Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki
Notas iniciais do capítulo
Mogie tem um sonho/pesadelo muito estranho. Vejam...
- Chegamos!
- Você quer entrar?
- Adoraria, mas temo que sua mãe esteja ai.
- Se estiver será melhor, assim podemos contar pra ela que estamos juntos.
- Prefiro não entrar, deixe para outro dia porque estou muito inseguro.
- Tudo bem, não quero te pressionar.
- Obrigada pela compreensão. Eu vou indo, até amanhã.
- Até!
Demos um breve selinho e Filipe pegou nas minhas mãos. - Eu sempre vou estar com você.
- Eu acredito.
Ele se foi e mais uma vez tive a sensação de que um furacão havia levado a minha vida embora, e na verdade estava mesmo levando. Decidi que aquele seria o momento eu que eu descobriria o porquê do ódio da minha mãe com os Wilkers. Entrei na casa e segui até a cozinha e pra minha surpresa ela não estava lá. Quem estava lá era Valen.
- A minha mãe não chegou?
- Ainda não. Onde você estava?
- Eu fui fazer um passeio.
- Seu carro está na garagem.
- É, eu vi. Obrigada!
- Não há de que.
Peguei um copo de suco natural, já que decidi seguir a dica de Filipe, e sentei no sofá. Esperei ansiosamente a chegada da minha mãe, mas percebi que ela iria demorar muito então fui para meu quarto e liguei para Benny.
- Alô!
- Benny?
- Ele mesmo.
- É a Mogie.,
- Oi Madame! O que deseja?
- Você perguntou ao seu pai se ele conhece algo sobre os Gallzmeyer?
- Ainda não tive a oportunidade.
- Você poderia fazer isso hoje?
- Claro! Mas porque a pressa?
- Eu quero que ela saiba sobre meu namoro com Filipe, mas primeiro tenho que descobrir porque ela odeia a sua família.
- Entendo. Ok, eu vou te ajudar!
- Obrigada Benny, quer dizer, manda chuva!
- Não há de que, Descaso.
- Rimos por alguns segundos. Era bom poder sorrir em meio a isso tudo.
- Tenho que desligar, Benny. Depois agente se fala.
- Ok, até mais. Tchau!
- Tchau.
Coloquei o telefone no gancho e desci as escadas. Olhei para os lados e não vi ninguem então decidi voltar para o quarto. Troquei de roupa e comecei a ouvir “Angels Fall Down” do Skillet, como sempre. Comecei a pensar em Filipe e em como estava sendo bom o nosso relacionamento. Aos poucos, meus olhos foram se fechando e eu entrei em transe.
O local onde eu tinha meus sonhos estava deserto, sem vida. Por diversas vezes procurei e chamei por Consciência mas ele não apareceu. As árvores estavam tristes, na verdade tudo estava triste e isso me espantava. De repente senti como se minhas pernas tivessem vontade própria e fui obrigada a correr. Corri como se tivesse alguém me seguindo. Por um momento eu pensei que estava certa e depois vi com meus próprios olhos. Um ser alto, forte e extremamente bonito estava se aproximando cada vez mais de mim. Sua beleza me espantava. Corri o mais rápido que pude, me adentrando entre as arvores até que senti alguém me segurando. Era ele.
- Me solte, por favor! - Gritei para o desconhecido.
- Não!
- Eu estou mandando! Me solte!
- Você vai ficar aqui para sempre.
- Nunca!
Eu precisava acordar, eu precisava sair dali.
- Socorro!
- Grite mais alto, os mortos não estão ouvindo! - Disse irônico. - Por favor, me deixe ir!
- Já disse que não.
Comecei a chorar e gritar, debatendo contra aquele ser. Qual era o significado de tudo isso? Continuei gritando até que ouvi barulhos de passos.
- Solte-a! - Ordenou uma voz em meio as árvores.
- Nunca!
- Ela não pertencerá a você.
- Nem a você!
O dono da voz saiu de seu esconderijo em direção a nós dois. Era Filipe.
- Solte-a!- Disse novamente.
- O que você irá fazer contra mim?
- Não queira ver.
- Eu me arrisco!
Rapidamente, Filipe lhe atacou com um golpe desconhecido. O golpe foi forte. O ser me jogou ao chão e ficou caído ali entre as folhagens.
- Você está bem?
Naquele momento senti medo de Filipe e de sua força brutal. Ele havia me salvado, mas eu nunca havia visto ele daquela forma. Senti que meu rosto sangrava na região da bochecha então tampei o local com a mão.
- Mogie?- Disse Filipe estendendo a mão para me levantar. Me levantei sozinha e fiquei olhando para seu rosto, para seu corpo. Ele estava bem mais forte que o normal. Seus músculos do braço estavam extremamente visíveis. Eu não sabia o que fazer, estava com muito medo.
- Mogie, o que você tem?
Não tive outra opção além de correr. A única coisa que ouvi naquele momento eram os gritos desesperados de Filipe. Corri até chegar a beira de um penhasco. Não tive escolha, então pulei.
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Assustador esse sonho... fiz ele a noite, acho que por isso eu estava tão inspirada. Espero que gostem! Reviews?