avancei ainda mais, ficando a centímetros dela. Apenas aquela pequena distância nos separava, então ela me surpreendeu quando se aproximou ainda mais e me beijou.






Winry Rockbell POV’s








Senti o meu coração parar quando ouvi aquela voz familiar falar “oi”, me virei e lá estava ele com um pequeno sorriso no rosto, as mãos nos bolsos da calça e me encarando como se nada tivesse acontecido. Resolvi tentar agir normalmente também, mas não consegui olhar nos olhos dele e comecei a corar.








Nós trocamos algumas palavras, o homem finalmente havia terminado sua conversa ao telefone e veio me atender, pediu desculpas e eu disse que não tinha problema. Mas a verdade era que eu estava um pouquinho irritada com ele, porém não queria deixar transparecer então forcei um sorriso.






Eu e Ed saímos da loja e continuamos a conversar do lado de fora, até que notamos o céu negro e a chuva começou a cair. Ele segurou a minha mão e me puxou até sua casa, a minha roupa ficou encharcada e com o vento forte eu já começava a sentir um pouco de frio.





Nós entramos na casa dele, ele me olhou com uma cara estranha e depois ficou desviando o olhar, simplesmente não entendi. Ele me emprestou uma muda de roupa da senhora Elric e eu segui para o banheiro.





Somente quando me olhei no espelho entendi o motivo dele não estar me olhando direito, minha blusa branca havia ficado totalmente transparente e meu sutiã estava aparecendo. Corei um pouco e troquei logo de roupa, guardei a molhada e voltei para sala, sentei no sofá e esperei.





Edward apareceu do nada e se sentou ao meu lado, nós conversamos um pouco até que me lembrei da vovó, ela deve estar preocupada então pedi para usar o telefone. Mas acabou a luz e praticamente em seguida o telefone tocou.





Era Alphonse avisando que ele e a senhora Elric não conseguiriam voltar para casa por causa dos estragos feitos pela tempestade. Comecei a ficar nervosa, eu não podia ir para casa e ninguém conseguiria chegar aqui, significava que eu e ele estávamos sozinhos a noite inteira.





Voltei a sentar no sofá e ficamos em silêncio. E agora? Se acontecesse alguma coisa nada iria interromper, por sorte eu havia trago a minha bolsa, então eu não tinha que me preocupar caso nós...Ah! Winry Rockbell! No que você está pensando?! Parece até que quer que aconteça!!!





Senti que estava sendo observada e me deparei com ele um pouco mais perto, seu rosto estava corando e o meu também, ele se aproximou ainda mais, porém parou ficando a alguns centímetros de distância. Fiquei esperando ele prosseguir até que entendi que o mesmo estava esperando a minha reação, então decidi não pensar em mais nada e o beijei.





Um beijo que começou calmo e apaixonado, como quando nos beijamos na biblioteca depois que nos declaramos um para o outro. Conseguia sentir todos os sentimentos dele por mim e eu demonstrei os meus por ele também, o beijo foi se intensificando. Senti as mãos dele na minha cintura e logo puxaram para mais perto.





Eu o puxei pelos ombros colando ainda mais os nossos corpos. O coração dele estava tão acelerado que era possível ouvir os batimentos e o meu devia se encontrar no mesmo estado, nos afastamos um pouco em busca de fôlego, mas voltamos a nos beijar novamente.





Comecei a sentir a minha mente ficando nublada, o corpo aquecer e algo estranho no estômago, como um formigamento. Dessa vez decidi que não o impediria de avançar, ele desceu os beijos até o meu pescoço e aquela sensação boa veio novamente. Acho que no estado em que estávamos acabei perdendo um pouco da minha timidez e segui com as mãos até a barra da camisa dele. Mas ele parou de repente e me encarou. Droga a timidez está voltando!






–V-você quer mesmo fazer isso? –ele perguntou olhando nos meus olhos.







–P-por quê? Você não quer? –perguntei com um pouco de medo.






–Não! É que... –ele baixou o olhar- É que é a sua primeira vez não é?





–É...-respondi corando ainda mais, quer dizer, se isso fosse possível- Mas eu quero que seja com você.





–Tem certeza? E se eu não conseguir...err...tornar especial o suficiente para você? –ele perguntou receoso e só então entendi o porquê dele estar hesitando.





–É primeira vez que você faz isso também não é?-perguntei apenas para confirmar as minhas suspeitas, ele ficou muito vermelho e desviou o olhar.





–Uhum. –ele respondeu e eu ri um pouquinho





–Seu bobo não precisa se preocupar com isso, já é especial por ser você. –respondi com um pequeno sorriso e me aproximei dele- Eu te amo Ed.





–Eu também te amo Win. –ele falou sorrindo e me beijou novamente.






Dessa vez eu tinha certeza que não haveria impedimentos ou dúvidas, percebi que quero ser dele, totalmente dele. Porque ele é o garoto que eu amo.







Não estávamos com pressa, nos beijamos o mais apaixonadamente possível. Então ele me pegou no colo de repente e caminhou comigo até o seu quarto, empurrou a porta com o pé para fechá-la e me colocou delicadamente na cama.






A partir daí tudo ficou meio embaçado e difícil de lembrar, lembro-me das mãos dele percorrendo todo o meu corpo enquanto tirava vagarosamente as minhas roupas, descendo os beijos até os meus seios. Lembro-me de sentir coisas que nunca havia sentindo antes, sensações tão boas e incríveis que nem consigo descrever, era como ir ao paraíso e voltar ao mesmo tempo. Conseguia sentir o corpo dele estremecer acada toque meu e o mesmo acontecia comigo. Lembro-me de sentir um pouco de medo quando vi o que estava prestes a vir, mas confiei nele e ele foi muito gentil, sempre perguntando se estava doendo, dizendo que não queria me machucar. Mas a verdade é que eu não senti dor. Será que é porque era ele? Nossos corpos e corações estavam em sincronia perfeita e nós chegamos ao ápice juntos.





E depois de tudo me senti cansada, ele deitou ao meu lado e abraçou a minha cintura. Eu me aconcheguei em seus braços e dormi, foi a melhor noite da minha vida.






Continua...










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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Então deixem...
Reviews *-*
E Recomendações *¬*
Não percam o gran finale dessa fic!
Bjão!