A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 6
Parte I - Capítulo 6 - Eu Sempre Consigo


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! *-* Bom, para começar, eu pessoalmente achei esse capitulo horrivel! Então queria a ajuda de vocês para escrever! Mandei reviews ou MP's com a opinião de vocês, o que vocês acham que devia acontecer, quem vocês gostariam que ficassem juntos, etc. Até as notas finaaais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273898/chapter/6

Capitulo 6

Eu Sempre Consigo

- Não. – Ethan recusou assim que Rick acabou de falar.

- É claro que sim! – eu o contradisse, fazendo-o me olhar com raiva.

- Ah, qual é, Delilah! Não podemos fazer isso! Mal conseguimos por nós, faremos por eles?

Revirei os olhos, nervosa com sua teimosia.

- Entenda, eu tenho um filho e minha esposa está grávida. Além disso, temos pessoas que precisam de ajuda e que não podem ficar viajando todo o tempo. – Rick falou, tentando convencer Ethan.

- Isso não é problema nosso. – ele espalmou as mãos sobre a mesa.

Encarei-o por um momento incrédula com sua falta de sensibilidade. Desde quando Ethan era tão frio e egoísta?

- Rick, pode nos dar licença um minutinho? – pedi ainda encarando-o.

Não percebi nenhum movimento do homem, mas logo ouvi a porta da cozinha se fechando e levantei-me contornando a mesa e sentando de frente para Ethan.

- Qual é o seu problema? – perguntei entredentes.

- Eu é que devia fazer essa pergunta a você, Lia. – ele falou se inclinando em minha direção.

- Eles precisam de ajuda! E se temos como ajudar, devemos ajudar!

Ele respirou fundo e me olhou como se eu não estivesse em meu perfeito juízo.

- Delilah, você não está entendendo. Mal podemos cuidar de nós mesmo, vamos mesmo ajudá-los? Pense em Gael e Kalem... E já não basta ter trago Savannah sem nem mesmo consultar a mim ou Emma, quer trazer mais um grupo inteiro pra cá?

- Pare de colocar Gael e Kalem no meio de tudo para me convencer! – meu tom de voz aumentou – E se é pra colocar as crianças no meio dessa conversa, Rick tem um filho e outro que está a caminho, e ele está fazendo exatamente o que faríamos por Gael e Kalem. Está tentando protegê-los, arranjar uma maneira de cuidar deles fora de toda essa confusão. E temos como ajudá-los. Será que você não se lembra de tudo o que nossos pais nos ensinaram?

- Lembro sim. Lembro principalmente de pedirem para cuidarmos de Gael e Kalem.

- E para não sermos egoístas. E nos diziam isso desde que éramos crianças.

Ethan suspirou, balançando a cabeça como se não pudesse acreditar no que ouvia.

- Por favor, me diga que não está tentando se redimir por Sue e Mia.

Estaquei onde estava, sem conseguir me mover mais. A pergunta me pegou de surpresa. Abri e fechei a boca várias vezes mas nada saiu.

- E-eu não... – gaguejei por fim, ainda sem saber o que responder.

- Eu sabia! – ele se levantou e saiu da cozinha, batendo o pé.

Fiquei ali por mais alguns minutos sem saber como reagir. Mas não podia desmoronar naquele momento.

Levantei-me e fui em direção á sala, onde Ethan terminava de falar com Rick, que logo foi embora. Fiquei curiosa e cheguei mais perto. Ele se virou para mim e revirou os olhos, lendo a pergunta muda em meu rosto.

- Você conseguiu, Lia. Eles vão ficar aqui.

Dei um enorme sorriso e corri até ele, me jogando em seus braços.

- O que eu não faço por você, não é? – ele sussurrou em meu ouvido, com a voz risonha. Sabia que ele ainda se importava.

Virei-me para ir arrumar as coisas e encontrei Emma e Savannah me encarando com curiosidade. Sorri mais ainda e as puxei pela mão até o segundo andar.

- Vamos lá, temos que arrumar tudo. Teremos novos moradores aqui!



Depois de quase duas horas arrumando tudo e resolvendo quem ficaria em cada quarto, fomos para a sala esperar por Rick e seu grupo – que pelo o que ele havia dito era de dez pessoas – e ficamos todos sentados na sala num silêncio desconfortável.

Cada minuto que o ponteiro do relógio marcava parecia uma eternidade. E cada minuto eu ficava mais apreensiva. Cada “tic toc” fazia minha cabeça latejar de uma forma que não era ruim mas ainda era desconfortável, como se fosse meu sangue doesse em minhas veias enquanto acompanhava aquele ritmo.

- Vai dar tudo certo. – murmurei para mim mesma.

- Acalme-se, Lia. – Ethan falou como se me achasse a pessoas mais estranha do mundo.

Savannah se levantou e sentou ao meu lado, e parecia achar engraçado o meu desespero, pois visivelmente segurava o riso.

- Pode rir, Savannah. Eu não me importo mesmo... – reclamei fazendo bico, e ela riu de verdade.

Bufei e fui para a cozinha pegar um copo de água. Enxi o copo e estava bebendo quando uma voz saída do sistema eletrônico fez com que eu cuspisse tudo e me engasgasse.

- Nós estamos aqui. – a voz de Rick ecoou por toda a casa.

Fui correndo para a sala e Ethan já estava abrindo o portão. Andei de um lado para o outro tentando me acalmar. Porque estava tão nervosa? Eram apenas pessoas. Mais pessoas sobreviventes. Meu coração disparou e eu sorri. Estava tudo bem.

Ouvi barulho de carros entrando e olhei pela janela. Três carros entravam e eu me senti melhor que nunca.

Nós não estávamos sozinhos.

Rick foi o primeiro a aparecer. Ele falou algo com Ethan e eles apertaram as mãos. Logo ele fez um sinal e todos começaram a sair dos carros.

Todos pareciam um pouco desconfortáveis ali, mas também pareciam impressionados. Sai de casa logo atrás de Emma, juntamente com Savannah, e me postei ao lado de Ethan, acenando com a cabeça para Rick, que veio até mim.

- Obrigado por convencê-lo.

Sorri e acenei novamente com a cabeça. Era uma péssima hora – e também uma péssima época - para sentimentalismo, mas me sentia extremamente feliz com tudo aquilo e queria abraçar cada um ali. Não havia encontrado humanos – pelo menos completamente vivos – há muito, muito tempo, e em apenas alguns dias havia conhecido Savannah, Rick e agora seu grupo.

Um garoto de cabelos negros e olhos claros como os de Rick se aproximou sendo seguido por uma mulher.

- Essa é Lori, minha esposa, e esse Carl, meu filho. – ele apresentou passando os braços pelos ombros dos dois.

- Muito obrigada por nos receber aqui. – Lori agradeceu.

Sorri em resposta e Emma foi abraçá-la. Provavelmente em poucas horas ela já seria amiga de todos. Ela tinha um jeito doce irresistível.

Os outros foram se aproximando, ainda visivelmente desconfortáveis e deslocados. Emma cumprimentou cada um se apresentando – o que pareceu os deixar um pouco surpresos – e voltou para o meu lado.

- Acho que Rick já falou com vocês sobre as condições de estarem aqui. Então sejam bem-vindos... Eu acho. – Ethan falou sem expressão e acenou com a cabeça para que o seguissem para casa.

Sorri, pensando no que tinha feito por aquelas pessoas. E ao convencer Ethan, cheguei a uma concllusão: eu sempre consigo chegar no ponto que preciso.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Como eu disse, não gostei muito, mas logo vai sair da parte "eu amo você, você me ama, somos uma familia feliz" e partiremos para a ação! Então, como eu disse nas notas iniciais, mandem reviews ou MP's com sugestões! Beijoooooos e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Última Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.