A mãe de Kurayami estava inquieta, já havia amanhecido e ela ainda não havia voltado. O que quer que tenha acontecido a ela, sua mão tinha um mau pressentimento.

            Ela levanta da cadeira da qual ela estava sentada, pega seu casaco e decide ir à procura de sua filha. Ela abre a porta e tem uma surpresa:

            -Albert, o que está fazendo aqui? E... Devan? –ela fala, surpresa pelos dois estarem ali:

            -Aconteceu uma coisa muito ruim, tia! –falou um garoto, obviamente era Albert:

            -O que houve?

            -Albert diz que viu Kurayami ser arrastada por um lobo na Floresta Negra. –Devan explica:

            -Como?! –a mãe exclama –entrem, entrem, quero que me expliquem tudo!

            Os dois entram e ela oferece um copo da água, ao qual os dois aceitam, e Albert toma com avidez:

            -Agora me expliquem, o que aconteceu com minha filha?

            -Eu estava na Floresta Negra, pegando umas frutas para minha mãe, e quando eu olhei para o lado, vi a Kurayami desmaiada e sendo levada por um lobo cinza. –explica Albert, com lágrimas nos olhos:

            -Um lobo levou minha filha? –a mãe não podia acreditar:

            -Ele estava levando ela cada vez mais para dentro da floresta, mas eu não podia fazer nada, já que eles são muitos perigosos... –Albert soluça:

            -Não se preocupe, sabemos disso. –Devan tenta consolá-lo, colocando seu braço ao redor do garoto:

            -Temos que avisar à guarda real! –a mãe levanta:

            -Já avisei, e eles já estão tomando providencias. –Devan a olha –tudo que nos resta é esperar.

            -Eu não posso ficar parada quando minha filha está em perigo no meio desses lobos! –ela grita:

            -Mas o que você poderia fazer? Não sabe manejar uma espada, nem ao menos um arco. Se eles te encurralarem, estará morta.

            -Mas que droga! –ela grita e se senta, deixando escapar lágrimas de fúria, porque se sentia uma inútil não podendo nem salvar sua filha:

            -Agora só podemos esperar e rezar para que ela esteja viva. –Devan olha para o chão:

            -Deviam exterminar esses lobos! –ela fala entredentes, furiosa:

            -Não devia dizer isto. Se os lobos existem, é por alguma razão. Se eles a pegaram, devem ter um motivo. –Devan a olha nos olhos –eles não atacavam ninguém há dois anos.

            -Mas agora eles voltaram, e pegaram minha filha! Quem sabe amanhã seja o Albert, hein?! –ela se levanta –chega, já estou farta desse assunto! –e ela encaminha-se para seu quarto, batendo a porta quando entrou:

            -Albert, conhece um garoto chamado Selen? –Devan pergunta, olhando o garoto:

            -Hã... Selen? Não, nunca vi. –Albert o olha:

            -Estranho... –Devan fica pensativo.

            Algo me diz que as coisas vão piorar daqui para frente. Pensa ele, o que não deixa de estar certo.