Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Mogie tem um sonho/pesadelo muito estranho. Vejam...



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- Chegamos!         

- Você quer entrar?         

- Adoraria, mas temo que sua mãe esteja ai.         

- Se estiver será melhor, assim podemos contar pra ela que estamos juntos.         

- Prefiro não entrar, deixe para outro dia porque estou muito inseguro.         

- Tudo bem, não quero te pressionar.         

- Obrigada pela compreensão. Eu vou indo, até amanhã.         

- Até!         

Demos um breve selinho e Filipe pegou nas minhas mãos.                    - Eu sempre vou estar com você.         

- Eu acredito.         

Ele se foi e mais uma vez tive a sensação de que um furacão havia levado a minha vida embora, e na verdade estava mesmo levando. Decidi que aquele seria o momento eu que eu descobriria o porquê do ódio da minha mãe com os Wilkers. Entrei na casa e segui até a cozinha e pra minha surpresa ela não estava lá. Quem estava lá era Valen.         

- A minha mãe não chegou?         

- Ainda não. Onde você estava?         

- Eu fui fazer um passeio.         

- Seu carro está na garagem.         

- É, eu vi. Obrigada!         

- Não há de que.         

Peguei um copo de suco natural, já que decidi seguir a dica de Filipe, e sentei no sofá. Esperei ansiosamente a chegada da minha mãe, mas percebi que ela iria demorar muito então fui para meu quarto e liguei para Benny.         

- Alô!         

- Benny?         

- Ele mesmo.         

- É a Mogie.,         

- Oi Madame! O que deseja?         

- Você perguntou ao seu pai se ele conhece algo sobre os Gallzmeyer?         

- Ainda não tive a oportunidade.         

- Você poderia fazer isso hoje?         

- Claro! Mas porque a pressa?         

- Eu quero que ela saiba sobre meu namoro com Filipe, mas primeiro tenho que descobrir porque ela odeia a sua família.         

- Entendo. Ok, eu vou te ajudar!         

- Obrigada Benny, quer dizer, manda chuva!         

- Não há de que, Descaso.         

- Rimos por alguns segundos. Era bom poder sorrir em meio a isso tudo.         

- Tenho que desligar, Benny. Depois agente se fala.         

- Ok, até mais. Tchau!         

- Tchau.         

Coloquei o telefone no gancho e desci as escadas. Olhei para os lados e não vi ninguem então decidi voltar para o quarto. Troquei de roupa e comecei a ouvir “Angels Fall Down” do Skillet, como sempre. Comecei a pensar em Filipe e em como estava sendo bom o nosso relacionamento. Aos poucos, meus olhos foram se fechando e eu entrei em transe.

O local onde eu tinha meus sonhos estava deserto, sem vida. Por diversas vezes procurei e chamei por Consciência mas ele não apareceu. As árvores estavam tristes, na verdade tudo estava triste e isso me espantava. De repente senti como se minhas pernas tivessem vontade própria e fui obrigada a correr. Corri como se tivesse alguém me seguindo. Por um momento eu pensei que estava certa e depois vi com meus próprios olhos. Um ser alto, forte e extremamente bonito estava se aproximando cada vez mais de mim. Sua beleza me espantava. Corri o mais rápido que pude, me adentrando entre as arvores até que senti alguém me segurando. Era ele.         

- Me solte, por favor! - Gritei para o desconhecido.         

- Não!         

- Eu estou mandando! Me solte!         

- Você vai ficar aqui para sempre.         

- Nunca!         

Eu precisava acordar, eu precisava sair dali.         

- Socorro!         

- Grite mais alto, os mortos não estão ouvindo! - Disse irônico.              - Por favor, me deixe ir!         

- Já disse que não.         

Comecei a chorar e gritar, debatendo contra aquele ser. Qual era o significado de tudo isso? Continuei gritando até que ouvi barulhos de passos.          

- Solte-a! - Ordenou uma voz em meio as árvores.         

- Nunca!         

- Ela não pertencerá a você.         

- Nem a você!         

O dono da voz saiu de seu esconderijo em direção a nós dois. Era Filipe.         

- Solte-a!- Disse novamente.         

- O que você irá fazer contra mim?         

- Não queira ver.         

- Eu me arrisco!         

Rapidamente, Filipe lhe atacou com um golpe desconhecido. O golpe foi forte. O ser me jogou ao chão e ficou caído ali entre as folhagens.       

- Você está bem?       

Naquele momento senti medo de Filipe e de sua força brutal. Ele havia me salvado, mas eu nunca havia visto ele daquela forma. Senti que meu rosto sangrava na região da bochecha então tampei o local com a mão.         

- Mogie?- Disse Filipe estendendo a mão para me levantar.                 Me levantei sozinha e fiquei olhando para seu rosto, para seu corpo. Ele estava bem mais forte que o normal. Seus músculos do braço estavam extremamente visíveis. Eu não sabia o que fazer, estava com muito medo.         

- Mogie, o que você tem?         

Não tive outra opção além de correr. A única coisa que ouvi naquele momento eram os gritos desesperados de Filipe. Corri até chegar a beira de um penhasco. Não tive escolha, então pulei.


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Notas finais do capítulo

Assustador esse sonho... fiz ele a noite, acho que por isso eu estava tão inspirada. Espero que gostem! Reviews?