A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 40
Parte II - Capítulo 40 - Bônus III


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal! Ultimo capitulo da parte II, "narrado" pela Melissa.
Ah, e me desculpem a quem falei que ia postar rapido. Mas parece que sempre que falo que vou postar rapido posto diiiias depois. Então o próximo capitulo vou postar beeeem depois, ok? (se é que me entendem rsrs)
Continuando, estou postando esse capitulo na maior alegria. Porque? Aniversário do Norman, da Lauren e lançou o clipe Kiss You (yes, i'm a directioner <>).
Espero que gostem do capitulo :3



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Capitulo 40

Bônus III

Os gritos da loira eram audíveis por toda a mata enquanto tentava se livrar do aperto do homem enorme que a segurava.

Atrás, ou mulher acompanhava aquilo de perto vigiando para que nem Savannah e nenhum dos outros tentasse escapar. Mas aquilo já estava a irritando. Aquela “familiaridade” deles, o modo como eram tão amáveis e preocupados uns com os outros. Começava a se arrepender de não ter simplesmente os matado e pegado as pesquisas. Mas Phil gostaria daquilo.

– Cale a boca! – rugiu para Savannah, impaciente. Já não aguentava mais aquela garota que para ela era “mimada e estúpida” – Estou prestes a te amarrar em outra árvore para fazer companhia ao seu namorado.

Esse era um dos motivos pela qual não gostava da garota. Ela tinha Ethan para si. Por mais que antes de tudo acontecer achasse ele meio infantil e o tivesse traído algumas – muitas – vezes, era impossível negar que o motivo de nunca ter terminado com ele era porque o amava. De uma forma muito estranha e que não chegava a amor realmente. Mas ela nunca admitiria seus sentimentos. Então era melhor acabar com tudo aquilo de uma vez e deixá-lo morrer, antes que mudasse de ideia. Aliás, já tinha tudo o que queria e precisava; um lugar para ficar completamente protegido, dormir tranquila... Mas aquilo era uma questão prática.

– Você vai mesmo deixar ele lá? – Savannah gritou, mas Melissa simplesmente continuou andando olhando para frente; não iria se envolver emocionalmente nisso, não deixaria que a pena a comovesse.

– É claro. Porque não? Ele também me trancou num quarto com um zumbi. – acabou respondendo dando de ombros.

– Mas você não foi amarrada, tinha chances.

– E infelizmente para vocês eu sobrevivi. – falou meigamente, engolindo o amargor que subia á boca.

– Mas... – continuou tentando argumentar, mas foi interrompida bruscamente.

– Mas que droga, garota! – o homem que a segurava rugiu, tapando sua boca com a mão – Cale a porra da boca!

Melissa sorriu com a briga que desencadeou ali, mas ele logo se foi quando viu o único homem do grupo – do qual nem sabia o nome – ainda lutando para se livrar dos dois homens que o seguravam. Ele era bem forte, mas com dois os segurando ficava meio impossível se soltar. E ela ressaltava ainda mais o quanto ele ficava sexy naquela jaqueta preta com mangas cinzas. 

Aquele ali vai ser interessante, pensou sorrindo novamente.

E então passou para as ultimas duas pessoas a serem analisadas. Uma delas não conhecia, mas se mantinha serena, como se aquilo tudo fosse normal, acontecesse todos os dias. Mas a outra, a sua querida Delilah, estava pálida e prestes a desmaiar, andando tortamente.

– O que foi, Valentine? Não vá dizer que está passando mal!? -fez uma voz infantil desdenhosa, colocando a mão teatralmente sobre o peito.

No momento em que falou isso, Delilah tombou, e não caiu no chão apenas pelo homem que a levava segurando seu braço. Esta se curvou com uma expressão de dor, colocando a mão sobre a barriga.

– Vão na frente. – a mulher falou pegando Delilah pelo braço e a forçando a se levantar – Vou dar uma ajudinha a essa aqui.

O homem deu um sorriso malicioso e a soltou, deixando que Melissa a segurasse, enquanto os outros eram arrastados para continuarem andando.

– Agora que somos só nós duas... Então, sem medo, me conte como foi me deixar para morrer? E, por favor, não me poupe dos detalhes.

– Espero que queime no inferno. – Delilah falou olhando em seus olhos.

– Ah, eu sei que isso vai acontecer... – Melissa falou sem medo – Mas, por favor, vamos esquecer isso por enquanto. Antes quero ver você queimar...

Os enormes olhos dourados de Delilah, já cheios de dor, ficaram assustados, fazendo o monstro que Melissa alimentava com ódio dentro de si rugisse em aprovação. Ela queria ver a garota implorando para poupar sua vida, assim como ela fizera um dia inteiro trancada numa sala cercada por zumbis. Mas antes queria vê-la gritar, fazer ela sentir uma dor tão horrível que a faria pedir pela morte.

– Eu pensei que tinha sido mordida. – a garota engoliu em seco, os olhos cheios de lágrimas.

– E nem se deu ao trabalho de ter certeza, de tentar chegar a mim, mesmo assim. – Melissa falou entredentes. Estava cansada dessas desculpas.

– Ok. – Delilah respirou fundo, seus olhos de repente frios como gelo, mas não tanto quanto a sua voz – Você sabe por que eu te deixei lá. Eu realmente achei que tinha sido mordida, mas você sabe que não é só isso. E você devia era agradecer por ter te deixado para trás, porque se tivesse voltado comigo aconteceria muito pior. Olhe por esse ângulo... Você tem uma casa! Porque nos perturbar?

Melissa queria matá-la ali mesmo, mas não podia fazer isso. Não naquele momento. Mas não ficaria parada ali ouvindo-a falar. Ainda segurando seu braço, a empurrou para o chão e colocou o pé sobre sua garganta, ouvindo-a engasgar em seguida.

– A coitadinha não gosta quando o assunto é sobre sua família bastarda. – Melissa falou se sentindo triunfante ao ver como aquilo afetava a garota.

– Você não sabe de nada. – falou engasgada, o rosto completamente vermelho pela falta de circulação.

– Cale a boca. – tirou o pé de seu pescoço e, agachada, antes mesmo que se desse conta do que estava fazendo tinha a mão direita erguida no ar, acertando com força o rosto de Delilah – Eu ainda não acabei. Se não aguenta a verdade, posso acreditar que não se olhava mais no espelho por culpa? Porque tenho certeza que quando via seu reflexo ela estava bem estampada em seus olhos, assim como agora. E não se faça de tola ou boazinha, porque disso você não tem nada. Se fosse como parece ser nunca teria abandonado uma pessoa no meio de centenas de zumbis pra morrer. E não acredite que vai poder se livrar de uma lição, bonitinha.

Sem falar mais nada, Melissa segurou o braço de Delilah e a puxou com toda a força que tinha. Já de pé, percebeu uma pequena mancha na blusa de cor clara da garota. Antes que esta percebesse, puxou sua blusa, revelando os pontos dados recentemente que sangravam um pouco por todo o movimento.

– Ah, sim. Não podia ser nada melhor. – falou passando as mãos sobre as feridas, e em consequência o corpo de Delilah se retraiu, e tirou sua mão dali – Será divertido desfazer todos esse pontos. Pode deixar que vou usar uma faca cega pra puxar bastante.

Com Melissa puxando os cabelos de Delilah, as duas logo alcançaram os outros que estavam parados na frente de dois carros. Ao ver um dos homens que seguravam Daryl com o nariz sangrando. Empurrou a garota que puxava para outro e foi até Daryl.

– É melhor não continuar tentando fugir. Porque não vou matar você. – falou radicalmente – Vai ser a vadia loira, ou a sem nome ou a ruivinha. – sussurrou, e os olhos dele se estreitaram, mas ainda era possível ver um brilho neles. – Ah! Você se preocupa com ela! Que lindo. Vamos logo, quero ir para casa.

Em comoção geral, a cabeça dos “prisioneiros” foram tapadas por sacos estranhos e com um cheiro horrível de carne podre. Logo estavam dentro do carro, tomando caminho para o sul.

Durante todo esse caminho – cerca de dez horas pela rota I-75 – ficou viajando em sua mente. No que faria dali para frente; pelo menos depois que aqueles ali estivessem mortos. Não seria grande coisa, mas tinha algo errado nisso tudo. Faltava alguma coisa. Mas além disso tudo, o que permanecia em sua mente era a lembrança daquele dia em que ficara sozinha na cidade.

– É verdade que Leonard é um bastardo? – perguntou segurando o riso. Havia escutado algo desse tipo uma vez, mas não sabia se era verdade.

Delilah parou de caminhar apertando as alças da sacola em punho. Virou-se para encarar a outra, com o rosto muito pálido e sem expressão.

– O que? – perguntou num fio de voz.

– Perguntei se é verdade que o Leonard é filho do seu pai com outra mulher. – explicou Melissa como se fosse óbvio.

– Nunca mais fale sobre isso. É um assunto de família.

– Nunca mais fale sobre isso. É um assunto de família. – a loira repetiu com uma voz anasalada.

Depois dessa conversa, começou a confusão. Melissa insistia em tentar arrancar uma resposta e Delilah parecia prestes a chorar- o que divertia a loira – e os xingamentos eram trocados em gritos. O ponto alto da briga foi quando Delilah falou “fale mais alto, talvez sua voz de gralha faça todos os zumbis correrem para longe”. E, como se só a palavra “zumbis” tivessem os atraído, vários deles apareceram de uma só vez vindos por todos os lados avançavam para elas. O carro estava metros á frente, então tiveram de correr. Mas não foi o bastante. Não para Melissa. Ela foi agarrada e levada para o meio de alguns zumbis, mas ela era boa em fugir. Deslizou para baixo e saiu desviando de suas garras. Quando finalmente conseguiu sair do meio deles – depois de algumas facadas e tiros – o carro no qual tinha ido para a cidade havia desaparecido assim como a garota ruiva.

– Chegamos. – um dos homens, Santiago, a despertou horas depois.

Era noite e não dava para ver muita coisa além de um enorme muro e alguns homens ali em cima. O portão se abriu e os dois carros entraram. Como já era tarde, o toque de recolher da cidade não permitia que curiosos tentassem ver o que acontecia. Seria ruim para o lugar se os moradores soubessem que havia prisioneiros ali.

– Levem-nos, e os deixe juntos por enquanto. Mas fiquem de olho. – instruiu Melissa, se encaminhando para o lado oposto ao que os homens levavam os outros.

Ela entrou num pequeno prédio, de apenas três andares, e foi para o ultimo. Chegando na porta um homem, Dean, guardava a porta.

– Ah, você voltou. – Dean falou parecendo um pouco assustado.

– Não fique desse jeito. Até parece que não sei o que ele faz com as outras vagabundas i dentro. – a mulher revirou os olhos e empurrou Dean para o lado entrando com tudo

Como já esperava, o homem estava na cama com uma mulher de cabelos negros, num ato que ela não gostaria de ter visto. E muito menos ouvido. Assim que perceberam que eram assistidos, os dois pararam, a mulher envergonha tentando se cobrir e o homem sem expressão como se aquilo lhe acontecesse a todo momento.

– Você voltou. – falou monotonamente.

– Sim. – arqueou uma sobrancelha – Mas acho que não esperava por isso, já que faz cinco dias que saí e já está com qualquer uma.

A morena bufou, ainda enrolada nos lençóis.

– E você faz a mesma coisa até mesmo quando estou aqui. – falou o homem. Sua voz amaciada deixava ainda mais clara a intenção de ofender.

– Eles estão aqui. – mudou de assunto, e o homem entendeu no mesmo momento. Melissa olhou para a mulher como se pedisse que saísse, mas ela não se moveu. Com um ar brincalhão, desfilou até a cama e se sentou na beirada, passando a mão pelos lençóis e um olhar malicioso para a mulher – Que tal uma brincadeirinha á três?

A morena bufou e se levantou sem se preocupar de estar nua e pegou suas roupas no chão , vestindo-as no caminho para a porta. Assim que saiu, Melissa riu se deliciando com seu poder de intimidar os outros.

– Você sabe que eles só te respeitam porque sabem que está comigo, não é? – o homem se espreguiçou na cama, cruzando os braços sob a cabeça.

– Deixe-me aproveitar enquanto não me troca por outra qualquer, Philip. – falou zombeteira.

– Já pedi que não me chamasse assim, Melissa. – a repreendeu.

– Ok. Governador. – desdenhou.

– O que conseguiu? – perguntou, indo direto ao assunto.

– Vista-se primeiro. Depois conversamos. Enquanto isso darei uma olhadinha nos nossos convidados.

Melissa saiu do quarto e foi para a rua, caminhando pelo lugar enquanto ignorava os olhares ocasionais que recebia dos moradores escondidos por trás das cortinas. Circulou uma cerca viva até encontrar a entrada de um galpão antigo, com paredes de ferro enferrujado. Na sala mais próxima, ela encontrou todos amarrados com fita adesiva em cadeiras, com olhares que iam de indiferença á “eu vou matar você”. Melissa se virou tranquilamente para uma cômoda, pegando um copo de alumínio e o enchendo com água. Olhou de volta para eles encostando-se na cômoda.

– Onde estamos? – Savannah foi a primeira a falar.

A loira terminou de beber sua água e respirou fundo, abrindo os braços em sinal de boas vindas.

– Sejam bem-vindos á Woodburry.



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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Hein, hein? Contem-me! E o narrador da parte III já esta decidido!
Beijos e até a próxima ♥