Todos eram desconhecidos para mim, tudo aquilo não fizera o menor sentido, minha identidade, minha nova vida,... estava completamente arruinada.

Não aguentei toda aquele pressão, todos me olhando, esperando alguma atitude de minha pessoa...eu apenas corri no meio daquela chuva gelada e infinita.

Corri o mais rápido que pude deixando para trás apenas um caminho de lágimas não explicadas. Aproveitei a escuridão para ambos não me acharem.

Fui para o cemitério Mid-Night, onde soubera que ninguém iria me procurar ali,'' bom era o que achara''

Passei por milhares de lápides grandes e pequenas, todas eram de cerâmica ou azulejo, vi uma lápide que obtinha uma rosa negra, uma rosa que se parecia comigo.

Me encolhi atrás dela e apertei a rosa contra meu peito e finalmente desabei em prantos.

Meu coração sentira muita dor, toda a minha vida tivera sido uma mentira calculada, uma mentira importante e impossível de não ser revelada.

Eu não sabia o que fazer, eu estava sem chão, em toda minha vida me sentira sozinha, mas agora até meus pais resolveram me deixar de lado com essa mentira chula.

Até Josh, o amor de minha vida havia descoberto a verdade e não me contara nada, até Carmem....

Comecei a ouvir passar em meio as poças da chuva cintilante, não pude ver quem era, então permaneci ali, parada e sem respirar.

–Não precisa sê esconder de mim Verônica, não lhe farei nenhum mal.

Sua voz era rouca e delicada, aquele homem parecia falar a verdade.

Levantei lentamente do canto da lápide e me virei para olha-lo. Ele estivera sentado em outra lápide que obtinha uma grande Cruz branca e acabada.

–Quem...quem é você? - Meu soluços eram tantos que não conseguia falar.

–Não se preocupe, venha... eu lhe ofereço meu eterno abraço. -disse ele abrindo seus braços.

Sua voz era tão gentil e reconfortante que não pensara duas vezes e o abracei de imediato... eu não sabia quem era, não fazia a mínima ideia, mas quela pessoa me conhecia melhor que aqueles que me contaram a verdade...... só agora!

–Isso minha querida, chore... é a única maneira de dizer-me que sofrera.

–Vo...cê, sa... -Meus soluços fecharam minhas cordas vogais. Ele pusera sua mão sobre meus cabelos molhados e me fizera caricias.

–Não fale, a culpa não é sua minha querida... e a culpa também não é deles. A culpa é minha.