Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Cada dia que passa estou mais envolvida com a história.



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          Parte 4                 

Fomos ao tal restaurante. Confesso que estava me sentindo uma estranha no meio de Rita Breslin e Valentin Breslin. Por um lado bem, por continuar sendo Morgana Gallego, mas por outro lado estava triste porque eu não conhecia nada sobre aquele novo habitat e a “criatura perfeitamente linda” havia me ignorado como tantos outros.           - Mogie, escolha a mesa.         

- Podem escolher.         

- Escolhe Mogie!         

Como sempre a autoritária Rita no comando de tudo.              - Ok, vamos pra mesa ao lado da janela.         

- Perfeito.         

Chegamos a mesa. A janela era meu lugar favorito, pois lá eu poderia observar tudo que acontecia do lado de fora do meu mundo. Quando virei para o outro lado cortando o hipnotismo da janela me deparei com a “criatura” juntamente com sua suposta família. E é claro que o Valentim os conhecia.         

- Doutor Wilker! Que prazer encontrar você e sua família aqui.         

- Digo o mesmo Breslin! Soube do seu casamento com uma mulher da Pensilvânia.         

- Ah sim. Eu me casei com Rita Gallego, agora, Rita Breslin.         

- Formidável. Ela tem filhos?         

- Sim! Tem uma filha, Morgana.         

- Que bom.         

- Eu vou para minha mesa. Foi um prazer rever vocês.          - O mesmo.         

Queria matar minha curiosidade perguntando quem eram eles, o nome de cada um e o que faziam, mas não tive coragem. A família era grande. Rapidamente imaginei na minha mente a família que era composta por dois filhos e três filhas e claro, o casal Wilker. A aparência deles era ótima. Parei de imaginar e reparei que a “criatura” estava invejando a minha mesa ao lado da janela. Soltei um sorriso torto não sei por qual motivo, talvez para mostrar que eu estava com a mesa da janela, e ele retribuiu. Então fiquei desconcertada e olhei para o cardápio que estava na minha mão. Não me contive de curiosidade e olhei para ele que continuava ali do mesmo jeito porem agora olhando para baixo então segui seu olhar e vi que ele estava olhando para minha roupa. Será que havia alguma mancha, ou a minha roupa era informal demais para aquele lugar? Continuei seguindo seu olhar que desta vez olhava meu cabelo. Fiquei constrangida e resolvi perguntar minha mãe se havia algo de errado comigo.         

- Mãe, o meu cabelo está cheirando mal?         

- Não Mogie. Por quê?         

- Estou com a impressão de que estou cheirando mal e que minhas roupas não estão apropriadas para este lugar.

- Que ideia sem sentindo Mogie! Se você está se sentindo bem é o que importa.         

- Ok. Obrigada mãe.         

- Foi grátis.         

Decidi parar de fita-lo, mas antes joguei meu último olhar. Ele soltou um sorriso que mostrava sua vitória. Ele havia conseguido me deixar insegura apenas com um olhar. Então eu decidi não deixar barato. Pensei em pegar o purê e jogar naquela roupa perfeita dele, pensei em mostrar a língua pra ele como uma menina infantil pensei em arrancar seus lindos cabelos, pensei... Pensei em tanta coisa, mas depois percebi que ele ainda estava olhando pra mim esperando a minha resposta ao sorriso. Aceitei a derrota e resolvi olhar para a janela que parecia ser meu prêmio de consolação.


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Notas finais do capítulo

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