My Happy Pill escrita por Gabby


Capítulo 22
Entrevista de Emprego


Notas iniciais do capítulo

Oláá!! I'm sorry pela demora, honeys! (Como sempre) Eu queria agradecer MUITO MESMO pelas reviews do outros capítulos, amo todos vcs! Eu demorei por falta de criatividade, como sempre. Tive muita dificuldade na entrevista de emprego já que nunca tive uma rsrs por isso, principalmente, demorei. Minha escrita está se transformando, e hoje eu sei o que uma boa escrita tem: Ela tem detalhes, explica o sentimento dos personagens, etc... Percebi que antes minha escrita era praticamente diálogo e descrição literal, uma boa escrita engloba um pouco de figurativo, um pouco de alma!



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Halibel arrumou o último fio de cabelo louro pendente no rosto, colocando-o para atrás da orelha. Hoje, seu cabelo estava amarrado em coque e ela usava um blazer e saia social preta. Havia se preparado para causar uma boa impressão nos seus empregadores, já que a Empresa Seireitei não era exatamente a lanchonete da esquina.

Stark também estava arrumado, de terno. O cabelo continuava desalinhado como sempre.

–A última vez que vi você usar esse terno –falou Halibel, os olhos turquesa se desviando do espelho para olhar o amigo –Era o enterro de alguém.

Stark riu sem humor

Halibel voltou-se para o espelho novamente. A pele bronzeada estava coberta por uma fina camada de maquiagem. Ela, para falar a verdade, nunca gostara de usá-la, mas as tias do orfanato sempre diziam que ela precisava usá-la para os momentos especiais. Halibel geralmente ignorava; só queria saber de surfar com os amigos na época; mas agora esse conselho lhe era muito útil. O mercado de trabalho sempre valorizava moças maquiadas, Halibel não sabia por que.

Ela também não gostava de se olhar muito no espelho. Tinha medo de se olhar uma vez no espelho e se ver diferente, ou perceber algum detalhe em si que não tinha notado até hoje, ou até mesmo ficar obcecada por seu reflexo, como Narciso da lenda grega/romana. Ela também sentia medo que o espelho refletisse sua alma, como o Retrato de Dorian Gray. Não acreditava que sua alma estivesse tão acabada como a do Sr. Gray, mas mesmo assim tinha muito medo de contemplá-la de perto.

Ela saiu rapidamente da frente do espelho e virou- se para Coyote Stark: seu porto seguro e melhor amigo.

–Vamos? –perguntou ela, contemplando seu rosto, desde o queixo mal-barbeado aos olhos azuis pálidos, vazios e solitários. O Stark realmente era uma pessoa sozinha, tinha amigos, porém era sozinha. Halibel tinha ciência que o amigo a amava, assim como amava Lilynette, mas tinha se enfiado em uma crença tão absoluta, como se estivesse se enterrando de baixo da terra, que estava deslocado nesse mundo, que não pertencera a lugar nenhum, que era a sétima vela, que a garota não conseguia tira-lo desse transe. Queria desenterrá-lo com as próprias mãos, berrar que pertencia SIM a algum lugar e que estava cercado de gente o ama e nunca irá deixá-lo; mas Stark sempre repetia a mesma frase: “Você morre sozinho, portanto está sozinho a vida toda”.

Stark nunca apresentara nenhuma namorada, ou namorado (?) para si, mesmo ela sabendo que o amigo PELO MENOS já tivera ficantes. Ela achava que Stark tinha dificuldades de conseguir relações saudáveis e sérias com alguém.

– Vamos –concordou ele.

E, de repente, Halibel se xingou mentalmente por pensar demais. Ela sempre pensava porcarias quando isso acontecia, trazendo seus dias e sentimentos mais obscuros á tona. Como uma tia do orfanato onde morava dizia: “Pensou demais, pensou merda.”.

.

O ar era gelado e limpo; aquele ar de farmácia. O ar condicionado rolava solto para não deixar que os remédios estragassem. As cores da empresa Seireitei resumiam- se a branco e...branco?

Uma mulher ruiva com um coque, as lábios de um batom vermelho como o sangue, muito parecida com uma aeromoça, conduziu ela, Stark e um grupo de desempregados por um corredor branco como um iceberg. À medida que andavam, portas,corredores e cadeiras apareciam. Uma vez ou outra, a mulher falava que aquele corredor seguia para o setor tal de fabricação de um remédio de nome estranho, ou falava de como era bom trabalhar para a empresa Seireitei com um sorriso desanimadamente falso no rosto. Halibel não achava que era ruim trabalhar lá, mas repetir isso pra cada grupo novo de desempregados que chegava era excepcionalmente chato.

Aos poucos, algumas pessoas do grupo dela entravam em portas,a “guia-aeromoça” dizendo que era ali que fariam suas entrevistas de emprego. Halibel havia recebido um crachá dizendo “secretária/estagiária”, assim como Stark recebera um dizendo “contador/ estagiário.” Ela suspeitara que era assim que a mulher podia indicar a porta para as pessoas, mesmo isso não sendo o método ocasional de entrevista de emprego. Ela suspeitara que agora a empresa estava sem pessoal, e todos tinham que cuidar dos empregados de sua área.

Até que chegou a vez de Coyote Stark, que entrou em uma porta branca (Novidade!) com uma plaquinha escrita “contabilidade e marketing”, junto com um grupo de 4 á 6 pessoas. Ele deu um sorrisinho cúmplice a Halibel e abriu a porta. Ela pode ouvir o barulho de telefones e pessoas falando.

Agora, apenas ela, a guia e uma mulher restavam. A mulher era loira e tinha cabelos compridos, aquele sorriso de colegial americana e parecia uma verdadeira barbie. Os lábios rosados estavam cobertos de gloss e o rosto todo estava cheio de maquiagem. Não chegava a ser feio, mas era muito anti-natural. Halibel sempre gostara do mais natural possível. Além disso, eram oito da manhã, que horas aquela mulher acordara para estar tão maquiada assim?

Elas continuaram andando, até o corredor acabar em uma porta e a guia parar bruscamente. A ruiva virou-se para elas, o sorriso tilintando por meio dos dentes brancos:

–Chegamos –falou ela. –Esse é o ponto final.

Halibel olhou para a porta. A placa dizia: “Presidente”. Ela engoliu em seco. Iria trabalhar com o presidente da empresa?

– Hitsugaya-san as aguarda – A guia, muito parecida com a Abbadon do seriado Supernatural, disse. As duas desempregadas, Halibel e Barbie, avançaram. Mas elas foram impedidas por um gesto de mão de Abbadon –Uma de cada vez. – a menina sorriu, exibindo os dentes brancos que cegaram (e assustaram) Halibel. Barbie avançou, dando pulinhos de alegria. Ela apenas ficou parada e quieta, vendo a outra avançar estoicamente (ou burramente) até a porta e a abri-la.

Halibel já tinha visto filmes americanos demais (principalmente por que não gostava muito dos filmes de seu país) para perceber que a Barbie parecia muito com aquelas garotas burras e populares da escola. Ela havia entrado em faculdade particular, com toda certeza.

A guia suspirou, ainda olhando para a porta, virou-se para Halibel e disse:

–Que a sorte esteja a seu favor.

E foi embora.

Ótimo, pensou Halibel, agora minha vida é o Jogos Vorazes.

E no fundo ela sabia que sempre quis ser a Katniss.

~x~

O professor ditava a estória inteira do mundo(ele era professor de inglês, mas hoje estava meio...alterado) , com a voz monótona e na PRIMEIRA PESSOA, mas a essa hora o Ichigo nem ao menos ouvia. Ele podia ouvir suspiros entediados dos alunos, alguns roncos e o professor fazendo barulho de metralhadora, em 1.101 D.C , o que não fazia sentido ao menos que fosse uma batalha de um viajante do tempo. Ele estava olhando para Kuchiki Rukia, sua melhor amiga. A garota mordia uma caneta, olhando para o quadro sem realmente olhar. Ichigo a conhecia o suficiente para que soubesse que sua mente estava distante, talvez na lua.

Os orbes estavam tão violetas que se você os mirasse por muito tempo, se afogaria naquele mar roxo. Os olhos não tinham o seu brilho natural, que os fazia oscilar de cor, para cinza ou azul. Eles estavam focados, quase ocos, como se fosse apenas um desenho. Ela parecia olhar através do professor que berrava loucamente sobre sua esposa (Oi?), através do quadro e da parede, através da escola, através do mundo. Rukia tinha essa mania de se manter distante, e essa era uma das qualidades que ele mais apreciava nela.

Rukia também gostava muito de animes, como boa parte da população japonesa. Pensou no evento em que Zangetsu falara e como gostaria da presença da prezada amiga, sempre radiante e passando felicidade para o Kurosaki. Ela costumava fazer isso; quando Ichigo estava triste o alegrava, e ele fazia o mesmo por ela.

Sem pensar demais, arrancou um pedacinho de papel de seu caderno e anotou:

Rukia, tem um evento de anime em um futuro próximo. Se a senhorita quiser ir, seria legal se fosse comigo e o meu primo. A gente adoraria a sua diabólica presença.

Com toda a graça e o amor do mundo,

Kurosaki Fodão Ichigo

Ele pegou o bilhetinho e pediu para a Lilynette, que estava mais perto da Rukia, passar para ela. Rukia primeiro ficou surpresa por receber bilhetinho logo de Ichigo, depois leu e olhou para ele. Ela mostrou a língua, em seguida deu um sorrisinho e anotou algo vorazmente em seu caderno.

Ele tentou não prestar atenção na menina anotando, então olhou para a frente. Ta, ele não estava exatamente prestando atenção. Estava pensando em como ensinaria história para a Kuchiki na segunda, considerando que hoje era SEXTA! (Ele quase começou a dançar por causa do final de semana, mas vamos ignorar isso) Decidiu se preparar para a pequena aula no final de semana, no RESTINHO dele, claro, não o iria gastar para estudar.

Droga, até na mente dele a Kuchiki estava.

Foi despertado por um cutucão de Lilynette, que parecia irritada.

–Hm?

Lilynette revirou os olhos.

–Não sou carteira –vociferou ela. Só então Ichigo percebeu que a pequena tinha um pedaço de papel nas mãos cerradas em punhos –Lembre-se disso. –e entregou o papel.

Então ele pegou o bilhetinho das mãos de Lilynette e dirigiu um olhar a Rukia, que também o observava, com aquele sorrisinho angelicamente luciferiano. Ele revirou os olhos antes de ler:

Caro e prezado amigo Ichigo,(morango)

Eu vou sim. Obrigada por me convidar,devo dizer. Você e seu primo terão sim a honra de minha angelical e majestosa presença( sem falar linda). Não se preocupe, viado. Boa sorte em conseguir um namorado(a) que te ature.

Atenciosamente,

Rukia

PS:Me ajude nessa porcaria de história, Ichigo, ou estouro suas bolas em um só chute.

Ichigo riu.

Cara, ele amava essa garota.

~x~

Os bebedouros tornaram-se uma atração na espera antes e se tornaram agora. Halibel ia e voltava, pegando sempre um copo de água. Barbie-san estava á seu lado, roendo as unhas.

Já fazia algum tempo que Halibel fora á sala do Presidente. Ele era um moleque baixinho, de cabelos brancos, mas Halibel não exatamente tinha se surpreendido com isso –ela já tinha visto a foto. Ao contrário da outra garota, que levou um susto e achou que estivessem gozando com ela. Ele estava junto com Rangiku (Pasmem! Ela não fazia ideia do trabalho da outra aqui.). Primeiro, Hitsugaya-dono (ela o chamara assim) tinha observado seu currículo, depois fez algumas perguntas. Ela achava que se saíra bem, mas Hitsugaya dissera para ela retornar a sala de espera, onde escolheria entre Barbie e ela para seu cargo de secretária.

Halibel estava bem confiante, até saber que Barbie cursava o segundo ano de administração. A loira tinha mais anos de estudo e cursava um curso muito mais adequado para secretária do que biologia marinha.

Esse seu trabalho pagava bem, o suficiente para pagar o aluguel e sobrar algumas sobrinhas para ela gastar ou guardar pessoalmente. Junto com o salário de Stark, dava para sustentar ele, Halibel e Lilynette muito bem. E ainda com o extra que o orfanato cedia a Lilynette...

Ela precisava desse emprego! Precisava mesmo desse emprego!

De repente, o ar ficou carregado, como se a puxasse para o chão. Ela sentiu-se suando de ansiedade e nervosismo. Seu cérebro pensou em milhões de possibilidades e quase explodiu, mas ela o impediu, dizendo mentalmente para si mesma:

Pare de pensar de mais, Halibel. Isso não é bom.

De repente, a porta se abriu. Toushiro Hitsugaya estava na porta: um menino pequeno, de cabelo grisalho, terno e olhos de cores muito semelhantes, ou até iguais, aos dela. Ele tinha aquele semblante sério no rosto, os olhos carregados do peso de adulto. Com certeza, esse menino não tinha exatamente curtido a infância. Ela prestou atenção em seus olhos e, por baixo do muro imperial de adulto, ela pode ver o brilho infantil e inocente. Isso era muito bom, porque até o melhor adulto precisava daquele brilho para se manter saudável e para ser um bom adulto.

Ele as chamou até a sua sala. Seu corpo inteiro formigava enquanto eles andavam, um calafrio de ansiedade passando por todo o corpo direto para a espinha. Toushiro mandou que sentassem quando enfim chegaram, Rangiku estava sentada literalmente na mesa dele, o olhar perigoso.

Ele soltou um grunhido para Rangiku, mas, sem espantá-la realmente de lá, sentou-se em sua cadeira atrás da mesa.

–Bom –ele começou, corando sem motivo algum. –Eu acabei de tomar minha decisão –ele fez uma longa pausa, como se isso já bastasse para explicar tudo –As duas são bastante competentes, mas eu escolhi... –ele engoliu em seco, como se tivesse medo de levar um tapa na cara da perdedora. O formigamento no corpo de Halibel não parava e agora estava ainda mais forte, como uma dança frenética. Barbie estava inclinada na cadeira, seus olhos cintilando se ansiedade. Matsumoto deu um sorriso torto, tão perigoso quanto seu olhar – Tier Halibel.


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Notas finais do capítulo

Capítulo com mais de 2.000 palavras!!! Caps. pequenos nunca mais!! Don't cry no more, leitores!! Eu ia incluir o UlquiHime nesse cap., mas não queria deixar vcs esperando mais e vou postar no próximo. Acho que o próximo CÊS vão gostar, tem o Ulqui-chan sendo gentil com a Hime! Tipo, Neves-san, eu sei que vc pediu pra ele ser gentil com outra garota, mas, se não me engano, vc também tinha pedido isso há muito tempo. Lembrando que eu já estou providenciando (na mente) o seu pedido e irei atendê-lo.
Eu queria saber o que vcs fizeram no natal e ano novo pra descontrair! Não precisam contar se não quiserem, mas seria massa :3 Eu ganhei dois livros, frequentei dois amigos secretos, ganhei duas HQs do Batman e fui em uma festinha da escola. Foi bem massa, eu tomando champanhe sem alcool e espirralando red bull pelo nariz enquanto eu ria! No ano novo, fiquei uma semana na minha casa de praia, junto com minha prima, vendo Supernatural (Dublado, infelizmente. Minha prima é meio chata) e olhando os fogos.
O capítulo foi centrado, principalmente na Halibel-chan, essa diva! Esse capítulo é muito importante para o restante da estória, é um dos capítulos que eu imaginava desde o começo!
Então, com minha melhora na escrita, me dão comentários? E que tal recomendações?!
Beijo!!! Leitores fantasmas: Deixem reviews ou eu chamo os Winchesters! Tenho o celular do Misha, eu juro! Bj para o rekalk e beijem o meu traseiro de metal!*like a Bender*
Bye Bye!!!